segunda-feira, 12 de outubro de 2015

"Imprensa joga pesado para barrar Lula"

Por Helder Lima e Marilu Cabañas, na Rede Brasil Atual:

Brasil e Estônia são os únicos países que não taxam milionários, afirmou o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, durante gravação do primeiro programa Entrevista Coletiva, parceria do coletivo Jornalistas Livres e da TV dos Trabalhadores – TVT, que deve estrear em breve. O diplomata fez uma análise da conjuntura política econômica do país e criticou o ajuste fiscal. Para ele, o ajuste fiscal promovido pelo governo federal mina as bases do Partido dos Trabalhadores.

O que sabe Eduardo Cunha sobre o PSDB?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Segundo a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF, no período compreendido entre junho de 2006 e outubro de 2012 o deputado federal pelo PMDB do Rio de Janeiro, Eduardo Cosentino da Cunha. “solicitou para si e para outrem e aceitou promessa de vantagem indevida” no valor total de 40 milhões de dólares.

A propina derivaria de intermediação de Cunha para que ocorresse contratação pela Petrobrás de fornecimento de navios-sonda do estaleiro coreano Samsung Heavi Indústries ao custo de mais de um bilhão de dólares.

O filho de Lula e os filhos da 'Veja'

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


Ex-Veja, Lauro Jardim estreia hoje em O Globo com uma nota daquele tipo bem comum à revista do “produzam a noticia que estou fechando a edição”.

(Aliás, a foto “gostosão” na primeira página fez-me lembrar quantas vezes ouvi naquela redação que “jornalista não é notícia”. Mas mudaram os tempos e não mudei eu.)


Uma lei para garantir o rentismo

Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

Um dos mais enfáticos lutadores contra a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF - oficialmente Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000) foi o então deputado comunista Sérgio Miranda (1947-2012).

A lei foi criada por Fernando Henrique Cardoso para atender às imposições do FMI. E Sérgio Miranda, que foi um dos maiores conhecedores das questões fiscais e orçamentárias no Congresso Nacional, denunciou incansavelmente o caráter neoliberal daquela lei cujo objetivo não declarado era garantir apenas o pagamento da montanha de juros para remunerar a ganância rentista e especulativa.

Carta de um militante do PT a Dilma

Por Conceição Lemes, no site Viomundo:

Frequentemente, eu, Conceição Lemes, e o jornalista Artur Scavone conversamos sobre política. Nas últimas semanas, o tema foi a crise política e a angústia que anda corroendo todos nós.

Na última sexta-feira 9, ele me enviou um e-mail, cujo texto era uma carta aberta à presidenta Dilma Rousseff, que ele começa carinhosamente com “Querida companheira Dilma”.

- Não é muito piegas? - perguntou-me.

O golpe e o poder das ideias

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O país vive horas cruciais. O assalto conservador ao poder joga uma cartada de vida ou morte contra o relógio político nos próximos dias.

À medida em que apodrece a reputação de seus centuriões, e os savorolas da ética entram em combustão explosiva - caso dos homens-tocha Cunha, Agripino, Nardes, Aéreo Neves etc, - resta-lhes apostar tudo no estreito espaço de tempo entre a desmoralização absoluta e a capacidade residual de articular o golpe.

"Golpe paraguaio" está em curso no Brasil

Por Rui Falcão, no site do PT:

A torcida é grande e os golpistas estão animados. Mas a democracia não é jogo de futebol e o voto popular não pode ser desprezado só porque os derrotados não se conformam com o resultado das urnas. Quem perdeu vai ter que esperar outra eleição, em vez de conspirar o tempo todo, torcer contra a economia do País e apostar no quanto pior melhor, na esperança de encurtar o mandato legítimo da presidenta.

Taxa de câmbio e o catastrofismo da mídia

Por Jorge Armindo Aguiar Varaschin, no site Brasil Debate:

O discurso de terror novamente se instalou no debate econômico nacional. Tempos atrás, era a inflação seu principal objeto. Nos últimos dias, no entanto, o tom foi mais além: o câmbio, segundo alguns, ultrapassou todos os “recordes” de desvalorização do real frente ao dólar. A crise política conjugada com o ajuste fiscal empurra a economia para baixo, dando novo fôlego àqueles que cultivam cenários pós-apocalípticos ou de fim de mundo. Estão, como sempre, à procura de seus próprios zumbis.

