terça-feira, 6 de janeiro de 2015

"Ajuste fiscal", vitória dos banqueiros

marciobaraldi.com.br
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Em 31 de dezembro, a Rede Brasil Atual publicou excelente entrevista em que o repórter Eduardo Maretti dialoga com o economista Luiz Gozaga Belluzzo, sobre o “ajuste fiscal” iniciado pelo governo Dilma. O texto repercutiu muito menos que merecia, por motivos previsíveis. A mídia conservadora procura apresentar o “ajuste fiscal” como uma necessidade técnica – portanto, um tema que não pode ser submetido ao debate político. Parte dos defensores de Dilma torce para o mesmo. Assusta-se com as medidas já anunciadas ou em estudos – mas prefere vê-las como um recuo temporário, uma pausa incômoda e inesperada, porém necessária para cumprir, mais adiante, o governo de “Mais Mudanças” prometido pela presidente na campanha à reeleição. Belluzzo desmonta ambas hipóteses: por isso, vale examinar seus argumentos com atenção.

O trabalhador vai pagar a conta?

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

As centrais sindicais devem se reunir com o governo, em aproximadamente três semanas, e defender a posição de que aceitam mudar regras da Previdência Social se os trabalhadores não pagarem a conta. “É importante deixar claro que tudo o que se refere a transparência, aperfeiçoamento e maior controle social não traz problemas para nós, desde que não retire direitos dos trabalhadores”, diz Carmen Helena Ferreira Foro, vice-presidente da CUT.

A luta contra os coronéis da mídia

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Previsões-2015: O declínio dos jornalões

Por Altamiro Borges

Através de um comunicado lacônico aos seus funcionários, o jornal Folha de S.Paulo informou nesta segunda-feira (5) o fechamento da sua única sucursal no interior paulista, em Ribeirão Preto, e a demissão de cinco dos seus sete jornalistas. Uma repórter só escapou do facão porque está grávida e a lei proíbe a dispensa. Segundo relato generoso do Portal Imprensa, “os dois funcionários mantidos atuarão como correspondentes da Agência Folha e as notícias sobre Ribeirão Preto e região continuarão a ser publicadas pelo jornal, mas de forma reduzida”. O site afirma que as dispensas decorrem da “queda de produção de cana-de-açúcar” na região, “o que pode ter atingido o jornal, com possível diminuição dos anunciantes”.

Para que esclarecer?

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A imprensa ainda explora o desencontro entre o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e a presidente da República, ocorrido no sábado (3/1), quando o ministro foi obrigado a desmentir declaração que havia feito na véspera sobre possíveis mudanças nas regras de reajuste do salário mínimo. A sequência do noticiário, na segunda-feira (5), coloca em contexto mais claro o suposto desentendimento, mas alguns colunistas aproveitam para levantar dúvidas sobre a autonomia dos ministros da área econômica.

O currículo da pátria educadora

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A mídia derrotada em 26 de outubro fez da posse da Presidenta Dilma Rousseff um manifesto fotográfico de revanchismo e ressentimento.

Seria só a doença infantil do conservadorismo não fosse o sinal eloquente dos dias que virão.

Acovardada diante da solenidade democrática, momentaneamente impedida de expor as garras em textos explícitos, a cobertura conservadora dedicou-se a selecionar e recortar imagens oferecendo uma angulação desairosa da cerimônia, da presidenta reeleita e, por indução, do seu legado e do seu futuro.

Até quando a mídia vai blindar Aécio?

Por Miguel do Rosário, no blog Tijolaço:

Os escândalos de Aécio tem sido sistematicamente varridos para debaixo do tapete, como aliás acontece com todo escândalo tucano.

É só aparecer um tucano na história que as rotativas, misteriosamente, param de funcionar.

Os satélites pifam.

Onde está o dinheiro da corrupção?

Por Eron Bezerra, no site Vermelho:

A lógica das sociedades capitalistas é a expropriação do alheio. A corrupção é apenas a parte não legalizada dessa prática macabra, razão pela qual as forças progressistas, de esquerda, jamais podem ser coniventes ou tolerantes com essa prática.

Toda sociedade tem seus valores, sua ética, que se constituem na sua cultura, no sentido definido por Tylor (Edward Burnett Tylor), como sendo “aquele todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade”. Cultura, portanto, tem valor histórico e de classe, ou seja, para cada período histórico e de acordo com a classe dominante esses valores culturais se alteram.

