No momento em que a mídia tucana aperta o cerco contra o governo Dilma, tentando surfar na onda dos protestos que agitam o país, o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, deu uma entrevista à asquerosa revista Veja que beira a total rendição. Na famosas "páginas amarelas" deste pasquim golpista, ele criticou a proposta de regulação democrática dos meios de comunicação, deturpando de forma canhestra o que está sendo defendido, e atacou duramente os militantes do seu próprio partido. A entrevista causou revolta entre os petistas e muitos - inclusive alguns dirigentes partidários - já exigem sua imediata exoneração do governo.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Paulo Bernardo se rende à Veja
Faustão e o crime da Globo
Em pleno domingo (23), o apresentador Fausto Silva decidiu utilizar uma concessão pública de televisão, a TV Globo, para fazer proselitismo político, atiçar os protestos de rua e ainda tentar pautar os movimentos juvenis. "Muitas vezes eu ouvia falar que o jovem brasileiro fica na internet, o jovem brasileiro é alienado… Alienado é o cacete!", afirmou a estrela global, em clima de comício. Para ele, as mobilizações devem prosseguir, principalmente "contra a corrupção", e devem incidir inclusive nas eleições do próximo ano.
A hora e a vez dos trabalhadores
Por Altamiro Borges
Nesta terça-feira (25), as centrais sindicais brasileiras realizam reunião unitária para discutir o atual quadro político. Há certo consenso de que os recentes protestos no país, deflagrados a partir da luta pela redução da tarifa de transporte, expressam um anseio de mudanças da sociedade. As centrais, porém, estão atentas à atuação dos grupos de direita, que tentam se aproveitar das mobilizações para impor as suas bandeiras conservadoras. Elas rejeitam a postura fascista destes grupos, que agridem partidos de esquerda e entidades populares que sempre estiveram ao lado da juventude na luta por transformações profundas no país.
As cinco bandeiras da UNE
Por Altamiro Borges
A União Nacional dos Estudantes (UNE), que desde o início participa dos protestos pela redução da tarifa dos transportes, divulgou uma nota hoje (24) propondo a continuidade das mobilizações juvenis em todo o Brasil. Em contraponto às forças políticas e midiáticas que tentam pegar carona no movimento, impondo as suas pautas conservadoras e até fascistas, a respeitada entidade dos universitários brasileiros propõem cinco bandeiras para fazer avançar a luta por mudanças no país. A síntese da UNE é bastante a
vançada e permite aglutinar um amplo leque de forças progressistas, rechaçando as manobras golpistas. São elas:
A União Nacional dos Estudantes (UNE), que desde o início participa dos protestos pela redução da tarifa dos transportes, divulgou uma nota hoje (24) propondo a continuidade das mobilizações juvenis em todo o Brasil. Em contraponto às forças políticas e midiáticas que tentam pegar carona no movimento, impondo as suas pautas conservadoras e até fascistas, a respeitada entidade dos universitários brasileiros propõem cinco bandeiras para fazer avançar a luta por mudanças no país. A síntese da UNE é bastante a
vançada e permite aglutinar um amplo leque de forças progressistas, rechaçando as manobras golpistas. São elas:
Os bairros da periferia se movimentam
Por Altamiro Borges
A tentativa da direita de pegar carona nos protestos de rua para impor sua pauta conservadora está gerando reações em vários cantos do país. Dezenas de reuniões ocorreram nos últimos dias, agregando milhares de lutadores sociais, para definir os caminhos da resistência e a plataforma das mudanças progressistas. Aos poucos, o movimento popular se refaz do susto e mostra a sua vitalidade. Neste esforço, chamam atenção as movimentações nos bairros da periferia de São Paulo. Na sexta-feira (21), cerca de cem lideranças comunitárias e militantes de coletivos culturais se reuniram no fundão da zona sul da capital paulista.
