quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Um plebiscito para regular a mídia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A nomeação do ex-ministro da Secretaria de Relações Institucionais Ricardo Berzoini para o Ministério das Comunicações reacendeu a esperança dos ativistas pela regulação da mídia devido às posições dele nessa questão. Todavia, um fato recente revela que ter nessa pasta um ministro simpático a essa regulação está longe de ser suficiente.

"Máfia das próteses" e cobertura doentia

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O escandaloso caso de médicos que recebiam propina para recomendar próteses caríssimas e nem sempre necessárias, revelado em reportagens do programa Fantástico, da Rede Globo, ganha nova dimensão com um ou outro episódio que denuncia cirurgiões que realizam cirurgias cardíacas e vasculares utilizando materiais com validade vencida. No entanto, o leitor abre o jornal nos dias seguintes, procura e não acha qualquer referência a esses assuntos.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Centrais sindicais vão às ruas

Por Altamiro Borges

Em reunião realizada nesta terça-feira (13), as principais centrais sindicais do país decidiram ocupar as ruas em defesa dos direitos dos trabalhadores. Houve consenso de que as medidas baixadas pelo governo Dilma em 29 de dezembro, em pleno clima de festas do final do ano, são erradas na forma e no conteúdo. Com base no discurso do "ajuste fiscal", tão festejado pelos patrões e pela sua mídia, elas prejudicam os assalariados. As centrais exigem a revogação das medidas provisórias e cobram da presidenta reeleita os compromissos assumidos na campanha eleitoral com a "pauta trabalhista". Elas aprovaram uma carta aberta e um intenso calendário de mobilizações para os próximos meses.

Hackers "atacam" comando militar do EUA

Por Altamiro Borges

O mundo é bastante irônico. Em meados de 2013 surgiram as primeiras revelações sobre as os crimes de espionagem praticados pelo governo dos EUA. Elas foram feitas pelo ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA), Edward Snowden, e provaram que o império bisbilhotava mensagens na internet e ligações telefônicas de vários líderes mundiais – como a chanceler alemã Angela Merkel e a presidenta do Brasil. Em corajoso discurso na ONU, Dilma Rousseff condenou o crime cibernético. Houve muita gritaria, mas os EUA mantiveram a ação criminosa. Já nesta segunda-feira (12), como uma vingança maligna, o Comando Central Militar dos EUA confirmou que foi alvo de um ataque virtual "constrangedor". 

A marcha em Paris e os oportunistas

Por Altamiro Borges

O atentado à sede do jornal satírico “Charlie Hebdo”, que resultou em 12 mortos – incluindo renomados cartunistas –, causou enorme comoção na França. De forma espontânea, durante vários dias da semana passada, milhares de pessoas foram às ruas para prestar apoio às famílias das vítimas e para condenar o terrorismo. Neste domingo (11), numa marcha já não tão espontânea, cerca de 3,7 milhões de populares ocuparam as ruas das principais cidades francesas – na maior manifestação pública da história do país. Na linha de frente do protesto em Paris, porém, um “cordão de autoridades” reuniu famosos carniceiros que nunca respeitaram as vidas humanas e as liberdades democráticas. Puro oportunismo!

O dilema econômico de Dilma

Por Luis Fernando Vitagliano, no site Brasil Debate:

O Brasil já teve o Plano de Metas do governo JK, e os Planos Nacionais de Desenvolvimento (PND I e II) dos governos militares. De certo modo, o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) dos governos Lula e Dilma enquadra-se nesta tradição de gerar desenvolvimento econômico a partir da atuação do Estado. E nos permite retomar uma discussão que hoje não se faz nem na academia nem na imprensa, mas que faz parte do ciclo de governos do PT: a questão do planejamento econômico.

