quinta-feira, 5 de maio de 2016

Queda de Cunha pode anular impeachment

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Conforme o ministro Teori Zavascki ia explanando as razões pelas quais aceitou (com quase cinco meses de atraso) a moção do procurador-geral da República, feita em dezembro último, pelo afastamento do agora ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, muitos dos que assistiram àquela cena podem ter se surpreendido.

Enquanto os golpistas babam ódio contra Dilma Rousseff e Lula, acusando-os de tudo e mais um pouco, a Casa dos Representantes do Povo jazia paralisada pela ação de Cunha, eximindo-se de votar matérias de interesse da nação em benefício único e exclusivo do agora já defenestrado ex-presidente daquela Casa.

A indiferença nazista da Globo

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A entrevista com o professor Wanderley Guilherme, publicada hoje no Cafezinho, traz um alerta importante a todos os brasileiros, em especial à comunidade política: estamos entrando num período de profundas instabilidades, porque o golpe, até o momento, foi apenas político. Para se consumar integralmente, ele precisará ser também um golpe social, ou seja, terá que usar de violência para coagir, intimidar e aniquilar todas as instâncias sociais que não o aceitam como um processo democrático e legítimo.

Alckmin e o fechamento das salas de aula

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Apesar de derrotado pela mobilização estudantil em 2015 e proibido pela Justiça de colocar em prática a chamada reorganização escolar, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), continua fechando escolas por baixo do pano e sob vistas grossas da grande mídia paulista. Ou seja, está em marcha uma reorganização tucana da rede pública de ensino, silenciosa e planejada com fins de reduzir o investimento público.

Pós-Cunha e o destino do golpe

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Chegamos ao ponto de o STF afastar um presidente da Câmara porque faltou vergonha na cara à maioria dos deputados, boa parte dela devedora de vassalagem a Eduardo Cunha. É verdade que com 125 dias de atraso em relação ao pedido do procurador-geral apresentado em 15 de dezembro, período em o presidente da Câmara abriu caminho para o impeachment da presidente Dilma num processo que fere a democracia brasileira e desata uma crise de desfecho imprevisível.

Temer repassa "tarefas difíceis" a Cunha

Cunha e o banditismo do impeachment

Por Jeferson Miola

Ganha uma viagem à lua com direito a um passeio sideral quem descobrir algum motivo que não existia em 15 de dezembro de 2015 e que passou a existir neste 5 de maio de 2016 para o juiz do STF Teori Zavascki finalmente determinar o afastamento de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara dos Deputados.

Em 15 de dezembro de 2015, o Ministério Público pediu ao STF o afastamento de Cunha, cuja extensa ficha criminal já era de conhecimento público.

João Doria, o “sem vergonha” ficou nu!

Por Altamiro Borges

Na campanha para se tornar o candidato do PSDB à prefeitura paulistana, o empresário-picareta João Doria, o Junior, relembrou a sua conduta fascista na origem do fracassado movimento "Cansei", que reuniu a nata da elite no início do segundo mandato de Lula. Arrogante e agressivo, ele assustou até históricos tucanos, que foram atropelados pelo 'filhote' de Geraldo Alckmin. Em vários discursos, ele se referiu ao ex-presidente como "sem-vergonha", "cara-de-pau", "bandido" e outros adjetivos. Mas a vida é cruel. E agora, com a revelação das suas contas ilegais no exterior, é João Doria - e, de quebra o seu padrinho, o governador paulista - que fica com a pecha de "sem-vergonha" e "bandido".

Depois do golpe, STF "descarta" Cunha

Por Altamiro Borges

Após comandar o golpe no Brasil - com várias trapaças regimentais e as cenas patéticas da aprovação do impeachment de Dilma transmitidas ao vivo -, o correntista suíço Eduardo Cunha parece que está sendo descartado como bagaço pela direita nativa. Nesta quinta-feira (5), o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar suspendendo o seu mandato e, como consequência, afastando-o da presidência da Câmara dos Deputados. A medida ainda será analisada pelo pleno do STF e o lobista, famoso por suas práticas agressivas, já anunciou que resistirá à decisão. O Judas Michel Temer, seu aliado na conspiração, que se cuide com o ventilador no esgoto.

