sexta-feira, 19 de março de 2021

Edir Macedo vacinado em Miami. E o Satanás?

Por Altamiro Borges

Haja ironias e patifarias em tempos de pandemia. O jornalista Ricardo Feltrin informa no site UOL que "o bispo Edir Macedo, 76 anos, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, e sua mulher, dona Ester, foram vacinados nesta quinta-feira (18) contra a Covid-19... O casal foi vacinado nos EUA, em Miami". Ele próprio postou a imunização em seu Instagram.

Conforme lembra o colunista, "em março do ano passado, um vídeo exibia Edir Macedo dizendo a fiéis que o vírus era inofensivo e que não se preocupassem com ele. ‘Meu amigo e minha amiga, não se preocupe com o coronavírus. Porque essa é a tática, ou mais uma tática, de Satanás’".

Terrorista que ameaçou matar Lula segue livre!

Por Altamiro Borges

Opositores do genocida Jair Bolsonaro são ameaçados com a Lei de Segurança Nacional e presos arbitrariamente – como ocorreu nesta quinta-feira (18) em Brasília. Já o empresário que ameaçou matar o ex-presidente Lula segue livre e solto. A polícia de São Paulo até ouviu o terrorista José Sabatini, mas ele já "foi liberado", relata o G1.

Segundo o site, "uma equipe especializada da Polícia Civil foi na quarta-feira (17) até o interior de São Paulo para ouvir o homem que gravou um vídeo ameaçando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, com uma arma". A visita, porém, não deu em nada – pelo menos até agora!

Joice, Bivar e os barracos na extrema-direita

A proteção de dados na luta feminista

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Tema cada vez mais recorrente no debate público, a questão da proteção de dados será tema de debate nesta segunda-feira (22), às 19h. O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé convidou especialistas - todas mulheres - para explicarem a importância da privacidade e da proteção de dados para a luta feminista e para a liberdade de expressão. Confira:

STF e a força dos novos ventos políticos

Foto: Ricardo Stuckert
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Todos os arranjos, conspirações e escaramuças políticas protagonizados por suas excelências os ministros da corte suprema que rezam na cartilha da Lava Jato viraram escombros diante do brilho e da força moral e política do discurso de Lula.

Agora, os togados, se rendendo ao metalúrgico, são obrigados a reposicionar suas peças no tabuleiro desta disputa.

Levando-se em conta que a decisão do ministro Fachin foi monocrática e a PGR já recorreu, quais serão os próximos desdobramentos jurídicos?

Dá para imaginar o destino do recurso à decisão de Fachin sob o ponto de vista meramente processual e jurídico quando, e se, ele chegar ao plenário?

Penso que não, pelo simples motivo de que é a política que reveste essa refrega.

150 anos da Comuna de Paris

Enviado por Carlos Pompe


A Comuna de Paris de 1871 foi o primeiro grande levante vitorioso dos proletários em todo o mundo. Os communards, como eram chamados os revolucionários, pagaram com suas vidas a ousadia de registrar para os explorados e oprimidos que é possível, necessário e urgente destruir a ordem capitalista. A Comuna resistiu por 72 dias, quando os últimos communards foram fuzilados no Cemitério Pere Lachaise.

O professor Silvio Costa, autor do livro "Comuna de Paris. O proletariado toma o céu de assalto", aborda, no texto a seguir, que inaugura uma série comemorativa desse marco na história da luta dos assalariados, o que foi e o que representou a Comuna de Paris, na época de sua eclosão.

Em apoio ao influenciador Felipe Neto

Da Comissão Arns


A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns vem a público manifestar o seu apoio ao influenciador Felipe Neto, intimado por autoridade policial incompetente (art.31 da lei 7170/83) por uso do termo “genocida”, em referência a condutas do presidente Jair Bolsonaro na pandemia que beira 300 mil mortos no país.

Chama a atenção da Comissão Arns que tal intimação tenha sido feita por solicitação do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos – RJ), filho do presidente, buscando a aplicação de dispositivos da Lei de Segurança Nacional (LSN) incompatíveis com a Constituição de 1988. Assim, mais uma vez, a família Bolsonaro sinaliza o seu apreço pelas fórmulas autoritárias e o seu desprezo pela democracia.

