sábado, 26 de dezembro de 2015

Eleições nos EUA: sempre pode piorar

Por Antonio Luiz M. C. Costa, na revista CartaCapital:

O discurso de ódio da direita é patente desde a eleição de Barack Obama. Pode-se dizer, mesmo assim, que a pré-campanha republicana surpreende por uma exasperação capaz de passar o próprio Tea Party para trás. O discurso racista e nativista, cuja função inicial foi reforçar a tese do “Estado mínimo” ao acusar negros e imigrantes de explorar a classe média branca por meio da ação estatal, tornou-se um fim em si mesmo.

O procurador militante do TCU

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O Procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público do Tribunal de Contas, é militante político. Do servidor público exige-se isenção política. O servidor que se vale de preferências políticas no exercício das funções de Estado desrespeita a cidadania, o serviço público e compromete sua própria corporação.

Vendas na web sobem, "apesar da crise"!

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É preciso muito cuidado na hora de olhar estas notícias sobre vendas catastróficas no Natal.

Claro que caiu e este é o “furo” da fórmula recessiva de ajuste fiscal adotada por Joaquim Levy.

Mas deve-se observar, também, a mudança de hábitos.

As compras via web tomaram boa parte do mercado das vendas presenciais,

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Mídia esconde regressões na Argentina

Por Altamiro Borges

A mídia brasileira, com seus dogmas neoliberais e seu complexo de vira-lata, comemorou a vitória de Mauricio Macri na vizinha Argentina. "Fim do kirchnerismo", soltou rojões. Mas ela poderá morder a língua mais cedo do que tarde. Em menos de um mês da sua posse, o queridinho dos EUA e das elites locais e latino-americanas já desponta como um ditador de quinta categoria, que poderá incendiar o país vizinho. Os trabalhadores argentinos, conhecidos por sua combatividade, já dão sinais de que não vão aceitar passivamente a truculência do empresário mafioso que agora ocupa a Casa Rosada.

O economista irrelevante da 'Folha'

Por Altamiro Borges

Colunista da Folha e frequentador assíduo do Instituto Millenium - o antro conspiratório dos barões da mídia e de vários empresários que sonegam impostos -, Alexandre Schwartsman é conhecido pela agressividade dos seus artigos. Ele não polemiza, mas dá coices! Não argumenta, mas relincha. Ele adora xingar os seus oponentes: "Dona Anta", referindo-se à presidenta Dilma; "jumentinho de ouro", quando caluniava o ex-ministro Guido Mantega; entre outros rótulos maldosos. 

Com já escreveu o blogueiro Luis Nassif, "há tempos Alexandre Schwartsman converteu-se em uma espécie de Arnaldo Jabor da economia. Não solta análises: faz pregações. E com um estilo debochado que impressiona seus colegas, menos pelo conhecimento, mais pela falta de compostura em uma comunidade em geral menos disposta a brigas de botequim". 

Jesus de Nazaré ou Karl Marx?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Produzi este teste no início deste ano e ele foi um sucesso. Então, em homenagem ao aniversariante de hoje, Isaac Newton, trago-o novamente.

Você consegue identificar qual dos dois personagens históricos disse isso?

Assinale a alternativa correta:

FHC recebeu R$ 6,7 milhões via Lei Rouanet

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O jovem que se referiu a Chico Buarque como “um merda”, durante um bate boca no Leblon, Rio de Janeiro, certamente não havia nascido quando comecei a trabalhar como repórter-mirim no Jornal da Cidade de Bauru, no interior de São Paulo, em 1972.

Guilherme Junqueira Motta Luiz não pôde testemunhar, portanto, como foi construída a fortuna de sua família, que hoje controla a Usina Açucareira Guaíra, na Fazenda Rosário, perto de Guaíra.

Pelo jeito que ele se referiu a Chico - um mérrrrrrda -, acho que posso dizer que temos em comum o sotaque do interior paulista.

A mente do playboy que xingou Chico Buarque

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Você tem um retrato minucioso do que vai pela mente de Guilherme Junqueira Motta em sua página no Facebook.