Mídia legitima os abusos machistas

Por Carolina de Assis e Dodô Calixto, no site Opera Mundi:

A exploração da imagem de mulheres na mídia é uma das preocupações da pesquisadora Roz Hardie, diretora da ONG britânica Object. Para a feminista, que participou do I Seminário Internacional Cultura da Violência contra Mulheres, a circulação de conteúdo que representa o feminino como objeto nos meios de comunicação favorece a proliferação de ideias que mulheres "desejam ou merecem violência".

Orgulhos e vergonhas dentro da crise

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Para tentar uma reflexão que incida mais sobre o médio prazo, tomado como os três anos de mandato que restam ao segundo governo da Presidenta Dilma, vamos considerar que aqueles quadros políticos dos diversos partidos, que ainda não foram julgados, são - por enquanto - “acusados”, independentemente do acúmulo de provas que existam contra os mesmos. Vamos lembrar, também, que as diversas investigações e processos penais em andamento, abrangem, indistintamente, nos Estados, no Governo Federal e nos Municípios, embora os destaques da mídia sejam sempre especialmente contra o PT, todos os partidos políticos. E vamos considerar, também, o fato político mais importante deste último período: que o chefe da oposição, que até ontem tinha toda a confiança e estímulo de Aécio, Fernando Henrique, Agripino, Bolsonaro, cultuado por vastos setores da classe média alta (somos todos Cunha!) e incensado pela mídia por ser um instrumento de combate ao PT e a Dilma - este personagem - “caiu”.

Youssef e o escândalo do ICMS paulista

Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:

O doleiro Alberto Youssef já citou 200 personagens em seus cerca de 500 depoimentos prestados à força-tarefa da Lava Jato. São horas de diálogos gravados sob os olhos e ouvidos atentos de advogadas, delegados e procuradores da República. Youssef falou da participação de políticos, empreiteiros, lobistas e doleiros no esquema de fraudes que envolvem a Petrobras e outros órgãos federais. Apesar da extenuante rotina de inquirições em Curitiba, quase diárias, Youssef parece ter decidido contar apenas parte da história de suas negociatas.

domingo, 11 de outubro de 2015

Kimzinho e Paulinho traíram Cunha?

Por Altamiro Borges

Apesar da sinistra história do lobista Eduardo Cunha, a mídia privada e o seu dispositivo partidário (PSDB, DEM, PPS e SD) deram total apoio ao presidente da Câmara Federal na sua insana cruzada para desgastar o governo Dilma. Agora, porém, os velhos oportunistas afirmam que desconheciam as suas práticas e anunciam, como ratos, o desembarque do navio à deriva. Temem que o ventilador no esgoto respingue na sua falsa imagem "ética". O tal "afastamento", que virou manchete nos jornalões deste domingo (11), chega a ser patético. Nesta tragicomédia, certas figuras assumem os papéis mais ridículos. É o caso do fascista mirim Kimzinho Kataguiri, líder do alienígena Movimento Brasil Livre (MBL), e do pragmático negocista Paulinho da Força, chefão da sigla Solidariedade (SD).

Aécio Neves no centro da Lista de Furnas

Por Joaquim Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Era 2005, auge das CPIs dos Correios e do Mensalão, quando o presidente de Furnas, José Pedro Rodrigues de Oliveira, um quadro técnico ligado ao ex-presidente Itamar Franco, chamou à sua sala o coordenador do Programa Luz Para Todos, assessor especial da presidência, e entregou um pedaço de papel, com um nome e o número de um telefone. “Acho que isso interessa a vocês. Só que não quero que você receba esta pessoa aqui dentro”, disse José Pedro a Paulo Tadeu, ex-prefeito de Poços de Caldas e fundador do PT.

Ensaio sobre o ódio no Brasil do século 21

Por Murilo Cleto, na revista Fórum:

Já virou rotina. Nos últimos dias pelo menos três episódios vieram à tona para reforçar o que há algum tempo se anuncia como irreversível no Brasil: o ódio está mais público do que nunca. No primeiro deles, Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e atual secretário municipal da pasta em São Paulo, foi novamente hostilizado num restaurante no bairro nobre de Jardim Paulista. Cinco meses atrás, o mesmo Padilha já havia sido alvo de constrangimento no Itaim Bibi. Em junho, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi ofendido na Vila Olímpia, chamado de “ladrão”, “palhaço” e “sem-vergonha” por dois homens. O mesmo já havia acontecido quando Mantega acompanhava a mulher, em tratamento contra o câncer, no hospital Albert Einstein. “Vá pro SUS!”, “safado”, “filho da puta”, era o que gritavam.