A perversidade autoritária da alta dos juros

Editorial do site Vermelho:


A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar a taxa de juros básica, a Selic, de 2% para 2,75% ao ano revela o grande dilema vivido pela economia brasileira. É a velha armadilha da dogmática e “ortodoxa” teoria de controle da inflação por meio de juros cavalares, o que esmaga a economia, que acaba de ganhar força com a “independência” do BC. O orçamento, corroído por esse mecanismo autoritário, se contrai e compromete a capacidade do Estado de investir em questões básicas nas áreas sociais e de infraestrutura.

Bolsonaro se tornou disfuncional

Por Luiz Carlos Bresser-Pereira

Jamais o Brasil teve um presidente tão incapaz quanto o que está aí.

Mas ele era “funcional” para uma elite econômica de centro-direita, ainda neoliberal, porque colocou no ministério da Economia um economista disposto a tudo liberalizar e privatizar.

Era igualmente funcional para uma classe média conservadora que se deixou convencer pela dupla Moro-Dallagnol que o PT era mais corrupto que os outros partidos e fora Lula o líder dessa corrupção.

Mas, dada a incapacidade da área econômica enfrentar os problemas da economia brasileira e levá-la a novamente crescer, esse senhor perdeu o apoio dos empresários de centro-direita.

A jornalista Maria Cristina Fernandes mostrou isso no Valor desta segunda-feira (15).

Dada sua incompetência e loucura no enfrentamento da pandemia e na compra de vacinas, ele perdeu o apoio da classe média conservadora também de centro-direita.

As incompatibilidades de Bolsonaro

Por Henrique Matthiesen


Diante de sua maior tragédia sanitária – jamais vista em nossa História – contamos diariamente os mortos no Brasil, que batem recordes atrás de recordes; ao mesmo tempo em que assistimos o colapso do nosso sistema de saúde e o sofrimento do nosso povo.

Tragédia esta que poderia ter sido mitigada em sua dimensão, se não tivéssemos um genocida a frente da condução do país.

A adjetivação referente ao Bolsonaro se esgota ante a sua desumanidade. Falta-lhe qualquer senso de dignidade, decência e empatia. Não há qualquer resquício de altruísmo, revelando-se um pária.

Acentua-se, ainda mais, com todas irrefutáveis consequências trágicas da pandemia o seu propósito de continuar em sua jornada charlatanista, a sua negação irresponsável e criminosa com omissões e ações agravando a situação já calamitosa.

Bolsonaro cai, mas segue imperador da direita

Por Fernando Brito, em seu blog:

A pesquisa Datafolha, realizada ontem e anteontem, e sua indicação de que a reprovação a Jair Bolsonaro – tanto em geral quanto, especificamente, no combate à pandemia – segue crescente e dificilmente sua erosão será contida, desta vez, pelo pagamento do auxílio emergencial.

Mas o grau de avaliação positiva que ele conserva (30% em geral e 22%, pasmem, nas ações antiCovid) mostra que ele, ainda, conserva firme o arame farpado da irracionalidade que mantém, bovinamente, o eleitor de direita em seu campo.

Mas a cerca de espinhos eriçados também está pondo porteira afora todo e qualquer um que não idolatre a estupidez e o ódio.

Desafio das esquerdas contra o bolsonarismo

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Espera-se que as forças do campo progressista não se deixem engodar pelo chamamento à antecipação do pleito de 2022. Isso não nos interessa, porque não responde às necessidades da hora presente. Taticismo matreiro, que engana os incautos, visa a nos afastar das demandas imediatas da crise, e ainda concorre para alimentar cisões, pôr mais lenha na fogueira das vaidades pessoais, quando a esquerda, unificada (a condição necessária para sua revisão programática e avanço nas ações), deve lutar para a construção de uma grande frente democrática e popular, como instrumento de resistência ao governo protofascista. Mas, note-se: resistir para avançar. Nada de “recuos táticos”.

Não quero falar de flores

Por João Guilherme Vargas Netto


Prefiro insistir na VIA de combate à pandemia exigindo Vacina, Isolamento social e Auxílio emergencial.

Esta tem sido desde sempre a exigência unitária das centrais sindicais orientando iniciativas em várias entidades e em muitas cidades.

É preciso insistir monotonicamente batendo nesta tecla. A VIA se equilibra em seus três termos que hoje fazem parte do arsenal de Saúde Pública: não se pode ter isolamento social sem auxílio emergencial, não se vencerá a doença sem vacinação.