domingo, 26 de novembro de 2017

Temer e os escravos do final de semana

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O anúncio está aí, no jornal, bem nítido, incontestável.

Falta mostrar a conta da reforma trabalhista de Michel Temer.

Cinco horas, aos sábados e domingos – em geral, 9 dias por mês- a R$ 4,45 a hora, cinco horas por dia.

Salário mensal de R$ 200,25.

Menos de um quarto do salário mínimo que se ganha com 22,5 dias úteis do mês corrido.

O antipetismo não paga as contas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Desde que começaram os eventos que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff, os que pretendiam ocupar o lugar dos políticos petistas então caídos em desgraça adotaram uma fórmula única para “justificar” de atos de corrupção a fracassos administrativos, bem como medidas antipopulares e, portanto, impopulares: discursos contra o PT.

O mais curioso é que, ao mesmo tempo em que sabem que medidas como reforma trabalhista, terceirização e redução drástica de programas sociais são medidas que se tornaram altamente impopulares, os políticos tucanos e peemedebistas – a começar por Michel Temer – desencadeiam campanhas publicitárias para tentar fazer a população aceitar aquilo que não quer.

Direita perdeu Huck e teme Lula

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Procurando, a todo custo, evitar que a campanha de 2018 se transforme num plebiscito sobre as reformas que jogaram os direitos do povo no lixo e colocaram a soberania do país num abismo, com a desistência de Luciano Huck as forças que organizam o continuísmo camuflado de Michel Temer ficaram privadas de uma candidatura sem as mãos sujas pelo golpe que afastou Dilma e abriu as portas para uma etapa especialmente nefasta da história brasileira.

Raquel Dodge não vai investigar a Globo

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

A decisão da procuradora geral Raquel Dodge de encaminhar a denúncia contra a Globo por corrupção tem tudo para não dar em nada. Lembra o que aconteceu em 2014, quando um grupo de blogueiros, com o Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé e o Mega Cidadania à frente, foi ao Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e entregou uma representação com 25 páginas do processo da Receita Federal em que os donos da TV Globo são responsabilizados pela prática de crime contra a ordem tributária.

O procurador recebeu os documentos e encaminhou para a Polícia Federal, que abriu inquérito. “Tinha grande esperança de que o crime fosse, finalmente, apurado, em razão da independência do Ministério Público”, diz Alexandre César Costa Teixeira, autor do blog Mega Cidadania.

Reforma trabalhista: 'uberização' do trabalho

Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

As recentes mudanças na legislação trabalhista vão ampliar um processo de "uberização" do mercado de trabalho, ou seja, um novo estágio de exploração, focado no enaltecimento do trabalho autônomo e com pouca cobertura de direitos sociais. Esta é a avaliação da pesquisadora Ludmila Costhek Abílio, do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Segundo ela, o processo de precarização tomou visibilidade com a empresa estadunidense Uber, que divulgou recentemente ter 500 mil motoristas no Brasil. No entanto, ela pontua que o processo de precarização não é recente e nem começa com as plataformas digitais.

Direita segue em busca do seu candidato

Por Matheus Tancredo Toledo, no site da Fundação Perseu Abramo:

De olho em 2018, os grupos que se posicionam à direita no espectro político seguem em busca de um candidato que seja capaz de vencer as eleições e derrotar, desta vez nas urnas, o PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o campo democrático-popular. Com o naufrágio da candidatura do prefeito de São Paulo João Dória (PSDB-SP), e o esfacelamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) perante a opinião pública, os nomes que disputam o posto de escolhido pelo centro e a direita nesse cenário de fragmentação são o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB-SP), o deputado de extrema-direita Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e a ex-ministra Marina Silva (Rede-AC). Correm por fora as possíveis candidaturas do ministro da Fazenda Henrique Meirelles (PSD-SP), do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (Sem partido) e do apresentador da Rede Globo Luciano Huck (Sem partido) .

A reforma dos banqueiros contra o povo

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

De todas as crueldades impostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer, a reforma da previdência sempre pareceu a mais difícil de ser concretizada. A rejeição popular sempre foi enorme e o governo não conta com o mesmo apoio maciço do congresso como em votações anteriores. Diante das dificuldades, foram feitas algumas mudanças no texto, mas nada a ponto de alterar a essência devastadora dos direitos previdenciários. Preocupado com a ameaça do PSDB abandonar a barca furada governista, Temer convidou o nobilíssimo senador Aécio Neves para fazer a articulação e conseguir mais votos a favor da reforma. Não havia nome mais adequado para comandar este ataque aos aposentados.

