segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Crescimento e inclusão social

Por Eduardo Fagnani, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:


Políticas sociais e econômicas são faces da mesma moeda. Para alcançar o bem-estar social não basta boa política econômica, que vise ao crescimento e à equidade. Também é necessária boa política social que transfira renda e amplie o acesso universal aos bens e serviços públicos.

O crescimento da riqueza é condição necessária para o desenvolvimento. Já no prefácio de Estado do futuro, Gunnar Myrdal (1962, p.56) observa que é “irrefutável e patente” que a ampliação dos investimentos, da produção e da renda se constitui na mais essencial das condições para a ampliação do bem-estar social. Por isso, dizia Myrdal naqueles tempos, “em todos os países estamos, hoje, lutando pelo desenvolvimento econômico”, principalmente os países mais pobres, conscientes da necessidade do progresso material para o bem-estar social.

domingo, 18 de janeiro de 2015

A mídia e o desrespeito às religiões

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em meados dos anos 90, um bispo evangélico chutou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida em um programa da TV Record. Houve comoção nacional. A Globo aproveitou o incidente para conduzir uma feroz campanha contra o bispo e a Record.

O episódio resultou na demissão do bispo, no seu afastamento da sua igreja e em pedido de desculpas da Record.

Aécio Neves e o Caixa-2 milionário

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Rio de Janeiro representou contra oito deputados eleitos, sendo quatro federais e quatro estaduais, por fazerem material gráfico da campanha de 2014 "por fora" do que consta das notas fiscais, segundo os procuradores, caracterizando caixa 2.

O grosso da denúncia envolve caciques do PMDB dissidente que apoiaram o voto "Aezão", ou seja, Luiz Fernando Pezão (PMDB) para governador e Aécio Neves (PSDB) para presidente. O deputado estadual e presidente do PMDB fluminense, Jorge Picciani, e seus dois filhos, o deputado federal Leonardo Picciani e o estadual Rafael Picciani, gastaram mais de R$ 1 milhão cada um em material gráfico "por fora", sempre segundo a PRE-RJ.

O Brasil e os refugiados do mundo

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O Conare, do Ministério da Justiça, informa que, em 2014, aumentou em três vezes a concessão de refúgio pelo Brasil, para 2.320 estrangeiros beneficiados, com relação ao ano anterior. A maior parte dos refúgios foi concedida para sírios, seguidos de libaneses, devido à caótica situação vivida pelo Oriente Médio e o Norte da África, depois a esparrela da “Primavera Árabe”, que só gerou golpes, destruição e morte na região.

O mundo segundo Mafalda

Por Dandara Lima, no site da UJS:

A exposição “O mundo segundo Mafalda”, que comemora os 50 anos da personagem, chegou a São Paulo no dia 17 de dezembro e fica até o dia 28 de fevereiro, na Praça das Artes, com entrada gratuita.

A exposição foi idealizada pela conterrânea de Quino, Sabina Villagra, e trazida ao Brasil pela Fundação Theatro Municipal de São Paulo em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e o programa São Paulo Carinhosa, da primeira-dama da capital Ana Estela Haddad.

Mídia é contra a liberdade de expressão

Por Miguel do Rosário, no blog Tijolaço:

É preciso enterrar esta mentira.

A mídia brasileira não defende a liberdade de expressão.

Nem absoluta, nem parcial, nem nenhum tipo de liberdade de expressão.

A única liberdade que a mídia conhece é aquela que lhe interessa comercialmente.

Guerra ao terror e a narrativa da mídia

A punhalada fiscal de Levy e Dilma

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

Foi uma punhalada nas costas”, resumiu Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores, ao se referir às Medidas Provisórias 664 e 665, de redução de direitos trabalhistas e proteção social editadas pelo governo Dilma Rousseff no fim de dezembro. As decisões dificultam o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial, à pensão por morte, ao auxílio-doença e ao seguro-defeso pago aos pescadores no período de proibição da sua atividade. A justificativa é combater fraudes e cortar 18 bilhões de reais nas despesas da União, parte do ajuste fiscal de, no mínimo, 60 bilhões definido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para atingir um superávit primário de 1,2% do PIB.

Somos todos Manchetômetro!

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

No momento em que o conservadorismo captura o tema da liberdade de expressão para, mais uma vez, colocá-lo ao abrigo das suas conveniências, servindo-se agora da justa comoção causada pelo massacre terrorista contra o Charlie Hebdo, uma fresta se abre na esférica blindagem do oligopólio midiático brasileiro.

