domingo, 9 de fevereiro de 2020

A pedalada e as mentiras de Bolsonaro

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Nestes últimos dias o governo tem feito um verdadeiro alarde, divulgando dados que mostram uma diminuição no montante da dívida bruta geral do nosso país, em 2019. De fato, se analisarmos pura e simplesmente os números, houve sim uma queda de quase um ponto percentual de 2019 em relação à 2018.

Ou seja, em 2018, a dívida bruta geral do governo brasileiro, estava na casa de 76,5% do PIB e agora, em dezembro de 2019, esse percentual foi para 75,8% do PIB. A questão é que o governo não divulga como eles conseguiram fazer com que o montante da dívida fosse diminuído.

Não dizem, porque são fatores intercorrentes, sem os quais a dívida não teria caído. Pelo contrário, segundo analistas, a dívida teria chegado à 79% do PIB. Ou seja, teria batido um recorde significativo e extremamente perigoso para a nossa economia.

O que acontece com a Folha de S. Paulo

Por Pedro Simon Camarão, no site da Fundação Perseu Abramo:

A Folha de S. Paulo deste sábado, dia 08 de fevereiro, publica uma notícia completamente descolada da realidade. O jornal afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o responsável por uma suposta decisão do Partido dos Trabalhadores de aceitar alianças com PSDB, DEM e com o centrão no próximo período eleitoral. O problema é que a resolução da Direção Nacional do PT diz exatamente o contrário. Ao longo de quatro páginas, a direção do partido argumenta que a política ultraneoliberal do governo Bolsonaro produz o crescimento da pobreza, da desigualdade, que exclui direitos e promove a concentração de riquezas. O texto publicado pelo PT afirma que essa agenda compromete a construção de um projeto de desenvolvimento com inclusão e, por isso, precisa ser combatida.

A quem interessa a desigualdade crescente?

Por Chico Whitaker, na revista CartaCapital:

Em tempos de muita noticia ruim, devemos rapidamente compartilhar as boas. É o que faço contando que foi relançada a Ação Brasileira de Combate à Desigualdade.

Participei de criação desse movimento há quase vinte anos atrás. Ele foi lançado em Porto Alegre, num dos primeiros Fóruns Sociais Mundiais, que anunciava que “outro mundo é possível’. Não me lembro o que conseguimos fazer para realizar nosso objetivo. Mas algo avançou no combate à desigualdade.

O governo Lula, eleito naqueles tempos, e depois o de Dilma, conseguiram diminuir a pobreza e portanto um pouco da distância entre ricos e pobres. E se avançou também no próprio entendimento da desigualdade. Quando criamos a Ação pensávamos mais na desigualdade criada pela desigualdade na renda. Agora, no relançamento da Ação, se disse que temos que falar de desigualdades. Com S.

Destruição a Jato: governo ensaia a Fase II

Por Artur Araújo, no site Outras Palavras:

“A gestão Jair Bolsonaro prepara uma medida para permitir que empresas estrangeiras disputem licitações e sejam fornecedoras do governo sem a necessidade de uma filial brasileira”, reporta hoje a Folha de S.Paulo.

Após a razia em setores da economia brasileira dos mais avançados e competitivos, inclusive nas exportações de bens e serviços, e em grandes empresas que empregam todos os tipos de trabalhadores – construção civil pesada, indústrias naval e de máquinas&equipamentos, fornecedores do complexo petróleo&gás – o lavajatismo versão Paulo Guedes planeja salgar a terra onde já deixou só escombros.

Bolsonaro, a gasolina cara e os otários

Do blog Socialista Morena:

O presidente de extrema direita Jair Bolsonaro voltou a culpar os governadores pelos altos preços da gasolina que são praticados no país desde que Dilma Rousseff foi arrancada do cargo, em 2016. “A gasolina baixou 4% na refinaria hoje. Quanto vai baixar na bomba para o consumidor? Zero. Então, eu estou fazendo aqui um papel de otário”, disse. Já a Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital) acusa Bolsonaro de mentir ao atribuir a responsabilidade pelo preço aos tributos estaduais.

Os campos de veneno na Amazônia

Como atuam os eleitores de Bernie Sanders

Petrobras e a defesa da soberania nacional

Ira bolsonarista contra filme de Petra Costa

Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:

“Documentário indicado ao Oscar é um alerta sobre as democracias”, noticia o veículo norte-americano CNN. A manchete sobre o documentário Democracia em Vertigem (2019) apresenta uma entrevista com a diretora, a paulistana Petra Costa. Na difícil corrida em busca por votos na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, Petra vive a glória e os impactos da indicação.

Na contramão da ira de seguidores de Jair Bolsonaro, articulados nas redes sociais e em na mídia corporativa, a cineasta e o mundo especializado defendem a qualidade técnica de Democracia em Vertigem – e do cinema brasileiro. E aproveitam para defender também a democracia, o papel da arte e da cultura e denunciar a ascensão do autoritarismo da extrema-direita no mundo.

EUA e Bolsonaro armam CPI anti-Cuba

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Jair Bolsonaro voltou a explicitar, anteontem, ao vivo e a cores, sua servidão aos Estados Unidos, com a live em que assistia, comentava e elogiava o discurso de forte cheiro fascista de Donald Trump, após ser absolvido do processo de impeachment pelo Senado americano.

A servidão não fica no ridículo. Tem seus efeitos práticos e danosos à soberania nacional, como a permissão para que empresas estrangeiras, mesmo não sediadas aqui, participem de licitações para obras públicas.

Ou os acordos de “cooperação” assinados na semana passada com os EUA nas áreas de energia e até de urânio.