Lava-Jato força delação contra Lulinha

Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:

A Folha de S. Paulo deste domingo (26) prova que os procuradores de Curitiba não pensam em dar sossego ao ex-presidente Lula e família tão cedo. O título da reportagem, "Lava Jato pressiona Andrade Gutierrez a delatar filho de Lula", expõe a criação à fórceps de um escândalo sobre a Gamecorp. E a teoria da turma de Deltan Dallagnol não poderia ser mais curiosa: como a Andrade Gutierrez é uma empreiteira íntima de Aécio Neves - a ponto de pegar propina nas obras da Cidade Administrativa - decidiu comprar o filho de Lula para ter acesso à cúpula do PT.

O discurso de ódio envenena o Brasil

Por Xosé Hermida, no site Carta Maior:

“Artistas e feministas fomentam a pedofilia”. “El ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – responsável pelo maior programa de privatizações da história do Brasil – e o multimilionário húngaro-estadunidense George Soros patrocinam o comunismo”. “As escolas públicas, universidades e meios de comunicação foram dominados por uma `patrulha ideológica´ de inspiração bolivariana”. Inclusive “o nazismo nasceu da esquerda”. Bem-vindos ao Brasil da segunda década do Século XXI, um país onde um candidato a presidente que faz apologia pública da tortura e faz alarde de sua homofobia tem 20% das intenções de voto para as próximas presidenciais.

Basta de intermediários: Marinho presidente!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O notável colonista da Globo Overseas Lauro Jardim diz que o Luciano Huck vai anunciar numa "coletiva" nessa segunda-feira 27/XI que não é candidato a Presidente!

Agora, sim, é oficial: a Globo derrubou a candidatura daquele que o Farol de Alexandria tanto elogiou!

(Não deixe de ouvir a Rádio Navalha sobre o papel da Feiticeira e da Tiazinha nessa patriótica desistência.)

Huck desistiu da eleição? Mídia fica órfã!

Por Altamiro Borges

Em uma notinha lacônica, o jornal O Globo deste domingo (26) garante: “Luciano Huck não será candidato à Presidência, e amanhã anuncia oficialmente que está fora do páreo de 2018 numa entrevista em São Paulo”. A informação, que pode ser mais uma jogada de marketing do criador da “Tiazinha”, da “Feiticeira” e de outras aberrações midiáticas, deixa órfãos os donos de vários veículos de comunicação. Nos últimos dias, no esforço para criar um candidato-fantoche, o Estadão fraudou uma pesquisa sobre a alta popularidade do presidenciável da TV Globo. Já a revista “QuantoÉ” (IstoÉ) estampou na capa da edição desta semana: “O incrível Huck”. Merval Pereira, Eliane Cantanhêde e outros “calunistas” também obraram textos com fartos elogios à “novidade” na política.

sábado, 25 de novembro de 2017

Greve nacional contra fim da aposentadoria

Por Altamiro Borges

Com míseros 3% de aprovação, o ilegítimo Michel Temer ainda insiste em aprovar a “reforma da Previdência” – na verdade, o fim da aposentadoria dos trabalhadores brasileiros. O covil golpista atua descaradamente na compra de deputados, liberando milhões em emendas parlamentares, e investe fortunas em publicidade na mídia chapa-branca, espalhando mentiras sobre o tema. Rodrigo Maia, o jagunço dos patrões que preside a Câmara Federal, voltou a fazer as pazes com o usurpador – sabe-se lá a que preço – e promete colocar a matéria em votação ainda em dezembro. Diante deste risco, todas as centrais sindicais se reuniram nesta sexta-feira (24) e aprovaram a convocação de uma greve nacional para o próximo dia 5.

O parlamentarismo à moda dos golpistas

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

De repente, não mais que de repente, Michel Temer introduziu no meio dessas intermináveis conversas sobre reformas imaginadas, em Brasília, o resgate do parlamentarismo, que considera o melhor remédio contra crises políticas, como solução exata para substituir o presidencialismo.
Caso o plano tenha sucesso, Temer propõe-se a fazer uma experiência ainda no período de governo dele.

