domingo, 12 de setembro de 2021

Instituições mereciam destino melhor

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:


De onde menos se espera é que não sai nada mesmo. A reação dos presidentes da Câmara e do Senado, do Supremo Tribunal Federal e do Procurador Geral da União se resumiu a uma sequência de vexames. As chamadas instituições, por meio de seus representantes, depois de enxovalhadas grosseiramente por Bolsonaro, numa fila de crimes vomitados no 7 de setembro, não reagiram à altura. É preciso ser muito ingênuo para alimentar expectativas com Lira, Pacheco, Fux e Aras.

Bolsonaro foi humilhado por Moraes

Por Moisés Mendes, no site Brasil-247:


Depois de ouvir o pedido de trégua de Bolsonaro, Alexandre de Moraes não precisa perder tempo pensando no que deve fazer.

Não há encruzilhadas. Só há um rumo bem iluminado diante do ministro: seguir em frente.

Moraes não precisa mais provar a ninguém que não teme Bolsonaro e a estrutura militar e miliciana que o sustenta.

Mas não pode oferecer dúvidas aos que possam acreditar que andará para os lados ou que reduzirá o ímpeto do inquérito das fake news e dos atos pró-golpe.

Moraes não deve se preocupar em fortalecer a certeza de que continuará agindo para esclarecer o envolvimento dos filhos de Bolsonaro e dos cúmplices deles na produção de notícias falsas e de difamações e na organização de manifestações pró-ditadura.

O país onde a realidade não importa

Por Fernando Brito, em seu blog:


Fala-se, com razão, todo o tempo sobre a nota de Bolsonaro finge que não aconteceu o que todos viram que aconteceu no Sete de Setembro e que “o calor do momento” tem o condão de fazer evaporar as palavras ditas nos palanques.

Mas não é o presidente da República o único participante deste torneio nacional de cinismo e hipocrisia.

Longos parágrafos, nos discursos do presidente da Câmara, Arthur Lira, e do Supremo Tribunal Federal, Luís Fux, foram dedicados a destacar o caráter “pacífico e democrático” das manifestações.

Todo mundo viu que centenas, milhares de faixas e cartazes pediam o fechamento do Supremo, da Câmara e do Senado, a cassação de seus integrantes e a “intervenção militar com Bolsonaro no poder”.

Brasil velho de guerra, com STF e com tudo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:


Ontem foi um jorrar de informações jornalísticas, boatos, rumores de toda ordem.

Juntando todos os elementos em uma narrativa lógica, é possível entender o que está por trás das loucuras e do recuo de Jair Bolsonaro.

Peça 1 – Bolsonaro perde os caninos

A peça central dessa ópera bufa são as investigações das fake news, conduzidas pelo Ministro Alexandre de Moraes. Elas continuaram avançando, aparentemente chegaram ao destino final – os financiadores – e colocaram na alça de mira o filho Carlos Bolsonaro e o próprio Jair.

É esse fato que gerou todos os desequilíbrios de Bolsonaro e induziu-o aos desafios à democracia, nos eventos de 7 de Setembro, e à sua tentativa de antecipar o golpe de Estado marcado para 2022.

O dia depois da farsa

Por Roberto Amaral, em seu site:


O 7 de setembro de Jair Bolsonaro vai para a história como o 18 Brumário que não deu certo. A farsa grotesca, pré-anunciada pelo desfile das relíquias da marinha no último 30 de agosto, afastou o temido trago da tragédia prometida, mas não deve ser vista como ameaça de todo debelada: continuará conosco por um ainda largo tempo, pois durará enquanto não for alterada a presente correlação de forças e removido o atual polo hegemônico, em cujo diretório têm assento os fardados, os herdeiros da casa grande, os procuradores do grande capital e os delegados do império do norte: o 1% de brancos ricos e milionários que nos governa, sem alternância desde a remota origem colonial.

Lula é o pano de fundo da “operação Jucá”

Por Jeferson Miola, em seu blog:


1.

É razoável aventar-se a possibilidade de Lula ter sido o fator gerador da “operação Jucá” deflagrada pelas classes dominantes e seu bando armado para blindar Bolsonaro.

Lula funciona como uma assombração para os poderosos. Ele é a principal ameaça à continuidade do empreendimento de saqueio do Brasil inaugurado com o golpe contra Dilma.

O establishment, incapaz de vencer Lula dentro das regras da democracia, não abdica nem mesmo da pior das vilanias, que é a destruição da própria democracia, para impedir o retorno dele à presidência da República.

Como anda a indicação de Mendonça ao STF

Por Naian Lopes, no Diário do Centro do Mundo:


Depois que Bolsonaro ameaçou colocar fogo na república no 7 de setembro e voltou atrás ninguém falou nada.

Mas o fato é que ainda não se sabe o que vai acontecer com a indicação de André Mendonça para o STF. Por culpa do próprio presidente, o nome vem encontrando resistência em vários segmentos, inclusive no Supremo e no Senado.

O DCM conversou com atores políticos ontem (10) e questionou em que pé está a indicação de André Mendonça.

A resposta foi unânime: “do mesmo jeito, parada”.

Bolsonaro frustra sua base. ‘O mito murchou’

Charge: https://www.instagram.com/jorgeomau/
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A “Declaração à Nação” de Jair Bolsonaro, divulgada nesta quinta-feira (9), virtualmente pedindo desculpas – inclusive ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal – pelo seu comportamento no dia 7 de setembro é considerada por analistas e parlamentares uma capitulação.

“O mito murchou”, diz o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG). Para ele, o recuo inesperado contido na carta de Bolsonaro causa sensação de frustração e decepção nas hostes bolsonaristas. “Eles queriam um deus. Fizeram até uma estátua de madeira para ele, e o deus deles arregou.”

Na opinião de Delgado, Bolsonaro “ficou empolgado” com os gastos de dinheiro dos empresários amigos da soja e de igrejas. “Falou besteira, e o maior prejudicado de tudo o que aconteceu nos dias 7, 8 e 9 foi ele mesmo. Tanto que reconhece, ao murchar”, diz o deputado.

Os tutores da República vestem verde-oliva

Por Leneide Duarte-Plon, no site Carta Maior:


"O Exército vai deixar Lula voltar ao poder?" (Libération, 7 de setembro de 2021)

"Cúpula militar garante posse se PT ganhar" (Relatório Reservado, 30 de outubro a 5 de novembro de 1989)

"Leônidas com Collor, faz tudo contra Lula" (Relatório Reservado, 20 a 26 de novembro de 1989)

"Sarney temia forte reação militar à vitória de Lula" (Relatório Reservado, 1 a 7 de janeiro de 1990).

Entre o título do jornal de esquerda francês, "Libération", e os outros três do "Relatório Reservado" - uma newsletter brasileira de negócios, finanças e política – se passaram mais de 30 anos.

Mas a especulação sobre a possível interferência militar nas eleições presidenciais brasileiras permanecem. E revela um país tutelado desde o golpe de Estado militar que proclamou a República.

sábado, 11 de setembro de 2021

Ivermectina nos EUA: “você não é cavalo”

Bolsonaro, o exemplo de um tiro no pé!

A geopolítica mundial e a "lawfare"

Recuo ou estratégia para novo ataque?

O grande impasse nacional pós 7 de Setembro

Os falsos patriotas e o 7 de Setembro

Os bilionários da Forbes e os pobres

Após o recuo, o novo tempo do jogo político

Até quando Bolsonaro vai se comportar?

Banqueiros querem seus 288% de juros anuais

Bolsonaro arregou: "Declaração à nação"