Ano agitado pela democratização da mídia

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

2015 promete ser um ano agitado para os que lutam pela democratização da comunicação. Além da nomeação de Ricardo Berzoini para o Ministério das Comunicações, assumindo a árdua missão de promover o debate público em torno da regulação econômica da mídia, os movimentos mobilizam-se para a construção de uma agenda de debates e atividades que envolve temas como direito à comunicação e Internet livre. Confira:

Dez empresas decidem o que você consome

Do site Repórter Brasil:

Talvez passe despercebido àqueles que vão ao supermercado que um conjunto pequeno de grandes transnacionais concentra a maior parte das marcas compradas pelos brasileiros. Dez grandes companhias – entre elas Unilever, Nestlé, Procter & Gamble, Kraft e Coca-Cola – abocanham de 60% a 70% das compras de uma família e tornam o Brasil um dos países com maior nível de concentração no mundo. O que sobra do mercado é disputado por cerca de 500 empresas menores, regionais.

Ali Kamel e a guerra dos livros didáticos

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A cartelização dos grupos de mídia foi o passo inicial do pacto de 2005, que teve como grande mentor o finado Roberto Civita, da Editora Abril, baseado no modelo Rupert Murdoch – o australiano que se mudou para os Estados Unidos e definiu uma estratégia pesada de sobrevivência, que acabou servindo de modelo para grupos de mídia inescrupulosos.

Rumo a uma nova Santa Cruzada?

Josetxo Ezcurra
Por Manlio Dinucci, no site Outras Palavras:

Movem-se e disparam como verdadeiros comandos. Nada de rajadas, para não desperdiçar munição. Apenas um ou dois disparos em cada vítima, como o policial já ferido e liquidado no chão, com um só tiro, pelo assassino que passa a seu lado, volta ao carro e, antes de subir, recolhe com toda calma um tênis – que poderia servir de prova, por meio de análise do DNA.

Dilma, Lula e o chororô dos colunistas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O jornalismo político no Brasil, definitivamente, está precisando de um analista.

Os mais ilustres comentaristas da grande imprensa, um após outro, dedicam-se a analisar supostas emoções, muito menos que os fatos.

Dias atrás, Merval Pereira disse que Dilma, segundo seus informantes, teria chorado por sentir-se “abandonada” por Lula.

Agora, é Ricardo Noblat quem coloca Lula distante e apreensivo, porque Dilma – a mesma que disse Merval estava chorando sem Lula – não o ouve e consulta.

As tragédias e mortes que dão audiência

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Mantive, durante anos, na sala do meu escritório uma capa da revista Time retratando centenas de corpos espalhados no chão de Ruanda, vítimas do genocídio perpetrado pela maioria hutu contra a minoria tutsi em 1994. Nela, pessoas procuram por parentes e aves procuram por almoço.

O título era algo como “Este é o início dos últimos dias, o apocalipse'' – talvez uma tentativa de chamar a atenção dos Estados Unidos e Europa para o massacre através de um elemento simbólico que está no alicerce de sua fundação: o julgamento final do Novo Testamento.

Os desafios das (tele) comunicações

Editorial do site do Instituto Telecom:

Não há dúvidas de que a agenda dos próximos quatro anos do governo Dilma terá dois principais temas no setor de (tele) comunicações: a regulação da mídia e a universalização da banda larga. As declarações do novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, e da presidenta Dilma, ainda durante a campanha, reforçam essa tese.

A França e a falsificação histórica

Paco Catalán Carrión/Rebelión
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Antes de completar uma semana, a justa indignação diante do assassinato dos profissionais da revista Charlie Hebdo pode transformar-se num espetáculo inesquecível de falsificação histórica.

Submetidos a um longo passado de segregação, preconceito e violência, os 6 milhões de franceses que seguem a religião muçulmana agora são apresentados como a principal ameaça à segurança e ao progresso de seu país. Saudadas como reivindicações legítimas por várias décadas, suas aspirações a uma vida menos desigual, sem exclusão, passaram a ser vistas como inconvenientes e perigosas.