Golpe de 'Aecím' apunhala Temer

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O excelente artigo de Miro Borges fez o ansioso blogueiro consultar seus (e não os do Mino) botões.

Por que a Direita abandonou o bagaço do Cunha?

Ilustres direitistas como Carlos Sampaio e Mendonça Filho, que apareceram naquela foto histórica contra a corrupção, agora se voltam contra o marido da Claudia Cruz, a melhor metade da dupla suíça.

Sampaio é pau mandado de Aecím.

Cunha tem muito o que aprender com Maluf

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Paulo Maluf é um dos grandes comunicadores da história recente do país. Calhou de ser um dos mais políticos mais corruptos também, o que – para muitos eleitores – é apenas um detalhe.

Questionado sobre suas contas no exterior, que receberam milhões desviados dos cofres públicos de São Paulo, repetiu por sua própria boca ou pela de seus assessores uma frase que se tornou icônica: “Paulo Maluf não tem nem nunca teve conta no exterior''.

Quem recomendou rejeitar contas de Dilma?

Por Patrícia Faermann, no Jornal GGN:

Está nas mãos do Ministério Público Federal do Distrito Federal o relatório produzido por investigadores da Operação Zelotes que apontam indícios de que Augusto Nardes, o ministro do Tribunal de Contas da União, recebeu R$ 1,6 milhão de vantagem no escândalo do Carf. O conselho vinculado ao Ministério da Fazenda é encarregado de julgar recursos contra multas aplicadas pela Receita Federal, e a Operação investiga possíveis fraudes para comprar decisões do Carf.

A democracia fora das regras do jogo

Por Adriana Ancona de Faria, no blog O Cafezinho:

As ameaças de impeachment têm sido recorrentes desde o primeiro dia de mandato da presidente Dilma, nesta sua última eleição.

Algumas questões foram muito bem trabalhadas por Frederico de Almeida, no artigo que publicou ontem, dia 08 de outubro de 2015, no blog Justificando e que recebia o nome de “Impeachment é mais político que jurídico?”.

Por que o Brasil não deslancha?

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Na economia globalizada, sob o império do capitalismo monopolizado e o reino do sistema financeiro, condicionada por acordos tarifários e comerciais e o protecionismo imposto pelos grandes mercados consumidores, além da guerra entre blocos, a indústria nacional precisa de estratégia, desenvolvimento de produto, logística e gestão da produção –além de tecnologia de fabricação.

É a conditio sine qua non para um mínimo de competitividade, mesmo no mercado interno. Mas, no Brasil, o desenvolvimento cientifico e tecnológico é relegado a segundo plano pelas chamadas elites, especialmente as empresariais, com impacto nas políticas governamentais, descontínuas, à mingua de estratégia.

As eleições argentinas vistas do Brasil

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Pelas implicações diretas que há para o Brasil, provavelmente não exista país sobre o qual o peso da ideologia conservadora pese tanto quanto em tudo o que se refere à Argentina. A própria similaridade de vários aspectos da história dos dois países facilita as comparações e a utilização do que ocorre num deles para fazer a luta ideológica e política no outro.

Por que o PSDB agora corteja Toffoli?

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os elogios rasgados do deputado tucano Carlos Sampaio ao trabalho do ministro Dias Toffoli, presidente do TSE, na campanha de 2014, contrariam sua denuncia de fraude feita um ano atrás mas atendem a uma necessidade política do PSDB em 2015. Podem ajudar na nomeação de Gilmar Mendes como relator da AIME 761, investigação destinada alimentar a tentativa de cassar a chapa Dilma-Temer no TSE.

TSE aprovou R$ 10 mi de Caixa-2 para FHC

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A severidade com que o Tribunal Superior Eleitoral e o Tribunal de Contas da União tratam a presidente Dilma sugere que esses Tribunais seriam uma espécie de “guardiões da moralidade”. Porém, matéria da Folha de São Paulo publicada em 2000 mostra que hoje, no Brasil, mais do que nunca vale a máxima “Aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei”.

