quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Suiçalão e os primeiros tucanos gordos

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Os internautas acharam um nome genial para popularizar o escândalo de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal de 8,6 mil contas associadas ao Brasil achadas no HSBC da Suíça. E que agora usarei genericamente para os escândalos de evasão fiscal vazados ou descobertos através do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).

Suiçalão!

Internautas, jornais e o caso HSBC

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O caso HSBC é sintomático dos compromissos de alguns grupos de mídia com a transparência.

Nos anos 80 e 90 teve início uma disputa sem regras no mercado financeiro internacional. Com a ajuda da rede de paraísos fiscais, grandes instituições passaram a reciclar toda sorte de dinheiro, de magnatas, traficantes, petrodólares, da corrupção política, da sonegação, do tráfico de pessoas e do caixa 2 em geral.

Joaquim Barbosa e o vazio político

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Com a presidente Dilma Rousseff descansando numa praia da Bahia e o Congresso Nacional em recesso carnavalesco de 12 dias, o vazio político destes dias de sassaricos tinha que ser ocupado por alguém, como costuma acontecer.

Do nada, ressurgiu Joaquim Barbosa, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, que deixou o conforto da sua aposentadoria precoce e do belo apartamento de Miami para aparecer como convidado especial, entre outras celebridades, no camarote montado pelo jornal O Globo no sambódromo da Marquês de Sapucaí.

O nome do negócio é Suíçalão do HSBC

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

Um escândalo de grandes proporções abala o mundo das finanças.

O assunto envolve ninguém menos que o segundo maior banco do mundo, o HSBC, e políticos, grupos de comunicação, esportistas, artistas e demais celebridades do mundo dos superendinheirados.

Os bacanas, milhares deles brasileiros, cometeram crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e evasão em grandes proporções. Isso sem contar com outros crimes que podem estar associados à origem do dinheiro.

A quarta-feira de cinzas da mídia

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

“Ensaiei meu samba o ano inteiro / Comprei surdo e tamborim / Gastei tudo em fantasia / Era só o que eu queria / E ela jurou desfilar pra mim” (Benito di Paula)

A mídia hegemônica está inconformada. A Asmaticos foi rebaixada (veja nota abaixo). Afinal, era para este ter sido o “carnaval da (operação) Lava Jato” e do caos. Ancelmo Gois, colunista amestrado de O Globo, chegou a escrever, “preocupado”, sobre a possibilidade inclusive de faltar cerveja! Em sua coluna de 6/2 ele dizia existir “uma grande apreensão entre os fabricantes de bebidas por causa desta crise hídrica. No eixo Rio-São Paulo, existem umas 15 fábricas desses produtos (cerveja e chopp). Todas captam água do Paraíba do Sul e do Guandu”. 

HSBC terá de se explicar na Suíça

Da revista CartaCapital:

As fraudes realizadas pelo braço suíço do banco HSBC, sediado no Reino Unido, devem render muitos problemas para a instituição financeira. Dias após a divulgação de denúncias segundo as quais o banco ignorou crimes de clientes, como tráfico de armas, e ajudou correntistas a sonegarem impostos em seus países, o Ministério Público da Suíça anunciou nesta quarta-feira 18 a abertura de uma investigação penal contra o HSBC Private Bank por lavagem de dinheiro e uma operação de busca na sede do banco em Genebra.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Mais um tucano escapa da cadeia!

Por Altamiro Borges

O PSDB foi derrotado nas eleições presidenciais de 2002 e até hoje não conseguiu retornar ao Palácio do Planalto. Mas os tucanos, como expressão das elites, seguem fortes nos aparatos de hegemonia da sociedade. Eles perderam o governo, mas não a totalidade do poder político. Eles mantêm influência em postos chaves – como em vários comandos estaduais da Polícia Federal, em sessões do Ministério Público e na cúpula do Poder Judiciário – inclusive no Supremo Tribunal Federal (STF). Isto ajuda a explicar porque nenhum grão-tucano foi para a cadeia até hoje. Não há “delações premeditadas”, vazamentos seletivos, prisões arbitrárias ou escarcéu da mídia hegemônica. E alguns tucanos, mais sujos do que pau de galinheiro, seguem livres e soltos e ainda se travestem de paladinos da ética.