Ricardo Berzoini na linha de tiro

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Entre uma no cravo e outra na ferradura, Dilma Rousseff escolheu Ricardo Berzoini para o Ministério das Comunicações. Ao assumir o cargo, o novo ministro afirmou que uma de suas prioridades será debater novas regras para os meios de comunicação frutos de concessão pública, tevê e rádio basicamente. É uma mudança de postura do governo em relação ao primeiro mandato. Ao assumir em 2011, a presidenta empossou no cargo Paulo Bernardo. Ambos, presidenta e ministro, irmanaram-se na falta absoluta de vontade de levar o tema adiante e o resultado foi o engavetamento de uma proposta elaborada no fim do segundo mandato de Lula por Franklin Martins.

Monopólio ou oligopólio da mídia?

Por Venício A. de Lima e Bráulio Santos Rabelo de Araújo, no Observatório da Imprensa:

Constituição, Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

(...)

§ 5º – Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.


Desde outubro de 2010 tramitam no Supremo Tribunal Federal as Ações Diretas de Inconstitucionalidade por Omissão nos 9, 10 e 11 que pedem seja declarada a omissão inconstitucional do Congresso Nacional em legislar, dentre outros, sobre o § 5º do artigo 220 da Constituição Federal (CF88), mais de vinte e seis anos (hoje) após sua promulgação.

Juca de volta à Cultura. E aí?

Por Theófilo Rodrigues, no blog O Cafezinho:

“A cultura não pode ser dependente do departamento de marketing das grandes corporações”. Com esta frase Juca Ferreira marcou seu discurso de posse como ministro da cultura em cerimônia que acaba de ocorrer no Teatro Funarte Plínio Marcos.

Carrascos e censores na marcha de Paris

Por Vinicius Gomes, na revista Fórum:

Na esteira do assassinato de 12 pessoas na última quarta-feira (7) em Paris, entre elas dois policiais franceses e dez funcionários da publicação semanal satírica Charlie Hebdo, as ruas de diversas cidades francesas foram tomadas por quase 4 milhões de pessoas nesse domingo (11) que marcharam em solidariedade às vítimas e suas famílias e contra o terrorismo e pela defesa da liberdade de expressão. Em Paris, a manifestação contou com a presença de dezenas de líderes mundiais andando de braços cruzados em nome desses valores. Visualize aqui um rápido “quem-é-quem” de alguns dos que participaram.

TV Globo esconde o tucano Anastasia


Mais um tucano aparece na lista dos nomes citados nas investigações da Operação Lava Jato. Dessa vez, Antonio Anastasia (PSDB), atual senador e ex-governador de Minas Gerais, braço direito de Aécio Neves, ex governador de Minas Gerais, presidente do PSDB e senador, é suspeito de envolvimento no esquema de corrupção organizado pelo doleiro Alberto Youssef.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O terrorismo e a hipocrisia da mídia

Por José Reinaldo Carvalho, no site Vermelho:

Os atentados terroristas que ceifaram as vidas de jornalistas e funcionários do Charlie Hebdo, de policiais e populares numa mercearia em Paris são atos condenáveis, alvo do repúdio dos comunistas, das forças revolucionárias, autenticamente socialistas e democráticas em todo o mundo.

As manifestações espontâneas em solidariedade às vítimas são legítimas expressões de uma consciência progressista que se desenvolve a par com a liberdade, a crítica, a razão, a verdade, armas indispensáveis na luta contra as tiranias e o reacionarismo.

Marta Suplicy e as ironias da vida

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Naquela tarde de 2003, cheguei ao Teatro que a Folha de São Paulo mantém incrustado no chiquérrimo shopping de “bacanas” em Higienópolis para participar, a convite do jornal, de um seminário qualquer. À porta do Teatro, encontro Eliane Cantanhêde conversando com o psicanalista-colunista da Folha de São Paulo Contardo Caligaris.

A marcha e os idiotas da objetividade

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A imprensa internacional ecoa na segunda-feira (12/1) a grande manifestação realizada em Paris no domingo (11), contra o terrorismo que vitimou 17 pessoas na França. O núcleo do protesto, claro, é o ataque à redação do semanário satírico Charlie Hebdo e seu significado mais imediato: o valor que se deve dar à liberdade de expressão versus o direito a preservar o sagrado. No entanto, temas correlatos como as tensões no Oriente Médio, disputas políticas na Europa e até reminiscências do colonialismo do século 20 entram em pauta.