Mídia investe contra o Papa Francisco

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Finalmente a mídia começou a criticar o Papa Francisco.

Demorou, visto que o papa representa o exato oposto daquilo pelo que se batem os donos das grandes empresas jornalísticas.

Desde o primeiro momento de seu pontificato, Francisco tomou o partido dos pobres. Em quase todos os seus pronunciamentos, ele investe contra a desigualdade social.

As causas do terror na França

¨Não somos palhaços"
Editorial do jornal Brasil de Fato:

O massacre, ocorrido na sede do jornal satírico Charlie Hebdo, dia 7 de janeiro, em Paris, que provocou a morte de 12 pessoas, é um crime horrível e inaceitável. Além da nossa solidariedade e apoio aos familiares e amigos das vítimas, merece o repúdio de todos. Os motivos e as causas desse crime abominável devem ser esclarecimento à sociedade. E que a verdade venha à luz para que essas práticas criminosas sejam coibidas definitivamente.

A lógica da oposição contra Dilma

Editorial do site Vermelho:

O cenário político segue marcado pela continuidade da ofensiva oposicionista visando a imobilizar e desgastar o governo da presidenta Dilma.

Articulando a ação do campo conservador com o forte impulso da mídia monopolizada, o sistema oposicionista usa todo o seu poder para influenciar a condução das investigações no curso da chamada “Operação Lava Jato”.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Dez dicas para viver sem água em SP

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Inspirado no grande Iberê Thenório, do Manual do Mundo, que mostrou como lavar um carro com menos de um copo de água e como gastar muito pouco no chuveiro, trago dez dicas para se viver com menos de um litro de água por dia. Agrupei técnicas milenares sobre as quais já havia rabiscado algumas linhas aqui e listo as recomendações – porque 2015 promete ser um ano com torneiras em crise de identidade em São Paulo.

Levy e o jornalismo de portaria

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, decidiu restringir a presença de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas na portaria do ministério durante sua chegada. A novidade, criticada por jornalistas e publicada em nota pela Folha de S. Paulo na sexta-feira (16/1), tem provavelmente sua origem na sucessão de especulações que vêm sendo publicadas pela imprensa sobre possíveis mudanças nas regras da economia.

Cecília Malan e a cortina da ilusão

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Trabalhar ao vivo, na televisão, é sempre muito complicado. Os críticos de sofá não têm a mínima ideia do que o repórter já enfrentou antes de aparecer na telinha para dar as informações mais recentes.

Para complicar, quem está do lado de cá não imagina o que está sendo dito naquele fone no ouvido do repórter. “Acelera”, “corta”, “acabou”, “fala mais um pouco” - eu mesmo já ouvi de tudo enquanto tentava desenvolver um raciocínio ao vivo, com limite de tempo e “segurando” toda a emissora.

Publicidade e o monopólio da mídia

Manifesto da Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom):

A realidade dos meios de comunicação no Brasil aponta, cada vez mais, para dois tipos de concentração: o da informação e o das verbas publicitárias.

O maior anunciante público do país, o governo federal, em 2013 investiu 2,3 bilhões de reais em publicidade. Desse total, 1,5 bilhão foi para TV; 309 milhões para jornais e revistas; 176 milhões para rádio; 139 milhões para Internet e 176 milhões em outras mídias. Do montante investido em TV, 1,3 bilhões (86%) foram direcionados para as cinco grandes redes de sinal aberto, sendo que só a Globo ficou com cerca de 570 milhões.

A Petrobras e os inimigos do Brasil

Por Bepe Damasco, em seu blog:

O mundo vive uma situação delicada. Os efeitos da grave crise financeira de 2008 ainda abalam as economias dos países do capitalismo central, que oscilam entre a estagnação e a reação tímida, com taxas de desemprego alarmantes, concentradas especialmente na população jovem.

A China pisa no freio do crescimento, prejudicando as exportações de commodities de países em desenvolvimento como o Brasil. O comércio global esfria. Para piorar, o preço do barril do petróleo despenca no mercado internacional, jogando numa zona de sombras e incertezas o pré-sal, projeto estratégico do Brasil. Economias dependentes basicamente da receita do petróleo, como Venezuela, Rússia e Irã, ligam o sinal amarelo.

TV comunitária sofre atentado em Taubaté

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Na madrugada do dia 24 de dezembro, a TV Cidade de Taubaté teve parte de seus equipamentos roubados e sua sede parcialmente incendiada. De acordo com o presidente do veículo comunitário Mario Jefferson Leite Mello, o prejuízo atinge a casa dos R$ 230 mil, entre equipamentos e estrutura.

