domingo, 12 de janeiro de 2020

TV Escola vai acabar. Viva a ignorância!

Por Fernando Brito, em seu blog:

Teremos livros e cadernos, ano que vem, com desenhos escolares da bandeira brasileira e as letras de hinos pátrios, no ano que vem. “Os pais vão vibrar”, diz o presidente da República, comemorando também que o material didático vai ter menos “um montão de amontoado de coisa escrita”.

Mas, em nossa célere caminhada rumo ao passado, não teremos a TV Escola, ou o uso desta mídia que tem “só” 70 anos, funcionando como suporte aos professores.

Foi o que anunciou hoje o ministro da Educação, Abraham Weintraub ao ator bolsonarista Carlos Vereza, que apresenta uma programa da emissora, o Plano Sequência, sobre cinema brasileiro.

Vereza não entende as acusações presidenciais de que o canal tem uma “programação totalmente de esquerda.”

- Então, o que é que eu estou fazendo lá?

O "pacote de bondades" na Argentina

Por Martín Fernández Lorenzo, no blog Socialista Morena:

10 de dezembro de 2019 foi um dia para não esquecer. Depois de quatro anos agonizantes e com um governo que não deu trégua à classe trabalhadora, ver a posse de Alberto Fernández foi emocionante, um alívio depois de tantos abusos. Milhões de argentinos/as assistiram quando o novo presidente chegou ao Congresso dirigindo seu próprio carro e cumprimentando as pessoas, como um cidadão qualquer.

O termômetro do êxito sindical em 2020

Por João Guilherme Vargas Netto

Das tarefas estritamente sindicais durante todo o ano em curso a mais importante, decisiva e constante é a sindicalização dos trabalhadores.

Sofrendo uma recessão longa e continuada e as agressões aos sindicatos e trabalhadores o movimento sindical viu cair – e muito – a taxa de sindicalização depois dos desastres de 2015-2016.

A tradicional reta horizontal que, pelo menos desde a democratização, mede o pertencimento dos trabalhadores ao mundo associativo-sindical caiu da altura dos 18% para 12% em 2018 e terá caído ainda mais em 2019.

A indústria brasileira no abismo

Editorial do site Vermelho:

Os mais recentes números econômicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a indústria brasileira segue aquilo que o dramaturgo Nelson Rodrigues chamava de “arrancos triunfais de cachorro atropelado”. Depois de uma sequência de três meses de avanço lento, a produção voltou a cair. Recuperações eventuais fazem parte do processo natural de uma economia que há muito tempo se arrasta numa crise estrutural, mas são meros arrancos.

Os novos capitães-do-mato

Por Ronaldo Tadeu de Souza, no site A terra é redonda:

A cada semana, desde que Jair Bolsonaro e seu grupo político foram eleitos, em outubro de 2018, a sociedade brasileira tenta entender com perplexidade o que aconteceu (e acontece) com o país. As obscenidades políticas e de discurso de um movimento aparentemente sem fim se avolumam semana após semana.

Rodrigo Nunes, professor de filosofia contemporânea na PUC-RJ, tinha razão ao afirmar em 2016 que vivemos no Brasil uma era de obscenidades [1]. Eu só acrescentaria: de uma obscenidade de certos setores da elite política, econômica e cultural. Assistimos atônitos, chocados mesmo, por exemplo, à indicação do novo presidente da Fundação Palmares, destinada à valorização da cultura negra – alguém que se não a odeia, sem dúvida a despreza conforme suas declarações.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Bolsonaro volta a atacar os jornalistas

Inflação foi mais alta para os mais pobres

Da revista CartaCapital:

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o ano de 2019 em 4,31%. A taxa é superior aos 3,75% observados em 2018, segundo dados divulgados nesta sexta-feira 10 pelo Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa também ficou acima do centro da meta de inflação, estipulada pelo Banco Central para 2019, um valor esperado de 4,25%. O grupo de alimentação e bebidas foi o setor que teve maior variação e maior impacto – ou seja, pesou mais no bolso dos brasileiros -, com alta de 6,84% nos preços.

Bolsonaro e seu exército de Brancaleones

Por Sergio Araujo, no site Sul-21:

Jair Bolsonaro não sabe falar direito. Se atrapalha com a língua pátria e por isso mesmo tropeça nas ideias e não consegue se fazer entender. O que se por um lado é ruim – transparência não só é uma exigência constitucional para quem exerce cargo público, mas uma pré-requisito cada vez mais cobrado pela sociedade -, por outro é bom, pois evita que o pior dele seja explicitado e gere mais temor pelo que está por vir.

2019 bateu recorde de empregadas domésticas

Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:

O fim de 2019 veio carregado de más notícias: uma economia praticamente estagnada; desemprego persistente; queda da renda média dos trabalhadores; aumento da desigualdade e concentração de renda; elevação dos ganhos na faixa dos super ricos à revelia da perda de rendimento dos mais pobres.

Um dos sintomas de uma coalização política como a liderada pelo conservador Jair Bolsonaro (sem partido), e tendo como representantes da política econômica a fina flor do liberalismo, é a junção de uma economia que não deslancha, ou seja – um “bolo” que se mantém pequeno – e, uma divisão cada vez menos equânime da riqueza criada, ou seja – cada vez mais a fatia dos mais ricos se torna maior e a parte pertencente aos trabalhadores míngua.

