terça-feira, 14 de abril de 2015

A entrevista de Dilma aos blogueiros

Por Cíntia Alves e Luis Nassif, no Jornal GGN:

"Muito do que se considera crise ocorre sistematicamente no Congresso", avaliou Dilma Rousseff (PT), na manhã desta terça-feira (14). Apesar de os jornais noticiarem diariamente problemas com aliados políticos, resistência ao ajuste fiscal, manifestações de direita contrárias ao governo e até os pedidos de impeachment, a avaliação de Dilma diante do cenário é de que esse clima de terceiro turno deve ser encerrado em breve. "A chegada de [Michel] Temer na negociação política vai dar um grande salto. Nao é uma mágica qualquer, é uma negociação", ponderou.

A violência na "homenagem" à Globo

As fofocas do "jornalista" Noblat

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Há cerca de um ano, o colunista e blogueiro das Organizações Globo Ricardo Noblat falou a um curso de jornalismo sobre “Como criar um blog”. Em vídeo divulgado na internet, afirmou que “um blog jornalístico” tem que “respeitar as regras universais do jornalismo”.

Segundo o autor dessa opinião, um blog jornalístico tem que respeitar a “questão da ética”, tem que “dar voz a várias pessoas envolvidas numa eventual notícia”, “tem que respeitar a lei da correção, tem que corrigir, tem que checar a informação”.

Dilma explica ajuste fiscal a blogueiros

Da revista Fórum:

Na manhã desta terça-feira (14), a presidenta Dilma Rousseff concedeu entrevista de aproximadamente uma hora e meia a seis blogueiros. Estiveram presentes na coletiva Altamiro Borges, do Centro Barão de Itararé; Cynara Menezes, do Socialista Morena; Luis Nassif, do Jornal GGN; Maria Inês Nassif, da Carta Maior; Paulo Moreira Leite, do Brasil 247, e Renato Rovai, do Blog do Rovai e revista Fórum.

Confira abaixo a primeira parte da entrevista, na qual a presidenta fala sobre a situação econômica do país e defende a necessidade do ajuste fiscal.

O luta contra "maldades" do Congresso

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Cinco centrais e sindicatos de diversas categorias preparam para amanhã (15) manifestações, protestos e paralisações em todas as regiões do país. O foco é o Projeto de Lei 4.330, sobre terceirização, mas os dirigentes chamam a atenção para a sequência de iniciativas de inspiração conservadora que surge no Congresso – e também cobram reviravolta na agenda do Executivo.

Prisões no ato contra a Globo na Câmara

Do blog Escrevinhador:

Um grupo de militantes de organizações de juventude e do movimento de democratização da comunicação foi reprimido pela Polícia Legislativa, em sessão solene em homenagem aos 50 anos da Rede Globo, na Câmara dos Deputados, na manhã desta terça-feira.

Três ativistas tentaram estender uma faixa no auditório com a frase “A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura”, quando foram detidos pela Policia Legislativa. Depois da sessão, foram liberados.

A bancada BBB domina o Congresso

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Após algumas sessões marcadas por protestos, bate-bocas e intensa troca de acusações, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou na terça-feira 31 a admissibilidade da proposta de emenda à Constituição que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal no Brasil. Agora, a discussão caminha para uma comissão especial, que terá cerca de três meses para debater iniciativas similares e consolidar um relatório a ser votado no plenário. Entre as sugestões, há toda sorte de “soluções”, da responsabilização de adolescentes apenas em caso de crimes contra a vida à espantosa proposta de baixar o limite de idade para 12 anos.

Lava Jato: o espetáculo continua

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Agora entendo porque os procuradores da Lava Jato e o juiz Sergio Moro “pediram a mídia” para pressionar as instâncias superiores do Judiciário a julgar tudo muito rápido.

O espetáculo não pode parar. E tem de ser rápido, para confundir a opinião pública, produzindo um clima de caos.

A mídia sempre gostou de coisas rápidas e confusas, que ela controla em função das enormes equipes que só ela consegue mobilizar para manter o controle sobre esse tipo de narrativa.

A operação Datafolha e o impeachment

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O noticiário de terça-feira (14/4) ainda faz o rescaldo das manifestações realizadas no domingo anterior, e os principais diários de circulação nacional tentam compor um quadro no qual a cena central é o movimento da própria imprensa em favor do impeachment da presidente da República.

O conteúdo das reportagens sobre a crise política, editoriais, artigos e até algumas notas daquelas colunas de inconfidências e fofocas convergem para uma ideia estapafúrdia: justificar um pedido de interrupção do mandato da presidente com base numa pesquisa Datafolha. A lógica dessa manobra depõe não apenas contra a honestidade intelectual dos autores da ideia e dos editores que a abrigam, mas chega a lançar uma sombra de dúvida sobre a sanidade das mentes que conduzem as decisões editoriais da mídia tradicional.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Terceirização e a marcha na Paulista

As lições das marchas de domingo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em comparação com os protestos de 15 de março, as manifestações de ontem foram menores pelo volume e pela geografia. Em várias cidades, os protestos foram cancelados ou nem foram convocados. Em São Paulo, o mesmo DataFolha que apontou 200.000 pessoas nas ruas, há um mês, calcula que ontem o protesto envolveu 100.000. Em outras cidades, onde cálculos mais precisos foram substituídas por estimativas e puros chutes, as reduções também foram notáveis.