Motta foi há pouco identificado como o antipetista que chamou Chico Buarque de “um merda” na saída de um restaurante.

Você vê, antes de tudo, que ele acusou o golpe de Chico. Imediatamente depois do episódio, Chico postou no Facebook a seguinte música: “Vai trabalhar, Vagabundo.”

Um ano de lutas em defesa da democracia

Por Luciana Santos, no blog de Renato Rabelo:

O Brasil passa por momentos decisivos neste ano de 2015. A jovem democracia brasileira, conquistada às custas de inúmeras vidas e anos de luta, esta sendo ameaçada por uma marcha golpista que se encontra em pleno curso.

Não se trata da defesa do governo e nem de partidos, neste momento enfrentamos uma batalha em defesa da Nação brasileira, do Estado Democrático de Direito, em essência, do futuro de uma geração. Com o pedido de impeachment, contra a presidenta Dilma Rousseff, feito sem base legal, teve início um golpe de Estado. Não existe outro nome: isso é golpe!

PM, 'Veja' e as prioridades de Alckmin

Por João Quartim de Moraes, no site da Fundação Maurício Grabois:

Uma vez mais, no início de dezembro, o governador Alckmin recorreu ao argumento da força, lançando tropas de choque da PM contra a juventude estudantil, que se mobilizara para denunciar a chamada “reorganização” das escolas da rede pública. Mais do que de hipocrisia, é preciso dose cavalar de desfaçatez para dar esse nome ao fechamento sumário de noventa e quatro unidades de ensino, completado pela supressão, em 754 outros estabelecimentos estaduais, de um dos dois ciclos de ensino que eles até então ofereciam (fundamental e médio). Trata-se, pois, de uma vasta desorganização do ensino público, imposta burocraticamente, sem explicação nem conversa, que veio transtornar a vida de cerca de trezentos e onze mil estudantes. Para o PSDB, principal agência brasileira do “Consenso de Washington”, reduzir as despesas sociais do Estado é a melhor maneira de enxugar o orçamento. O resto é com a PM.

Desemprego cresce na América Latina

Da Rede Brasil Atual:

A taxa média de desemprego na América Latina e no Caribe deverá subir a 6,7% este ano, após atingir uma mínima histórica de 6,2% em 2014, aponta o informe Panorama Laboral, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). "É uma cifra moderada, em comparação com as taxas de mais de uma década atrás. Mas é o primeiro aumento significativo em cinco anos", diz a OIT. Essa variação corresponde a um acréscimo de 1,7 milhão de desempregados na região, para quase 19 milhões, com destaque para mulheres e jovens. E a expectativa é de nova alta em 2016.

O crime de racismo na TAM

Por Douglas Belchior, no blog Negro Belchior:

Na tarde de sábado (19/12) no voo TAM-JJ3705 de Brasília para Congonhas-SP, um grupo de jovens artistas sofreu ofensas racistas por parte de funcionários da TAM que seguiam no voo como passageiros. Segundo relato dos artistas, os agressores foram acobertados pelos comissários de bordo da TAM, receberam privilégios no tratamento dentro do avião e tiveram sua conduta racista apoiada por parte dos passageiros.

Os jovens artistas periféricos voltavam de Brasília, onde participaram da 3° Conferência Nacional da Juventude, que reuniu por 4 dias cerca de 5 mil jovens de todo o país e onde se discutiu, entre outras coisas, justamente a problemática da questão racial no Brasil.

E que o Chico Buarque nos resgate…

Por Renato Rovai, em seu blog:

Era evidente que isso iria acontecer. O fascismo e a barbárie teriam de bater à porta do nosso maior artista vivo para consagrar-se enquanto narrativa. Uma espécie de tentativa de xeque mate dessas hordas que têm atacado a qualquer um que ouse ter opinião diferente. Desses grupos que entendem democracia como sistema do ego. Do que eu quero. Do que eu acho.