Dela faz parte também o empenho de governistas em instalar uma CPI para investigar os acordos Brasil-Cuba nas eras Lula-Dilma. Os americanos desejam e inspiraram esta CPI, que deve ser barrada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

sábado, 8 de fevereiro de 2020

Petardos: Bolsonaro quer exterminar os índios

Por Altamiro Borges

Na retomada do Congresso Nacional, o "capetão" apresentou projeto que libera de vez a exploração de terras indígenas no Brasil. Ele autoriza mineração, construção de obras de infraestrutura e até plantio de transgênicos. O intento de Bolsonaro é exterminar as comunidades indígenas.

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Em outro projeto, o "laranjão" dos ruralistas também liberou a pesca esportiva em áreas de conservação. Prevendo as críticas das ONGs, o "capetão" saiu disparando sua arminha contra ambientalistas. A questão ambiental segue no centro das disputas, com forte impacto internacional.

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Na sua cruzada contra as comunidades indígenas, Bolsonaro conta com Sergio Moro, seu miliciano na "Justiça". O ex-juizeco nomeou o "pastor" Ricardo Lopes Dias para chefiar a coordenação de índios isolados da Funai, um setor sensível do órgão por lidar com populações mais vulneráveis.

10 razões para apoiar a greve da Petrobras

Por Roni Barbosa

1- Bolsonaro quer demitir trabalhadores e desmontar as subsidiárias para facilitar a privatização. As empresas estrangeiras que comprarem vão contratar trabalhadores de seus países. Emprego no setor de petróleo e gás vai ser luxo pra gringo.

2- Os preços do gás e dos combustíveis que já estão pela hora da morte vão aumentar ainda mais

3- O Brasil vai ter de importar combustíveis.

4- Vai cair quase zero a arrecadação de impostos garantidos pelo setor de petróleo e gás nos estados em que as refinarias estão instaladas. Menos emprego, menos dinheiro para saúde, educação e até cobrir buraco de rua etc. Em muitos estados, como no Paraná, as refinarias são as maiores fontes de arrecadação individual. A paralisação das atividades dessas unidades vai deixar o estado sem a sua principal fonte de arrecadação de impostos

Uma nova geração do teatro

Confusões políticas para enfrentar Bolsonaro

Surtos de masoquismo e inveja

O Brasil se solidariza com os petroleiros

Editorial do site Vermelho:

Os petroleiros são parte indissociável da tecnologia da Petrobras, uma categoria especializada no que o país mais desenvolveu em termos de industrialização. Quando ela fala em defender a empresa, está dizendo, na verdade, defender o Brasil. É inimaginável a industrialização média atingida pelo país sem esse importante polo de tecnologia energética criado por Getúlio Vargas em 1953.

A greve dos petroleiros precisa de amplo apoio e de muita solidariedade. Ela representa muito mais do que as justas reivindicações específicas da categoria. A paralisação ocorre em uma fase da Petrobras marcada pela política irresponsável do governo Bolsonaro de dilapidar a mais importante empresa do país, estratégica para a soberania e o desenvolvimento nacional.

Os 400 dias que encolheram o Brasil

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Muita gente achava que isso aí não poderia durar seis meses, mas na tarde desta quarta-feira o desgoverno Bolsonaro está comemorando 400 dias no Palácio do Planalto.

Nunca antes, na história desse país, como diria o Lula, um presidente da República causou tantos danos, em tão pouco tempo, alguns deles irreparáveis, como a destruição da Educação e do Meio Ambiente.

Com o país em colapso, triste e destroçado, o capitão e seu generais de pijama ainda têm a coragem de promover uma festinha para seus áulicos e devotos reunidos nesta cerimonia macabra para ouvir discursos e para debochar do país.

Comemorar o quê, exatamente?

Paulo Guedes e os "parasitas"

Por Fernando Brito, em seu blog:

O senhor Paulo Guedes chega ao Ministério com um parasita dirigindo seu carro. Entra e outro parasita abre-lhe o elevador privativo, pelo qual sobe ao quinto andar, para seu gabinete.

Uma parasita transmite-lhe as mensagens que o aguardavam, enquanto outro parasita serve-lhe o café fumegante.

O “homem” já não era dos mais simpáticos, carregado do autoritarismo próprio dos banqueiros , ramo no qual simpatia não é coisa que se ofereça a subalternos.

Mas agora ele cruzou o limite entre a humilhação privada e a ofensa pública.

Afinal, embora não sejam raros os maus tratos no trabalho diário, outros executivos, ao menos publicamente, os chamam agora de “colaboradores”.

Servir cafezinho na Casa Branca

Por Marcelo Zero

O governo Bolsonaro não se cansa de atirar contra os interesses do país, esporte no qual revela ter grande poder de fogo e precisão cirúrgica.

Há poucos dias, em Davos, o ministro do ultraneoliberalismo pinochetista, Paulo Guedes, anunciou que o Brasil vai aderir ao Acordo de Compras Governamentais da OMC, mais conhecido por seu nome inglês Agreement on Government Procurement (GPA).

Trata-se de um acordo plurilateral que foi negociado durante a Rodada Uruguai, concluída ao final de 1994.

Um novo normal no mundo do trabalho

Por João Guilherme Vargas Netto

Todo fenômeno social complexo que envolve grandes números necessita de critérios classificatórios para sua melhor compreensão.

É o que se passa hoje no Brasil com o quadro aterrorizante de precarização das relações do trabalho e de desemprego. Quais os conceitos para uma descrição correta? Quais os números que quantificam a situação?

Em artigo de novembro de 2018 o economista Alexandre Schwartsman alertava que o fenômeno do desemprego (e a correlata precarização) é suscetível de variadas definições e mensurações e isto induz correntemente a erros, perturbando a compreensão e ocasionando mentiras (como as que criticava do então recém eleito presidente Jair Bolsonaro).