“Às 7h30 do dia 24, encontramos o portão de nossa sede aberto e, ao entrarmos no local, notamos que muito material havia sido levado”, conta. “Assaltos acontecem, mas o que intriga é o fato de, mesmo com o êxito do assalto, nosso estúdio ter sido incendiado. Parece um recado bastante duro”.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Papa vai exorcizar Reinaldo Azevedo?

Por Altamiro Borges

Reinaldo Azevedo – também apelidado de “pitbull da Veja” e de “rottweiler da Folha” numa baita injustiça contra os cãezinhos – está irritado com o Papa Francisco. Além de receber os movimentos sociais no Vaticano, de intermediar o reatamento diplomático entre EUA e Cuba e de dar uma chacoalhada na decadente hierarquia católica, o pontífice argentino ainda resolveu criticar a libertinagem da mídia. “Há limites para a liberdade de expressão”, afirmou o religioso na sua visita às Filipinas. Esta declaração, na contracorrente da comoção criada pelo atentado ao jornal “Charlie Hebdo”, deixou o jornalista histérico. Em artigo publicado nesta sexta-feira (16), na Folha, ele rosnou: “Francisco, por que não te calas?”.

Volks cancela demissões e greve termina


Em assembleia realizada na manhã de hoje (16) na fábrica da Volkswagen em São Bernardo, na região do ABC paulista, os trabalhadores decidiram pôr fim à greve que durou dez dias. A decisão foi tomada depois de a montadora decidir suspender as 800 demissões comunicadas aos funcionários no final do ano. Eles deverão retomar atividades na segunda-feira (19). Além disso, conforme acordo discutido durante reunião realizada ontem, a empresa dará este ano reajuste com base na variação da inflação. As informações são do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

A mídia brasileira inspira-se em Murdoch

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em meados dos anos 2.000, subitamente o Olimpo da mídia passou a ser invadido por corpos estranhos, dinossauros de direita que se supunha extintos desde o final da Guerra Fria, com uma linguagem vociferante, bélica, atacando outros jornalistas, pessoas públicas, partidos políticos, com um grau de agressividade inédito. Inaugurava-se o que batizei, na época, de jornalismo de esgoto.

PSDB: social democracia ou direita?

Por Ricardo L.C. Amorim e Keila C.G. Rosa, no site Brasil Debate:

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) nasceu quando o PMDB deixava de representar a aliança contra a ditadura e transformava-se, aos poucos, em uma força política indefinida. Naquele fim dos anos 1980, quando surgiu, o PSDB personificou a esperança de organizar uma alternativa social democrata em meio ao conjunto das forças políticas que emergiam no País.

Eduardo Cunha: A cobra criou asas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A decisão da Executiva do PMDB de dar apoio formal à candidatura de Eduardo Cunha à Presidência da Câmara coloca o Governo Dilma e o PT em um impasse.

Ou aceitam uma composição, com compromissos que serão cumpridos se e até quando as recompensas que puderem obter forem interessantes. ou partem para um confronto e suportam as consequências – gravíssimas – de uma situação de minoria no Congresso.

Lições da ruptura de Marta Suplicy

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Embora tenha sido ilustrada por varios momentos que parecem pura trapalhada política, a ruptura de Marta Suplicy com o Partido dos Trabalhadores é uma novidade ruim para o governo Dilma e boa para seus adversários.

Marta não formalizou a saída mas trilha um caminho onde não parece haver retorno possível. No momento, ela articula uma frente capaz de sustentar sua campanha em 2016, como adversária de Fernando Haddad.

Ex-marineiro vira cartola da CBF

Por Altamiro Borges

A ex-verde Marina Silva teve um papel marcante nas eleições de outubro último. Diferente de 2010, quando foi apenas uma coadjuvante e ajudou o tucano José Serra a chegar ao segundo turno, no pleito passado ela até sentiu o gostinho do poder. No rastro da trágica morte de Eduardo Campos (PSB), ela chorou com a possibilidade real de subir a rampa do Palácio do Planalto. Durante duas semanas, a ex-senadora liderou as pesquisas eleitorais e muitos já a tratavam como presidenta. O "tusnami" Marina, porém, não vingou. Ela ficou de fora do segundo turno e, num gesto frustrante para os "sonháticos" da "nova política", deu apoio ao cambaleante Aécio Neves. Esta incoerência agora cobra seu preço!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

"A Petrobras não é uma bodega"

Por Mino Carta e Sergio Lirio, na revista CartaCapital:

À espera de uma análise definitiva do Tribunal de Contas da União sobre a compra da refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, e afetado pela histeria em torno das denúncias de corrupção na Petrobras, o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli enxerga uma ação política do recém-aposentado ministro do TCU José Jorge, que presidiu o DEM e ocupou cargos no governo Fernando Henrique Cardoso. “É um desrespeito à realidade”, define o parecer de Jorge sobre a aquisição da famosa refinaria de Pasadena. A seguir, Gabrielli fala do escândalo na estatal e de como ele tem o poder de afetar a empresa e o Brasil.