A mídia virou o palco dos patetas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não me esqueço dos “politicamente corretos” que, nas manifestações de 2013, me criticaram por dizer que o rapaz que se tornava conhecido como “Batman do Leblon” (na verdade, morador do subúrbio de Bento Ribeiro) tinha algum problema sério de comportamento.

Desculpem-me estes, certamente de boa-fé, mas o Brasil desenvolve um processo de imbecilização em massa que deixa aquela história dos “15 minutos de glória” do Andy Wharol parecendo de uma antiquadíssima discrição.

O discurso e o método dos golpistas

Por Geniberto Paiva Campos, no site Vermelho:

1.“Não discuta, não argumente, é desnecessário. Apenas repita, eles acabam entendendo”. Esta foi a recomendação enfática, anunciada num inglês perfeito, com legendas em português, por um jovem brasileiro aparentemente de classe média, em um vídeo de estética impecável, produzido profissionalmente, tendo como público alvo presumido outros jovens brasileiros e segmentos da classe média do país.

As nebulosas transações de Aécio Neves

Por Rogério Correia e Ilson Lima, no blog Viomundo:

O deputado Rogério Correia (PT) se reúne na terça-feira (13/10) com o promotor Eduardo Nepomuceno, titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, a quem entregará documentação referente às nebulosas transações entre a Cemig e a empreiteira Andrade Gutierrez. O parlamentar irá, objetivamente, contribuir no processo em andamento naquela promotoria, que estava em banho-maria, mas que com a Operação Lava-Jato voltou com carga total nos últimos dias.

Pedaladas, pilotadas e navegadas

Por José Carlos Peliano, no site Carta Maior:

A pedalada fiscal teve origem e passou a ser conhecida pela divulgação na mídia quando outrora era chamada de manipulação de dados ou manobra fiscal. Exemplo de providência usada e em uso para melhorar ou maquiar a apresentação da contabilidade fiscal das administrações de governo.

Na verdade, os mecanismos e expedientes postos em prática não diferem em essência do que se faz quando se quer vender melhor o peixe, dourar a pílula, captar votos, seduzir o outro ou ganhar adeptos. Os lobistas sabem bem disso, profissionais de marketing, as opiniões dos jornalistas de fala, vídeo e escrita, entre outros.

A pressa e a narrativa do golpe

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Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Passada a batalha do TCU, e antevendo que as contas de Dilma não terão o julgamento final e definitivo pelo Congresso ainda este ano, a oposição resolveu acelerar a marcha do impeachment com base apenas no parecer do tribunal de contas. Se o impeachment não sair este ano, dificilmente sairá em 2017. Nem o país aguentaria. Mais tarde pode ser tarde. Mais tarde Eduardo Cunha pode não estar no cargo para ajudar. O dilema da oposição é que, queimando etapa, fortalece a percepção do afastamento como golpe, como virada do jogo eleitoral perdido no tapetão de um impeachment cavado como pênalti por certos times.

Queda da extrema pobreza não dá manchete

Por Altamiro Borges

Estudo divulgado pelo insuspeito Banco Mundial nesta semana confirma que o número de pessoas vivendo em situação de pobreza extrema no Brasil caiu 64% entre 2001 e 2013, passando de 13,6% para 4,9% da população. O próprio economista Emmanuel Skoufias, especialista da instituição, disse que ficou surpreso com a redução da miséria no país. Mesmo assim, a mídia hegemônica - que no seu complexo de vira-lata adora alardear os dados negativos da economia brasileira - não deu destaque para a alvissareira notícia. Ela não virou manchete nos jornalões, nem capas das revistonas semanais e nem motivo de elogios na rádio e tevê. Desta forma, como o governo não possui influentes meios de comunicação, o estudo do Banco Mundial virou uma não notícia para a maioria dos brasileiros.

sábado, 10 de outubro de 2015

RBS/Globo protege as “contas” de Nardes

Por Altamiro Borges

O ministro Augusto Nardes ganhou os seus minutos de fama nesta semana ao propor a rejeição das contas do governo Dilma. Seu frágil relatório, aprovado por unanimidade no anódino Tribunal de Contas da União (TCU), foi motivo de festança para os convidados especiais da sessão – entre eles, o fascista mirim Kim Kataguiri, o jagunço Paulinho da Força e vários parlamentares do PSDB, DEM e PPS. A mídia também deu destaque para a decisão “histórica”, afirmando que ela reforça a cavalgada pelo impeachment da presidenta. Todos os golpistas elegeram Augusto Nardes como o herói da semana. Mas a bajulação não vai durar muito tempo. Nesta semana, a Operação Zelotes confirmou que o “ético” ministro está metido num bilionário esquema de fraude fiscal no Rio Grande do Sul. Ele teria facilitado as mutretas da RBS, a afiliada da TV Globo no Estado.