CPI propõe maior controle da internet

Por Étore Medeiros, na Agência Pública:

Depois de quase um ano de trabalho, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos da Câmara dos Deputados terminou, nesta quarta-feira (4), com a proposta de ampliar o controle sobre a internet no Brasil. Mais que combater crimes on-line, os projetos de lei apresentados como resultado da CPI colocam em risco a privacidade e a liberdade de expressão dos internautas brasileiros.

A votação do relatório final da CPI aconteceu na mesma semana em que uma ordem judicial suspendeu o WhatsApp por mais de 24 horas, alterando a rotina de milhões de brasileiros. Embora tenham demonstrado preocupação com o efeito dos bloqueios, os deputados preferiram manter no relatório final a possibilidade de suspensão de páginas e aplicativos. Foram excluídos apenas os mensageiros instantâneos.

Você não pode ficar calado!

Monopólio da mídia não é gol; é golpe!

Torcedores do Santa Cruz exibem faixa contra a Globo em partida pela Copa do Nordeste
Por Felipe Bianchi, no site Vermelho:

Esqueça aquele papo de que o futebol é o ópio do povo. No Brasil, as coisas estão esquentando e parece que o golpe em curso contra a democracia, amparado pelos grandes meios de comunicação e, em especial, a Rede Globo, esquentou de vez o clima nas arquibancadas.
Já são incontáveis as manifestações de torcidas e grupos de torcedores nas ruas e nos estádios, e o papel jogado pelo monopólio midiático no processo ilegal de impeachment de Dilma Rousseff deve ser o estopim de uma nova fase de luta e resistência.

Queda de Cunha é mais um lance do golpe

Por Renato Rovai, em seu blog:

Depois de fazer o que se esperava dele, coordenar o processo de impeachment de Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi afastado do mandato e do cargo pelo ministro do Supremo Teori Zavascki.

Antes se assegurou que nada iria dar errado. Esperou-se que o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), um golpista que não se intimida de ter praticado as mesmas ações administrativas que estão levando Dilma ao impeachment quando era governador do seu estado, fizesse um relatório condenando-a.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Frente ao golpe, a mobilização popular!

Foto: Lizely Borges
Por João Pedro Stedile, no jornal Brasil de Fato:

Nos dias 10 ou 11 de maio, o Senado vai afastar a presidenta Dilma temporariamente do seu mandato. E, na sequência, em 48 horas ela deve se refugiar no Palácio da Alvorada ou na Granja do Torto.

Assim como na Câmara dos Deputados, ninguém conseguiu apresentar provas concretas de que a presidenta tenha cometido algum crime. A acusação de pedaladas fiscais - feitas no processo por uma advogada transloucada - é tão absurda que na Câmara a maioria de seus apoiadores respondem por processos de corrupção e podem ser cassados pelo Supremo Tribunal Federal. Ou seja, os votantes, sim, eram os criminosos.

Pedalada contra o povo pode

Por Marcelo Zero

Prossegue no Senado a farsa do impeachment sem crime de responsabilidade.

Agora, a tarefa dos golpistas na Câmara Alta é tentar desfazer a péssima impressão que a votação desavergonhada da Câmara Baixa provocou em todo o mundo. Tentarão convencer o planeta de que o golpe não é golpe, de que Cunha et caterva fazem parte das cortes celestiais e de que Temer é exemplo de lealdade e desinteressado republicanismo.

Para tanto, cumprirão rigorosamente o regimento e os ritos e tentarão se comportar como entes racionais. Não gritarão, não invocarão o nome de Deus em vão, não farão odes extemporâneas à família, aos cachorros e aos papagaios. Evitarão mencionar os exemplos edificantes de torturadores. Tentarão se distanciar daquilo que o escritor português Miguel Souza Tavares denominou apropriadamente de “assembleia geral de bandidos”.

Plano Temer é a volta da privataria

Por Tadeu Porto, no blog O Cafezinho:

Uma das grandes características de uma ruptura institucional é tentar impor uma agenda impopular, daqueles que não conseguem passar pelo crivo democrático (muito comumente exercido pelo voto), justamente por adotar uma política onerosa para a maior parcela do povo, beneficiando, na esmagadora maioria das vezes, uma pequena parcela da população.

