segunda-feira, 2 de maio de 2016

Temer não terá um dia sequer de paz

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                  

Engana-se redondamente a quadrilha de corruptos que articula a ruptura da ordem constitucional quando imagina que terá o mínimo necessário de paz social para governar.

A ação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto nesta quinta-feira (28) parando 30 avenidas e rodovias em oito estados e no Distrito Federal é só o começo de uma onda crescente de radicalização contra o golpe de estado.

É bom que Temer, Cunha e o valhacouto de vagabundos que respalda o golpe no Congresso Nacional saibam que a responsabilidade pelo caos que se avizinha é toda deles.

Os movimentos sociais e grande parte da resistência democrática já perceberam que a luta agora tem que se dar em outro patamar.

Isso porque está mais do que claro que os golpistas perderam completamente os escrúpulos, bem como quaisquer resquícios de vergonha na cara. Na sua louca cavalgada pelo poder a todo custo, certamente seriam capazes de ignorar até mesmo manifestações contra o golpe reunindo 10 ou 20 milhões de pessoas.

É hora, portanto, da velha e boa luta de classes entrar em cena em seu estado mais bruto. Desenhando : vamos ver como os que estão prestes a assaltar o poder se comportarão com o turbilhão de ocupações de terra, prédios públicos, estradas e greves generalizadas nos setores público e privado.

A repressão brutal é a reação previsível do governo dos sem-voto, afinal, a violência contra o povo é o caminho natural dos que estupram a soberania popular e desmoralizam o Brasil ao redor do mundo. Mas nesse caso terão que arcar com o ônus político de reprimir o povo.

Nem mesmo a unanimidade da mídia internacional na condenação ao golpe causa constrangimento ao bando de Temer e Cunha. Ver o nosso país achincalhado no exterior, com a alcunha de República Bananeira, muito menos.

Esses canalhas só recuarão quando a população vincular o governo Temer à instabilidade crônica e ao clima de conflagração que se instalará, responsabilizando-os diretamente pelo confronto nas ruas.

Aí o empurrão final se dará quando o ataque aos direitos sociais, previdenciários e trabalhistas começarem a ser liquidados pelo governo usurpador. Quem viver verá.

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