sábado, 7 de fevereiro de 2015

Alckmin e a rebelião dos internautas

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

'SP', 'energia', 'Sistema Cantareira' e 'Sabesp'. Os quatro termos são os mais citados em 250 mil conversas e comentários de internautas sobre a mais grave crise hídrica da história do estado de São Paulo. No entanto, o nome do governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 29 mil menções, chama a atenção pela forte associação aos termos relativos à seca. Em 11,6% delas, o tucano foi citado nominalmente e muitas vezes de forma dura. As conclusões são de um levantamento realizado entre os dia 1º e 31 de janeiro pela Polis Consulting/NetBase.

Lava-Jato e o fim do Estado de Direito

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Sou de uma geração que cresceu tendo o Estado de Direito como um dos sinônimos de democracia.

O outro era o voto direto.

Custou-nos muito, nossa juventude, trazê-los de volta.

E, certamente por isso, é assustador ver que ele vai sendo, progressivamente, abolido em nosso país.

A Guantánamo do juiz Sérgio Moro

"Resistir juntos e retomar a iniciativa"

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Renato Rabelo, em seu blog:

Estive em Belo Horizonte nesta última sexta feira (6/2) e participei na mesa do ato público organizado pelo PT no dia de seu aniversário de 35 anos de fundação. Fui saudado fraternalmente pelo presidente Rui Falcão do PT, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e especialmente pela Presidenta Dilma Rousseff - e deixo aqui minha saudação ao aniversário do PT:

Lula, mídia e a "criminalização do PT"

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O ex-presidente Lula disse esta noite, na festa do aniversário de 35 anos do Partido dos Trabalhadores, comemorado em Belo Horizonte, que o critério da mídia para a cobertura da Operação Lava Jato é o da “criminalização do PT”.

Segundo ele, “estamos assistindo a um filme com final conhecido”: acusações sem provas, falta de contraditório e julgamento pela imprensa. O ex-presidente não fez menção ao escândalo do mensalão.

Até Romário detona blogueira de O Globo

Por Altamiro Borges

A blogueira Silvia Pilz, que se acha “divertidíssima” com as suas postagens preconceituosas no jornal O Globo, está colecionando rapidamente uma legião de oponentes. Talvez até seja este seu intento narcisista e egocêntrico. Nesta quinta-feira (5), o senador Romário Faria (PSB-RJ), que desde os seus tempos de gramado sempre manteve boas relações com o império global, resolveu dar uma canelada na jornalista. Em sua página no Facebook, ele postou uma dura mensagem de repúdio às “tolices de uma pessoa com visão de mundo muito limitada”. O ex-craque da seleção brasileira, que é pai de uma menina de nove anos com Síndrome de Down, ficou irritado com um artigo escroto da blogueira contra os portadores da doença. “De cara, um anão assusta, assim como, de cara, crianças com Síndrome de Down também nos causam certo desconforto” – obrou Silvia Pilz.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Geração de empregos e o ajuste fiscal

Por Altamiro Borges

No final de janeiro, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego em 2014 foi de 4,8% – abaixo dos 5,4% registrados no ano anterior e o menor índice desde 2002. Só isto já seria motivo para o PT – que celebra os seus 35 anos nesta sexta-feira (6) – festejar os avanços conquistados pelos governos Lula e Dilma. A mídia oposicionista, com o seu complexo de vira-lata contra o Brasil, escondeu a notícia. Ela não foi destaque no Jornal Nacional da TV Globo. Já a Folha registrou o fato pelo lado negativo: “Geração de empregos em 2014 foi a pior dos anos PT”. Pura canalhice! A queda do desemprego e a elevação da renda não são motivos de festança na mídia patronal. Ela prefere pressionar o governo, numa agressiva campanha terrorista, para que ele ceda ao “deus-mercado” e promova um drástico ajuste fiscal – o mesmo que levou à Europa a maior regressão social da sua história.

Falta papel higiênico nas escolas de SP

Ilustração: Marcio Baraldi
Por Altamiro Borges

A situação de São Paulo, o Estado mais rico da federação, é deplorável. A falta de água já atormenta mais de 6,5 milhões de moradores da região metropolitana. Os trens do Metrô e da CPTM parecem latas de sardinha e dão panes constantes. Os roubos batem recorde e a insegurança pública amedronta os paulistas. A sorte do governador Geraldo Alckmin (PSDB), reeleito em primeiro turno, é que a mídia evita fazer escarcéu sobre o caos imperante – na prática, ela já está em campanha presidencial em favor do “picolé de chuchu” e até agora não sofreu cortes nos milionários anúncios publicitários e outras benesses do Palácio dos Bandeirantes. Nesta sexta-feira (6), a Folha tucana publicou uma notinha – sem qualquer destaque – para outro fato lamentável: já falta papel higiênico nas escolas de São Paulo.

Governo Dilma e os movimentos sociais


Dilma vira o jogo na Petrobras

Por Breno Altman, em seu blog:

A indicação de Aldemir Bendine para o comando da Petrobrás é mais do que uma surpresa.

O atual chefe do BB representa linha de resistência diante da escalada de forças privatistas para tomar de assalto a estatal do petróleo.

O mercado estava assanhado, afinal, para fincar cabeça-de-ponte na principal companhia brasileira.

Merval é um mestre do jornalismo papista

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Globo é tão grata a Merval que batizou um personagem da novela Império de Merival.
Foi o que me ocorreu ao saber, hoje, que existe um Merival em Império.

Espero que Merval não me processe por essa interpretação.

