Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:
'SP', 'energia', 'Sistema Cantareira' e 'Sabesp'. Os quatro termos são os mais citados em 250 mil conversas e comentários de internautas sobre a mais grave crise hídrica da história do estado de São Paulo. No entanto, o nome do governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 29 mil menções, chama a atenção pela forte associação aos termos relativos à seca. Em 11,6% delas, o tucano foi citado nominalmente e muitas vezes de forma dura. As conclusões são de um levantamento realizado entre os dia 1º e 31 de janeiro pela Polis Consulting/NetBase.
Inédito, realizado por meio de um software que busca e analisa todas as manifestações em espaços para comentários de todos os sites, fóruns, Facebook, Twitter e outras redes sociais, o levantamento mostrou a crescente preocupação e revolta da população com a crise hídrica, sobretudo entre os paulistas. Em todas as conversas que tiveram localização geográfica confirmada,44% saíram de São Paulo. Do Rio de Janeiro saíram 13%.
"Isso demonstra que a preocupação com a crise vem se concentrando, por enquanto, no estado de São Paulo", afirma o diretor-executivo da Polis Consulting/NetBase, Alexander Schmitz-Kohlitz.
De acordo com ele, a análise dos dados colhidos no levantamento permite dizer que o assunto vem ganhando importância entre as preocupações dos brasileiros, uma tendência que deve crescer em fevereiro. De 2 mil citações em 1º de janeiro, as manifestações alcançaram quase 25 mil publicações por dia no fim do mês.
As citações, segundo Kohlitz, são estimuladas pela repercussão do tema nos meios de comunicação. Tanto que a curva ascendente teve grandes picos de crescimento nos dias 14, quando o número de menções à crise hídrica aumentou em 257,4% sobre o dia anterior; e 28 de janeiro, quando as citações estiveram presentes em 24,5 mil conversas dos internautas.
Em 14 de janeiro, Alckmin admite pela primeira vez que há racionamento. Na ocasião, ele afirmou que "oracionamento já existe". No dia 28, os prefeitos da Região Metropolitana de São Paulo se reuniram na Prefeitura de São Paulo com o secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga, para discutir a crise hídrica que assola o Estado. E cobraram do governo estadual um plano de contingência para definir as ações voltadas para combater a falta de água da região.
De acordo com ele, a análise permite afirmar também que a percepção emocional dos brasileiros captada na pesquisa é pessimista. Além de xingamentos e críticas, entre as expressões mais repetidas estão palavras como “preocupar”, “pior”, “incapaz” e “risco”.
"A detecção do humor pela análise das conversas é de 80%. Isso porque a ferramenta ainda não consegue diferenciar exatamente o sentido de expressões carregadas de ironia e sarcasmos. Quando o internauta escreve "eu gosto do Alckmin kkk", pode muito bem ser uma forma de dizer o contrário, mas não é certeza", explica, ressaltando que o NetBase não atua como um hacker, mas sim como um potente buscador que compila e analisa, de maneira qualitativa e quantitativa, os dados disponíveis na internet sobre determinados assuntos.
Conforme o diretor-executivo, as análises são confiáveis. "Durante a disputa da eleição presidencial, o Ibope tinha indicado que Marina Silva iria para o segundo turno. Pelo levantamento do NetBase a partir das falas na internet, já sabíamos que seria Aécio Neves".
Inédito, realizado por meio de um software que busca e analisa todas as manifestações em espaços para comentários de todos os sites, fóruns, Facebook, Twitter e outras redes sociais, o levantamento mostrou a crescente preocupação e revolta da população com a crise hídrica, sobretudo entre os paulistas. Em todas as conversas que tiveram localização geográfica confirmada,44% saíram de São Paulo. Do Rio de Janeiro saíram 13%.
"Isso demonstra que a preocupação com a crise vem se concentrando, por enquanto, no estado de São Paulo", afirma o diretor-executivo da Polis Consulting/NetBase, Alexander Schmitz-Kohlitz.
De acordo com ele, a análise dos dados colhidos no levantamento permite dizer que o assunto vem ganhando importância entre as preocupações dos brasileiros, uma tendência que deve crescer em fevereiro. De 2 mil citações em 1º de janeiro, as manifestações alcançaram quase 25 mil publicações por dia no fim do mês.
As citações, segundo Kohlitz, são estimuladas pela repercussão do tema nos meios de comunicação. Tanto que a curva ascendente teve grandes picos de crescimento nos dias 14, quando o número de menções à crise hídrica aumentou em 257,4% sobre o dia anterior; e 28 de janeiro, quando as citações estiveram presentes em 24,5 mil conversas dos internautas.
Em 14 de janeiro, Alckmin admite pela primeira vez que há racionamento. Na ocasião, ele afirmou que "oracionamento já existe". No dia 28, os prefeitos da Região Metropolitana de São Paulo se reuniram na Prefeitura de São Paulo com o secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga, para discutir a crise hídrica que assola o Estado. E cobraram do governo estadual um plano de contingência para definir as ações voltadas para combater a falta de água da região.
De acordo com ele, a análise permite afirmar também que a percepção emocional dos brasileiros captada na pesquisa é pessimista. Além de xingamentos e críticas, entre as expressões mais repetidas estão palavras como “preocupar”, “pior”, “incapaz” e “risco”.
"A detecção do humor pela análise das conversas é de 80%. Isso porque a ferramenta ainda não consegue diferenciar exatamente o sentido de expressões carregadas de ironia e sarcasmos. Quando o internauta escreve "eu gosto do Alckmin kkk", pode muito bem ser uma forma de dizer o contrário, mas não é certeza", explica, ressaltando que o NetBase não atua como um hacker, mas sim como um potente buscador que compila e analisa, de maneira qualitativa e quantitativa, os dados disponíveis na internet sobre determinados assuntos.
Conforme o diretor-executivo, as análises são confiáveis. "Durante a disputa da eleição presidencial, o Ibope tinha indicado que Marina Silva iria para o segundo turno. Pelo levantamento do NetBase a partir das falas na internet, já sabíamos que seria Aécio Neves".
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