sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

"Moro será desconstruído na vida política"

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:

O elemento mais flagrante da entrevista com Lula feita pelo DCM - a melhor dele desde que saiu da cadeia - é a diferença de estatura para o palhaço pirulito que ocupa a cadeira atualmente.

Lula contou sobre o acordo com o Irã, descumprido pelos EUA, num assunto que viraria naquele mesmo dia alvo de fake news de Jair Bolsonaro.

Um dos pontos altos foi a chamada para a briga com Moro.

Cheio de gás, com sangue no olho, o ex-presidente quer ver seu perseguidor num terreno neutro, livre, em que o outro não esteja blindado e a briga possa evoluir de igual para igual.

Chama-se democracia.

Quem ganha no voto?

Lula quer um debate com Sergio Moro, caso se cumpra a profecia do sujeito sair para candidato a presidente da República.

É evidente que ele não vai parar aí e a vaga no Supremo começa a ficar muito pequena.

Desafiou Moro para um confronto na Globo.

Por razões óbvias, o maior receio do príncipe de Curitiba será encontrar pela frente o sujeito que teve coragem de “enfrentar” apenas na condição de julgador.

“Moro será desconstruído quando ele estiver participando da vida política, enfrentando condições adversas. Não sei se ele será candidato. As pessoas gostam de glória, e ele é vaidoso”, apontou Lula.

“Eu acho que ele tem que se expor. Entrar na política é como dançar tango, tomar calcanhar na região baixa. Uma coisa é estar protegido… o Moro tem um muro de Berlim em torno para não mexerem com ele”, prosseguiu.

“Ele só vai aparecer como é quando se expuser. Quando foi na Câmara, ele fica desmoralizado, se percebe que ele é fraco. Ele é muito inseguro”.

Moro só tem uma grande arma secreta: a insuportável desafinação. Isso ninguém segura.

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