O que atormenta a alma de Marta Suplicy

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Enfim ficou claro o que está por trás da louca cavalgada de Marta Suplicy: o complexo de rejeição.

Numa entrevista ao Estadão, ela admitiu ter sido picada pela abelha da ambição quando ouviu de Lula, então presidente, que queria uma mulher para sucedê-lo.

Marta se viu com a faixa neste momento.

Um balanço do polarizado ano de 2014

Editorial do jornal Brasil de Fato:

O ano de 2014 ficará marcado na história do Brasil. Não somente pelo decepcionante desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo de futebol, mas entes de tudo, no plano da luta política. 2014 consolidou uma tendência surgida após as manifestações de junho de 2013: a crescente polarização da luta política em nosso país. Ou seja, consolidou a contradição entre os anseios do povo brasileiro pelo aprofundamento da cidadania política e social e o atraso das instituições da República enquanto obstáculos ao avanço das conquistas populares.

A rotatividade no trabalho no Brasil

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

Rotatividade no mercado de trabalho é a substituição de um empregado por outro no mesmo posto de trabalho. No Brasil, as empresas têm total liberdade para contratar e demitir a qualquer momento sem precisar apresentar nenhuma explicação ao trabalhador. Basta pagar os custos da rescisão do contrato de trabalho.

As ameaças a uma blogueira feminista

Por Helena Martins, na Agência Brasil:

Mulher, professora, feminista. Há sete anos, Lola Aronovich começou a escrever em um blog opiniões sobre arte, política e, sobretudo, feminismo. Os textos ganharam repercussão por meio do Twitter, mas não geraram apenas debates.

Desde 2011, a blogueira tem sido vítima de seguidas ameaças de estupro, tortura e até mesmo morte. As tentativas de intimidação se intensificaram nos últimos meses, levando-a a procurar a polícia pela segunda vez para registrar um boletim de ocorrência.

'Charlei Hebdo': Somos todos o quê?

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O emblema totalizante, ‘somos todos Charlie’, teve curta unanimidade no ambiente trincado de uma Europa onde, de fato, não há lugar para todos serem a mesma coisa em parte alguma.

Os números da exclusão em marcha no continente são suficientes para esfarelar essas ‘uniões’ nascidas da emoção da tragédia, como é o caso, mas que historicamente se mostram insuficientes para regenerar as partes de um todo que já não se encaixava mais.

Como recompor o cristal da liberdade, da igualdade e da fraternidade, diante de uma Europa unificada pela lógica do mal estar social?


O terrorismo e a liberdade de imprensa

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Sobre liberdade de imprensa 1 - A tragédia do “Charlie Hebdo” – que matou 12 pessoas – foi um ato terrorista, não um atentado à liberdade de imprensa. Um dos últimos feitos da revista foi retratar a Ministra da Justiça da França, Chistiane Taubira, negra, como uma macaca, como maneira de denunciar a intolerância. No Brasil, a mídia tem sido a maior propagadora da intolerância.

Marta Suplicy e o futuro da esquerda

Por Valter Pomar, em seu blog:

É muito importante ler a entrevista que Marta Suplicy concedeu a Eliane Cantanhêde no dia 10 de janeiro de 2015.

Para os que conhecem os bastidores do Partido e do governo, há na entrevista tanto fatos sabidos, quanto "versões martistas" que mereceriam correções factuais ou de interpretação.

Contudo, embora a discussão sobre tais fatos e versões seja seguramente o mais saboroso, não é nem de longe o mais importante na entrevista de Marta.

Os mistérios das “malas” de Youssef

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O depoimento do policial federal – Jayme Oliveira, o Careca – em que ele diz ter levado dinheiro em malas para Eduardo Cunha (líder do PMDB) e Antonio Anastasia ( braço direito de Aécio Neves) tem alguns pontos muito interessantes, além das revelações sobre o caráter “democrático” da propinagem de Paulo Roberto Costa.

