quinta-feira, 7 de novembro de 2019

A Argentina assombrada com Bolsonaro

Por Eric Nepomuceno

Desde a noite do domingo 27 de outubro, quando se anunciou oficialmente a eleição da chapa Alberto Fernández-Cristina Kirchner para presidente e vice-presidenta da Argentina, Jair Bolsonaro não perde um minuto para pensar nas consequências de seus atos tresloucados.

É verdade que desde antes, já na campanha, ele tinha aberto fogo com a grosseria habitual contra a candidatura que no final derrotou Mauricio Macri, seu favorito, de forma contundente.

Só que agora ele não destrata e ofende um candidato: ataca um presidente eleito, deixando pistas de qual será a relação entre seu governo e o que assume no dia 10 de dezembro.

O futuro a Deus pertence

Por João Guilherme Vargas Netto

Parece que está havendo bate-cabeça no famigerado GAET, o Grupo Assumido de Entraves Trabalhistas. Não é ainda barata-voa porque o manda-chuva Rogério Marinho não deu a última palavra nem acionou o freio de arrumação.

Há, evidentemente, pelo relato dos que ouviram as últimas explicações dos encarregados de formular modificações na estrutura sindical, um fluir sem pressa de boas intenções liberaloides assemelhadas à água de bacalhau.

Mesmo sob tortura, Folha bajula Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Na sua ofensiva desesperada para coibir qualquer trabalho jornalístico, o “capetão” Jair Bolsonaro escolheu a Folha de S.Paulo, um dos jornais de maior tiragem do país, como um dos principais alvos da sua fúria rotineira. Quase toda a semana, ele dispara a sua arminha contra o veículo ou humilha algum dos seus repórteres. Nas últimas semanas, porém, ele passou do piriri verborrágico às ações práticas para asfixiar financeiramente a Folha. O tal “espírito republicano”, tão badalado pelos governos Lula e Dilma, não habita o universo do fascistoide.

A ação criminosa de Moro contra Dilma

Por Altamiro Borges

Sob o comando de Sergio Moro – o juizeco presenteado com um ministério no laranjal de Jair Bolsonaro pelos serviços sujos prestados –, a Polícia Federal perdeu qualquer credibilidade. Nesta terça-feira (5), ela solicitou a prisão da ex-presidenta Dilma Rousseff numa operação sobre esquema de propinas do Grupo J&F. O pedido absurdo, porém, foi negado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas gerou repulsa. A ação midiática, tipicamente diversionista, ocorre no momento em que o clã Bolsonaro está acuado por denúncias sobre o envolvimento com milicianos e com o assassinato da vereadora Marielle Franco.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

“Pacotaço” de Guedes vai afundar a economia

Por Altamiro Borges

Nesta terça-feira (5), Jair Bolsonaro e seu tóxico “Posto Ipiranga”, o ministro Paulo Guedes, apresentaram um “pacotaço” econômico batizado de “Plano Mais Brasil”. As medidas anunciadas foram elogiadas pela cloaca burguesa, mas não empolgaram o “deus-mercado” – conforme se constatou no pregão da Bolsa de Valores. Já entre os economistas contrários às teses neoliberais, elas foram duramente criticadas, prevendo-se que agravarão ainda mais o cenário econômico brasileiro, gerando queda de renda e aumento do desemprego.

Mídia abafa aumento do trabalho informal

STF, Lula e os princípios constitucionais

Moro e as perseguições da Lava-Jato

Não é mentira, é pós-verdade

Um arrependido eleitor de Bolsonaro

Por Esther Solano, na revista CartaCapital:

Don João mora na Zona Leste de São Paulo. Demoro quase duas horas para chegar à casa dele, pois vivo no Centro e ele na periferia. Ou talvez ele more no Centro e eu na periferia. Don João me recebe: “Sinta-se à vontade, professora, aqui a gente é pobre, mas é arrumado”. Don João sempre votou no PT. Votou no Lula duas vezes, escolheu Dilma Rousseff mais duas. Aliás, poderíamos dizer que votou quatro vezes no Lula porque “teria votado em qualquer um que o homem indicasse, gostava demais dele”. Mas em 2018 Don João votou em Bolsonaro. Por que, Don João? “Ah, porque eu achei que o PT se meteu em roubalheira e não dava para votar nesse Alckmin aí, que só representa os ricos. Eu queria alguém novo, então dei uma chance para o Bolsonaro.”