Direita abandona Cunha, o bagaço golpista

Por Altamiro Borges

Em nota conjunta divulgada neste sábado (10), as principais siglas da oposição finalmente decidiram abandonar Eduardo Cunha. O presidente da Câmara Federal virou um estorvo para o plano golpista do impeachment de Dilma. Como bagaço, ele agora foi jogado no lixo. O lobista nem pode reclamar da traição. Afinal, a oposição deu total apoio a Cunha na sua cruzada insana para desgastar o governo federal. Festejou a sua vitória para a presidência da Casa e garantiu respaldo às suas ações e projetos irresponsáveis e direitistas. A descoberta das contas secretas na Suíça, porém, dificultou a blindagem e explica a postura oportunista destes partidos expressa na lacônica nota reproduzida abaixo:

Metrô, mídia e os segredos de Alckmin

Por Altamiro Borges

Questionado na Justiça e bombardeado nas redes sociais, o governador Geraldo Alckmin finalmente decidiu recuar na decisão ditatorial de impor sigilo de 25 anos para todos os documentos referentes ao Metrô de São Paulo. Tornados "ultrassecretos", a sociedade teria ainda maiores dificuldades para descobrir os corruptos do "trensalão" - o esquema de propina envolvendo poderosas multinacionais e vários tucanos de alta plumagem - e as razões dos atrasos nas obras deste setor, que causam tantos prejuízos aos paulistas. A sorte do "picolé de chuchu" é que a mídia chapa-branca já tenta aliviar sua imagem. A revista Época, por exemplo, postou no maior cinismo que "Alckmin revoga sigilo de 25 anos dos documentos do metrô" - como se o governador não tivesse qualquer culpa pelo ato suspeito.

Greve dos bancários e as tarifas abusivas

Por Altamiro Borges

Deflagrada na última terça-feira (6), a greve nacional dos bancários cresce a cada dia que passa. De acordo com os sindicatos da categoria, ela já tem a maior adesão dos últimos dez anos. No caso da capital paulista, a paralisação atingiu 52 mil trabalhadores nesta sexta-feira - com o fechamento de 23 centros administrativos e 667 agências bancárias. "A semana termina com os bancários fazendo uma das greves mais fortes dos últimos anos. A categoria está indignada com a proposta feita pelos bancos, mesmo com lucro liquido de 36 bilhões de reais no semestre. O silêncio dos banqueiros fez a greve crescer”, explica Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Aécio é o pior perdedor da nossa história

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em meio a tantas incertezas, uma coisa é fato: Aécio é o pior perdedor da história do Brasil.

Faz já mais de um ano que ele não se dedica a outra coisa que não tentar derrubar, por meios grotescos, quem o derrotou.

Ele não teve grandeza em nenhum momento. Já começou tentando colocar em dúvida a lisura das urnas eletrônicas.

Alckmin e a transparência à força

Da revista CartaCapital:

Assim caminha o escândalo dos trens e metrôs em São Paulo. Ninguém está preso, não se criou uma força-tarefa para investigar o escândalo e nenhum dos suspeitos foi mantido sob constrangimento atrás das grades para ser forçado a assinar um acordo de delação premiada.

Poderia ser pior: na surdina, o governador Geraldo Alckmin chegou a decretar o sigilo por 25 anos de centenas de documentos do transporte público metropolitano, incluídos arquivos da CPTM e do Metrô.

Por que a esposa de Cunha não é presa?

Por Renato Rovai, em seu blog:


O juiz Sérgio Moro, que costuma ser muito rápido no gatilho ao investigar pessoas ligadas ao PT, tem nas mãos a possibilidade de mostrar que sua celeridade não é seletiva.

Documentos enviados por autoridades da Suíça apontam que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e a sua esposa movimentaram contas bancárias no país que foram alimentadas por dinheiro sujo da operação Lava Jato.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Alckmin fecha escolas e bate em jovens

Quem paga mais imposto no Brasil?