Sob cerco, Dilma se recupera

Por Luiz Manfredini, no site Vermelho:

A pesquisa Datafolha, divulgada há dias, revela um dado obviamente não explorado pela grande mídia privada, mas a meu ver dos mais relevantes: a presidente Dilma recupera pontos na opinião pública. São poucos, é verdade, mas significativos ao se considerar o cerrado bombardeio que ela vem sofrendo, desde o dia seguinte à sua eleição, por parte da oposição golpista, da mídia, de segmentos do judiciário e do uso faccioso, antipetista da operação Lava Jato.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

'Urubólogos' choram pela queda de Levy

Por Altamiro Borges

A mídia rentista e seus "urubólogos" de plantão garantem que o "deus-mercado" está apreensivo com a queda de Joaquim Levy e a indicação de Nelson Barbosa para o Ministério da Fazenda. Logo após o anúncio da troca começou a choradeira nos jornalões, revistonas e emissoras de rádio e televisão. Enquanto os representantes dos bancos, da indústria, do agronegócio e do comércio davam as boas vindas ao novo ministro, talvez fazendo jogo de cena, os tais "analistas de mercado" da imprensa - nome fictício dos porta-vozes dos agiotas financeiros, muitas vezes mais realistas do que o rei - já davam como certo que Nelson Barbosa será um desastre para a economia brasileira. Haja abutres!

A "excrescência" do tucano Carlos Sampaio

Por Altamiro Borges

O deputado Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara Federal, ganhou os holofotes da mídia neste ano como um dos principais articuladores do impeachment de Dilma. Sem qualquer princípio, o falso moralista virou o braço direito do correntista suíço Eduardo Cunha, participando dos conchavos de bastidores do golpe e colando a imagem da sua sigla ao lobista. Só quando as sujeiras do achacador vieram à tona é que o PSDB decidiu teatralizar um pedido de afastamento do presidente da Câmara, forçando seu líder a pronunciar, bem à contragosto, um discurso com críticas ao amigo. A encenação, porém, não durou muito tempo e Carlos Sampaio já está novamente no colo de Eduardo Cunha, como informa o jornalista Ilimar Franco, em sua coluna no insuspeito jornal O Globo desta quarta-feira (23).


Como sempre, Chico nos deu uma boa lição

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Entre humanos que relincham e outros capazes de zunir, num comportamento próprio de quadrúpedes morais, mais uma vez Chico Buarque de Holanda assegurou seu lugar na história do Brasil e dos brasileiros.

A cena vista e gravada num fim de noite no Rio de Janeiro é apenas a confirmação recente de que Chico é um artista que sabe qual é seu lugar em cada momento de nossa história.

Comporta-se dessa maneira há meio século, seja através da música, dos versos de gênio, de uma literatura cada vez mais apurada e espetacular. Age assim pela postura política de quem recusa o lugar de artista-mercadoria e sabe responder aos percalços e tragédias da conjuntura histórica com clareza, com valentia e uma auto ironia que o acompanha tanto nas horas agradáveis como nas mais difíceis, como se descobre pelo depoimento de um de seus amigos de “ Chico: um artista brasileiro”, documentário que é uma obra prima obrigatória para todo brasileiro preocupado em entender o seu país em 2015.

A fúria dos que saíram do armário

Por Eric Nepomuceno, no site Carta Maior:

O que mais impressiona – e preocupa – na agressão verbal que um grupo de garotões cuja profissão principal é ser filho de pai rico lançou contra Chico Buarque na noite da segunda-feira, 21 de dezembro? Três coisas. Primeiro, a extrema fúria dessa direita desgarrada que acaba de sair do armário embutido. Segundo, a facilidade com que repetem o que dizem os grandes meios de comunicação. E terceiro, a incapacidade para qualquer gesto minimamente civilizado.

A Vale da morte e a impunidade

Por João Pedro Stédile, no jornal Brasil de Fato:

O rompimento das barragens de depósito de lixo tóxico da empresa Vale, nas localidades de Fundão e Santarém, no município de Mariana, produziu o maior desastre ambiental da história do Brasil e quiçá comparado aos maiores do mundo.