A tentativa da direita de pegar carona nos protestos de rua para impor sua pauta conservadora está gerando reações em vários cantos do país. Dezenas de reuniões ocorreram nos últimos dias, agregando milhares de lutadores sociais, para definir os caminhos da resistência e a plataforma das mudanças progressistas. Aos poucos, o movimento popular se refaz do susto e mostra a sua vitalidade. Neste esforço, chamam atenção as movimentações nos bairros da periferia de São Paulo. Na sexta-feira (21), cerca de cem lideranças comunitárias e militantes de coletivos culturais se reuniram no fundão da zona sul da capital paulista.
Velha mídia dá tiro no próprio pé
http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
Entre mortos e feridos, a mídia golpista brasileira foi quem mais perdeu com as manifestações das últimas semanas. Sua perda tem a ver com a credibilidade que tinha, isto é, se ainda tinha alguma. Sua campanha frenética em nada alterou ou vai alterar a conjuntura política e eleitoral de 2014. Eu diria, sem medo de errar, deu um tiro de bazuca no próprio pé.
domingo, 23 de junho de 2013
PT e governo precisam de uma faxina
Por Breno Altman, no sítio Carta Maior:
Se a vontade política da presidente Dilma Rousseff e seu partido for realmente enfrentar a onda reacionária que tenta controlar as ruas, há uma lição de casa a ser feita. O PT e o governo precisam se livrar da quinta-coluna, que representa interesses alheios à esquerda e aos setores populares.
Se a vontade política da presidente Dilma Rousseff e seu partido for realmente enfrentar a onda reacionária que tenta controlar as ruas, há uma lição de casa a ser feita. O PT e o governo precisam se livrar da quinta-coluna, que representa interesses alheios à esquerda e aos setores populares.
Sobre esses loucos dias
Por Victor Sá, no blog Victorsas:
É um momento confuso e único, sem dúvidas. Sem o distanciamento histórico necessário, contamos apenas com instinto e experiência. Por ir às ruas desde os 13 anos de idade (lá, contra ALCA, anti-globalização) e acompanhar o MPL, desde o início, primeiro com o movimento estudantil, mais tarde como jornalista, me sinto seguro em palpitar sobre o que está acontecendo.
O fator Joaquim Barbosa em 2014
pigimprensagolpista.blogspot.com.br |
O que significa Joaquim Barbosa como o preferido dos manifestantes de São Paulo segundo um levantamento do Datafolha?
Essencialmente, uma coisa: os protestos do MPL, quando foi realizada a pesquisa, já tinham sido usurpados pela direita.
Essencialmente, uma coisa: os protestos do MPL, quando foi realizada a pesquisa, já tinham sido usurpados pela direita.
O lugar da presidenta Dilma
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Observadores variados descobriram uma melodia única para avaliar o pronunciamento de Dilma Rousseff, ontem, quando a presidente falou sobre os protestos e a baderna.
Eles cobram novidades – sem dizer quais – e reclamam medidas espetaculares – sem dizer o que teriam em mente.
Observadores variados descobriram uma melodia única para avaliar o pronunciamento de Dilma Rousseff, ontem, quando a presidente falou sobre os protestos e a baderna.
Eles cobram novidades – sem dizer quais – e reclamam medidas espetaculares – sem dizer o que teriam em mente.
Facebook e Twitter foram às ruas
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:
Os atos contra o aumento nas tarifas dos ônibus trouxeram centenas de milhares às ruas. Que defendiam a ideia e discordavam da violência com a qual manifestantes e jornalistas haviam sido espancados e presos pela Polícia Militar. Uma massa heterogênea, descontente, sob um guarda-chuva de uma pauta bastante concreta e objetiva. Que foi atendida.
Carta aberta à presidenta Dilma
Do sítio da Adital:
São Paulo, 19 de junho de 2013
Cara Presidenta,
O Brasil presenciou nesta semana mobilizações que ocorreram em 15 capitais e centenas cidades. Concordamos com suas declarações que afirmam a importância para a democracia brasileira dessas mobilizações, cientes que as mudanças necessárias ao país passarão pela mobilização popular.