Por Fernando Nogueira da Costa, no site Brasil Debate:

Estratificação, em Sociologia, é o processo de diferenciação das diversas camadas sociais que compõem uma sociedade, agrupadas a partir de suas relações e dos valores culturais, o que vem a constituir sua separação em classes, estados ou castas. É também a operação que, em uma sondagem estatística, consiste em distribuir previamente por estratos determinado conjunto que se quer estudar.

Tenho achado o conceito de castas mais útil para entender a estratificação social brasileira. Ele é mais abrangente do que classe, segmentando os vários tipos de grupos funcionais, desde os burocratas e sacerdotes até os capitalistas e trabalhadores. Quem fica de fora? O pária – ele é o indiano não pertencente a qualquer casta, considerado impuro e desprezível pela tradição cultural hinduísta. Casta inclui a perspectiva cultural, além dos interesses econômicos.

Porque Washington persegue o Wikileaks

Por Mark Weisbrot, no site Outras Palavras:

Parte das informações históricas mais importantes para a compreensão de eventos atuais vem, não por coincidência, de fontes que previa-se estar ocultas das sociedades. De novembro de 2010 a setembro de 2011, mais de 250 mil comunicações entre diplomatas norte-americanos, que nunca deveriam vir à luz do dia, foram tornadas públicas. Elas estão disponíveis no WikiLeaks, a organização de mídia sem fins lucrativos que aceita informação confidencial de fontes anônimas e as divulga para fontes jornalísticas e para o público. Alguns pesquisadores reuniram um tesouro de informações e análises que pode ser imensamente esclarecedor. (O livro recém-lançado a partir dessa pesquisa, publicado pela editora londrina Verso, é Wikileaks files: The World according to US Empire [Os Arquivos do Wikileaks: o Mundo egundo o Império dos EUA, ainda sem edição em português]).

Estados na luta para democratizar a mídia

Do site do FNDC:

A Semana Nacional pela Democratização da Comunicação tem atividades confirmadas em pelos menos 12 estados de todas as regiões do país. São inúmeras ações previstas, que vão desde panfletagens, debates, audiências públicas, rodas de conversa, minicursos, oficinas, até intervenções culturais, atos políticos e festas temáticas.

Convocada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, a ‘Semana’ tem por objetivo a atenção sobre a importância da atualização do marco legal para as comunicações, que contemple todos os setores da sociedade, com ênfase no apoio e coleta de assinaturas ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática e cobrar do Poder Público medidas imediatas para avançar na garantia e promoção da liberdade de expressão.

PM de Alckmin reprime estudantes

Da Rede Brasil Atual:

Uma manifestação que reuniu pelo menos mil estudantes e professores na Avenida Paulista, na região central de São Paulo, contra o fechamento de escolas estaduais pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), foi reprimida com violência pela Polícia Militar na manhã de hoje (9).

A Tropa de Choque da PM agrediu manifestantes com spray de pimenta e cassetetes. Três pessoas foram presas sob alegação de que seriam black blocs. Um deles foi identificado por militantes de movimentos sociais como o jornalista freelancer Caio Castor, que fazia a cobertura do evento.

Operação Zelotes vai pegar a RBS/Globo?

Por Altamiro Borges

Os barões da mídia devem estar preocupados. O Portal Imprensa destacou nesta quinta-feira (8) que a "Polícia Federal deflagra nova etapa da Operação Zelotes; RBS é alvo da investigação". Até agora, a imprensa privada fez de tudo para abafar o escândalo das fraudes fiscais, que envolve empresários de peso - como os sócios do Grupo Gerdau e os donos da RBS, afiliada da TV Globo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Mas a operação segue em andamento e começa a dar os primeiros frutos.

Nasce a frente Povo Sem Medo


Por Renato Bazan, no site da CTB:

A noite desta quinta-feira (8) foi marcada pelo encontro de 27 diferentes movimentos sociais e sindicais em São Paulo, que em solenidade lançaram oficialmente a frente Povo Sem Medo. Idealizada pelo coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, a iniciativa se apresentou como uma reação independente à ascensão do conservadorismo e à retirada de direitos que vêm acontecendo desde 2014.

