quarta-feira, 8 de julho de 2020
Bolsonaro e as previsões econômicas sombrias
Editorial do site Vermelho:
Até mesmo o Banco Mundial, que em essência não diverge da agenda fiscalista de Bolsonaro, projeta uma derrocada da economia este ano, ao contrário do falso otimismo de Paulo Guedes, que semeia a ilusão de que o Brasil vai surpreender e se recuperará rapidamente
A previsão do Banco Mundial de que a economia brasileira vai encolher 8% em 2020 deveria ser o centro das atenções do governo. A instituição se baseia em fatores altamente subjetivos, como as medidas de mitigação à pandemia do Covid-19 – entre elas, a queda acentuada do investimento e dos preços das commodities –, mas o prognóstico não deixa de ter consistência. Até porque as causas alegadas se ligam ao papel do Estado.
Até mesmo o Banco Mundial, que em essência não diverge da agenda fiscalista de Bolsonaro, projeta uma derrocada da economia este ano, ao contrário do falso otimismo de Paulo Guedes, que semeia a ilusão de que o Brasil vai surpreender e se recuperará rapidamente
A previsão do Banco Mundial de que a economia brasileira vai encolher 8% em 2020 deveria ser o centro das atenções do governo. A instituição se baseia em fatores altamente subjetivos, como as medidas de mitigação à pandemia do Covid-19 – entre elas, a queda acentuada do investimento e dos preços das commodities –, mas o prognóstico não deixa de ter consistência. Até porque as causas alegadas se ligam ao papel do Estado.
Os vis liberais amigos do fascismo
Por Tarso Genro, no site Sul-21:
Em 19 de julho de 1922 quando Benito Mussolini fala no Parlamento, reforçado pelo terror das suas forças irregulares, os “Fasci de Combattimento” estão organizados e em plena ação criminosa nas ruas e nos campos italianos. São ex-soldados e oficiais, que lutaram na Primeira Guerra – marginais aventureiros sem rumo – desempregados famintos e sociopatas de todas as origens de classe. Estas forças arremeteram, já armadas, contra os camponeses, os sindicatos, os intelectuais e as organizações políticas democráticas da sociedade.
Em 19 de julho de 1922 quando Benito Mussolini fala no Parlamento, reforçado pelo terror das suas forças irregulares, os “Fasci de Combattimento” estão organizados e em plena ação criminosa nas ruas e nos campos italianos. São ex-soldados e oficiais, que lutaram na Primeira Guerra – marginais aventureiros sem rumo – desempregados famintos e sociopatas de todas as origens de classe. Estas forças arremeteram, já armadas, contra os camponeses, os sindicatos, os intelectuais e as organizações políticas democráticas da sociedade.
Incompetente, Bolsonaro ataca Paulo Freire
Por Carlos Pompe
O presidente Jair Bolsonaro admitiu, nesta terça-feira, 7, que a Educação brasileira não está dando certo. Ele confessou, também, que as pessoas rejeitam o convite ao ver a situação do Ministério da Educação (MEC). “Muitas pessoas querem ser ministros para colaborar com o futuro do Brasil, mas quando vê o tamanho do problema, a gente em comum acordo diz que fica difícil trabalhar dessa maneira. Ninguém quer chegar lá dando murro em ponta de faca, mas a realidade que nós devemos ter em nossas cabeças sobre a questão da educação é que não está dando certo”, disse.
O presidente Jair Bolsonaro admitiu, nesta terça-feira, 7, que a Educação brasileira não está dando certo. Ele confessou, também, que as pessoas rejeitam o convite ao ver a situação do Ministério da Educação (MEC). “Muitas pessoas querem ser ministros para colaborar com o futuro do Brasil, mas quando vê o tamanho do problema, a gente em comum acordo diz que fica difícil trabalhar dessa maneira. Ninguém quer chegar lá dando murro em ponta de faca, mas a realidade que nós devemos ter em nossas cabeças sobre a questão da educação é que não está dando certo”, disse.
Brasil, um país enviesado
Por Flavio Aguiar, de Berlim
Quando olho para o Brasil, aqui dos longes europeus, mas tão de perto, na tela do meu computador, o que vejo?
Uma enorme balbúrdia.
Uma torre de Babel sem Deus que a redima nem destrua.
Às esquerdas, vejo debates de sempre: trata-se de uma Frente Ampla ou Popular?
Ou ambas, combinadas em diferentes proporções?
Discute-se sem parar o sexo dos manifestos, como em Constantinopla, segundo a legenda, discutia-se o dos anjos diante da invasão turca que chegava.
Há uma diferença.
Quando olho para o Brasil, aqui dos longes europeus, mas tão de perto, na tela do meu computador, o que vejo?
Uma enorme balbúrdia.
Uma torre de Babel sem Deus que a redima nem destrua.
Às esquerdas, vejo debates de sempre: trata-se de uma Frente Ampla ou Popular?
Ou ambas, combinadas em diferentes proporções?
Discute-se sem parar o sexo dos manifestos, como em Constantinopla, segundo a legenda, discutia-se o dos anjos diante da invasão turca que chegava.
