sexta-feira, 4 de março de 2022

Joe Biden e o império da hipocrisia

Charge: Thiago
Por Gilberto Maringoni


A justa condenação geral ao inaceitável ataque militar russo à Ucrânia não pode servir de argumento para se isentar de culpa o maior responsável pela crise no leste europeu. Durante pelo menos 15 anos - desde o discurso de Vladimir Putin na Conferência de Defesa da Europa, em 2007 - a Rússia tentou se fazer ouvir por Washington e pelos demais membros da OTAN para o problema de que expandir a organização até suas bordas seria inaceitável.

Sugestões que a Globo jogará no lixo

Charge: Latuff
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Cai como uma luva nas organizações Globo o dito popular “pau que nasce torto morre torto.” Não sem antes dizer que sou contra a guerra e a favor de um imediato cessar fogo, seguido de negociações que levem em conta a segurança e o desenvolvimento dos países envolvidos, atrevo-me a fazer seis modestas sugestões ao sistema Globo.

Sei que o destino inexorável do produto desta minha petulância será a lata do lixo, já que se pautar por premissas do bom jornalismo nunca foi o forte dos veículos da família Marinho, que ao longo da história sempre se lixaram para sua condição de concessão pública.

Ucrânia, Cuba e guerreiros da mídia brazuca

Charge: Vargas
Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Como se não bastasse o universo Marvel que nos persegue em todas as telas, a mídia ocidental – caudatária, a brasileira vai na carona – está construindo uma nova narrativa fantástica e um novo vilão. Está afivelando em Vladimir Putin a máscara de Darth Vader -- a Rússia, claro, é a Estrela da Morte. Assim determina a máquina de fabricação de consensos operada pelo Departamento de Estado que atende às agências noticiosas as quais, na sequência, filtram o que chega ao conhecimento dos mortais.

Mas se está colocando a máscara de vilão no russo – que, aliás, nem carece dela para ser vilanesco – a guerra na Ucrânia ajuda a arrancar algumas máscaras no Brasil. A começar pela mídia hegemônica, que proclama oferecer uma visão profissional, equilibrada e equidistante das paixões que certos acontecimentos desencadeiam.

A Ucrânia e seus algozes

Kiev, 1º de janeiro de 2022: Marcha em homenagem ao aniversário
de Stepan Bandera, líder ucraniano que lutou ao lado de soldados nazistas
na Segunda Guerra Mundial. Foto: Efrem Lukatsky
Por Roberto Amaral, em seu blog:

A geopolítica não é monocromática, e a peça que se escreve no teatro da guerra em curso (um território que compreende a Ucrânia, mas que se expande por metade do mundo) tem mais bandido do que mocinho, e uma só vítima: as populações civis, mortas ou desterradas. Por um imperativo moral, os socialistas não tergiversam na denúncia da invasão da Ucrânia, ao tempo em que se recusam a sancionar a política de guerra do Pentágono, nossa adversária tática e estratégica desde o fim da segunda guerra mundial.

Um mundo em guerra pelo petróleo

Por Pedro Pinho, no site da Associação dos Engenheiros da Petrobras:

Onde está o petróleo?

Apenas dois países estão entre as cinco maiores reservas de óleo e de gás do planeta: a Rússia e o Irã. Ambos são participantes da “Nova Rota da Seda”, o maior projeto de desenvolvimento do mundo, que já engloba mais de 145 estados nacionais, majoritariamente na África (44), na Ásia (42) e na Europa (29).

Por outro lado onde estão os maiores consumidores de óleo e de gás? De acordo com a bp Statistical Review of World Energy, edição de 2021, dos dez maiores consumidores, apenas cinco também são produtores, embora nem todos possam satisfazer a demanda interna. São grandes consumidores com produção que atende total ou significativamente o país, em exajoules: os Estados Unidos da América (62,49), a Federação Russa (21,20), a República Islâmica do Irã (11,70), a Arábia Saudita (10,55) e o Canadá (8,32). Os que completam a lista dos dez maiores são importadores líquidos, valores também em exajoules: República Popular da China (40,40), Índia (11,17), Japão (10,25), Alemanha (7,33) e Coreia do Sul (6,94). A distância destes para os demais é tamanha que o próximo da lista, que no entanto é autossuficiente, é o Brasil (5,77 exajoules). Ao qual seguem países europeus entre 5 e 3,5 exajoules de consumo.

Cronograma a ser cumprido da Conclat

Por João Guilherme Vargas Netto

Há um cronograma a ser cumprido para a realização, com êxito, da Conclat-2022.

Apresentada a proposta de pauta da classe trabalhadora pela comissão organizadora, todas as entidades, dirigentes e ativistas estão convocados a dar suas opiniões e sugestões até os meados de março. Na sequência o documento adquire sua forma final para apresentação na reunião do dia 7 de abril, que o discutirá e aprovará. Depois disso, durante o mês de abril, ele é enraizado em cada entidade, em cada setor, em cada estado – procurando criar fatos que sensibilizem, motivem e mobilizem as bases dos trabalhadores.

De que lado ficar na guerra da Ucrânia?

Charge: DoContra
Por Jair de Souza

Agora, não tem mais jeito. O conflito bélico Rússia-Ucrânia estourou e o resultado vai afetar os interesses do povo brasileiro e de todos os outros povos periféricos, seja qual for o desenlace do confronto militar em curso. Em vista disto, é muito importante saber qual posicionamento devemos tomar em relação ao problema surgido.

Basicamente, há três variantes que nos serviriam de opção: demonstrar neutralidade, tomar o partido da OTAN, ou aderir às posições da Rússia. Mas, em qualquer destas alternativas, existem matizes e variações que podem dar significados bem diferentes à escolha que fizermos.

Vamos ter de nos expressar em relação a dois blocos de forças alheios à nossa realidade e, por isso, precisamos entender o que está por trás dos mesmos.

Promotora olavete faz campanha antivacina

O que está em jogo na guerra da Ucrânia?

Janela partidária e correlação no Congresso

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Ucrânia, eleições e a batalha de narrativas

A invasão da Ucrânia saiu pela culatra?