A matriz da Operação Lava Jato

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Matriz ideológica da Operação Lava Jato, com a qual o juiz Sérgio Moro investiga a Petrobras e ameaça produzir uma crise sem paralelo em nossa história política, a Operação Mãos Limpas merece mais do que um minuto de reflexão por parte dos brasileiros.

Iniciada com um flagrante forjado contra um alto funcionário do Partido Socialista Italiano, em Milão, em 1992, em dez anos a Operação Mãos Limpas investigou 6 000 pessoas e condenou 1223, entre empresários, parlamentares e dirigentes políticos. Dez acusados se suicidaram, entre eles um presidente e um diretor da ENI, a estatal italiana de petróleo, que mais tarde foi privatizada. Vinte anos depois, as vitórias contra a corrupção merecem aplauso e reconhecimento mas não permitem uma visão heróica nem romântica. Há um número considerável de perguntas que precisam de respostas.

Kátia Abreu e a força do latifúndio

Por Igor Felippe, no blog Escrevinhador:

A nova ministra da Agricultura, a senadora Kátia Abreu (PMDB), disse em sua primeira entrevista depois da nomeação que não existe mais latifúndio no Brasil, concedida a Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo (leia aqui). Assim, ela sustenta que não é necessária uma reforma agrária em massa.

Não é o que diz o cadastro de imóveis do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), levantados a partir da auto-declaração (vejam, auto-declaração) dos proprietários de terras entre 2003 e 2010.

A obsessão da mídia com o "ajuste"

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O amigo navegante deve ter percebido que o PiG e seus urubólogos só pensam naquilo: no “ajuste”.

Todas as manchetes, as “análises”, entrevistas só tratam do “ajuste” – quer dizer, quando não tratam da elegância da Presidenta na posse.

Percebe-se o subterrâneo desejo de transformar o Ministro Levy num Cavalo de Troia do PSDB.

O três em um do Lula no Guarujá

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Se você falar num “três em um” numa rodinha de jovens muitos vão fazer cara de paisagem. É o mesmo que falar em óleo de fígado de bacalhau, DKV ou Olivetti.

Em 1989 ter um “três em um” em casa era símbolo de status. Especialmente aqueles que vinham acompanhados de grandes caixas de som. Vitrola, toca-fitas e rádio, tudo num mesmo aparelho!

O latifúndio e o país de Kátia Abreu

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

A ministra Kátia Abreu, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Dilma Rousseff, poderia consultar o capítulo sobre os Povos Indígenas no relatório final da Comissão Nacional da Verdade, lançado em dezembro, para perceber que não foram os indígenas que “saíram da floresta e passaram a descer nas áreas de produção”, como ela afirmou em entrevista à Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

O novo boato sobre saúde de Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O nome do “artista” é Leandro Mazzini, que se diz “jornalista, escritor e pós-graduado em Ciência Política pela UnB”. O sujeito edita uma tal de “coluna esplanada” no portal UOL. Neste domingo (4/1), esse indivíduo publicou nota fantasiosa sobre metástase que Lula teria sofrido e que lhe teria lhe atingido o pâncreas.

Operação Lava Jato vai marcar 2015

Por Fabio Serapião, na revista CartaCapital:

As denúncias contra Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, e Fernando Baiano, apontado como lobista a serviço do PMDB, encerraram os trabalhos da Operação Lava Jato este ano. A nova leva de arrolados pelo Ministério Público, composta basicamente de políticos envolvidos no escândalo, deve começar a pipocar em fevereiro, conforme deu a entender Rodrigo Janot, procurador-geral da República. O primeiro trimestre de 2015 assistirá, portanto, à fase mais aguda de uma investigação iniciada em 2008, a partir de um pequeno caso em Londrina, no Paraná.

Berzoini vira alvo da mídia e da direita

Por Renato Rovai, em seu blog:

Em todo começo de governo a oposição e a mídia escolhem um alvo para impor alguma derrota ao governo. Isso acontece repetidamente desde 2003. Não tem essa de lua de mel com governo petista. É porrada da cintura para baixo desde o primeiro dia.