Bolsonaro e "os seus" querem dar um golpe

O pacto mídia-Paulo Guedes

A pressão inconstitucional sobre o STF

Editorial do site Vermelho:

O Supremo Tribuna Federal (STF) retomará, na quinta-feira (7), o julgamento das Ações Diretas de Constitucionalidade, entre elas a ADC 54, impetrada pelo PCdoB, que pleiteiam a reafirmação da presunção de inocência assegurada no artigo 5º da Constituição Federal. O julgamento é precedido de forte pressão dos que têm poder econômico para impor ideias falsas como verdadeiras. Essa ofensiva está verbalizada principalmente nos grandes grupos mídia como argumentos em geral difíceis de comprovar, tortos na lógica e desmentidos pelos fatos. Ao analisá-los, a conclusão é óbvia: são ideias políticas, não jurídicas.

O fracasso do megaleilão do pré-sal

Moro usa PF para práticas bandidas

Por Jeferson Miola, em seu blog:                 

Sérgio Moro transformou a Polícia Federal em polícia política, mas também em instrumento para a execução de práticas bandidas, a mais recente delas o pedido de prisão da Dilma “num processo no qual ela não é investigada e nunca foi chamada a prestar qualquer esclarecimento”, como esclareceu a assessoria da ex-presidente em comunicado à imprensa.

Moro é um tramposo que corrompeu o sistema de justiça e cuja verdadeira identidade criminosa, antes disfarçada com a toga de juiz, foi totalmente desmascarada com as revelações do The Intercept.

Moro usa a PF para perseguir, ameaçar e destruir adversários. Ao mesmo tempo, controla a PF para proteger o clã Bolsonaro e impedir que os crimes dos milicianos e seus comparsas sejam investigados.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Folha, um jornal capacho

Por Gilberto Maringoni, no Diário do Centro do Mundo:

O editorial da Folha de S. Paulo intitulado “Na direção correta”, publicado hoje (5), é uma vergonha jornalística. Ao mesmo tempo, dá a exata medida da qualidade da oposição que a mídia faz ao governo Bolsonaro.

O jornal dos Frias desnuda-se em apologética defesa – a redundância é necessária – da política de corrosão sulfúrica do Estado brasileiro, capitaneada por Paulo Guedes.

Bolsonaro e sua fúria contra a cultura

Por Eric Nepomuceno

O pianista Miguel Proença foi expelido da presidência da Funarte.

E expelido grosseiramente, como é do feitio de tudo que se refere ao clã Bolsonaro e seus ministros.

Não que mereça gesto algum de solidariedade.

Afinal, ninguém, absolutamente ninguém – exceto os funcionários de carreira –, que participe desse governo merece nem vestígio de respeito ou tem sequer verniz de dignidade.

Ao longo de nove meses, sua passagem opaca e medíocre pela presidência da Funarte registra apenas a gestação de um vazio semelhante ao legado deixado por ele onde passou.

Propaganda de Moro nas barbas da Justiça

Por Fernando Brito, em seu blog:

Um tal “Cidadania Baiana” assina o anúncio, em busdoor, de promoção de Sergio Moro e seu pacote anticrime.

Instituição que, juridicamente, não existe.

Melhor, porém que anúncios semelhantes em Porto Alegre, segundo se diz cuja produção é paga por voluntários em espaços “doados” pelas empresas de mídia exterior.

Ditadura à vista no Brasil de Bolsonaro?

Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:

Creio que não resta mais dúvida de que há um método na loucura do presidente e de seu governo. Eu diria que é um método de aproximações sucessivas a um regime ditatorial. Relembrando a famosa frase da peça Hamlet, de Shakespeare, Há Um Método Nessa Loucura.

Toda vez que surge no noticiário uma acusação séria de crime ou desvio ético do presidente e seu governo, um membro da familícia Bolsonaro faz uma declaração bombástica, de caráter autoritário, que chama a atenção da mídia e leva para o segundo plano o crime ou desvio ético que em geral atinge pessoalmente o presidente ou um importante ministro do seu governo.

Mídia vira alvo do seu próprio veneno

Por Ângela Carrato, no blog Viomundo:

Desde que assumiu a presidência da República, Jair Bolsonaro já fez mais de 90 agressões à imprensa.

Elas envolvem desde constrangimentos a profissionais que atuam em jornais, revistas, rádios, TVs e portais, passando por ironias, pedidos de “cabeças” e até ameaças aos empresários do setor.

A estatística, que integra um levantamento elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), indica que o intervalo entre essas agressões foi, em média, de três dias. O que aponta uma constância que não pode ser atribuída ao acaso.

De todas essas ameaças, as mais graves aconteceram na semana passada e tiveram como alvo a TV Globo e o jornal Folha de S. Paulo.