Suas consequências ainda são imensuráveis. Muitos mortos. Segundo os moradores dos dois distritos soterrados, Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, na sua contagem há mais de cem parentes desaparecidos. Ao contrário dos anúncios das estatísticas “oficiais” calculadas pela empresa que seriam 29. Milhares de pessoas perderam suas casas e fonte de trabalho.

O Petralha: um conto de Natal

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Dia de Natal na Paulista. Manjadas versões de músicas estrangeiras, canções natalinas de Frank Sinatra e o disco da Simone se revezam nas caixas de som ao longo da avenida. Pinheiros de plástico com luzes, neve artificial, trenós e renas decoram as áreas externas de bancos e prédios comerciais. Criancinhas posam para fotos ao lado de um urso polar em pleno verão brasileiro. Pela primeira vez em muitos anos não há engarrafamento de carros para ver a decoração: a avenida Paulista está aberta para os pedestres.

Chico Buarque X Manés da Elite

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

No meu primeiro dia de férias, já estou de volta para não deixar passar em branco o que aconteceu com Chico Buarque, na madrugada de segunda-feira, ao sair de um restaurante numa rua do Leblon, bairro carioca onde ele mora. Não poderia haver cena mais emblemática como fecho para o Fla-Flu insano que marcou este ano de 2015 do que o entrevero verbal entre um dos nossos maiores artistas e o patético grupo de manés, herdeiros daquilo que restou da elite da outrora Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil.

Impeachment não morreu, mas agoniza

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Foi um ano duríssimo e um fim de ano muito melhor que o esperado. O desabafo é de Jacques Wagner, Ministro-Chefe da Casa Civil.

Estava pensando no esvaziamento do impeachment.

De fato, como esperado, ontem o PSDB de Aécio jogou Michel Temer ao mar. Ao mesmo tempo, a ala fluminense do PMDB procurou Temer pretendendo apaziguar a luta e dar tranquilidade para enfrentar uma crise brava. Só com a volta do recesso haverá mais clareza sobre a nova composição de forças. Mas Wagner garante que a posição majoritária do PMDB é contra a proposta de impeachment.

Lewandowski, Cunha e o trato com bandidos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A atitude do Ministro Ricardo Lewandowski, presidente do STF, de conversar com Eduardo Cunha apenas diante dos jornalistas era a única que um juiz correto poderia tomar.

Primeiro, a de não conversar com bandidos exceto em situações públicas.

Segundo, idem com gente de comportamento psicótico.

Macri, Venezuela e a mídia tendenciosa

http://www.pagina12.com.ar/
Por Max Altman, no site Opera Mundi:

Uma coisa é ter opinião, manifestar posição política e ideológica, travar a disputa de ideias.

Mas não dá para espancar a realidade. Principalmente no jornalismo em que postulados como objetividade e imparcialidade são imperativos de seu bom exercício.

Não acredito em imparcialidade de órgãos de comunicação. Sua linha editorial expressa a opinião de seus proprietários ou de sua direção.

Porém um mínimo de equilíbrio e respeito aos fatos é exigência, em especial nas reportagens.

O filho do usineiro que xingou Chico Buarque



Do blog Viomundo:

“Eu queria ouvir da tua boca: você é um merda!”, disse um jovem a Chico Buarque numa esquina do Leblon, no Rio de Janeiro, quando o compositor deixava um restaurante com um grupo de amigos em busca de um táxi. O rapaz estava com outro herdeiro, Alvarinho, filho do banqueiro Alvaro Garnero e mais duas pessoas.

De Chico Buarque para os fascistas

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Quando disse para os coxinhas fascistas e desocupados que o cercaram na saída de um restaurante no Leblon que "ninguém pode se achar informado lendo a Veja", Chico Buarque, o genial artista brasileiro pôs o dedo na ferida. A serpente que choca os ovos da intolerância, do ódio e do fascismo no Brasil é o monopólio da mídia.

Os especialistas em vagabundagem que ousaram abordar um intelectual do porte de Chico são produto de um massacre midiático diário, que tem como pilares o antipetismo mais tosco, o antiesquerdismo mais visceral e a criminalização da atividade política.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Frase do ano: "Acho que o PSDB é bandido"

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Chico é autor de muitas das mais lindas e pungentes frases em língua portuguesa.