"Sigam o dinheiro" das contas de Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A revelação, publicada por Jaílton de Carvalho em O Globo, de que Eduardo Cunha fechou – um mês após a prisão de Paulo Roberto Costa – duas das quatro contas que mantinha no Banco Julius Baer, na Suíça, torna óbvio que as investigações sobre o dinheiro que estava ali têm dois caminhos evidentes e necessários.

De onde veio e para onde foi.

Golpistas vão ter que suar muito a camisa…

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Vai chegando ao fim uma semana tensa na política por conta de decisões do Tribunal Superior Eleitoral e do Tribunal de Contas da União desfavoráveis a Dilma Rousseff. Além disso, após alguns sucessos, a nova base aliada, oriunda da recente reforma ministerial, não conseguiu pôr em votação as pautas-bomba que criam despesas para o governo.

Seria ridículo dizer que as coisas melhoraram para o governo, mas entendo que não aconteceu nada que já não estivesse previsto.

TCU e o rabo abanando o cachorro

Por Roberto Requião, no blog Viomundo:

Normalmente não perco meu tempo com assuntos sem importância, como formalidades contábeis. Mas dessa vez terei que abrir uma exceção por razões óbvias. É um absurdo a forma como estão levando essa história do julgamento no Tribunal de Contas sobre contabilidade das transferências sociais feitas pelo governo através dos bancos públicos. É muito barulho por pouco e não posso me calar em relação a isso.

O ajuste fiscal e os sacrifícios

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Logo em seguida ao anúncio dos resultados eleitorais de outubro do ano passado, a realidade das contas públicas em nosso país foi se tornando cada vez mais transparente. As dificuldades no equacionamento do desequilíbrio entre as receitas e as despesas no âmbito do governo federal vieram à tona e tornou-se imperioso um debate amplo a respeito dos vários caminhos existentes para enfrentar a questão. Ao contrário do que tenta nos impor a corrente da ortodoxia por meio dos meios de comunicação, sempre existem alternativas distintas para superar esse tipo de problema na economia.

Oposição tem muitas pedras no caminho

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

É certo que duas luzes se acenderam nas últimas horas, não no final do túnel que assombra Dilma, mas no caminho da oposição que há 10 meses tenta derrubá-la. A rejeição das contas de 2014 pelo TCU foi adubo para a tese do impeachment e a abertura de uma AIME (ação de impugnação de mandato eletivo) pelo TSE ergueu sobre as cabeças de Dilma e Temer a espada da cassação. O ramalhete de derrotas incluiu também a sabotagem da base à votação dos vetos no Congresso. Nem por isso, a oposição deve soltar fogos. Muitas e rombudas são também as pedras jurídicas e políticas em seu caminho para derrubar Dilma.

A hora e a vez da política

Por Virgínia Barros, no site Vermelho:

Uma grande referência comunista pernambucana de nosso tempo sempre afirma com sincera sensibilidade que política se faz com povo, proposta e poesia. Poucas sínteses são tão verdadeiras. Quem persegue à risca este princípio costuma colher bons frutos mais adiante.

Tomando-se esta compreensão como ponto de partida, some-se a ela a constatação feita com o coração aberto, mas com os pés fincados no chão, de que as decisões políticas se baseiam na análise concreta da realidade. No sistema de presidencialismo de coalizão vigente no Brasil, portanto, estes, mas também outros elementos se inserem no debate sobre governança e projeto estratégico de nação.

Governo volta às cordas; oposição ataca

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Ah, mas outro dia você escreveu o contrário, poderá lembrar algum leitor mais atento. É verdade. No último sábado, dia 3, após a reforma ministerial, o título que dei à coluna foi "Governo sai das cordas e oposição fica nos braços de Cunha". O que posso fazer? Em menos de uma semana, mudou tudo de novo. Política é como nuvem, já diziam os mais antigos: você olha, o céu está de um jeito; olha de novo, está de outro.

Os dezenove minutos de fama do TCU

Por Jandira Feghali, no Jornal do Brasil:

Em pouco mais de 19 minutos, o TCU rejeitou todas as contas da presidente Dilma Rousseff em 2014. Milhares e milhares de páginas, com explicações profundamente técnicas do Governo Federal foram nubladas por um rito sumário.

Desenhou-se nessa quarta-feira (07) um julgamento político pautado por uma Grande Mídia oportunista e seletiva. A grande desinformação que ronda a sociedade ajudou a construir esse cenário de boatos e inverdades e pressionou a decisão final.