Não é diferente com o golpe que estamos vivendo no Brasil, uma ação rasteira e baixa da plutocracia nacional que não aceitou perder, pela quarta vez seguida, as rédeas da política nacional e encontrou na manipulação de massa, aliada a insatisfação e alienação popular, uma saída para colocar de volta a política “bem sucedida” (pra elite) no liberalismo do PSDB, concentrando renda nas mãos de poucos e voltando a dar privilégios para a classe mais abastada do país.

Um golpe dos donos de escravos no Brasil?

Por Greg Grandin, no site Carta Maior:

Entre os opositores da combatida - e ameaçada de perder o cargo - presidente do Brasil, Dilma Rousseff, existe um grupo com interesses comuns que se pensava haver perdido seu poder político há cerca de um século: os donos de escravos. Há alguns dias um artigo no The New York Times, que documentou os muitos crimes dos políticos envolvidos no processo de impeachment, disse o seguinte acerca de Beto Mansur, um ardoroso deputado em sua oposição ao Partido dos Trabalhadores : “Ele é acusado de manter 46 trabalhadores em suas fazendas de soja no Estado de Goiás em condições tão deploráveis que os investigadores disseram serem eles tratados como escravos modernos.”

"Monopólio da mídia é golpe!"

Do site do FNDC:

Está mais do que evidente a participação dos meios de comunicação do Brasil na construção e defesa do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Com um sistema de mídia concentrado em poucos grupos econômicos, a cobertura da crise política e dos casos de corrupção tem sido seletiva e desequilibrada. De um lado, o foco quase exclusivo na desmoralização do PT e do governo; de outro, os casos de corrupção envolvendo os adversários políticos do governo são praticamente ignorados ou, quando muito, tratados com superficialidade.

Estamos mergulhados no cinismo

Por Amanda Cotrim, na revista CartaCapital:

Vivemos um momento peculiarmente delicado, em que, apesar de não haver uma censura declarada como na ditadura civil militar brasileira, há um silêncio institucional para que algumas ideias não circulem.

Vemos isso quando a Justiça proíbe que universitários debatam o momento político, protestos são violentamente reprimidos pela polícia, ou quando a imprensa tenta nomear manifestações como sendo “a favor de Dilma”, silenciando o sentido delas serem pela democracia. Além do silêncio institucional, o momento também revela certo modo cínico da sociedade contemporânea.

Perrella é o primo paraguaio de Anastasia

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Imediatamente após ser indicado pelo senador Fernando Collor para compor a comissão do impeachment, o senador Zezé Perrella foi à tribuna do Senado para cobrar rapidez na conclusão do processo. ”O país não aguenta mais”, disse.

Se a Justiça usasse contra Perrella o mesmo critério que ele cobra de seus colegas senadores - celeridade -, seria grande a chance de Perrella já estar com a ficha suja, tantos são inquéritos e processos a que ele responde.

Cunha cuida de Dilma, STF de Lula!

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Globo publica hoje, candidamente, que o Supremo vai esperar a queda de Dilma para não ter de julgar o ato de nomeação de Lula, há quase dois meses, para a chefia da Casa Civil.

“A tendência é o Tribunal adiar o julgamento até Dilma deixar o cargo, com o processo de impeachment. Dessa forma, a nomeação não seria mais uma questão a ser analisada pelo Judiciário, porque a presidente não estaria mais no comando. O caso chegou a ser pautado no último dia 20, mas os ministros do STF avaliaram que o melhor era mesmo adiar a decisão até a definição sobre o processo de afastamento da presidente.”

Como Temer trama o retrocesso

Por Carlos Frederico Rocha, no site Outras Palavras:

Ao se colocar como alternativa à presidência, o vice-presidente Michel Temer preparou um documento sobre quais seriam as linhas gerais seguidas em um suposto governo de substituição à presidente Dilma Roussef. O documento se chamou “Uma ponte para o futuro” [i1]. Este texto procura apresentar criticamente suas principais propostas e desenhar um possível cenário, caso a hipótese de impedimento da presidente venha a se verificar.