Carta de BH: "Regula a mídia, Já!"

Do site do FNDC:

Com a participação ativa de 682 inscritos, o 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (ENDC) aprovou, na tarde deste domingo (12/4), a Carta de Belo Horizonte. O documento reafirma a luta pela democratização da comunicação como pauta aglutinadora e transversal, além de conclamar as entidades e ativisitas a unirem forças para pressionar o governo a abrir diálogo com a sociecidade sobre a necessidade de regular democraticamente o setor de comunicação do país.

O mundo pelo olhar de Eduardo Galeano

Eduardo Galeano não morreu!

Por Altamiro Borges

Os amantes da liberdade e da humanidade estão de luto. Faleceu na manhã desta segunda-feira (13) o escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano. A triste notícia foi confirmada por sua editora ao jornal espanhol 'El País'. Aos 74 anos de idade, ele estava internado em um hospital de Montevidéu desde sexta-feira e não resistiu à complicações decorrentes de um câncer no pulmão. 

Tive o prazer de conhecê-lo durante o plebiscito revogatório na Venezuela, em agosto de 2004, que confirmou o mandato do presidente Hugo Chávez. Foi um papo longo, alegre e apaixonante, de um ser humano genial e comprometido com a emancipação dos povos da América Latina e do mundo. Na verdade, Eduardo Galeano não morreu. Suas ideias e suas belas obras estão mais vivas do que nunca!

Os protestos e a torcida da Globonews

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Do ponto-de-vista numérico, as manifestações do 12 de abril foram um tremendo fracasso.

Segundo o UOL, do diário conservador Folha de S. Paulo, eram 52 mil pessoas em todo o Brasil às 14 horas.

No entanto, na Globonews, das Organizações Globo, os protestos foram um tremendo sucesso.

O fracasso encerra o terceiro turno


Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O flop sensacional dos protestos de hoje tem um significado essencial: acabou, enfim, o terceiro turno, depois de mais cem dias de governo Dilma.

Foi um final melancólico para os esperançosos de um golpe contra os 54 milhões de votos – um grupo diversificado que vai dos coronéis da mídia até aquela massa ignara formada por analfabetos políticos.

Mídia e oposições perdem de novo

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Antes das quatro da tarde deste domingo de sol, manifestantes desenxabidos, com suas faixas e bandeiras recolhidas sob os braços, já começavam a deixar a avenida Paulista, em São Paulo, o principal centro de oposição ao governo federal.

Era o retrato do fracasso do movimento "Fora, Dilma", promovido em 15 Estados e no Distrito Federal, que só reuniu 65 mil pessoas, em todo o país, até este horário, segundo levantamento feito pelo portal UOL, do Grupo Folha, junto às Polícias Militares. É menos gente do que foi aos estádios para ver os jogos das quartas de final do campeonato paulista neste final de semana. Foram 10 mil no Rio, 5 mil em Belo Horizonte e 2 mil em Salvador. A PM de São Paulo e o Datafolha não tinham divulgado seus números sobre a avenida Paulista, que apresentava grandes vazios em toda a sua extensão.

FHC terceiriza oposição a Dilma

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

FHC fez, recentemente (dia 10), mais uma de suas palestras remuneradas. 

Embora fosse um evento sobre comércio eletrônico (O Vtex Day 2015, http://www.vtexday.com/) , alguém deu uma forcinha para patrocinar o oposicionismo do ex-presidente.

A palestra que o dinheiro pode comprar foi dada em evento patrocinado por gigantes como o grupo Mercado Livre (bem apropriado, não?), Mastercard e Walmart.

Se o governo agir, amanhã será menor

Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Uma gripe pesada me deixou de cama e, apesar de não fazer bem para a saúde, assisti à cobertura da Globonews sobre as manifestações contra o governo Dilma.

Nem vou fazer críticas à qualidade do jornalismo, deplorável. Apenas registro que as pessoas agredidas pelos manifestantes foram tratadas como provocadores, mesmo que um deles tenha sido hostilizado pelo simples fato de vestir uma camiseta vermelha, sem nenhuma referência ao PT.

Regulação da mídia não é censura

Foto de Tarso Cabral Violin
Por Joana Tavares, no jornal Brasil de Fato:

Moradia, educação, saúde são direitos humanos, todo mundo sabe. Mas a comunicação? Renata Mielli, que é jornalista e secretária geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), explica que é um direito fundamental, que passa pela possibilidade de produzir, transmitir e receber informação e cultura dos mais variados jeitos. Este é um dos temas do 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação, que acontece de 10 a 12 de abril, em Belo Horizonte. Nesta entrevista, Renata fala também do Projeto de Lei da mídia democrática e da diferença entre regulação e censura.