Em uma dessas coincidências que ocorrem com frequência, às vezes somente no STF, tramitava naquele tribunal há 20 anos um mandado de segurança para avaliar a possibilidade de o Congresso fazer a mudança do sistema político sem a necessidade de consulta popular.

Reforma da Previdência interessa aos bancos

Por Augusto Vasconcelos, no site Vermelho:

As agências internacionais de classificação de risco fazem uma verdadeira chantagem ao país: “Ou aprovam a Reforma da Previdência ou haverá fuga de capitais”. O que está por trás desse discurso, repetido cotidianamente pelas principais emissoras de TV, é uma concepção que enxerga a Previdência como gasto supérfluo do governo.

Há interesses inconfessáveis do sistema financeiro que impõe uma agenda de corte de investimentos sociais, conforme Emenda Constitucional 95, que visa congelar as despesas por 20 anos. O que os bancos querem com a Reforma da Previdência são dois objetivos. O primeiro é que o governo demonstre que sobrará uma folga orçamentária para pagar os juros da dívida pública. O segundo é destruir o caráter público da Previdência para aproximá-la de um modelo de proteção individual, onde os clientes seriam estimulados a adquirir previdência privada.

O fim da neutralidade de rede nos EUA

Toffoli e o foro privilegiado para Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Antes de pedir vistas do processo em que o STF decidiria, nesta quinta-feira, sobre a limitação do foro especial para autoridades, o ministro Dias Toffoli encontrou-se com Michel Temer. Isso diz muito sobre o adiamento da decisão. Agora o assunto não volta à pauta tão cedo e até lá, o Congresso pode aprovar emenda constitucional, já em avançada tramitação. Aparentemente mais dura, ela mantém o foro especial apenas para presidentes dos Três Poderes mas já se cozinha a aprovação, no plenário, de uma emenda que garanta o foro do STF para ex-presidentes da República.

O lobby que vendeu nosso pré-sal

Por Alexandre Padilha, na revista Fórum:

Há 11 anos a Petrobras, a empresa que mais investiu na pesquisa de petróleo no mundo, anunciou a descoberta do pré-sal, na área de Tupi, na Bacia de Santos. Enquanto ministro das Relações Institucionais do governo Lula, pude colaborar com a aprovação do marco regulatório do pré-sal, com o Fundo Social, no qual os recursos da exploração eram guardados para investimentos futuros no país. Em 2013, o Ministério da Saúde aprovou o uso de 25% dos royalties do pré-sal, ou seja, foram financiados e ampliados em 75% os investimentos para a saúde.

PGR de Temer quer cassar Gleisi Hoffmann

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Queridas historiadoras do futuro, mais uma vez me dirijo a vocês.

Reproduzo abaixo, para facilitar seu trabalho, o texto produzido pela assessoria de imprensa da Procuradoria Geral da República, com um resumo das denúncias – sem prova, para variar, baseado exclusivamente em delações forjadas nos porões imundos da Lava Jato – contra a senadora Gleisi Hoffmann e seu marido, Paulo Bernardo.

O golpe não pára.

Doria descarta até 35% de remédios 'doados'

Da Rede Brasil Atual:

A gestão do prefeito paulistano, João Doria (PSDB), precisou jogar fora, nos meses de junho, julho e agosto, 35% dos remédios doados por laboratórios farmacêuticos ao programa Remédio Mais Rápido, anunciado em fevereiro. Os medicamentos já estavam com a data de validade próximas do vencimento quando foram doados. Cerca de 3 toneladas de antidepressivos, antipsicóticos, diuréticos e antibióticos, entre outros, foram descartados, quase cinco vezes mais do que ao longo de todo o ano passado, em uma operação que custou R$ 60 mil à prefeitura. As informações são da rádio CBN.

Huck e a supremacia dos bastidores

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O “Huck fora”, que começou ontem com a nota de Gilberto Dimenstein onde ele informa ter Luciano Huck dito “a seus familiares e amigos próximos que não será candidato a presidente”, prosseguiu com Monica Bergamo, na Folha, confirmado com “dois interlocutores” a notícia, continua hoje com a nota de Sônia Racy, no Estadão, dizendo que o apresentador anuncia hoje que "se nenhuma pedra cair no caminho, que está fora da corrida presidencial”.