Marcha na Paulista contra mídia golpista

Do site da UJS:

Na próxima quinta (05), o FNDC, a Frente Brasil Popular e diversos movimentos sociais ligados a pauta da democratização da comunicação realizarão uma aula pública seguida de uma caminhada até a antena da Rede Globo, na Avenida Paulista, para marcar a luta contra o golpismo levado a cabo pela grande mídia, e principalmente pela própria emissora carioca.

A concentração acontece às 18 horas, no vão livre do Masp, na capital paulista. A antena da Rede Globo fica na própria avenida.

Censura ressurge em "época de trevas"

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

É cada vez mais frequente, no âmbito das instituições brasileiras, intervenções que apontam para o ressurgimento da censura. Na sexta-feira (29), uma liminar da 9ª Vara Cível de Belo Horizonte proibiu que ocorresse uma assembleia estudantil que iria debater o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Um dia antes, o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel foi alvo de protestos no Senado, onde denunciou o golpe de Estado. Por exigência da oposição, a palavra “golpe” foi retirada dos registros de sua fala. Na segunda-feira (2), o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) dirigiu-se ao advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, dizendo que ele estava “impedido" de usar a mesma palavra.

Ataque a Lula visa enfraquecer resistência

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A notícia de que o PGR Rodrigo Janot decidiu denunciar Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato era previsível demais para causar qualquer surpresa.

Do ponto de vista da oposição articulada para derrubar Dilma, ao colocar uma espada sobre o destino de Lula o PGR realiza um movimento tático importante. Qualquer que possa ser seu fundamento técnico, qualquer que seja o desdobramento jurídico, a denuncia envolve a liderança popular que, pela força de seu papel na história do país, tornou-se a primeira voz no esforço para tentar impedir a consumação de um pedido impeachment que, sem a demonstração de crime de responsabilidade, assume o perfil escancarado de golpe de Estado.

Impeachment: expectativa e realidade

Por Murilo Cleto, na revista Fórum:

O governo Temer, ao menos o provisório, já é questão de dias. Chega ao fim um longo ciclo que teve início no dia seguinte à reeleição de Dilma e que contou com forte engajamento partidário, social e empresarial na luta, segundo a alegação, por um país livre da corrupção e do desemprego.

E há, evidentemente, quem tenha embarcado na caravana do impeachment com expectativas genuínas como estas. Mas o desenrolar dos fatos tem demonstrado que a realidade tem tudo para sair bem diferente da expectativa. E uma reflexão sobre cada uma destas expectativas é necessária, à medida que se anuncia um novo Brasil.


Afugentar as assombrações golpistas

Por Haroldo Lima, no blog de Renato Rabelo:

Chegamos a uma grande inversão de valores. O “avesso do avesso do avesso do avesso” aconteceu aos nossos olhos, há poucos dias: corruptos bradando contra a corrupção, numa Câmara presidida por um corrupto, para retirar do poder uma mulher que não é corrupta. A história, algum dia, contará todo esse transe.

Mostrará, constrangida, como uma camada da população não aceitou que pobres tivessem acesso à universidade e pudessem viajar de avião; como políticos, derrotados nas urnas, em 2014, insurgiram-se contra a vontade do eleitorado; como pautas-bomba foram explodidas no Parlamento para desestabilizar o governo e o país.

O xadrez do impeachment de Temer

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O fato novo, que surgiu no fim da noite de ontem, foi a provável inabilitação de Michel Temer para as próximas eleições, como efeito de sua condenação em segunda instância pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo. É mais uma peça nesse nosso xadrez absolutamente imprevisível. Não afeta seu mandato atual, mas o impedirá de se candidatar em 2018.

Acompanhe os próximos lances.


terça-feira, 3 de maio de 2016

Alesp virou refúgio da máfia da merenda

Foto: Jornalistas Livres
Por Altamiro Borges

No final da tarde desta terça-feira (3), centenas de estudantes secundaristas ocuparam a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Eles exigem a imediata instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o desvio de milhões de reais da merenda escolar. Segundo inúmeras denúncias, o próprio presidente da Alesp, deputado Fernando Capez - que adora desfilar nas marchas golpistas "pela ética" - seria um dos líderes do esquema mafioso. Diante da falta de transparência de Geraldo Alckmin - que governa com base em documentos sigilosos -, da subserviência da maioria dos deputados estaduais - que sempre sabotou CPIs para investigar os crimes tucanos -, e do silêncio do Judiciário paulista - que parece um biombo do PSDB -, os estudantes resolveram agir, numa ação ousada e combativa. De imediato, o governador tucano-fascista acionou a tropa de choque da PM.