As ciclovias de SP e a mídia "sórdida"

Por Altamiro Borges

As principais metrópoles do mundo implantam projetos para garantir maior mobilidade urbana, reduzir os congestionamentos e combater a poluição. Madrid e Paris, por exemplo, já anunciaram que só ônibus, táxis e bicicletas poderão circular pelos seus centros expandidos a partir de 2018. Especialistas afirmam que é preciso adotar medidas urgentes neste setor nevrálgico. Do contrário, os centros urbanos entrarão em colapso e ocasionarão graves transtornos. É com esta visão de futuro que o prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, tem tomado medidas ousadas na área de transporte. Elas, porém, esbarram na cruzada antiquada e interesseira da velha mídia, que difunde mentiras na sociedade. Na sua campanha contra as ciclovias, a revista “Veja” até falseou dados estatísticos. Já o decadente Estadão parece obcecado em detonar o jovem prefeito.

O coração do poder no Brasil é a mídia

O “orgulho hétero” de Eduardo Cunha

Por Altamiro Borges

O lobista Eduardo Cunha parece excitadíssimo no seu posto de novo presidente da Câmara Federal. A cada dia ele aparece com uma novidade. Em pleno feriado de Carnaval, ele anunciou que dará a presidência da estratégica Comissão de Finanças a um deputado tucano. Até a Folha estranhou a medida. “Depois de entregar o comando da reforma política ao DEM, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) decidiu oferecer a segunda comissão mais importante da Casa, a de Finanças e Tributação, ao PSDB. Com o aceno, ele contempla os dois partidos que lideram a oposição à presidente Dilma Rousseff e enfraquece ainda mais o PT, que ficou sem cadeira na Mesa Diretora da Casa e com menos influência nas comissões”. Com mais esta iniciativa intempestiva, o “peemedebista rebelde” vai confirmando os seus piores propósitos na direção do legislativo federal.

Chuva não salva volume morto do Alckmin

Por Altamiro Borges

Apesar de injustamente acusado de ser o único culpado pela falta da água em São Paulo, o ‘santo’ São Pedro resolveu dar uma mãozinha para o tucano Geraldo Alckmin – ex-devoto da seita religiosa Opus Dei. Nos últimos dias, as chuvas superaram a média histórica de fevereiro na região do Sistema Cantareira. Com isso, os reservatórios – que abastecem 6,2 milhões de pessoas na região metropolitana – atingiram a marca de 8,3% da sua capacidade nesta terça-feira (17) e retomaram o patamar do início de dezembro passado. Do Palácio dos Bandeirantes, de onde monitora as tempestades salvadoras, o governador pode respirar um pouco mais tranquilo. Mas a situação do seu volume morto ainda é preocupante.

Mais um jornalista mau-caráter da 'Veja'

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Existe um mau-caráter chamado Felipe Moura Brasil, que ajuda a aumentar a imundície da Veja, que me faz perder o comportamento civilizado e recomendar que, se acaso passar perto de mim, guarde distância.

Publicou, naquele pântano moral, uma nota dizendo que a mulher de Alexandre Padilha teve “atendimento vip” numa clínica do SUS onde fez o parto de sua filha.

Dirceu retruca mentiras do 'Estadão'

Do blog de Zé Dirceu:

A reportagem “Delator repetiu esquema de Dirceu para abrir offshores” (17/02) procura, sem qualquer razoabilidade jornalística, associar o ex-ministro José Dirceu ao esquema assumido pelo engenheiro Pedro Barusco para recebimento de recursos ilícitos no exterior.

Chacina do Cabula: blogueiro é ameaçado

Foto: Rafael Bonifácio /Ponte Jornalismo
Por Wellton Máximo, na Agência Brasil:

O editor-chefe do blog Mídia Periférica, Enderson Araújo, denunciou abusos de policiais militares na Bahia, sofreu ameaças e deixou Salvador, alegando temer pela própria vida. Ele está em local desconhecido. A Superintendência de Direitos Humanos da Bahia e a Secretaria Nacional de Juventude acompanham o caso.

