Por Leonardo Fontes, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
“No início da pandemia, aqui foi tudo meio incerto, porque em casa só eu estou trabalhando, em um estágio que paga muito pouco, mãe, padrasto e irmão desempregados, mesmo antes da pandemia. Assim que saiu a notícia de corte nos contratos, entrei em desespero porque até então era a única renda, anunciaram os auxílios e ainda assim foi a saga pra que minha mãe e padrasto conseguissem a liberação, meu padrasto conseguiu na semana passada inclusive. […] Minha avó está com muito medo de morrer sozinha, liga toda madrugada e chora.”
Camila, 22 anos, é moradora do bairro do Jardim Ângela e está no último semestre do curso de licenciatura em Artes em uma universidade particular de São Paulo, beneficiária de uma bolsa do ProUni. Sua fala resume alguns dos problemas que têm sido enfrentados por moradores das periferias de São Paulo e de outras cidades do país diante da pandemia de Covid-19 e da falta de ação por parte das diferentes esferas de governo.
“No início da pandemia, aqui foi tudo meio incerto, porque em casa só eu estou trabalhando, em um estágio que paga muito pouco, mãe, padrasto e irmão desempregados, mesmo antes da pandemia. Assim que saiu a notícia de corte nos contratos, entrei em desespero porque até então era a única renda, anunciaram os auxílios e ainda assim foi a saga pra que minha mãe e padrasto conseguissem a liberação, meu padrasto conseguiu na semana passada inclusive. […] Minha avó está com muito medo de morrer sozinha, liga toda madrugada e chora.”
Camila, 22 anos, é moradora do bairro do Jardim Ângela e está no último semestre do curso de licenciatura em Artes em uma universidade particular de São Paulo, beneficiária de uma bolsa do ProUni. Sua fala resume alguns dos problemas que têm sido enfrentados por moradores das periferias de São Paulo e de outras cidades do país diante da pandemia de Covid-19 e da falta de ação por parte das diferentes esferas de governo.