Algumas:

A felicidade morava tão vizinha que de tolo até pensei que fosse minha.

Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu.

Morreu na contramão atrapalhando o tráfego.


Mas foi longe de sua atividade de compositor que ele produziu sua melhor frase em muitos anos.

Eu acho que o PSDB é bandido.

A bela homenagem aos estudantes de SP

O tal "rapper" que insultou Chico Buarque

Por Jean Wyllys, em sua página no Facebook:

Sobre o episódio da ofensa e patrulha ideológica perpetradas por playboys herdeiros das capitanias hereditárias e antipetistas contra Chico Buarque no Leblon, ainda duas considerações:

1. A primeira é que, como sugerido, fui ao Google procurar saber quem é o tal "rapper" Túlio Dek (um dos ofensores de Chico Buarque) e o que encontrei, entre platitudes sobre sua vida amorosa passada em sites que se ocupam de subcelebridades, foi a informação de que ele é neto de Jairo Andrade. E, de acordo com esta matéria de 2007 do site A Nova democracia (http://www.anovademocracia.com.br/…/79-a-luta-camponesa-faz… ), o avô de Túlio Dek não era flor que se cheirasse!

O racismo em voo da TAM



Bancos lucram e demitem 8.200 bancários


De janeiro a novembro, os bancos cortaram 8.247 postos de trabalho em todo o país, mostra pesquisa feita em parceria com o Dieese e divulgada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Apenas no penúltimo mês do ano, foram fechadas 1.928 vagas, no segundo pior resultado de 2015. Ao longo do ano, o setor contratou 28.745 funcionários e demitiu 36.992.

"Apesar de passarem longe da crise, como o setor da economia que mais tem lucrado no Brasil, o sistema financeiro continua demitindo", diz a Contraf-CUT. "Nada justifica o comportamento das instituições financeiras, que acumulam R$ 54,8 bilhões de lucro no terceiro trimestre deste ano."

A urgência da prisão de Eduardo Cunha

Por Wálter Maierovitch, na revista CartaCapital:

Pouca gente sabe, mas existe uma Escola de Cidadania na esquecida e populosa zona leste da capital de São Paulo: 3,3 milhões de indivíduos. Está instalada no bairro de Ermelino Matarazzo, funciona na Igreja de São Francisco e depende do trabalho do seu fundador, Antonio Luiz Marchione, o popular Padre Ticão.

Neste mês de dezembro participei, com o arquiteto Ruy Ohtake e a deputada Luíza Erundina, de dois colóquios de fim de ano. Os formandos e a comunidade ouviram considerações sobre a atuação e o comportamento ético de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, e o impeachment.

Cunha e golpistas apostam no impasse

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Há uma clara aposta dos setores pró-impeachment da Câmara num impasse político que envolverá os três poderes, flertando com uma crise institucional. O primeiro passo foi a decisão de apresentar embargos de declaração à decisão do STF que anulou a eleição da comissão especial do impeachment por chapa avulsa e voto secreto. Eles decidiram avisar o Supremo de que nenhuma comissão permanente da Câmara será instalada, no início do ano legislativo, em fevereiro, enquanto tais embargos não forem julgados. Isso significa dizer ao STF: “Os senhores fizeram uma ingerência que impede a Câmara de funcionar normalmente”. Cunha e aliados continuavam ontem buscando uma agenda com o presidente da corte, ministro Ricardo Lewandowski.

Manual de sobrevivência no Natal

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A essa altura, você deve estar suando frio ao imaginar os horrores que viverá nos próximos dias – principalmente se for paulista. Progressista, esquerdista ou como queira se definir, já sabe que, mesmo que seja crítico ao PT - certamente de forma civilizada -, para aquele seu cunhado, primo, sogro ou mesmo irmão, pai ou mãe, você será sempre “petista”.