O nepotismo descarado em Roraima

Por Altamiro Borges

As jornadas de junho de 2013, que levaram milhares de pessoas às ruas pelos mais distintos motivos, botaram medo em muitos governantes. Mas, pelo jeito, alguns não aprenderam nada com aquelas mobilizações. Na semana passada, ao tomar posse, a nova governadora de Roraima, Suely Campos (PP), anunciou a nomeação de 19 parentes para o seu secretariado. Ela desafiou as regras básicas que deveriam coibir o nepotismo na política brasileira. Entre os nomeados estão suas duas filhas, irmãs, primos e sobrinhos. Depois o mandatário não entende porque uma parte da população rejeita a política e os políticos e promove protestos, até violentos, diante dos palácios governamentais.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Ovos da serpente: O nazismo entre nós

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Nos últimos tempos fez fama na internet a imagem de uma suástica no fundo de uma piscina, no quintal de uma casa de Pomerode.

Seu proprietário foi identificado, posteriormente, como o professor Wandercy Pugliese, que dá aulas em “cursinhos” na região, e já teve vasta coleção de objetos de inspiração nazista apreendidos pela polícia em sua casa, na década de 1990.

Charlie Hebdo: A hipocrisia em marcha

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Diante dos manifestações cada vez maiores nas ruas de Paris para protestar pelo massacre na redação do Charlie Hebdo é preciso lembrar que:

1. Durante os ataques mais recentes da aviação de Israel sobre Gaza, os protestos em solidariedade a população palestina foram reprimidos na França porque se considerou que poderiam se transformar numa ameaça a ordem pública;

A ministra que desmata a razão

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

De 2011 a 2014, a presidenta Dilma Rousseff incorporou 2,9 milhões de hectares à área de assentamentos e beneficiou 107,4 mil famílias sem-terra, segundo o mais recente balanço do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, divulgado na quarta-feira 7. É a menor média anual de assentamentos desde o governo Fernando Henrique Cardoso. A petista distribuiu terras a 26,8 mil famílias a cada ano, contra 76,7 mil no período Lula e 67,5 mil nos dois mandatos do tucano.

A solidão de Marta Suplicy

Por Altamiro Borges

A senadora Marta Suplicy, ainda no PT, parece decidida a mudar de campo, bandeando-se para a oposição. Em entrevista a Eliane Cantanhêde – aquela da “massa cheirosa” tucana, que também se bandeou, da Folha para o Estadão –, a ex-prefeita da capital paulista e ex-ministra de Dilma Rousseff resolveu detonar o partido que a projetou no cenário político. Ela não poupou ninguém. Disse que o ministro Aloizio Mercadante é “um inimigo”, chamou o presidente petista, Rui Falcão, de “traidor”, criticou os rumos do governo federal e fez intrigas contra o próprio Lula. No meio da venenosa conversa, porém, ela deixou implícito o motivo de tanta mágoa e bronca. A sua incontrolável ambição política!

Luciana Gimenez e a penhora na RedeTV!

Por Altamiro Borges

Segundo informa Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha, a Justiça paulista mandou penhorar um anúncio no intervalo comercial do 'Superpop', programa de Luciana Gimenez, para pagar uma dívida trabalhista da RedeTV! A apresentadora é casada com um dos sócios da empresa, Marcelo Carvalho. O valor da inserção publicitária de 30 segundos é avaliado em R$ 107 mil. "A indenização devida pela emissora a uma repórter que deixou o canal em 2004 foi fixada em R$ 77 mil. A multa é relacionada a verbas rescisórias que não foram pagas. O Tribunal Regional do Trabalho determinou a penhora porque, apesar de já ter sido citada, a empresa não fez o pagamento", relata a jornalista.

Os mortos de Paris e de Maiduguri

Foto: http://actualidad.rt.com/
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Manhã de domingo. A notícia mais chocante deste final da semana do terror que abalou o mundo não vem de Paris.

Vem de Maidiguri, cidade do nordeste da Nigéria, e está escondida no pé da página A14 da Folha, sob o título "Menina-bomba mata 20 em ataque na Nigéria - Suspeita recai sobre grupo islâmico Boko Haram, que já causou mais de 13 mil mortes" e, recentemente, sequestrou mais de 200 meninas numa escola.