São Paulo, 19 de junho de 2013
Cara Presidenta,
O Brasil presenciou nesta semana mobilizações que ocorreram em 15 capitais e centenas cidades. Concordamos com suas declarações que afirmam a importância para a democracia brasileira dessas mobilizações, cientes que as mudanças necessárias ao país passarão pela mobilização popular.
Os ovos da serpente!
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O MPL, por conta de sua pluralidade, da justeza da causa, de seu compromisso com a transformação social no Brasil, sua ousadia e coragem, tem o apoio dos movimentos sociais brasileiros, da população no geral.
Vale um brinde ao MPL pela histórica vitória da redução das tarifas (“Não são só 20 centavos!”) de trens, metrôs e ônibus em muitas cidades no Brasil.
Na humildade, cabe registrar, muitos cidadãos e cidadãs deram a cara à tapa por essa causa e foram as ruas atrás desta conquista. Porém, não nos entorpeçamos e como num embalo midiático do tipo “Pra Frente Brasil”, típico da ditadura militar, não fiquemos reféns e cegos frente a um fato alarmante, que passo a acusar.
Multidão sequestrada por fascistas
Por Marco Aurélio Weissheimer, no blog RS Urgente:
O que começou como uma grande mobilização social contra o aumento das passagens de ônibus e em defesa de um transporte público de qualidade está descambando a olhos vistos para um experimento social incontrolável com características fascistas que não podem mais ser desprezadas. A quem interessa uma massa disforme na rua, “contra tudo o que está aí”, sem representantes, que diz não ter direção, em confronto permanente com a polícia, infiltrada por grupos interessados em promover quebradeiras, saques, ataques a prédios públicos e privados, ataques contra sedes de partidos políticos e a militantes de partidos, sindicatos e outros movimentos sociais? Certamente não interessa à ainda frágil e imperfeita democracia brasileira. Frágil e imperfeita, mas uma democracia. Neste momento, não é demasiado lembrar o que isso significa.
As massas e as ruas
http://www.pirikart.com.br |
A máscara de Guy Fawkes, o conspirador católico inglês que queria atear fogo ao Parlamento, no início do século 17, tem sido usada, por equívoco, pelos manifestantes de nossos dias. Embora hoje símbolo do grupo Anonymous e tendo aparecido como ponto comum em manifestações em todo o mundo, o malogrado rebelde, que, semienforcado e, ainda consciente, teve sua genitália cortada antes de ser eventrado e suas vísceras fervidas, para então ser esquartejado, sabia o que desejava.
Não há democracia sem partidos
Por Marcelo Semer, no blog Sem Juízo:
Poucas pessoas podem arriscar dizer hoje que consequências as manifestações de rua terão para o futuro da democracia brasileira.
Há quem comemore o prenúncio de uma democracia direta, cobrindo o visível déficit de legitimidade da política representativa.
Há quem receie o abandono dos partidos, como um campo livre para aventureiros de todos os gêneros.
Poucas pessoas podem arriscar dizer hoje que consequências as manifestações de rua terão para o futuro da democracia brasileira.
Há quem comemore o prenúncio de uma democracia direta, cobrindo o visível déficit de legitimidade da política representativa.
Há quem receie o abandono dos partidos, como um campo livre para aventureiros de todos os gêneros.
Às ruas contra o partido da mídia
Editorial da revista Fórum:
O pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff, ontem, apontou para muitas direções. Mas foi uma das raras vezes em que alguns temas essenciais para o país foram abordados em discursos oficiais da atual mandatária, como a reforma política e a necessidade de diálogo com os movimentos sociais. Estes que, até agora, tiveram um tratamento mais do que distante por parte do governo.
O pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff, ontem, apontou para muitas direções. Mas foi uma das raras vezes em que alguns temas essenciais para o país foram abordados em discursos oficiais da atual mandatária, como a reforma política e a necessidade de diálogo com os movimentos sociais. Estes que, até agora, tiveram um tratamento mais do que distante por parte do governo.