Dessa vez a mídia e a oposição, que saiu fortalecida da disputa eleitoral, ainda contam com o deputado federal pelo PMDB do Rio de Janeiro, Eduardo Cunha, que fez campanha para Aécio Neves, disputa a presidência Câmara contra o governo, mas que não abre mão de indicar gente de sua confiança para cargos importantes em estatais.

A Caixa continuará sendo a Caixa?

Por Jorge Mattoso,  no site Brasil Debate:

Colocar ações da Caixa Econômica Federal no mercado poderia ajudar o processo de ajuste fiscal de curto prazo proposto pelo novo Ministério da Fazenda. Cerca de R$ 20 bilhões seriam destinados ao Tesouro Nacional – como inicialmente aventado. Mas poderia ser mais, dependendo dos resultados de novos estudos e da efetiva proporção do banco a ser destinada às ações.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Previsões-2015: sem água e com multas!

Por Altamiro Borges

Na solenidade de posse de Geraldo Alckmin, nesta quinta-feira (1), faltou povo e sobrou bajulação dos "calunistas" da mídia chapa-branca. Sem qualquer crítica ao desgoverno estadual, eles festejaram o pré-lançamento da candidatura do grão-tucano às eleições presidenciais de 2018. A euforia, porém, não se justifica. O "picolé de chuchu" até tenta disfarçar e faz cara de sonso, mas sabe que enfrentará enormes dificuldades no seu quarto mandato. São Paulo bate recorde de roubos, enfrenta o colapso no setor do transporte e está estagnado economicamente. Mas o que mais causa pesadelos no governador é o risco de um drástico racionamento de água nos próximos meses, acompanhado de pesadas multas sobre os consumidores. Como reagirão os eleitores paulistas, tão ludibriados pela mídia tucana?

Previsões-2015: Demos chegam ao inferno

Por Altamiro Borges

Apesar da aparente valentia, a oposição demotucana ingressa em 2015 bem mais fragilizada. Além de perder pela quarta vez consecutiva a disputa presidencial, o PSDB regrediu nos governos estaduais – de oito para cinco – e estagnou na Câmara Federal. Já o DEM, que reúne a oligarquia patrimonialista e servia de apêndice dos "moderninhos" tucanos, está próximo da extinção. O cerimonial do inferno já ultima os preparativos para receber os demos – apesar das resistências do capeta.

Cora Ronai teve o que mereceu

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quando penso no caso Cora Ronai-Dilma, me ocorre o final de Breaking Bad.

“Acho que tive o que mereci”, diz a música que fecha a série, um perfeito epitáfio para Walt.

Sem autolamúrias, sem vitimização, sem lágrimas hipócritas.

Cora Ronai despejou ódio sobre Dilma ao escrever tuítes sobre a aparência dela na posse.

Retratos de um governo acuado

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Como se previa, 2015 começou tenso e árido, no cenário brasileiro. As ruas do pós-reveillon ainda estão vazias e duas polêmicas já ocupam as manchetes dos jornais, noticiários de TV e sites de notícias. Ambas colocam o governo Dilma em situação delicada. Envolvem dois novos ministros: Nelson Barbosa, do Planejamento, e Ricardo Berzoini, das Comunicações.

Ministério Público e regulação da mídia

Por Luis Nassif, no Jornal CGN:

Insuspeito de ter uma posição governista, o Ministério Público Federal - como defensor dos direitos difusos da sociedade - poderá ter papel central na regulação da mídia.

Em fevereiro de 2014, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal em São Paulo, organizou uma audiência pública relevante, para discutir o tema. Obviamente, recebeu escassa cobertura da mídia.

Os duros embates do novo Congresso

Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

Com as sessões tumultuadas por períodos de “recesso branco” por conta da Copa do Mundo e das eleições e por fortes embates entre base aliada e oposicionistas durante a votação de matérias encaminhadas pelo Executivo, o Congresso Nacional viveu um ano complicado e de baixa produtividade em 2014, mas a expectativa para 2015 é de cenário ainda mais sinuoso. A opinião é de deputados, senadores, cientistas políticos e instituições que costumeiramente analisam a produtividade e o comportamento do Legislativo brasileiro. Eles apontam variados fatores para que tanto parlamentares como o governo prevejam tempos difíceis na Câmara e no Senado a partir de fevereiro.