As 8.667 contas no HSBC e a Globo

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Desde segunda-feira (9), os telejornais do mundo inteiro noticiaram o escândalo mundial do banco HSBC ter ajudado milionários e criminosos a sonegar impostos em seus países, usando sua filial na Suíça. Mas no Jornal Nacional da TV Globo, nenhuma palavra sobre o assunto.

Não se pode dizer que a notícia é apenas de interesse estrangeiro, pois 8.667 correntistas são associados ao Brasil, despontando como a quarta maior clientela.

Golpes na Argentina, Venezuela e Brasil?

Por Altamiro Borges

Há algo muito estranho ocorrendo em três países decisivos na geopolítica da América do Sul. A Venezuela, rica em petróleo, enfrenta uma onda permanente de desestabilização – com sabotagem no abastecimento de produtos básicos, choques violentos nas ruas e ameaças de golpes militares contra o presidente Nicolás Maduro. Na Argentina, segunda economia da região, está em curso um processo de judicialização da política que pode desembocar na cassação da presidenta Cristina Kirchner. Já no Brasil, a principal força no tabuleiro político do subcontinente, a direita mais suja do que pau de galinheiro se traveste de vestal da ética, bravateia a tese do impeachment e incentiva as marchas dos grupelhos fascistas. O que explica esta sinistra coincidência? Os EUA, que sempre trataram a região como o seu quintal, têm algo a ver com esta onda nitidamente golpista?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

HSBC, Beto Richa e a mídia seletiva

Por Altamiro Borges

A mídia nativa está cada vez mais descarada na sua seletividade e partidarismo. Isto tem gerado desconforto nas próprias redações dos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão. Muitos jornalistas mais íntegros – e eles existem aos montes e cumprem importante papel na trincheira inimiga – têm se rebelado. De forma corajosa, eles apontam as distorções e sacanagens dos seus próprios veículos – na maioria das vezes citando o crime, sem dar o nome dos criminosos. Nesta semana, dois fatos marcantes causaram repulsa nas redações da mídia tradicional: o escândalo da sonegação do banco HSBC e a radicalizada greve dos servidores do Paraná. Ambos foram retirados das capas dos veículos impressos e não mereceram os comentários ácidos dos “calunistas” das emissoras de rádio e televisão. O que há por trás desta visível manipulação?

TV suspende âncora mentiroso... nos EUA

Por Altamiro Borges

Brian Williams, âncora do telejornal mais popular da NBC dos EUA, ficará fora do ar por seis meses. Ele foi suspenso pela direção da emissora – sem direito a receber salário – após confessar que mentiu na cobertura da Guerra do Iraque (2003-2011). A notícia deve ter abalado alguns jornalistas da mídia nativa, que adoram bajular o império e até são convidados para “troca de informações” na embaixada dos EUA em Brasília. Se a moda ianque pega no Brasil, muitos deles correm o risco de suspensão e de perda do salário tamanha as manipulações que promovem em emissoras privadas que exploram concessões públicas. Não é para menos que a curiosa notícia nem apareceu nos telejornais brasileiros.

Globo e o ditador amigo da Beija Flor

Do blog Viomundo:

Não somos fãs da denúncia generalizada de “ditadores sanguinários da África”, como se eles só existissem lá. Em geral tais denúncias, a granel, escondem intenções racistas de brancos que ainda se acreditam encarregados de espalhar sua “missão civilizadora”, exatamente como no século 18.

Achamos irônico que se denuncie a doação de uma quantia incerta de dinheiro - R$ 10 milhões? - do ditador Teodoro Obiang, no poder há 35 anos na Guiné Equatorial, a uma escola de samba cuja origem é diretamente associada à contravenção.

Carnaval do Merval: uma peça em um ato

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Rio de Janeiro, Carnaval de 2030. Num apartamento na avenida Atlântica, Merval Pereira e seu neto de sete anos conversam. Destacam-se na parede duas fotos emolduradas finamente: uma é de Merval com seu fardão de imortal. A outra é de Roberto Marinho.

O neto: “O que é isso, vovô? Me deram na escola.” O garoto segura uma máscara de Carnaval com o rosto do avô.