Reflexões de um novo tempo
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
Junto aos destroços nas ruas, vê-se também os sustos amainados, as paranóias arrefecidas. Uma sensação de ressaca junto ao gosto doce-amargo de lembranças estranhas. Transformações importantes aconteceram no imaginário popular. A classe política amanheceu com um baita olho roxo e os músculos doloridos das pancadas que levou das multidões.
Junto aos destroços nas ruas, vê-se também os sustos amainados, as paranóias arrefecidas. Uma sensação de ressaca junto ao gosto doce-amargo de lembranças estranhas. Transformações importantes aconteceram no imaginário popular. A classe política amanheceu com um baita olho roxo e os músculos doloridos das pancadas que levou das multidões.
Esquerdas se unem por agenda ampla
Por Mariana Viel, no sítio Vermelho:
Em busca da consolidação de uma unidade ampla, partidos de esquerda e entidades sindicais e representantes de movimentos sociais se reuniram na noite desta sexta-feira (21), em São Paulo. Examinaram a conjuntura marcada pelas manifestações das duas últimas semanas e deram passos para unificar uma agenda de lutas.
Em busca da consolidação de uma unidade ampla, partidos de esquerda e entidades sindicais e representantes de movimentos sociais se reuniram na noite desta sexta-feira (21), em São Paulo. Examinaram a conjuntura marcada pelas manifestações das duas últimas semanas e deram passos para unificar uma agenda de lutas.
sábado, 22 de junho de 2013
Quem comanda os arruaceiros?
http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br |
A primeira coisa que quero dizer é que não acredito na possibilidade de estarem tramando um golpe militar no Brasil. Não sou ingênua de ignorar que muita gente gostaria que isso acontecesse, mas não acho que isso seja possível. Apesar dos saudosos da ditadura, a democracia em nosso país está consolidada, tenho certeza. Minha preocupação neste momento é que existam interessados em desestabilizar a nação, o que seria quase tão dramático quanto um golpe. E infelizmente não estou certa se, como querem os meios de comunicação, os arruaceiros sejam uma “minoria” dentro das manifestações legítimas que ocorrem em várias capitais nas últimas semanas. Também tenho dúvidas de que estejam atuando de forma desorganizada, sem atender a um comando.
Avançar para derrotar a direita
Por Marcos Aurélio Ruy, no sítio da UJS:
As manifestações que se iniciaram no país contra os aumentos das passagens no transporte coletivo ganharam dimensões gigantescas. Nisso a direita, através de seu partido o Partido da Imprensa Golpista (PIG), viu a oportunidade de conturbar o ambiente e atacar a presidenta Dilma na clara tentativa de insuflar uma rebelião de consequências totalmente obscuras.
As manifestações que se iniciaram no país contra os aumentos das passagens no transporte coletivo ganharam dimensões gigantescas. Nisso a direita, através de seu partido o Partido da Imprensa Golpista (PIG), viu a oportunidade de conturbar o ambiente e atacar a presidenta Dilma na clara tentativa de insuflar uma rebelião de consequências totalmente obscuras.
O que fez a Globo tremer?
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Ontem, ouvindo os apresentadores do Jornal Nacional, eu escrevi aqui Atenção: a Globo virou o fio!
Algo fez o Império recuar na verdadeira campanha de propaganda pró-manifestaçôes que vinha fazendo.
Fosse ou não essa a intenção dos manifestantes, a Globo farejou logo que ali estava uma arma contra o Governo Dilma-Lula.
Era um “mensalão” com povo.
Ontem, ouvindo os apresentadores do Jornal Nacional, eu escrevi aqui Atenção: a Globo virou o fio!
Algo fez o Império recuar na verdadeira campanha de propaganda pró-manifestaçôes que vinha fazendo.
Fosse ou não essa a intenção dos manifestantes, a Globo farejou logo que ali estava uma arma contra o Governo Dilma-Lula.
Era um “mensalão” com povo.