Estará em uma festa, o que já lhe tira a opção de mandar aqueles parentes chatos para aquele lugar; você terá que suportá-los, porque se tiver uma reação que seria natural ante uma afronta, acabará estragando a festa de gente que você curte – possivelmente, sua esposa ou esposo, filhos etc.

Racismo e direita, tudo a ver

Por Dennis de Oliveira, no blog Quilombo:

Combater o racismo implica necessariamente ser de esquerda no Brasil. Isto porque ser contra o racismo é ser contra o sistema de opressão vigente que possibilita que o capital se concentre e se reproduza em padrões altíssimos as custas da superexploração da mulher negra e do homem negro. Isto não significa que todo mundo de esquerda é antirracista. Mas o inverso é verdadeiro. 

Dilma se realinha com sentimento popular

Editorial do site Vermelho:

O sistema financeiro detestou, em especial a banca internacional com sede em Wall Street, mas os brasileiros têm muito o que comemorar – este talvez seja o principal sentimento que ajuda a explicar a troca de comando no Ministério da Fazenda. Saiu o fiscalista, monetarista, “mãos-de-tesoura” (seja lá o apelido preferido para designá-lo) Joaquim Levy, e entra o desenvolvimentista Nelson Barbosa.

Os serviçais brasileiros do imperialismo também não gostaram da troca de ministros. O título do editorial do jornal O Globo, neste sábado (19) foi explícito: “Dilma assume a Fazenda e nomeia Barbosa”. É como se esperasse um governo cindido – a presidenta cuidaria dos assuntos da administração, mas a direção da economia caberia ao “homem do mercado”, o ministro da Fazenda Joaquim Levy. É uma posição absurda e esconde a defesa de uma ilegalidade: o responsável pelas ações e políticas de governo é a presidenta Dilma Rousseff. Foi ela que recebeu os votos de 54,5 milhões de brasileiros para cumprir essa tarefa!

Linguagem da mídia controla pensamentos

Por Léa Maria Aarão Reis, no site Carta Maior:



A arrogância e a impunidade levam a mídia hegemônica, corporativa e comprometida, que com hipocrisia se diz isenta (!), a prosseguir, como um trator, reforçando seu perfil de partido político inconfessado e espúrio em que se transformou: o PIG.

Parece sem limites a audácia com a qual falseia a realidade objetiva, perseguida, com esforço, no jornalismo ético. A velha mídia usa palavras e expressões que fazem o papel de “agente contaminador” como diz Zygmunt Bauman no seu livro, Medo Líquido. Manipula e asperge mais medo e insegurança àqueles latentes em todos nós, neste mundo do século 21. Distorce significados com eufemismos; entorpece, envenena corações e mentes, confunde os desavisados e silencia quando é conveniente aos interesses dos seus proprietários. Ludibria e mente sem pudor.

PSDB, Alstom e o acordo de R$ 60 milhões

Do jornal Brasil de Fato:

Acusada de pagar propina para garantir um contrato junto à gestão de Mário Covas (PSDB) no governo paulista, a empresa Alstom fechou um acordo com a Justiça e pagará R$ 60 milhões para se livrar do processo, instaurado em 2008. O caso era referente a contratos de fornecimento em duas subestações de energia da Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE), em 1998.

A multinacional francesa também está envolvida no esquema de cartel na licitação de compra de trens do Metrô e da CPTM, porém, o acordo para se livrar de processo não envolve esses casos. Todas as investigações mencionadas são de que a Alstom tenha pagado suborno a membros do PSDB para conquistar benefícios em licitações e contratos.

Mulher de Cunha vai para a cadeia?

