segunda-feira, 31 de maio de 2021

domingo, 30 de maio de 2021

O “ministério paralelo” de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Em entrevista à GloboNews neste domingo (30), o senador Renan Calheiros, relator da CPI do Genocídio, afirmou que a comissão já possui provas concretas de que integrantes do chamado “ministério paralelo” da Saúde reuniam-se todos os dias com o “capetão” Jair Bolsonaro. O que tramaram? Quais interesses defenderam?

“Acho que já temos muita coisa comprovada com relação à existência do ‘gabinete paralelo’. Já temos até o número de reuniões que eles tiveram. Estamos com vários integrantes dessa consultoria paralela, especialíssima, porque despachava todos os dias com o presidente da República”, afirmou o emedebista alagoano à emissora por assinatura.

No setor elétrico, alta nas contas e apagões

Por Altamiro Borges

E ainda tem otário que acredita nas bravatas privatistas de Bolsonaro/Guedes e da mídia neoliberal. No caso do setor de energia, o sistema é sucateado e privatizado e as coisas só pioram para o povão. Nesta sexta-feira (28), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que, durante todo o mês de junho, vai vigorar no país o patamar 2 da bandeira tarifária.

Com isso, um valor adicional de R$ 6,24 para cada 100 kWh de energia consumido será cobrado nas contas de luz dos clientes. É a primeira vez no ano que a agência aciona a bandeira vermelha nível-2. Em maio, já vigorou a nível-1, com adicional de R$ 4,16 para cada 100 kWh consumidos. E a situação tende a piorar nos próximos meses.

Atos do 'Fora Bolsonaro' repercutem no mundo

Manaus, 29/5/21. Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real
Por Altamiro Borges

Os protestos pelo "Fora Bolsonaro" neste sábado (29) repercutiram na imprensa estrangeira. Segundo balanço parcial das entidades organizadoras, ocorreram atos em 213 cidades brasileiras e em 14 no exterior – que reuniram cerca de 420 mil pessoas. Todas as principais agências internacionais de notícias cobriram as manifestações, principalmente as das capitais.

O jornal britânico The Guardian, um dos mais prestigiados do mundo, foi um dos que deu maior destaque aos protestos. “Dezenas de milhares de manifestantes foram às ruas das maiores cidades do Brasil para exigir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro por sua resposta catastrófica a uma pandemia de coronavírus que ceifou quase meio milhão de vidas de brasileiros", afirma um dos trechos da reportagem.

Emissoras de TV abafam atos do 'Fora Bolsonaro'

Av. Paulista, 29/5/21. Foto: Allan White/Fotos Públicas
Por Altamiro Borges

As emissoras privadas de tevê – que exploram concessões públicas – sempre sabotaram os movimentos sociais, omitindo ou ofuscando as suas iniciativas. Neste sábado (29) de massivas e unitárias manifestações pelos "Fora Bolsonaro", mesmo as TVs que criticam o fascismo e obscurantismo do "capetão" evitaram dar holofotes aos atos que agitaram todo o país.

A cobertura sacana chamou a atenção de Mauricio Stycer em sua coluna no site UOL: "Os protestos contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido), registrados neste sábado em ao menos 22 estados e no Distrito Federal, não mereceram maior destaque nos principais telejornais na TV aberta brasileira", escreveu.

Desemprego bate novo recorde com Bolsonaro

Bolsonaro sofreu derrota decisiva nas ruas

Rio de Janeiro, 29/5/21. Foto: Mídia Ninja
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Havia um elemento fundamental em jogo nos protestos deste sábado – a autoconfiança da população brasileira para seguir na luta contra o flagelo Bolsonaro.

No plano das instituições que oxigenam a democracia, Bolsonaro tem sofrido derrotas agudas e frequentes – como se vê na CPI e nas decisões recentes do STF. Como se vê pelos grandes grupos de mídia, há muito o grande capital abandonou o alinhamento automático, de olhos fechados.

Embora não tenha sido capaz de encarar e resolver um caso grave de indisciplina, a hierarquia militar não esconde o mal-estar pelo palanque de Pazuello.

No plano internacional, o bolsonarismo tornou-se um caso de anedota: sua diplomacia conseguiu brigar com Washington e Pequim ao mesmo tempo.

A esquerda reviu-se no espelho da rua

Brasília, 29/5/21. Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:

A “explicação” bem-humorada de que cães pequenos não vacilam em avançar sobre animais maiores é de ele não têm espelhos para ver seu verdadeiro tamanho.

Na política, a rua acaba por fazer este papel refletivo, embora saiba-se que impreciso e algo distorcido pelos olhos de quem o vê.

Ontem, depois de mais de um ano, as forças do progresso e do humanismo voltaram, com todos os justificáveis receios que impediram que em número muito maior, a verem-se neste espelho, onde só apareciam, há tempos, as falanges bolsonaristas que, embora esvaziadas, inflavam-se por expedientes – carreatas, “cavaladas”, motocicletas – que dissimulavam sua magrém. Palavra que, além de magreza, no Nordeste significa também, como para Bolsonaro, a estação da seca.

Bolsonaro despreza os trabalhadores

Retirantes/Cândido Portinari
Editorial do site Vermelho:


O recorde de desemprego, que chegou a 14,8 milhões de pessoas no primeiro trimestre e corresponde a 14,7% da força de trabalho, é mais um sintoma da tragédia social causada pelo governo Bolsonaro. São números inéditos desde a série iniciada em 2012. Comparados aos três meses finais de 2020, o acréscimo foi de 880 mil trabalhadores desempregados . As causas podem ser encontradas na negligência em relação à vacinação, decorrência, na essência, de uma política econômica que não leva em consideração, minimamente que seja, a situação do povo.

Avalanche nas ruas para conter o fascismo

Porto Alegre, 29/5/21.Foto: Luiz Damasceno/Mídia Ninja
Por Jeferson Miola, em seu blog:


“Fascistas, não passarão!

Vocês querem ditadura,

nós queremos Revolução!”

Setores de juventudes no 29M em Porto Alegre.

A avalanche democrática e popular que tomou conta das ruas das principais cidades do Brasil neste 29 de maio [29M] é o rechaço mais poderoso a Bolsonaro e ao governo fascista-militar controlado pelo partido fardado.

Governos militaristas não chegam ao fim por vontade própria, nem mesmo quando perdem eleições por eles manipuladas.

Por isso, não se pode alimentar ilusões quanto à disposição do governo militar em “largar o filé” caso não consigam eleger seu candidato em 2022 para continuarem o projeto de poder que pretendem seja duradouro.

A resistência do povo colombiano

Capitalismo digital e a luta de classes

Por que a vacinação atrasa no Brasil?

A mega passeata em SP pelo impeachment

Bolsonaro e o "gabinete paralelo"