Há uma diferença.
terça-feira, 7 de julho de 2020
Demissões e o carrão blindado de Guedes
Por Altamiro Borges
Com o país totalmente desgovernado – não tem sequer ministro titular da Saúde –, a Covid-19 segue matando milhares e desgraçando a vida de milhões, com desemprego, arrocho salarial e precarização. No setor aéreo, por exemplo, a tragédia é total. A agência Reuters informa que a companhia Azul já demitiu mais de mil funcionários.
O facão representa 7% do quadro funcional da empresa, que era de 13.698 trabalhadores no fim de março. "Além das demissões, a Azul abriu um programa envolvendo demissão voluntária, aposentadoria antecipada e licença não remunerada que afirma ter tido adesão de mais de 2 mil tripulantes".
Com o país totalmente desgovernado – não tem sequer ministro titular da Saúde –, a Covid-19 segue matando milhares e desgraçando a vida de milhões, com desemprego, arrocho salarial e precarização. No setor aéreo, por exemplo, a tragédia é total. A agência Reuters informa que a companhia Azul já demitiu mais de mil funcionários.
O facão representa 7% do quadro funcional da empresa, que era de 13.698 trabalhadores no fim de março. "Além das demissões, a Azul abriu um programa envolvendo demissão voluntária, aposentadoria antecipada e licença não remunerada que afirma ter tido adesão de mais de 2 mil tripulantes".
Cultor da morte, Bolsonaro persegue máscara
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Nesta segunda-feira (6), Bolsonaro ampliou os vetos que apôs ao projeto do Congresso tornando obrigatório o uso de máscaras em várias situações.
Dispensou também a obrigação de uso nas penitenciárias, onde há milhares de infectados e já ocorrem muitos óbitos.
Canetou ainda o artigo que obrigava os estabelecimentos a fixar cartazes informando sobre o uso correto da máscara.
Na sexta-feira, com os primeiros vetos, já dispensa da exigência as igrejas, estabelecimentos comerciais, escolas e prédios públicos, incluindo os que abrigam órgãos governamentais.
Felizmente o Brasil é uma federação.
Nesta segunda-feira (6), Bolsonaro ampliou os vetos que apôs ao projeto do Congresso tornando obrigatório o uso de máscaras em várias situações.
Dispensou também a obrigação de uso nas penitenciárias, onde há milhares de infectados e já ocorrem muitos óbitos.
Canetou ainda o artigo que obrigava os estabelecimentos a fixar cartazes informando sobre o uso correto da máscara.
Na sexta-feira, com os primeiros vetos, já dispensa da exigência as igrejas, estabelecimentos comerciais, escolas e prédios públicos, incluindo os que abrigam órgãos governamentais.
Felizmente o Brasil é uma federação.
Perigoso, Moro nunca deixou de ser tolo
Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo:
Há um provérbio que diz: “Até um tolo pode passar por sábio e inteligente se ficar calado.”
Assim era Sergio Moro quando titular da 13a. Vara de Justiça Federal de Curitiba.
Como juiz, falava pelas sentenças - que talvez nem escrevesse, já que na magistratura não é raro que esse trabalho fique a cargo de um escrivão.
Nas raras vezes em que tinha de falar, desafinava, não apenas literalmente, já que a voz dele é fina.
Confrontado, demorava a responder e, quando respondia, dizia às vezes frases sem nexo.
Por exemplo, no primeiro depoimento prestado por Lula, ele disse há blogs que patrocinavam o ex-presidente.
Assim era Sergio Moro quando titular da 13a. Vara de Justiça Federal de Curitiba.
Como juiz, falava pelas sentenças - que talvez nem escrevesse, já que na magistratura não é raro que esse trabalho fique a cargo de um escrivão.
Nas raras vezes em que tinha de falar, desafinava, não apenas literalmente, já que a voz dele é fina.
Confrontado, demorava a responder e, quando respondia, dizia às vezes frases sem nexo.
Por exemplo, no primeiro depoimento prestado por Lula, ele disse há blogs que patrocinavam o ex-presidente.
Augusto Aras: O cão de guarda de Bolsonaro
Por André Barrocal, na revista CartaCapital:
Um pastor maremano abruzês, raça de origem italiana, surgiu no mês passado no Palácio da Alvorada e os inquilinos, Jair e Michelle Bolsonaro, resolveram adotá-lo.
O cachorro tinha dono, um frentista de 25 anos, e nome, Zeus, mas o casal não sabia.
Antes de o frentista ir buscá-lo de volta em 30 de junho, após ver umas fotos na internet, o clã presidencial batizou o pet de Augusto.
Curioso.
É o nome do procurador-geral da República escolhido por Bolsonaro.
Augusto Aras é o “PGR de estimação” do presidente, brincam alguns colegas.
Um pastor maremano abruzês, raça de origem italiana, surgiu no mês passado no Palácio da Alvorada e os inquilinos, Jair e Michelle Bolsonaro, resolveram adotá-lo.
O cachorro tinha dono, um frentista de 25 anos, e nome, Zeus, mas o casal não sabia.
Antes de o frentista ir buscá-lo de volta em 30 de junho, após ver umas fotos na internet, o clã presidencial batizou o pet de Augusto.
Curioso.
É o nome do procurador-geral da República escolhido por Bolsonaro.
Augusto Aras é o “PGR de estimação” do presidente, brincam alguns colegas.
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