quarta-feira, 8 de outubro de 2014

FHC e o ódio à democracia

Do site Brasil Debate:

O filósofo Jaques Rancière em seu livro “O ódio à democracia”, recém-lançado no Brasil, lança luz sobre a resistência das elites às aspirações de poder da população. Segundo ele, as oligarquias, seus ideólogos e especialistas julgam conhecer os mecanismos adequados para a condução de um governo democrático. Quando a legitimidade popular colide com o consenso oligárquico, trata-se da ignorância. “Se a ciência não consegue impor sua legitimidade é por causa da ignorância. Se o progresso não progride é por causa dos retardatários.”

Derrotar a direita sem vacilações

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Concluímos o primeiro turno das eleições gerais com um Congres­so Nacional mais conservador. A on­da reacionária fortaleceu as bancadas ligadas a grupos evangélicos funda­mentalistas, lideranças contra a am­pliação de direitos e a chamada “ban­cada da bala”, defensora da intensi­ficação de medidas repressivas. Mas fortaleceu principalmente as ban­cadas patronais ligadas aos grandes grupos econômicos.

Dilma e a esperança

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

A mídia nativa encontra à última hora o novo salvador da pátria. Aécio Neves atropela Marina Silva na reta final do primeiro turno da eleição presidencial e consegue o segundo lugar com uma porcentagem de votos que supera as expectativas. O tucanato está em festa, e tem boas razões para tanto, a se considerar a rápida ascensão do seu candidato. Agora na aposta da continuidade do desempenho em elevação.

Marina e “não votos” na margem de erro

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Quem será que Marina vai tirar para dançar no segundo turno? Alguém tinha ou ainda tem alguma dúvida?

Faz três dias, desde a abertura das urnas no domingo, só se fala disso. A protagonista do segundo turno até agora é Marina Silva, a terceira colocada, que ficou fora dele. Apesar de estar sendo "intimada" pela velha mídia familiar e partidária a declarar logo seu apoio ao tucano Aécio Neves, ela está se fazendo de difícil e alimentando o suspense para valorizar o passe.

PT e a fábrica de alienação

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Um fato foi, essencialmente, o responsável pela condução do governo de orientação popular e inclusiva a uma situação de risco eleitoral.

O produto da inclusão, sem política e politização, é uma classe média sem valores senão os imediatos, como são os próprios do consumo e com uma moralidade que tudo tolera na apropriação privada da riqueza e vê no Estado – mudo ou com um discurso pasteurizado – apenas um serviçal (ou um estorvo) e não o indutor de sua própria ascensão.

Eleição se ganha é na campanha

http://www.dilma.com.br/
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Essa afirmação parece um tanto óbvia e redundante, mas não é. A supervalorização das pesquisas, que se disseminou entre marqueteiros, dirigentes e militantes de base dos partidos, ativistas e coordenadores das campanhas, acaba prejudicando as próprias táticas e estratégias eleitorais. É que os resultados dos levantamentos, em geral, provocam sensações que oscilam entre o entusiasmo exagerado e o pessimismo paralisante.

Marina entre Aécio e Chico Mendes

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Caso venha a confirmar os sinais de que procura um atalho para se engajar na campanha de Aécio Neves, a candidata Marina Silva estará dando razão aos adversários que sempre disseram que sua “nova política” nada mais foi do que um rótulo de ocasião para praticar a “velha política” com outro nome.

Um segundo turno de disputa

Por Emir Sader, no site Carta Maior:

Pela quarta vez consecutiva o PT disputa o segundo turno com os tucanos. Foi assim com o Lula em 2002 e em 2006, com a Dilma em 2010 e volta a ser com ela em 2014.

A diferença esta vez é que a reserva de votos está à direita, com a Marina, e não à esquerda, como em outras vezes (como a própria Marina, ainda com parte do eleitorado progressista em 2010).

As lições do primeiro turno

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Enumero abaixo, o que considero as lições mais importantes deste primeiro turno.

1) Não acreditar em pesquisa, mesmo as favoráveis para nosso campo. É impossível ignorá-las, mas não se deve considerá-las excessivamente. Não entro no mérito de sua honestidade; mas é óbvio que não estão dando conta de captar a dinâmica da opinião dos eleitores. O Brasil ficou grande e complexo demais. Erraram para todos os lados.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O que diz o eleitor de Aécio

Por Geraldo Galindo

O eleitor de Aécio diz ser um defensor da democracia, das liberdades democráticas e acusa a esquerda de defender ditaduras. Esse é o mesmo eleitor que deposita nas urnas 700 mil votos para Bolsonaro, um parlamentar defensor de exílios, torturas e assassinatos cometidos pelos militares no longo período de autoritarismo no Brasil.