Marta Suplicy e os dilemas do PT

Por Renato Rovai, em seu blog:

Marta Suplicy é uma pessoa controversa e difícil, mas não deveria ser politicamente julgada por isso. Sua entrevista de hoje é recheada de armadilhas e sinaliza para uma saída ruidosa do PT, mas o partido deveria tratá-la como uma oportunidade para algumas reflexões.

Marta não é diferente de boa parte dos políticos. Ela se move muito mais em função dos seus interesses pessoais do que do projeto coletivo.

Riqueza e injustiça tributária no Brasil

Por Róber Iturriet Avila, no site Brasil Debate:

Nesse mesmo espaço, no mês passado, informações acerca da riqueza pessoal do Brasil foram expostos, a partir das declarações de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Os números de patrimônio eram desconhecidos até então, havia apenas uma estimativa no Atlas da Exclusão Social no Brasil, um estudo realizado entre 2003 e 2005. Essa pesquisa apontou que 5 mil famílias se apropriam de 40% do fluxo de renda e detêm 42% do patrimônio brasileiro.

Charlie Hebdo: O buraco é mais embaixo

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O ataque à redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, desatou uma sucessão de análises sobre as chances de sociedades cosmopolitas seguirem abrigando comunidades religiosas que repudiam o estilo de vida ocidental. O núcleo da questão é, evidentemente, o islamismo, mas o problema se repete, em maior ou menor escala, com todas as religiões, concentrado principalmente nos grupos ortodoxos.

Vários capítulos da regulação da mídia

Do site Vermelho:

A discussão sobre a "regulação da mídia", como o tema vem sendo tratado agora e com toda a expectativa criada pelo discurso de posse do ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, não é nem de longe nova.

No contexto do debate atual, a primeira referência importante a um projeto de "regulação da mídia" é de 1997, ainda no governo FHC. Naquele ano, quando o ministro das Comunicações Sérgio Motta enviou a Lei Geral de Telecomunicações (LGT) ao Congresso, deixou propositalmente uma série de temas inerentes à radiodifusão e TV a cabo de fora do texto, para evitar polêmicas e aprovar rápido a LGT (fundamental para o processo de privatização). Ali surgia, contudo, o embrião de uma série de projetos e discussões regulatórias que viriam depois.

"Máfia das próteses": Cadê a gritaria?

http://www.sinovaldo.com.br/
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Onde estão as declarações indignadas das entidades médicas contra a chamada “máfia das próteses”? Onde os protestos veementes da categoria? Onde metade daquele povo que foi aos aeroportos agredir os cubanos, denunciar a invasão comunista, o trabalho escravo e a roubalheira?

O Fantástico fez uma reportagem denunciando um esquema em que fabricantes de próteses pagavam comissões para profissionais de saúde prescreverem seus produtos. O negócio estaria ocorrendo em cinco estados.

Condenado por “corromper” jornais

Por Altamiro Borges

Não ocorreu no Brasil nem se refere ao ex-presidente FHC, ao cambaleante Aécio Neves ou a outros direitistas que sempre mantiveram relações promíscuas com os donos da mídia. O fato aconteceu no Peru na semana passada. A Justiça do país vizinho condenou o ex-presidente Alberto Fujimori a mais oito anos de prisão pelo desvio de dinheiro público para a "compra" de jornais que deram apoio à sua candidatura no ano 2000. Além de bajularem o neoliberal peruano, estes veículos fizeram campanhas sujas contra os seus rivais políticos. O golpe não deu resultado e Fujimori perdeu as eleições, após ser vencido três pleitos seguidos. Na sequência, ele foi acusado de inúmeros escândalos de corrupção e de cruéis atentados aos direitos humanos – e segue preso até hoje.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Anastasia e o “lava-jato” de Aécio

Por Altamiro Borges

Em mais um vazamento ilegal da Operação Lava-Jato, o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB-MG) foi acusado nesta semana de ter recebido grana do esquema de corrupção na Petrobras. Segundo reportagem da Folha, "no depoimento de 18 de novembro passado, o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, disse que entregou R$ 1 milhão ao então candidato a governador a mando do doleiro Alberto Youssef em 2010". A denúncia caiu como bomba no ninho tucano. De imediato, o cambaleante Aécio Neves tentou lavar a imagem da sua criatura. O mesmo leviano e bravateiro que utilizou outros vazamentos ilegais para acusar a presidenta Dilma de ter sido reeleita graças "a uma organização criminosa", agora corre para salvar o seu correligionário mineiro. Haja cinismo!

