domingo, 14 de junho de 2020
As esquerdas e a frente antifascista
Por Roberto Amaral, em seu blog:
As considerações que se seguem partem do princípio de que, no campo das esquerdas e das forças progressistas e democráticas de um modo geral, já de há muito foi identificado o adversário comum e primeiro: o bolsonarismo, pelo que é e pelo que representa, enquanto governo e emergência da extrema direita (desafio orgânico e ideológico), mas, igualmente, como projeto, em curso, de ruptura do processo democrático.
As considerações que se seguem partem do princípio de que, no campo das esquerdas e das forças progressistas e democráticas de um modo geral, já de há muito foi identificado o adversário comum e primeiro: o bolsonarismo, pelo que é e pelo que representa, enquanto governo e emergência da extrema direita (desafio orgânico e ideológico), mas, igualmente, como projeto, em curso, de ruptura do processo democrático.
A guerra bolsonarista: Hasselmann x Zambelli
Por André Barrocal, na revista CartaCapital:
As deputadas Joice Hasselmann e Carla Zambelli, do PSL paulista, estão em guerra, a ponto de a primeira acusar a segunda ao Supremo Tribunal Federal (STF) de três crimes. Jair Bolsonaro diverte-se com o enrosco em fake news por parte de Joice, sua ex-líder no Congresso, e pede ao STF que a ponha na lista de investigados do inquérito que mira as milícias digitais presidenciais.
A batalha é reveladora dos métodos barra-pesada do bolsonarismo, a incluir alegado roubo de informações e, talvez, aquele serviço particular de inteligência que o presidente diz ter.
Métodos que, nesse caso, estão a serviço não só da luta política, mas também da tentativa de salvar a pele de um filho do ex-capitão, o deputado federal Eduardo.
A batalha é reveladora dos métodos barra-pesada do bolsonarismo, a incluir alegado roubo de informações e, talvez, aquele serviço particular de inteligência que o presidente diz ter.
Métodos que, nesse caso, estão a serviço não só da luta política, mas também da tentativa de salvar a pele de um filho do ex-capitão, o deputado federal Eduardo.
A pandemia dissecou a tirania de Bolsonaro
Por Guilherme Antonio Fernandes e Sara Toledo, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
O desinteresse que Jair Bolsonaro tem mostrado em relação ao combate à pandemia que devasta e ceifa a vida de tantos brasileiros demonstra a face mais sombria de uma pessoa que não apresenta qualquer conexão com os rumos da sociedade brasileira. Bolsonaro, além de perdido e sem horizonte para oferecer ao país, parece estar cada vez mais desinteressado em tentar, ao menos, disfarçar que governa para seus familiares e amigos, e não para o povo brasileiro. É evidente que seu governo tem apenas uma preocupação particular.
Os militares voltaram dispostos a ficar
Por Jeferson Miola, em seu blog:
1.
Os militares voltaram dispostos a ficar.
Desde o fim da ditadura [1985] eles se organizam política e ideologicamente e se preparam silenciosamente para retomar o comando do país – sob os olhares desatentos, ingênuos e negligentes dos governos civis e de toda sociedade brasileira.
Argentina, Uruguai e mesmo o Chile, depois que derrubaram suas ditaduras, definiram com clareza a subordinação das Forças Armadas ao poder civil, o afastamento das Armas do palco político e o papel profissional e exclusivo delas na defesa nacional.
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Os militares voltaram dispostos a ficar.
Desde o fim da ditadura [1985] eles se organizam política e ideologicamente e se preparam silenciosamente para retomar o comando do país – sob os olhares desatentos, ingênuos e negligentes dos governos civis e de toda sociedade brasileira.
Argentina, Uruguai e mesmo o Chile, depois que derrubaram suas ditaduras, definiram com clareza a subordinação das Forças Armadas ao poder civil, o afastamento das Armas do palco político e o papel profissional e exclusivo delas na defesa nacional.
As portas do inferno no Brasil
Por João Guilherme Vargas Netto
Que a rua 25 de Março do comércio popular em São Paulo esteja cheia de gente a culpa é dos porteiros que abriram as portas do inferno. As aglomerações ali e em muitas outras cidades e ruas provocarão, é certo, um repique da doença.
Tal crime foi fortemente criticado na última reunião virtual das centrais sindicais cujos dirigentes são contrários ao relaxamento, à ida às ruas e à superlotação dos transportes públicos.
Uma das consequências paradoxais do avanço descontrolado da doença, das mortes e da exaustão dos serviços de saúde, é a perda de rumo de inúmeros governantes, municipais ou estaduais, pressionados pelos comerciantes e confundidos pelo presidente da República, que afrouxaram as regras do isolamento social e serão responsáveis em curto prazo por milhares de novas mortes e milhões de novos adoecidos.
Que a rua 25 de Março do comércio popular em São Paulo esteja cheia de gente a culpa é dos porteiros que abriram as portas do inferno. As aglomerações ali e em muitas outras cidades e ruas provocarão, é certo, um repique da doença.
Tal crime foi fortemente criticado na última reunião virtual das centrais sindicais cujos dirigentes são contrários ao relaxamento, à ida às ruas e à superlotação dos transportes públicos.
Uma das consequências paradoxais do avanço descontrolado da doença, das mortes e da exaustão dos serviços de saúde, é a perda de rumo de inúmeros governantes, municipais ou estaduais, pressionados pelos comerciantes e confundidos pelo presidente da República, que afrouxaram as regras do isolamento social e serão responsáveis em curto prazo por milhares de novas mortes e milhões de novos adoecidos.
sábado, 13 de junho de 2020
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