Por Altamiro Borges

O correntista suíço Eduardo Cunha, que ainda preside a Câmara Federal, continua posando de valente diante dos holofotes da mídia. Afirma que não vai renunciar e que ainda será o principal responsável pela queda da presidenta Dilma Rousseff. Nos bastidores, porém, parece que o lobista está se pelando de medo. Ele teme pelo seu futuro político e, principalmente, pela prisão de sua esposa, Cláudia Cruz, ex-apresentadora da TV Globo, e de sua filha. Segundo as apurações em curso, parte da grana obtida com propinas e outras negociatas foi depositada em sua conta bancária. Uma notinha publicada na semana passada pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha, dá bem a dimensão do seu pânico:


terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Alckmin, Doria e o racha do PSDB

Por Altamiro Borges

Na segunda-feira passada (14), num glamoroso jantar na casa de Flávio Rocha, dono da Riachuelo, o governador Geraldo Alckmin declarou o seu apoio à pré-candidatura do "cansado" João Doria Jr. à prefeitura da capital paulista pelo PSDB. Para uma plateia composta pela fina flor da elite nativa – Gustavo Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira, Rubens Ometto, da Cosan, Lírio Parisotto, da Usiminas, e Roberto Klabin, entre outros ricaços –, ele fez altos elogios ao trambiqueiro, que também é apresentador de um programa tedioso na Band. Afirmou que João Doria, o Júnior, tem “juventude, saúde e disposição” para “trabalhar por São Paulo”. A declaração de amor, porém, gerou ciumeira e traiçoeiras bicadas no ninho tucano, segundo reportagem da Folha deste domingo (20).


Chico Buarque retruca "leitores da Veja"

Por Altamiro Borges

Os fascistas mirins, filhinhos de ricaços corruptos que se travestem de éticos, estão cada vez mais agressivos. Na noite desta segunda-feira (21), um grupo de playboys tentou intimidar o compositor, cantor e escritor Chico Buarque quando ele deixava um restaurante no Leblon, bairro nobre do Rio de Janeiro. "Petista, vá morar em Paris", gritaram os direitistas mimados. Apesar das provocações, o renomado artista se manteve calmo e até polemizou com os fanáticos. "Vocês são leitores da Veja?", indagou Chico Buarque, com sua fina ironia.

Impeachment é aposta do Brasil improdutivo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Está na hora de dar um intervalo no golpismo, um arrefecimento nessa disputa ideológica anacrônica e se começar a pensar seriamente no próximo tempo do jogo.

A insistência no impeachment, por parte de Gilmar Mendes e de setores do PSDB, já ultrapassou os limites de qualquer razoabilidade. A intervenção do STF (Supremo Tribunal Federal) e as manifestações gerais de condenação ao impeachment, o racha no PMDB, o desmonte da imagem de Michel Temer, comprovam que o impeachment é o caminho mais traumático para o país.

Cunha, livre e solto, segue conspirando

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Acreditem.

Lambrecado, lambuzado, denunciado e provado, o sr. Eduardo Cunha apareceu ontem na TV Câmara para posar de “estadista do golpe”.

Sua “entrevista” foi ao ar à noite e será nauseantemente repetida todos os dias desta semana.

Disse, no programa, que “até março” o impeachment, que nem mesmo a primeira comissão de análise tem formada, depois da decisão do STF que anulou sua manobra, estará terminado.

FMI vai comandar economia da Argentina?

Por Max Altman, no site Opera Mundi:

Não foi necessário mais que uma semana para que Mauricio Macri assentasse as bases de uma mudança dramática do modelo econômico, num formato ortodoxo como que ditado pelos burocratas do FMI. O receituário neoliberal foi adotado tendo como suas linhas fundamentais as seguintes medidas: a) eliminação dos impostos de exportação agropecuários – a soja de 35% para 30% – e industriais; b) eliminação das restrições para a compra de moeda estrangeira – o que desvalorizou de imediato o peso em 42%; c) eliminação de quotas para exportação de carne, trigo e matérias primas em geral; d) abertura comercial para as importações; e) eliminação de regulações bancárias que impunham taxas mínimas para os prazos fixos e máximas para os créditos; f) eliminação de limitações para o ingresso de capitais especulativos; g) eliminação do regime de informações das empresas sobre suas estruturas de custo e níveis de rentabilidade; h) promessa de eliminação da ‘Ley de Medios’; i) antecipação de uma drástica redução dos subsídios a usuários de eletricidade e gás.