Governador tucano será cassado no Pará?

Por Altamiro Borges

O PSDB encolheu na disputa para os governos estaduais – caiu de oito eleitos em 2010 para cinco em 2014 – e ainda pode perder mais um governador. Após analisar mais de 20 ações contra 50 candidatos acusados de irregularidades no pleito de outubro, a Procuradoria Regional Eleitoral do Pará concluiu que Simão Jatene, reeleito no Estado, cometeu vários crimes e solicitou a sua cassação. O pedido foi feito pelo procurador Alan Rogério Mansur e lista inúmeras irregularidades: abuso de poder político e econômico, compra de votos e prática de condutas proibidas a agentes públicos durante as eleições.

Pimentel subsidiará as rádios de Aécio?

Por Altamiro Borges

Faltando apenas oito dias para deixar o poder em Minas Gerais, os tucanos que governaram o Estado por 12 anos finalmente divulgaram os dados relativos à publicidade oficial. Mesmo assim, malandros, eles só publicaram os gastos com os anúncios institucionais, excluindo o montante – bem maior – da publicidade das empresas estatais. Os números indicam que o governo mineiro não foi generoso com Aécio Neves apenas na construção do aeroporto na fazenda do seu titio-avô, em Cláudio. Entre 2003 e 2011, o Estado repassou mais de R$ 1,1 milhão às três emissoras de rádio e ao jornal da família do cambaleante tucano. Andrea Neves, irmã do ex-governador, gerenciou diretamente as "doações"!

A lógica que há por trás dos atentados

Por Martín Granovsky, do jornal argentino Pagina12, no site Carta Maior:

É óbvio que o direito de matar não existe. É óbvio que o direito ao humor existe.

É óbvio que a liberdade de expressão é um dos direitos individuais e coletivos mais apreciados.

É óbvio que nem sequer o sentimento de ter recebido a pior ofensa pode desembocar em assassinato.

É óbvio que não é momento para comparações, porque cada morte é absoluta em si mesma e quem fizer um ranking corre o risco de acabar justificando a matança, como aconteceu no 11 de setembro de 2001, quando poucos no mundo acreditaram que era de esquerda relativizar a gravidade do ataque às Torres Gêmeas.

O que deve mudar na comunicação?

Do site do FNDC:

Em entrevista ao programa “Com a Palavra”, da Rádio Câmara, nesta terça-feira (6), a secretária-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mielli, falou sobre a retomada do debate acerca da regulação democrática das comunicações no país. O compromisso foi assumido pelo novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini. Renata ainda comentou a iniciativa das organizações da sociedade civil para promover o direito à comunicação no país, a partir do Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática. Para ouvir o áudio, clique aqui. A íntegra da entrevista também pode ser conferida no texto a seguir:

Inflação e a “bola fora” dos urubólogos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Saiu o índice de inflação do IBGE para dezembro, com a alta que se esperava: 0,78%.

Alto, mas menor do que o registrado em 2013: 0,92%.

Com isso, o teto da meta de inflação, esta “linha sagrada” de nossos economistas e comentaristas econômicos neoliberais – a turma do “tripé macroeconômico” – foi respeitada pelo 11° ano consecutivo.

Provocação da PM contra protesto em SP

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

O primeiro ato contra o reajuste das tarifas do transporte público na capital paulista – que entrou em vigor na última terça (6) – terminou sob forte repressão policial, na noite de ontem (9). Com bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e cassetetes, a Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) atacou as cerca de oito mil pessoas que participavam do ato público, em ruas da região central da capital.