Charge: Anne Derenne |
A única guerra que já está dada é a guerra da informação, apontam analistas internacionais em entrevista à Rádio Brasil Atual. Enquanto o conflito entre Estados Unidos e Irã vive seus dias de escalada, deixando em alerta países e vizinhos fronteiriços, do ponto de vista da indústria da comunicação há um arsenal de notícias que não se confirmam como fatos, mas são suficientes para trazer intranquilidade não só aos protagonistas, mas para o mundo inteiro.
“O terreno está fértil para todo o tipo de boato e especulação uma vez que o sangue está à flor da pele”, disse o professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC Gilberto Maringoni ao jornalista Glauco Faria.
Apenas entre está terça (7) e quarta-feira (8), circularam boatos especulando que um terremoto ocorrido no sudoeste do Irã teria sido provocado por um teste nuclear; que os Estados Unidos estariam testando 52 aviões de caça – em referência à ameaça do presidente Donald Trump, que disse ter 52 alvos iranianos –; além da notícia de que o Irã teria expulsado um embaixador brasileiro do país, o que, como as demais informações, não se confirmou, ressalta Maringoni.
“É uma situação muito tensa e a guerra de informação vai ser crucial”, alerta, chamando atenção inclusive para a responsabilidade de seus atores com relação, por exemplo, à queda do avião ucraniano. Foram 176 mortos no voo decolado de Teerã, capital do Irã, logo após a confirmação do ataque a duas bases dos EUA no Iraque, em resposta ao atentado do governo norte americano. “(A queda do avião) é algo que vem a complicar, porque pode até ter sido falha mecânica, não um atentado, mas essa situação adiciona um caldo de cultura sério. O governo iraniano já não fala em falha técnica, ou seja, a leitura que se fará dessa queda vai colocar mais fervura em uma situação que já é complicada”, avalia o professor.
“O terreno está fértil para todo o tipo de boato e especulação uma vez que o sangue está à flor da pele”, disse o professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC Gilberto Maringoni ao jornalista Glauco Faria.
Apenas entre está terça (7) e quarta-feira (8), circularam boatos especulando que um terremoto ocorrido no sudoeste do Irã teria sido provocado por um teste nuclear; que os Estados Unidos estariam testando 52 aviões de caça – em referência à ameaça do presidente Donald Trump, que disse ter 52 alvos iranianos –; além da notícia de que o Irã teria expulsado um embaixador brasileiro do país, o que, como as demais informações, não se confirmou, ressalta Maringoni.
“É uma situação muito tensa e a guerra de informação vai ser crucial”, alerta, chamando atenção inclusive para a responsabilidade de seus atores com relação, por exemplo, à queda do avião ucraniano. Foram 176 mortos no voo decolado de Teerã, capital do Irã, logo após a confirmação do ataque a duas bases dos EUA no Iraque, em resposta ao atentado do governo norte americano. “(A queda do avião) é algo que vem a complicar, porque pode até ter sido falha mecânica, não um atentado, mas essa situação adiciona um caldo de cultura sério. O governo iraniano já não fala em falha técnica, ou seja, a leitura que se fará dessa queda vai colocar mais fervura em uma situação que já é complicada”, avalia o professor.
Sem crédito
Consultor internacional, Amauri Chamorro aponta à Rádio Brasil Atual o uso das informações para conquistar poder. É o que tem feito, segundo o analista, o presidente Trump ao minimizar os ataques às bases estadunidenses, dizendo que não haveria soldados americanos feridos ou mortos. Agências iranianas, no entanto, falam na morte de quatro a 80 soldados e outros 200 feridos.
“Obviamente não dá para acreditar no que vai dizer o governo de Trump”, rebaixa Chamorro. “Assim como não dá para acreditar o que fala a imprensa dos Estados Unidos, eles são uma extensão da Casa Branca, CNN, Fox News, todas as grandes empresas de comunicação funcionam como porta-vozes da Casa Branca.”
Na prática, afirma o consultor, está consolidada uma guerra midiática. “Porque na verdade a guerra ela sempre vem acompanhada de um processo comunicacional. O terrorismo é uma mensagem comunicacional (…) A atitude de você bombardear também vem como ato comunicacional e é isso que os Estados Unidos vão começar a tentar controlar”, declara Chamorro. “Lembrando que parte das principais agências que distribuem a informação no planeta são da Inglaterra e EUA, países que funcionam alinhados. Então haverá sim mentiras e desinformação.”
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