A boçalidade do ministro da Educação

Por Renato Rovai, em seu blog:

Alguns cargos de um governo merecem o mínimo de respeito. Um deles é o reservado à Educação. Isso vale para municípios e estados, não apenas para o governo federal.

Não se escolhe um analfabeto funcional para tocar a gestão municipal nesta área na cidade mais minúscula. A secretaria da Educação sempre é reservada para alguém que seja uma referência no setor ou que tenha títulos que lhe permitam ocupar o cargo.

Isso está sendo destruído por Bolsonaro neste seu primeiro ano de governo. Vélez e agora Weintraub não passariam num concurso nem pra ser administradores de uma pequena escola.

Assim os impérios cometem suicídio

Por Chris Hedges, no site Outras Palavras:

O assassinato, pelos Estados Unidos, do general Qassem Soleimani, chefe da força de elite Quds do Irã, deflagrará ataques retaliatórios múltiplos contra alvos norte-americanos por parte dos xiitas, que são a maioria no Iraque. Ativará insurgentes e grupos paramilitares apoiados pelo Irã no Líbano, Síria e outras partes do Oriente Médio. O caos de violência, Estados falidos e guerra, resultados de duas décadas de insanidades e erros dos EUA na região, vai converter-se numa conflagração ainda mais vasta e perigosa. As consequências são dramáticas. Além de os norte-americanos se verem sob cerco no Iraque, e talvez expulsos – resta apenas uma força de 3,2 mil soldados no Iraque, todos os cidadãos foram aconselhados a deixar o país “imediatamente” e os serviços consulares, fechados – a situação pode descambar para uma guerra direta contra o Irã. O Império Americano, parece, não morrerá com um lamento, mas com uma explosão.

Agrotóxicos e a mortalidade na infância

Por Robson Ribeiro, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O estudo desenvolvido como pesquisa de mestrado em Desenvolvimento Territorial da América Latina e Caribe na Unesp buscou compreender a relação entre os riscos introduzidos nos territórios rurais com a modernização do campo e o consequente alargamento das desigualdades socioterritoriais, a partir do processo de otimização da produção agrícola, especificamente no cultivo do tomate.

Concomitante a isso, entender as conexões entre a intensificação da precarização do trabalho e a utilização de agrotóxicos visando alavancar a produtividade na relação com o aumento significativo de casos de mortalidades na infância (0 a 5 anos) no município de Ribeirão Branco, região do Vale do Ribeira, São Paulo.

"Moro será desconstruído na vida política"

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:

O elemento mais flagrante da entrevista com Lula feita pelo DCM - a melhor dele desde que saiu da cadeia - é a diferença de estatura para o palhaço pirulito que ocupa a cadeira atualmente.

Lula contou sobre o acordo com o Irã, descumprido pelos EUA, num assunto que viraria naquele mesmo dia alvo de fake news de Jair Bolsonaro.

Um dos pontos altos foi a chamada para a briga com Moro.

Cheio de gás, com sangue no olho, o ex-presidente quer ver seu perseguidor num terreno neutro, livre, em que o outro não esteja blindado e a briga possa evoluir de igual para igual.

Chama-se democracia.

Quem ganha no voto?

Retomar os trilhos do desenvolvimento

Por Amir Khair e Paulo Gil Souza, no site da Fundação Perseu Abramo:

Entre as décadas de 1930 e 1980, a economia brasileira cresceu em média 7% ao ano. A redução do PIB em 4,1% de 1981 em relação a 1980 marcou o final deste ciclo de crescimento. Durante o período o país deixou de ser uma economia agrária exportadora de primários, e se transformou em país de predomínio urbano dotado de uma economia complexa.

A expressiva ampliação da riqueza nacional e a profunda transformação da economia brasileira do período não se traduziu na diminuição das desigualdades sociais, econômicas e regionais. Tampouco o Brasil consolidou um sistema de seguridade social, e manteve as marcas da exclusão com as altas taxas de analfabetismo e pobreza.

Bolsonaro tenta destruir o 'Bolsa Família'

TeleSur aborda as tensões entre EUA e Irã

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

A desigualdade mata no Brasil!

A situação da cultura é preocupante

Indústria derruba a euforia do "agora vai"

Por Fernando Brito, em seu blog:

O IBGE anunciou hoje que a produção industrial brasileira caiu 1,2% em novembro, comparada à de outubro, e 1,7% comparada a de novembro de 2018.

É o dobro das expectativas colhidas no mercado financeiro pela Reuters: -0,6% e -0,8%, respectivamente.

A queda foi muito mais intensa nos setores de produtos hard: bens de capital, veículos, indústria extrativa…

EUA deflagram a guerra midiática

Charge: Anne Derenne
Da Rede Brasil Atual:

A única guerra que já está dada é a guerra da informação, apontam analistas internacionais em entrevista à Rádio Brasil Atual. Enquanto o conflito entre Estados Unidos e Irã vive seus dias de escalada, deixando em alerta países e vizinhos fronteiriços, do ponto de vista da indústria da comunicação há um arsenal de notícias que não se confirmam como fatos, mas são suficientes para trazer intranquilidade não só aos protagonistas, mas para o mundo inteiro.