Janot quer investigar Aécio. Puro teatro!

Por Altamiro Borges

Acusado internacionalmente de ser um dos principais cúmplices do "golpe dos corruptos" no Brasil, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu fazer uma encenação bisonha. Nesta segunda-feira (2), ele finalmente solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação sobre as várias denúncias de corrupção contra o cambaleante Aécio Neves. Num gesto teatral, ele pediu na abertura do inquérito que o presidente nacional do PSDB preste depoimento em até 90 dias sobre as suspeitas de recebimento de propina de Furnas. Será que ainda dá para acreditar minimamente no senhor Rodrigo Janot, sempre tão servil e dócil diante dos tucanos de alta plumagem?

Estudantes exigem CPI do Merendão

Fotos: Mídia Ninja

Do blog Viomundo:

O esquema de fraude na merenda do governo Geraldo Alckmin (PSDB) veio à tona em janeiro deste ano.

Segundo o Ministério Público paulista, uma cooperativa de agricultores, a Coaf, assinou ao menos R$ 7 milhões em contratos com 21 prefeituras, além do governo estadual, somente entre 2014 e 2015, para o fornecimento de alimentos e suco para a merenda.

Vacilante, PSDB pede milagres a Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Aécio Neves foi ao encontro de Temer levando um “documento programático” que mais parece um pedido ao “santo das causas impossíveis”. São as condições para o apoio do PSDB ao virtual governo do vice-presidente e constituem um programa de governo que o próprio PSDB não implementou em oito anos de FHC. Pedir tanto milagre pode ser uma senha para o recuo na decisão de participar do governo. Nas últimas horas voltou a circular a tese de que o apoio devia ser apenas parlamentar. Neste momento, o resultado do encontro Aécio-Temer ainda não é conhecido.

Agonia e êxtase do liberalismo decadente

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Piero Gobetti (1901-1926), autor entre outros de “La Rivoluzione Liberale”(abril de 1924), jornalista e intelectual antifascista faleceu muito jovem. Morreu no exílio francês, com seu estado de saúde agravado, depois de ter sido violentamente agredido por uma quadrilha fascista. A agressão prenunciava o que seria a ditadura de Mussolini, a partir do Golpe de Estado -progressivo e com apoio das forças da aristocracia industrial-latifundiária italiana- concretizado em 30 de outubro de 1922. Os Golpes de Estado - parece que só não sabem os juristas “liberais” e colunistas da grande mídia - nem sempre são golpes militares ou provenientes de ações armadas das forças de segurança.

Primeiros passos da ditadura pós-moderna

Por Renato Rovai, em seu blog:

Neste momento já não são mais nem poucos e nem tão discretos os sinais de que avança com força a constituição de um regime de força jurídico-midiático-policial no Brasil que deve ter o futuro governo Temer como parceiro, mas também como refém.

Três casos muito recentes merecem destaque e reflexão:

a) A invasão do Centro de Paula Souza pela PM de São Paulo, comandada pelo secretário de Segurança Pública Alexandre de Moraes, sem mandado judicial.

Sobre a noite escura no Brasil

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O golpe tem inspirado projeções bastante sinistras para o futuro próximo, em especial de aumento da taxa de coação estatal, diminuição das liberdades, aprofundamento do processo de criminalização das atividades políticas.

No entanto, essas coisas apenas serão uteis politicamente ao golpe se a mídia corporativa assumir uma hegemonia ainda maior da que já possui hoje, e puder controlar a narrativa de todos os fatos.

O impeachment como uma antirrevolução

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Sou um dos poucos que tem dito e repetido que a ascensão do PT e de seus aliados ao poder central do estado tem significado a verdadeira revolução pacífica brasileira que, pela primeira vez, ocorreu no Brasil. Florestan Fernandes escreveu sobre “A revolução burguesa no Brasil” (1974) que representou a absorção pelos empreendedorismo pós-colonial de um padrão de organização da economia, da sociedade e da cultura, com a universalização do trabalho assalariado, com uma ordem social competitiva e com uma economia de mercado de bases monetárias e capitalistas (cf.em Intérpretes do Brasil, vol 3, 2002 p. 1512).