Obra-prima do PSDB secou em SP

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Após um ano de dissimulações, o PSDB oficializou o racionamento de água em SP nesta 4ª feira.

O novo presidente da Sabesp , Jerson Kelman, em entrevista ao SPTV, da Globo, anunciou um corte drástico no fornecimento, que caiu de 16 mil litros/s na 3ª feira, para 13 mil l/s a partir de agora.

O racionamento anunciado oficializa uma realidade que já atinge mais de seis milhões de habitantes, cujo abastecimento declina há um ano acumulando um corte de 60% no fornecimento padrão da Sabesp às suas torneiras (de 33 mil l/s para 13 mil l/s).

Cecília Malan e o vexame da Globo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Chegou a mim o vídeo em que a jornalista Cecília Malan entra em pânico, ao vivo, na cobertura de um dos atentados de Paris.

O vídeo viralizou nas redes sociais, e fui observar os comentários. Um deles era de uma internauta italiana, que se divertiu com a cena bizarra e a compartilhou.

Pelo lado bom, isso quer dizer que Cecília e a Globo se tornaram notícia mundial.

Alckmin descobre que falta água em SP

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

"O racionamento de água já existe", descobre Alckmin agora!

Não nos diga, caro governador Geraldo Alckmin... Quer dizer que tudo o que o senhor falou antes sobre a gravíssima crise da água em São Paulo, que não é de hoje, era só para enganar os eleitores? Que o digam os flagelados da Vila Madalena, o bairro mais boêmio de São Paulo, com seus bares e restaurantes sempre lotados, que nos últimos dias chegaram a ficar até 16 horas por dia sem água e agora são obrigados a fechar mais cedo.

Disputa crucial da presidência da Câmara

Editorial do site Vermelho:

No primeiro dia de fevereiro terá lugar a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados. Não é uma disputa qualquer. Envolve grandes interesses e poder político real. O presidente da Câmara dos Deputados é o terceiro na linha de sucessão presidencial. Caso ocorra alguma vacância (provisória ou definitiva) do presidente e do vice-presidente, ele assume a chefia de Estado e governo. Mais do que isso – pois a vacância é uma eventualidade – é o presidente da Câmara quem decide, na prática, que proposições serão levadas ao plenário e a ordem do dia de cada sessão.

Crise da água e o sadomasoquismo de SP

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

No âmbito da informação inexplicável de que, segundo o instituto Datafolha, 53% dos paulistanos culpam Dilma Rousseff e Fernando Haddad pela falta de água em SP, mas consideram que Geraldo Alckmin não tem culpa alguma, a aceitação dos paulistas a todo sofrimento que o governo tucano lhes impõe revela uma relação espantosa entre o governante e os governados.

O outro legado de Pepe Mujica

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O anúncio de uma lei que regula o mercado de comunicação, aprovada no final de dezembro e que deve ser implementada no próximo mês de março, causa protestos de entidades representativas da mídia tradicional. O caso acontece no Uruguai, onde o atual presidente, José “Pepe” Mujica, deixa a medida preparada para entrar em vigor na posse de seu sucessor, Tabaré Vásquez.

A crise dos conglomerados da mídia

Por Marcelo Hailer, na revista Fórum:

O acesso à comunicação é considerado pela Unesco como um “direito humano fundamental”. A Bolívia e o Equador incluíram em suas novas constituições a comunicação com base neste entendimento. Já no texto da Constituição brasileira a comunicação é tratada mais como um serviço, não como algo fundamental, e na prática ela se torna uma mercadoria que pode ser oferecida por entes públicos e privados. Apesar de existirem regras brasileira que proíbem a concentração (monopólio), isso não acontece na área da comunicação e a realidade brasileira é um verdadeiro latifúndio comunicacional.

Porque eu sou Charlie

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Tudo bem, eu aceito as críticas.