Muito além dos centavos
Marcelo Camargo/ABr |
Dilma precisa avançar e criar nova agenda inspirada, inclusive, em certas reivindicações de um movimento social confuso e errático.
O veto ao aumento das passagens nos transportes urbanos, estopim do movimento que se alastrou de São Paulo para outros pontos do País, foi atendido. Esse sucesso inicial pode ter impacto na mobilização e deixá-lo, por outro lado, numa encruzilhada. Avançamos ou nos retiramos?
A TV organiza as massas
http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
A TV, chamada de “Príncipe Eletrônico” pelo sociólogo Octavio Ianni, está conduzindo as massas pelas ruas brasileiras. À internet coube o papel de convocar, à TV de conduzir.
Ao perceber que o movimento não tinha direção e poderia assumir bandeiras progressistas, as emissoras de TV, com a Globo à frente, passaram a conduzi-lo.
Direita também disputa ruas e urnas
Marcelo Camargo/ABr |
Quem militou ou estudou os acontecimentos anteriores ao golpe de 1964 sabe muito bem que a direita é capaz de combinar todas as formas de luta. Conhece, também, a diferença entre “organizações sociais” e “movimentos sociais”, sendo que os movimentos muitas vezes podem ser explosivos e espontâneos.
Já a geração que cresceu com o Partido dos Trabalhadores acostumou-se a outra situação. Nos anos 1980 e 1990, a esquerda ganhava nas ruas, enquanto a direita vencia nas urnas. E a partir de 2002, a esquerda passou a ganhar nas urnas, chegando muitas vezes a deixar as ruas para a oposição de esquerda.
A tarefa mais urgente
Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:
Não há nada mais precioso na vida de uma Nação do que o momento em que o poder se define nas ruas.
Assegurar que ele seja um poder democrático é a tarefa mais urgente no Brasil nos dias que correm.
Dilma consegue decifrar o enigma
Por Luis Nassif, em seu blog:
O discurso da presidente Dilma Rousseff captou perfeitamente o momento histórico, através dos principais fatores que emergiram das manifestações:
1- A vontade de participar da moçada e da população e o anacronismo do aparato institucional.
O discurso da presidente Dilma Rousseff captou perfeitamente o momento histórico, através dos principais fatores que emergiram das manifestações:
1- A vontade de participar da moçada e da população e o anacronismo do aparato institucional.
2- A separação nítida entre os anseios legítimos e os aproveitadores.
3- O fato de, a partir de agora, o cidadão passar a ser o centro das políticas públicas, e não mais os poderes econômicos.
4- A necessidade de um pacto entre União, estados e municípios para melhoria da mobilidade urbana e dos serviços públicos.
Ações para desestabilizar a democracia
http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
As manifestações de ontem uniram a violência de pequenos grupos - não tão pequenos assim, basta assistir as cenas de Brasília e de outras oito capitais - organizados ou não, pouco interessa, com a adesão de uma minoria que tenta desestabilizar a democracia.
Entre democracia e fascismo
http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
O movimento de caráter semi-insurrecional que vemos no país de hoje exige uma reflexão cuidadosa.
Começou como uma luta justíssima pela redução de tarifas de ônibus.
Auxiliada pela postura irredutível das autoridades e pela brutalidade policial, esta mobilização transformou-se numa luta nacional pela democracia.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Globo derruba a grade. É o golpe!
Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:
As agressões na Avenida Paulista
Marcelo Camargo/ABr |
Os militantes de partidos de esquerda que foram à avenida Paulista nesta quarta-feira — e se identificaram com suas bandeiras — foram seguidos continuamente por um grupo considerável de manifestantes aos gritos de “sem partido”. Houve empurra-empurra, troca de insultos, agressões físicas e a tomada de bandeiras vermelhas, que eram em seguida queimadas. Isso aconteceu até mesmo com bandeiras do PSTU, cujos militantes gritavam palavras de ordem contra o governo Dilma durante a passeata.
Protesto virou rebelião fascista?