Dilma já governa com a rua e resistirá

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A história apertou o passo no país e quem não entender isso será atropelado pela velocidade dos acontecimentos.

Esse é um tempo em que jornais de hoje amanhecem falando de um remoto mundo de ontem; tempo em que a tergiversação colide com a transparência; tempo em que nenhum discurso faz mais sentido dissociado da tríade: ‘rua’, ‘resistência’ e ‘organização’.

As sirenes da história anunciam confrontos intensos no front.

6 razões do trabalhador contra o golpe

Por Railídia Carvalho, no site Vermelho:

Como ficaria o Brasil sem a política de valorização do salário mínimo, iniciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e consolidada pela presidenta Dilma Rousseff? Um impeachment contra Dilma e um eventual governo do vice Michel Temer atacam a Consolidação das Leis Trabalhistas, proteção do trabalhador brasileiro. Com Temer será o fim das políticas de inclusão social, que melhoraram a vida dos mais pobres, e o início da agenda de exploração sem limites do trabalhador.

Confira o que propõe o Plano de Michel Temer para os trabalhadores:

Michel Temer, o títere como convém

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

A rapidez de raciocínio de Michel Temer pareceu-me demonstrada na quarta-feira 20. Disse ele que a história do golpe prejudica a imagem do Brasil no exterior. Observação impecável. Prejudica muito. Além da conta.

Mundo afora, ganha substância a percepção de que o paraquedista do impeachment, arguto professor, prepara-se para assumir o comando de um governo inexoravelmente ilegítimo. A despeito de sua sagacidade, permito-me formular uma pergunta aos meus céticos botões: será que percebe sua condição de títere do momento?

Zezé 'Helicoca' Perrela e o impeachment

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quando você pensa que o circo em torno do impeachment não poderia piorar eis que aparece Zezé Perrela. Ele é integrante da Comissão do Senado que julga Dilma.

A posteridade terá que decifrar, no futuro, como um homem como Perrela teve poder para remover alguém como Dilma.

Perrela virou senador por herança. Era suplente de Itamar Franco, morto em 2011.

Investigação sobre Aécio não vale nada

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Houve gente que me achou pessimista quando disse que a investigação sobre Aécio Neves solicitada ao STF por Rodrigo Janot não servia para nada.

Têm razão estes leitores, isso foi produto de um velho vício meu, fora de moda, de acreditar na isenção das instituições brasileiras.

Mas não porque possam, afinal, “andar” estas apurações.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Caiado, o jagunço que "rouba e mente"



Por Altamiro Borges

O senador Ronaldo Caiado, fundador da truculenta União Democrática Ruralista (UDR) na década dos anos 1980, adora posar de valentão. Descontrolado, ele vive ameaçando os seus adversários políticos. Até parece um jagunço das fazendas da sua família em Goiás - algumas delas acusadas de explorar trabalho escravo e perseguir camponeses sem-terra. Na madrugada desta segunda-feira (2), o líder do DEM - a sigla fisiológica dos latifundiários e do que há de mais retrógrado no país - resolveu chamar para briga o senador Lindbergh Farias. Ele não gostou de ser chamado de "mentiroso" pelo petista diante das câmeras de televisão e promoveu mais uma cena patética.


PM de Alckmin invade Centro Paula Souza

Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:

Estudantes secundaristas que ocupam o Centro Paula Souza (CPS), na região central da capital paulista, foram surpreendidos hoje (2), por volta das 11h, com a presença de um grupo da Tropa de Choque da Polícia Militar na parte interna do prédio. A justificativa da PM seria proteger a integridade dos funcionários, já que uma liminar de reintegração de posse, expedida ontem, não foi apresentada em ofício para os alunos nem para autoridades competentes, o que torna qualquer ação neste sentido ilegal.

O neoliberalismo além dos clichês

Por George Monbiot, no site Outras Palavras:

Imagine se a população da União Soviética nunca tivesse ouvido falar de comunismo. A ideologia que domina nossas vidas não tem nome, para a maioria das pessoas. Mencione-o numa conversa e você verá que seu interlocutor dá de ombros. Mesmo que tenha ouvido o termo antes, encontrará dificuldade para defini-lo. Neoliberalismo: você sabe o que é isso?