A Globo, como quer que seja, tem razões para ser grata a Merval. Mais do que qualquer outro jornalista da casa, ele merece o título de porta-voz dos Marinhos.

Metalúrgicos reagem aos ajustes de Levy

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Na quarta-feira 28, os trabalhadores paulistas foram às ruas contra o ajuste fiscal do governo federal, mas marcharam cada qual com sua turma. Apesar de unidas na crítica às medidas de austeridade, as centrais sindicais divergiram quanto ao tom dos ataques ao “pacote de maldades” do ministro Joaquim Levy. Em um ato unificado na Avenida Paulista, liderado por um caminhão de som a propagar o contraste entre a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores, o grupo de Paulinho da Força, aliado de Aécio Neves nas eleições do ano passado, não poupou o governo. “Dilma mentiu, a vaca tossiu”, gritavam os integrantes do cordão laranja, ao lembrar a promessa da presidenta durante as eleições de não mexer, “nem que a vaca tussa”, em direitos e benefícios sociais. A Força chegou a invadir o pátio do prédio da Petrobras na Paulista, enquanto lideranças pediam a demissão da atual direção da estatal. Os integrantes da CUT, ligada historicamente ao PT, dispersaram-se. Unificado, o ato terminou dividido.

Pobre militante do PT

Por Bepe Damasco, em seu blog:

É de doer o coração o padecimento do militante do Partido dos Trabalhadores. Entregue à própria sorte, em meio à arena dos leões, ele tenta resistir como pode ao massacre midiático contra o governo do seu partido. Mas a solidão é grande. Diante de toda sorte de ataques sórdidos, vilanias e infâmias, o governo da presidenta Dilma adota o silêncio como tática suicida de luta. Seduzida, talvez, por aconselhamentos de marqueteiros ou paralisada diante de sua falta de jeito e vocação para a refrega política, a presidenta e seu círculo mais próximo de colaboradores conseguem não se incomodar com o escrachado movimento de desestabilização do seu governo que está em curso.

Globo ataca o Estado nacional

Por J. Carlos de Assis, no site Carta Maior:

O noticiário da Globo é tendencioso. Ninguém que seja medianamente informado pensará diferente. Entretanto, não sei se as vítimas desse noticiário perceberam que no afã de denegrir o Governo, o que está perfeitamente dentro de suas prerrogativas de imprensa livre, a Tevê Globo, sobretudo nas pessoas dos comentaristas William Wack e Carlos Sardenberg, passaram a atacar o Estado brasileiro, o que sugere crime de lesa-pátria.

Petrobras: A maior derrota em 12 anos

Por Breno Altman, em seu blog:

Pela primeira vez, desde 2003, a Petrobras deixará de ser dirigida por um representante do campo político-ideológico que governa o país, a julgar pelas notícias correntes.

O novo presidente da estatal provavelmente sairá dos quadros de seus adversários - leia-se, alguém crítico ao regime de partilha e à política de conteúdo nacional, talvez até favorável à sua privatização.

A matriz de todos os escândalos

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O noticiário de sexta-feira (6/2) marca a culminância da escalada de denúncias no escândalo da Petrobras. O ponto alto é a declaração de um dos acusadores, o ex-gerente executivo Pedro Barusco, segundo o qual o Partido dos Trabalhadores recebeu, ao longo de dez anos, um total que pode chegar a US$ 200 milhões de empresas que detinham os maiores contratos com a estatal. A denúncia produz o fenômeno das manchetes trigêmeas, que já se tornou rotina na imprensa brasileira.

A importância da comunicação pública

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em um governo, a coordenação das expectativas é arma tão ou mais relevante que a caneta.

É particularmente relevante na condução da política macroeconômica - daí a razão de, tantas vezes, ter criticado aqui a insuficiência do discurso do Ministro da Fazenda Guido Mantega.

A política econômica é composta por uma série de medidas. E é tão mais eficaz quanto menor for a resistência dos agentes econômicos.

O encontro com Fidel Castro

Por Frei Betto, no site da Adital:

Há tempos Fidel não se manifestava. Como me disse em Havana um cubano, "é gritante o silêncio do Comandante”. Muitos supunham que ele se encontrava muito doente, talvez recolhido a um hospital, e com seu estado de saúde tratado como segredo de Estado.

Pouco antes de eu viajar para Cuba, em meados de janeiro, correu a notícia de que Fidel havia morrido. Pela milésima vez... Jornalistas me ligaram interessados em saber se eu recebera confirmação de meus amigos de Cuba.

Tributação dos ricos: debate interditado

Por Paulo Gil Introíni, na revista Teoria e Debate:

A velha prática das classes dominantes de se apropriar das bandeiras populares mudando-lhes a natureza e o sentido tem sido recorrentemente aplicada ao debate da reforma tributária no Brasil. O motivo é evidente: a disputa sobre quem irá financiar o Estado e as políticas públicas é inerente à tributação. Trata-se de uma das expressões do conflito de classes.

PEC da Bengala está de volta

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A PEC da Bengala é uma das muitas ideias - novas e velhas - que o novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, trouxe no bolso do paletó.

Mantida no esquecimento desde o final de 2014, ela reapareceu na reunião de líderes, na noite de terça-feira.

Eduardo Cunha anunciou a intenção de votar o projeto, que aumenta de 70 para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória para ministros do Supremo Tribunal Federal. Se a proposta vingar, o plenário do STF permanece com a mesma composição atual até o final do governo Dilma. Apenas uma vaga, já aberta pela aposentadoria de Joaquim Barbosa, será preenchida.