Até porque entendo que entramos num terreno extremamente perigoso.

Não sei até que ponto é um fenômeno brasileiro ou mundial, mas é impressionante a facilidade com que casos polêmicos se transformam, nas redes sociais, em processos de linchamento.

Alguém opina que o jornal Charlie Hebdo era racista, xenófobo, islamófobo, e todos começam a emitir a mesma opinião.

Alckmin e a água. Crime eleitoral?

Tucanos detonaram MG. Cadê as CPIs?

Por Altamiro Borges

Nas duas primeiras semanas no Palácio Tiradentes, a equipe do governador Fernando Pimentel (PT) chegou a uma triste conclusão: os tucanos que comandaram Minas Gerais por 12 anos detonaram o Estado. Apesar da propaganda sobre o “choque de gestão”, sempre amplificada pela mídia chapa-branca, o balanço parcial das contas públicas aponta uma diferença de R$ 1,5 bilhão entre receita e despesas. Os dados mostram que o governo arrecadou, em 2014, cerca de R$ 70 bilhões, enquanto os gastos somaram R$ 71,5 bilhões. O saldo negativo – “maior do que o previsto”, segundo membros do antigo secretariado – desmascara as bravatas do cambaleante Aécio Neves nas eleições de 2014.

Mantega merecia respeito na sua saída

Por Renato Rovai, em seu blog:

Guido Mantega deixou o governo de forma melancólica após 12 anos ininterruptos atuando na área econômica. Primeiro, como ministro do Planejamento; depois, como presidente do BNDES, e desde 27 de março de 2006 como ministro da Fazenda, o mais longevo da história democrática brasileira.

Nos últimos tempos, se tornou alvo de empresários e banqueiros e passou a ser tratado como responsável por todas os problemas da economia do país, que de fato existem, mas são muito menores do que os de outras bandas.

Europa à beira do estado de sítio

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras:

O crime hediondo que foi cometido contra os jornalistas e cartunistas do Charlie Hebdotorna muito difícil uma análise serena do que está envolvido neste ato bárbaro, do seu contexto e seus precedentes e do seu impacto e repercussões futuras. No entanto, esta análise é urgente, sob pena de continuarmos a atear um fogo que amanhã pode atingir as escolas dos nossos filhos, as nossas casas, as nossas instituições e as nossas consciências. Eis algumas das pistas para tal análise.

Caso Folha X Falha chega ao STJ

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Do blog Desculpe a nossa Falha:

A disputa jurídica entre o jornal Folha de S. Paulo e os irmãos Mário e Lino Bocchini, autores do blog satírico Falha de S. Paulo, chegou ao Superior Tribunal de Justiça. O caso, julgado em primeira e segunda instância pela justiça paulista, agora está nas mãos do ministro Marco Buzzi.

“O agravo que interpusemos está no STJ, mas não tem data marcada para ser julgado”, explica Luís Borrelli Neto, advogado responsável pela defesa dos irmãos criadores da Falha ao lado de Leopoldo Eduardo Loureiro.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Porra Alckmin, cadê a água e a luz?

Por Altamiro Borges

A situação de São Paulo está ficando insuportável. Recorde de roubos, panes diárias nos trens do Metrô e da CPTM, falta de água e queda de luz. A sorte do governador Geraldo Alckmin, reeleito em primeiro turno, é que a mídia lhe dá total proteção. O tucano não aparece em manchetes negativas nos jornalões ou nos comentários hidrófobos nos telejornais. O tal jornalismo investigativo é dócil diante do mandatário em seu quarto mandato. As entrevistas lembram conversas de compadres, tamanho o servilismo. No ápice do caos, o “picolé de chuchu” some do noticiário. Esta vida mansa, porém, pode acabar. Muitos paulistas, inclusive os que votaram no tucano, já esbravejam: “Porra Alckmin, cadê a água e a luz?”.

Atentado à liberdade de opinião nos blogs

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não vou discutir sentença judicial através do Blog. Digo isso a propósito da condenação que me foi imposta pela justiça do Rio de Janeiro em ação movida pelo jornalista Ali Kamel, das Organizações Globo.

Mas é evidente que a série de ações de grupos de mídia contra jornalistas blogueiros são não apenas um atentado à liberdade de expressão, como um profundo fator de desequilíbrio em um dos pilares da democracia brasileira: o mercado de opinião.

Lançamento do novo site do MST


Marta Suplicy e o elogio à traição

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O velho Leonel Brizola, entre as centenas de frases memoráveis que criou, usava muito a que dizia que “a política ama a traição, mas abomina o traidor”.

