Por Jean Wyllys, na revista CartaCapital:
A iconografia cristã católica (ou seja, as representações dos "santos" e "mártires" reconhecidos pela Igreja Católica ao longo de sua existência) e as narrativas que lhe deram origem e lhes sustentam (a Bíblia e a hagiografia) vêm servindo de inspiração e material para as artes laicas desde a Independência Americana (1776) e a Revolução Francesa (1789) - eventos marcantes da emergência do que chamamos de modernidade ocidental, pautada não só pela separação entre Estado e religião (transformando esta última num direito individual, em vez de um dever público) mas pautada também nas liberdades civis - até os dias de hoje.