Valter Campanato/ABr |
Agora o estrago está feito. Minhas paranóias iniciais, de que a coisa poderia degenerar numa espécie de rebelião descontrolada tipo Líbia, com infiltração de todo tipo de oportunistas, tornaram-se realidade. Ainda tentei sufocar minhas paranóias e acreditar um pouco no bom senso dos jovens. “Eles querem ser politizados. Tudo vai dar certo”, pensei. É legal ver os jovens indo às ruas protestar por um Brasil melhor. É a primavera da juventude. Quebrei a cara. Não apenas eu. Até a presidenta fez elogios às manifestações. Mas todas as ressalvas que fiz acabaram se tornando o ponto principal. A coisa toda virou um pesadelo golpista. Sem foco, o movimento degringolou numa revolta fascista, com jovens camisas negras espancando militantes de partidos de esquerda e gritando “ditadura já”, conforme relatos que li do que aconteceu em São Paulo.
MPL denuncia “ares fascistas” em SP
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:
A marcha em São Paulo, nesta quinta-feira (20/06), foi convocada pelo MPL (Movimento Passe Livre), para comemorar a vitória obtida – com a redução nas tarifas de ônibus e metrô. Era pra ser uma festa. Virou mais um sintoma preocupante do avanço da extrema-direita nas ruas. É o que mostra a foto acima (Portal Terra): um manifestante morde a bandeira do PT. Outras bandeiras foram queimadas. Nenhuma era de partidos de direita, como PSDB ou DEM. Não. O ódio “anti-partido” tem um sentido muito claro.
Rejeitar as manobras golpistas
Do sítio Vermelho:
Os acontecimentos da última quinta-feira (20) mostram que tendências contraditórias estão presentes na grande onda de movimentações populares em todo o país. É preciso refletir sobre elas. O movimento popular tem na experiência atual um manancial de ensinamentos para orientar-se corretamente e resguardar-se de atuar como massa de manobra da direita golpista.
Os acontecimentos da última quinta-feira (20) mostram que tendências contraditórias estão presentes na grande onda de movimentações populares em todo o país. É preciso refletir sobre elas. O movimento popular tem na experiência atual um manancial de ensinamentos para orientar-se corretamente e resguardar-se de atuar como massa de manobra da direita golpista.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Helena Chagas, demita-se!
Por Rui Martins, no sítio Direto da Redação:
Berna (Suiça) - A ministra da Comunicação Social, Helena Chagas, não previu, com sua incompetência, os riscos de financiar o monopólio da informação pela grande imprensa.
Ministra Helena Chagas, antes de tudo, quero lhe transmitir meus mais efusivos cumprimentos por sua inédita e vitoriosa campanha publicitária – nunca, digo bem, nunca, o Brasil mereceu tanto destaque na mídia internacional.
Berna (Suiça) - A ministra da Comunicação Social, Helena Chagas, não previu, com sua incompetência, os riscos de financiar o monopólio da informação pela grande imprensa.
Ministra Helena Chagas, antes de tudo, quero lhe transmitir meus mais efusivos cumprimentos por sua inédita e vitoriosa campanha publicitária – nunca, digo bem, nunca, o Brasil mereceu tanto destaque na mídia internacional.
Os fascistas querem tomar as ruas
AFP / Christophe Simon |
Cenas deploráveis foram presenciadas nas manifestações desta quinta-feira (20). Pegando carona nos atos para festejar a redução das tarifas do transporte público em várias cidades, milícias fascistas e grupos de provocadores saíram às ruas para rasgar bandeiras de partidos e agredir militantes de esquerda.
Aproveitando-se de um sentimento difuso contra a política, estimulado diariamente pela mídia oligopolizada e golpista, estas hordas espalharam o pânico. As forças democráticas da sociedade precisam rapidamente rechaçar estes atentados, que colocam em risco a democracia brasileira. É preciso alertar os mais inocentes para eles não se tornem massa de manobra dos grupos fascistas.
A Veja sob nova administração?
http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
A revista Veja parece estar sob nova administração, poucas semanas depois da morte do proprietário e editor Roberto Civita.