As empresas que doaram milhões a Cunha

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Estamos todos de mal com algum político atualmente, ou com vários. A direita (e parte da esquerda) ataca Lula e Dilma. A esquerda (e parte da direita) ataca os tucanos e Michel Temer. A maior parte de nós, creio, atacamos Eduardo Cunha, e queremos ele fora da presidência da Câmara – embora tenha gente por aí se aproveitando do poder de Cunha para executar o golpe em Dilma, enquanto aparentemente o ataca.

Temer não terá um dia sequer de paz

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                  

Engana-se redondamente a quadrilha de corruptos que articula a ruptura da ordem constitucional quando imagina que terá o mínimo necessário de paz social para governar.

A ação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto nesta quinta-feira (28) parando 30 avenidas e rodovias em oito estados e no Distrito Federal é só o começo de uma onda crescente de radicalização contra o golpe de estado.

Mídia golpista dividiu a sociedade

Por Silvio Caccia Bava, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

A campanha sistemática da mídia golpista contra o governo e o PT, estimulando o antagonismo da população contra os “petralhas”, está dando resultado. Os ânimos estão se acirrando, os ódios vêm à tona, aprofundam-se a polarização social e política, a intransigência, a violência, a repressão. Episódios recentes atestam que essa polarização é promovida pela direita. Guilherme Boulos, coordenador do MTST, afirma: “não somos nós, é a direita que está incendiando o Brasil”.

Xadrez de um período obscurantista

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Tem-se o seguinte jogo na mesa:

Peça 1 - Um presidente interino, prestes a assumir o poder, com escassa legitimidade, dentro de um caso clássico de golpe parlamentar.

Peça 2 - uma guerra política prévia que dividiu o país ao meio espalhando o ódio.

Peça 3 - um aglomerado de forças dispersas, divididas entre vários núcleos de micro poder, prestes a tomar a cidadela adversária, sem obedecer a um comando central.

"Meninas do Jô" e o ódio fascista

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Se não estiver enganado, o quadro do programa Jô Soares “Meninas do Jô” foi criado em 2006. A formação original de “meninas” reunia as jornalistas Cristiana Lobo, Lilian Witte Fibe, Ana Maria Tahan e a socióloga Lúcia Hippolito. Elas tinham como objetivo falar mal do PT uma vez por semana. Era a primeira guerra da Globo contra Lula, a do “mensalão”, vencida pelo petista.

O quadro atravessou a segunda metade dos anos 2000 e a primeira metade dos anos 2010 exibindo um partidarismo escrachado a favor do PSDB.




Raízes do golpe parlamentar contra Dilma

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Membro do Conselho Nacional do Ministério Público por dois mandatos e um dos mais aplicados estudiosos da Filosofia do Direito no país, o professor Luiz Moreira Junior conversou com o 247 sobre o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Roussef. A entrevista:

Por que falar em golpe parlamentar?

O golpe parlamentar em curso replica no Brasil estratégia já adotada em Honduras e no Paraguai, ou seja, um golpe à democracia pavimentado pelo direito. Novamente teremos entre nós um estado de exceção devidamente convalidado pelo direito e pelas instituições jurídicas. Chega a ser chocante o quadro que se desenhou: um presidente da Câmara dos Deputados, réu no STF por crime de corrupção, por evasão de divisas e por lavagem de dinheiro, articulando-se com o vice-presidente da República para depor a Presidenta eleita e o STF assistindo, inerte, a esse conluio. Nesse caso, a atuação do STF não diferiu de sua atuação nas ditaduras brasileiras do século XX .

Dilma aumenta contraste com Judas Temer

Do blog Viomundo:

A presidenta Dilma Rousseff anunciou, durante evento do primeiro de maio no Anhangabaú, em São Paulo, um reajuste de 9% nos benefícios do Bolsa Família a partir de junho e correção de 5% na tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas a partir de 2017.

Dilma negou que tenha sido parte de pauta bomba que será herdada pelo vice Michel Temer se o Senado abrir processo de impeachment contra ela, o que resultará em afastamento imediato da mandatária por 180 dias.