Não que eu ache que dissentir de um partido político e deixá-lo seja um ato de traição. Ao contrário, corresponde à liberdade de consciência do indivíduo e não há ideologia que possa se sobrepor a isso.

Esquerda nativa é soviética ou cubana?

Por Breno Altman, em seu blog:

Muita calma nessa hora.

A pergunta não diz respeito a modelos de sociedade e Estado, mas exclusivamente ao paradigma de comunicação.

Apesar de ambas experiências pertencerem ao mesmo campo ideológico, percorreram diferentes caminhos e obtiveram distintos resultados.

Muitos se indagam, aliás, o porquê de Cuba ter resistido ao colapso do socialismo, apesar de sua fragilidade econômica.

O golpe de Veja na eleição de 2014

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

O exemplar de Veja chegou às bancas na sexta, 24 de novembro, fora da rotina: sempre chega sábado. Não há dúvida de que a revista pretendia entregar munição ao candidato Aécio Neves e pautar o restante da mídia, cuja maior parte nunca regateou esforços para eleger o tucano. Era uma operação destinada a derrotar Dilma, pouco importando a veracidade da informação. E a publicação em si, como já demonstramos, era já um acréscimo, uma vez que a notícia estava devidamente divulgada, viralizada na internet, potencializando toda a carga de ódio e intolerância presente nas hostes aecistas. O Grupo Abril tinha absoluta consciência dos seus resultados.

Atentado na França e regulação da mídia

Foto: Jean-Pierre Muller/AFP

Por Mônica Mourão e Bia Barbosa, na revista CartaCapital:

Neste domingo (11), mais de um milhão e meio de pessoas foram às ruas em Paris em homenagem às doze vítimas do atentado à revista Charlie Hedbo, no último dia 7, e dos acontecimentos que o sucederam, quando outras quatro pessoas foram assassinadas dentro de um supermercado de produtos judaicos na cidade. Foi a maior manifestação da história da França. Mais de quarenta líderes e chefes de Estado se encontraram com o Presidente François Hollande e reafirmaram seu compromisso no combate ao terrorismo. Depois do Arco do Triunfo, foi a vez da estátua que simboliza a República Francesa e seus valores ser iluminada com a frase “Je suis Charlie”.

Mídia brasileira usa o sangue do Charlie

Foto: http://www.humanite.fr/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um jornalista britânico pergunta, no Independent, se haveria a mesma comoção se o atentado contra o Charlie Hebdo tivesse como alvo uma publicação de extrema direita.

Respondo com uma pergunta.

Alguém consegue imaginar uma marcha, no Brasil, que congregue pessoas emocionalmente arrasadas que segurem cartazes que digam: “Sou a Veja?” Ou mesmo: “Sou a Globo?” Ou ainda: “Sou a Folha?”

Fórum-21 define grupo executivo

Da Rede Brasil Atual:

Em reunião realizada hoje (13) em São Paulo, o Fórum 21 aprovou o grupo executivo encarregado de organizar textos, temas, seminários e livros para a produção e divulgação dos conteúdos que serão debatidos em seu âmbito.

Segundo a carta de princípios aprovada a partir de discussões por e-mail entre o final de dezembro do ano passado e o início deste mês, o Fórum 21 se propõe a ser um “espaço de convergência e debates em rede, horizontal, empenhado na conformação de sínteses programáticas que contribuam para a renovação do pensamento de esquerda no Brasil”. Ele foi instalado em 15 de dezembro. Segundo Igor Felippe, jornalista do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o fórum é um “grupo em construção”.

Carta Maior derrota ex-editor da 'Veja'

Do site Carta Maior:

O ministro Moura Ribeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou provimento ao recurso impetrado pelo jornalista Mário Sabino, ex-redator chefe da revista Veja, na ação que este movia contra o sociólogo Emir Sader e contra a Carta Maior. O ministro manteve, assim, decisão anterior do Tribunal de Justiça de São Paulo, contra Sabino, na ação de indenização por danos morais decorrentes de um texto publicado pelo sociólogo.

O showzinho de Marta Suplicy

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Em política, não existe vazio, já ensinavam os sábios mais antigos. Assim, nestas duas primeiras semanas de 2015, junto com as chuvas de verão, um calor dos infernos e as excelências maiores descansando em berço esplêndido, quem tomou conta da cena foi uma figura do segundo time, a ex-prefeita, ex-ministra e quase ex-petista Marta Suplicy. É a nova estrela da estação.