A capa de José Dirceu parece ter sido a última de uma era em que a revista foi, quase sempre, detestável.
O sinal de mudança está na cobertura dos protestos, primeiro no papel e depois na internet.
A capa de José Dirceu parece ter sido a última de uma era em que a revista foi, quase sempre, detestável.
O sinal de mudança está na cobertura dos protestos, primeiro no papel e depois na internet.
Transporte: Verdade e propaganda
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Confesso que só posso ficar preocupado quando ouço nossos prefeitos e governadores dizerem que o transporte vive com orçamento apertado, sem margem para cortes no preço da passagem.
E que, por esse motivo, serão obrigados, de coração partido, a cortar gastos em saúde, educação e outras áreas prioritárias.
Confesso que só posso ficar preocupado quando ouço nossos prefeitos e governadores dizerem que o transporte vive com orçamento apertado, sem margem para cortes no preço da passagem.
E que, por esse motivo, serão obrigados, de coração partido, a cortar gastos em saúde, educação e outras áreas prioritárias.
Tarifas baixam; protestos continuam
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Nem é preciso ser nenhum grande futurólogo ou cientista político para prever o que iria acontecer, depois que o povo saiu às ruas para protestar contra o aumento das tarifas do transporte coletivo, o estopim das manifestações que quase paralisaram São Paulo por duas semanas e se espalharam por todo o país. O povo demora a sair às ruas, mas, uma vez arrombadas as porteiras da inércia, o que o faria voltar para casa? As principais cidades brasileiras já baixaram as tarifas, mas o povo continua e permanecerá nas ruas, como previ no final da coluna do Balaio de quarta-feira.
Redes sociais, boatos e jornalismo
Por Sylvia Debossan Moretzsohn, no Observatório da Imprensa:
O comportamento da grande imprensa na cobertura da repressão às manifestações contra o aumento das passagens de ônibus e contra os gastos exorbitantes para a realização da Copa do Mundo no Brasil forneceu mais um estímulo a quem propõe o abandono da “velha mídia” em nome das redes sociais, apresentadas como fonte das informações verdadeiras e veiculadas sem as mediações que as deturpam ou lhes retiram a força.
Infelizmente, as coisas não são simples assim.
Infelizmente, as coisas não são simples assim.
Sai a patente, entra o genérico
Por Marco Piva
A atual onda de protestos por todo o país ainda vai render teses e mais teses durante longos anos. Para a academia, será um prato cheio. Já para os partidos políticos, não sei se terão esse tempo para refletir e se atualizar. As manifestações iniciadas timidamente por uma parcela da juventude organizada da esquerda radical em torno do aumento da tarifa do transporte público ganhou projeção nacional e internacional quando aconteceram duas coisas simultâneas: 1) a violência desproporcional da repressão policial de São Paulo; e 2) a mudança de posição da grande imprensa em relação ao movimento. Foram ações rápidas, que hoje se tornam quase imperceptíveis por conta da dimensão que os protestos alcançaram, mas que não podem ser desprezadas.
MPL debate os próximos passos
Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:
Encerrada com uma grande vitória, o cancelamento do aumento dos preços do transporte público na cidade de São Paulo, a mobilização iniciada pelo pequeno coletivo de jovens, com idade entre 20 e 25 anos, que se transformou num grande fenômeno de massas e se espraiou pelas outras capitais do país, termina com desafios maiores ainda. Apesar do grande apoio de partidos de esquerda – inclusive de setores dentro do próprio Partido dos Trabalhadores – e de movimentos sociais, o saldo da mobilização é do Movimento Passe Livre. O MPL continua o grande protagonista desta história e tem que dar respostas rápidas ao enorme contingente de jovens que colocou nas ruas (a maioria deles num primeiro ato político), para impedir a apropriação dessa energia contestadora que o movimento catalisou nas últimas semanas pela direita.