A corrupção na Petrobras começou com FHC

Do blog Viomundo:

O acúmulo de informações sobre a Operação Lava Jato deixa claro: o Petrolão começou no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Diz ele que era, então, um esquema “desorganizado”. Ou seja, a corrupção do PSDB é mais “vadia” que a do PT/PMDB/PP/PSB e outros, parece sugerir o sociólogo.

É exatamente a mesma lógica utilizada para justificar como legais doações feitas pelas empreiteiras envolvidas na Lava Jato a Aécio Neves em 2014, quando aquelas que abasteceram os cofres de Dilma teriam sido “criminosas”.

Impeachment, STF, mídia e a democracia

Por Celso Vicenzi

O principal jornal catarinense, na edição de 18 de dezembro/2015, na página 18, apresenta um quadro com o voto de cada ministro do STF, dividindo-os em "favorece o governo" e "favorece a oposição". É a mesma ênfase e linha de raciocínio presente nos telejornais da Rede Globo, na tentativa de pressionar e indispor os integrantes da mais alta Corte do país com a população. É uma visão reducionista, que induz os leitores/telespectadores a interpretar o voto de cada ministro como um voto eminentemente político. Aliás, têm sido frequentes insinuações de que determinados ministros votam de um jeito ou de outro apenas porque "foram indicados" para o Tribunal por Lula ou Dilma.

A farsa de Lobão e a Lei Rouanet

Por Tico Santa Cruz, em sua página no Facebook:

Que Lobão gosta de latir como um cão feroz, todo mundo sabe, fala, esbraveja, acusa…

Mas…

Fiz uma pesquisa sobre sua relação com a Lei Rouanet, que ele GRITA como sendo "A mortadela que os artistas recebem para defender o Governo", mas pouca gente sabe que LOBÃO TEVE UM PROJETO APROVADO PELA LEI ROUANET.
 

Gilmar Mendes devia sofrer impeachment

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Falei várias vezes, neste ano, do jurista alemão do século 19 Rudolf von Ihering, um dos grandes inovadores do direito.

Quem não se defende quando injustiçado, ensinou ele, merece rastejar como um verme.

Você deve à sociedade processar quem abusa de você com insultos, ofensas, acusações sem prova ou conduta inadequada. Só assim as coisas melhoram para todos.

Neste sentido, é mais do que hora de Gilmar Mendes ser processado. Conforme determina a Constituição, um juiz do STF pode ser objeto de uma ação de impeachment caso quebre o decoro. Isto configura crime de responsabilidade.

Frente Brasil Popular: balanço e desafios

Por Valter Pomar, em seu blog:

1. O ano de 2015 está perto de acabar. Que balanço fazemos deste ano? Qual foi o papel da Frente Brasil Popular? Quais desafios nos esperam no ano de 2016?

2. A principal característica de 2015 foi a ofensiva das elites contra os setores populares. Esta ofensiva teve diferentes protagonistas (os setores médios reacionários, o grande capital, os partidos de direita, o oligopólio da mídia, segmentos do aparato de Estado - com destaque para o judiciário, o MP, a PF e as forças armadas) - e teve múltiplos alvos (os direitos trabalhistas, os direitos sociais, as liberdades democráticas, as mulheres, os negros, a juventude especialmente da periferia, os movimentos sociais, os partidos de esquerda, a política do governo, o mandato presidencial).

Por que defender a democracia?

Por Leo de Brito, na revista Teoria e Debate:

Entender e compreender os diferentes sistemas de organização política inseridos no contexto de uma determinada sociedade não é tarefa das mais fáceis. Todo e qualquer sistema político constituído essencialmente de representantes do povo tem suas virtudes e falhas.

Com a democracia não é diferente. No auge de sua vida política, Ulysses Guimarães – a principal liderança articuladora da Constituição de 1988 – já alertava a nova geração de brasileiros que pela primeira vez presenciava a luz de um regime democrático: “A grande força da democracia é confessar-se falível de imperfeição e impureza, o que não acontece com os sistemas totalitários, que se autopromovem em perfeitos e oniscientes para que sejam irresponsáveis e onipotentes”.