Saudosos da ditadura amam Aécio

Do blog: http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

No primeiro turno, o caricato Clube Militar – que reúne os “milicos de pijama” saudosos da ditadura – quase entrou em crise existencial. Diante do “furacão” Marina Silva, um curioso texto foi publicado no site da entidade em apoio à ex-verde, encarada como única capaz de derrotar o “lulopetismo”. De imediato, o presidente da confraria se rebelou e garantiu que os generais da reserva apoiavam Aécio Neves, mesmo prevendo sua derrota. Agora, no segundo turno, a divisão foi superada: os saudosos da ditadura marcharão unidos pela vitória do tucano. Em texto divulgado nesta terça-feira (7), o Clube Militar afirma que o candidato do PSDB finalmente poderá “interromper a sovietização do Brasil”.

Mídia explica indigestão de Alckmin

Por Altamiro Borges

Vários fatores explicam a folgada reeleição de Geraldo Alckmin em São Paulo, apesar da falta de água, do caos no transporte público, da violenta crise na segurança e de outras mazelas do “choque de indigestão” tucano. O livro “Os ricos no Brasil”, organizado por Marcio Pochmann, mostra que o Estado concentra os ricaços e a velha classe média e que estes setores se tornaram cada vez mais elitistas e reacionários. É preciso também analisar a ação das forças de esquerda, que partem do diagnóstico de que o eleitorado é conservador e adotam políticas conservadoras. Mas não dá para entender a vitória do “picolé de chuchu” sem analisar o papel nefasto da mídia hegemônica.

Roberto Freire foi para... Punta!

Por Altamiro Borges

Oposicionista hidrófobo, Roberto Freire nem esperou o enterro de Marina Silva para já declarar seu apoio a Aécio Neves. Mais do que nunca, ele agora depende dos tucanos para salvar a sua própria carreira política. Presidente eterno do PPS, ele foi derrotado nas urnas em São Paulo e não conseguiu se reeleger. O seu partido, apêndice da direita, elegeu 10 deputados federais – dois a menos que em 2010. E o pernambucano ficou na quarta suplência em São Paulo. O PSDB é a sua única salvação. Do contrário, só lhe restará curtir as magoas nos cassinos de Punta del Este.

O círculo vicioso das manipulações

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Na expectativa das alianças que irão recompor as forças partidárias para o segundo turno da eleição presidencial, os jornais apresentam aos leitores um jogo de adivinhações que tenta dissimular suas preferências políticas. Daqui para a frente, seja qual for o movimento das peças, tudo será levado ao propósito maior da mídia tradicional, que é recompor sua influência sobre o poder Executivo federal.

Apoio a Aécio vai desmascarar Marina

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Os jornais de terça-feira, 7 de outubro, anunciam o que todos os que sempre souberam do que se tratava a candidatura Marina Silva já intuíam: a autoproclamada representante da “nova política” irá apoiar Aécio Neves e o PSDB no 2º turno contra Dilma Rousseff.

A disputa decisiva em São Paulo

Por Renato Rovai, em seu blog:

Aécio teve 4 milhões de votos de frente em relação a Dilma no primeiro turno paulista. Isso significa que sua vantagem vai se manter ou aumentar no segundo turno? Evidente que não, apesar de boa parte dos analistas estarem tratando isso como fato consumado.

Em 2006, Lula perdeu por exatos 4 milhões de votos para Alckmin no primeiro turno. E no segundo diminuiu essa diferença para apenas 1 milhão. O que se viesse a acontecer de novo, significaria a derrota do tucano mineiro.

Fantasma do passado: PSDB nunca mais

Dilma x Aécio: a maturidade do voto

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Dilma vai enfrentar Aécio Neves no segundo turno. É o tradicional confronto PT x PSDB que se repete. Isso significa que a “velha” Política ganhou da “nova”?

Não. Significa que a Democracia brasileira mostrou maturidade. Marina tem uma biografia respeitável, mas tentou ganhar a eleição tratando o eleitor feito criança. “Eu sou o novo” (sei…), “vou governar com os “bons” de cada partido” (só faltava escolher os maus), “quero menos Estado e mais política social” (mágica?), “no meu governo não haverá toma lá dá cá no Congresso, contaremos com a pressão das ruas” (seria um governo bolchevique, com o Congresso cercado pelas massas, enquanto o Gianetti e a Neca acertam o resto com os bancos?).

Algumas precisões sobre as eleições

Por Valter Pomar, em seu blog:

A Rede Brasil Atual publicou, no dia 5 de outubro, um texto a partir de uma entrevista feita comigo.

O texto está aqui: http://www.redebrasilatual.com.br/eleicoes-2014/dirigente-do-pt-diz-que-falta-de-reformas-politica-e-da-comunicacao-explicam-eleicoes-7238.html

Quem editou o texto, optou por não apresentar as perguntas e por reestruturar as respostas. Nada excepcional, mas sendo assim faço algumas precisões.

No segundo turno, disputa será política

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O único ponto previsível dessa campanha foi a imprevisibilidade.

As ondas se deram entre quatro públicos distintos:

1- Um segmento centro-esquerda, representado pela candidatura Dilma, que vota nela por convicção.

2- Um segmento neoliberal, em torno de Aécio, também por convicção.

3- Os inconformados – os que não conseguem se ver representados em nenhum candidato.

4- Os indignados, que acreditam que toda política é corrupta e são fundamentalmente antipetistas.