Encerrada com uma grande vitória, o cancelamento do aumento dos preços do transporte público na cidade de São Paulo, a mobilização iniciada pelo pequeno coletivo de jovens, com idade entre 20 e 25 anos, que se transformou num grande fenômeno de massas e se espraiou pelas outras capitais do país, termina com desafios maiores ainda. Apesar do grande apoio de partidos de esquerda – inclusive de setores dentro do próprio Partido dos Trabalhadores – e de movimentos sociais, o saldo da mobilização é do Movimento Passe Livre. O MPL continua o grande protagonista desta história e tem que dar respostas rápidas ao enorme contingente de jovens que colocou nas ruas (a maioria deles num primeiro ato político), para impedir a apropriação dessa energia contestadora que o movimento catalisou nas últimas semanas pela direita.
A disputa com a direita é nas ruas
Marcelo Camargo/ABr |
No final da tarde de ontem (19), lutadores pela democratização da mídia e blogueiros se reuniram com os jovens e aguerridos integrantes do Movimento Passe Livre (MPL), o principal protagonista dos protestos das duas últimas semanas que contagiaram o Brasil. Antes do início da conversa, as emissoras de televisão transmitiram ao vivo o anúncio da redução das tarifas em São Paulo feito pelo governador Geraldo Alckmin e o prefeito Fernando Haddad. O clima foi de festa - com choros e risos. Um histórica vitória da pressão das ruas.
O grande momento da cidadania
Marcelo Camargo/ABr |
Vou pegar o carro no estacionamento. O manobrista está exultante: "O Haddad e o Alckmin voltaram atrás e reduziram o preço das passagens. O povo venceu".
No elevador, desço com uma vizinha, dona de uma empresa de sistemas. Pergunto como viu a manifestação. Ela tinha ido. Comenta que a PM só atua contra manifestante e pouco contra baderneiros.
A amplitude das manifestações é inédita. É o chamado grito engasgado no ar.
Primeiras reflexões sobre os protestos
Valter Campanato/ABr |
As manifestações de junho e a mídia
http://latuffcartoons.wordpress.com/ |
Apesar da proximidade cronológica, parece razoável observar que o estopim para as manifestações populares que estão ocorrendo no país foi o aumento das tarifas do transporte coletivo e a repressão violenta da polícia (vitimando, inclusive, jornalistas no exercício de sua atividade profissional) – não só à primeira passeata realizada em São Paulo, mas também à manifestação realizada antes da abertura da Copa das Confederações, em Brasília. A partir daí, um conjunto de insatisfações que vinha sendo represado explodiu.
MPL celebra vitória e define rumos
http://latuffcartoons.wordpress.com/ |
Fomos convidados para um encontro com integrantes e apoiadores do Movimento Passe Livre (MPL), que nas últimas duas semanas protagonizaram um episódio histórico: levaram o povo de volta às ruas para reivindicar. Desde crianças a pessoas da terceira idade. Foram vítimas de repressão só comparável àquela empregada pela Polícia Militar paulista na desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos.
No meio da conversa, a notícia: o governador Alckmin e o prefeito Haddad anunciaram a redução das tarifas conforme o reivindicado pelo movimento.
Houve celebração.
Vitória mostra que vale a pena lutar
Editorial do sítio Vermelho:
O anúncio feito nesta quarta-feira (19) da redução das tarifas do transporte público de São Paulo e Rio de Janeiro é uma incontestável vitória do movimento juvenil e popular que durante quase duas semanas tomou conta do país em combativas e amplas manifestações de massas. Outras capitais - Cuiabá, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife e Vitória - já tinham anunciado a redução do valor da passagem do transporte coletivo.
O anúncio feito nesta quarta-feira (19) da redução das tarifas do transporte público de São Paulo e Rio de Janeiro é uma incontestável vitória do movimento juvenil e popular que durante quase duas semanas tomou conta do país em combativas e amplas manifestações de massas. Outras capitais - Cuiabá, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife e Vitória - já tinham anunciado a redução do valor da passagem do transporte coletivo.
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