A mídia e a década do escândalo

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais de quarta-feira (31/12), último dia de 2014, analisam as escolhas até aqui anunciadas para a formação do governo no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Há uma tendência dos comentaristas a considerar que o futuro ministério marca uma separação formal entre a presidente reeleita e seu mentor, o ex-presidente Lula da Silva. A tese predominante considera que as escolhas de Dilma revelam que ela busca mais autonomia, mas fica isolada no partido que a elegeu.

O Brasil não é feito só de ladrões

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Inaugura-se, nesta quinta-feira, novo ano do Calendário Gregoriano, o de número 2015 após o nascimento de Jesus Cristo, 515, depois do Descobrimento, 193, da Independência, e 125, da Proclamação da República.

Tais referências cronológicas ajudam a lembrar que nem o mundo, nem o Brasil, foram feitos em um dia, e que estamos aqui como parte de longo processo histórico que flui em velocidade e forma muitíssimo diferentes daquelas que podem ser apreendidas e entendidas, no plano individual, pela maioria dos cidadãos brasileiros.

Globo desrespeita memória de Mário Lago

Por Léa Maria Aarão Reis, no site Carta Maior:

"Acredito que as palavras dela jogam luz onde queriam sombras," diz Mario Lago Filho, irmão da jornalista Graça Lago. Ela é a filha do ator Mário Lago cuja indignação, em nota redigida há cerca de dez dias, mobilizou e continua repercutindo em todo o Brasil, nas redes sociais e na mídia digital. Ela denuncia a manipulação política da TV Globo mudando “o perfil do premio” que leva, há 13 anos, o nome de seu pai, tradicionalmente uma homenagem a profissionais - atores, atrizes, compositores, cantores - do mundo da dramaturgia e do entretenimento.

Eduardo Cunha e o desespero da mídia

Por Miguel do Rosário, no blog Tijolaço:

Obrigado, excelentíssimo deputado federal Eduardo Cunha.

Vossa excelência prestou uma grande contribuição à causa da liberdade democrática.

Só que às avessas.

A derrota do pensamento único

Por Alberto Cantalice, no site Vermelho:

A vitória histórica da presidenta Dilma, em 2014, consolidando quatro mandatos das forças progressistas à frente do governo federal, deixou perplexa parte da mídia e das forças políticas situadas no campo conservador, do espectro político brasileiro.

Reação sintomática à regulação da mídia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Menos de 72 horas depois da posse de Ricardo Berzoini no Ministério das Comunicações, o esforço do governo Dilma para colocar o debate sobre a democratização da mídia na ordem do dia começa a dar os primeiros frutos.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice presidente na chapa derrotada de Aécio Neves, foi obrigado a entrar na briga. O eleitor aplaude e o país agradece. Poderá comparar opiniões e projetos diferentes e até opostos.

Sicários da Globo atiram em Berzoini

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Eduardo Cunha, que Câmara Cascudo identificaria em Pedro Malasartes, já se curvou aos pés da Globo e alvejou Berzoini.

Rapidamente, Aloysio 300 mil pulou à frente e destilou mais violência.

O seria de Aloysio 300 mil se a Fel-lha não tivesse assassinado Romeu Tuma para elege-lo Senador?

Merval adora falar mal de Dilma

ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Merval Pereira tem a tarefa de falar mal do governo. De qualquer governo trabalhista, presumo.

Faz isso com a regularidade de um gotejamento em sua longuíssima coluna n’O Globo, na CBN e na Globonews.

No diário conservador carioca, a extensão dos escritos de Merval é inversamente proporcional à lógica do conteúdo.

Faltou água na posse de Alckmin

Por Altamiro Borges

Bem diferente do tratamento negativo dado à posse de Dilma Rousseff, a mídia tucana registrou com euforia a solenidade que garantiu o quarto mandato ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Não houve contagem do número de presentes em frente ao Palácio dos Bandeirantes – até porque não havia ninguém –, nem detalhes estilísticos sobre os trajes do grão-tucano, nem cara de nojo dos “calunistas” da TV Globo. Tudo foi uma beleza. A Folha destacou nesta sexta-feira (2): “Em posse, Alckmin ensaia discurso para 2018 contra o PT”. O Estadão aplaudiu: “Alckmin cita Covas e diz que SP não vai virar as costas para o Brasil”. Nenhuma palavra sobre a gravíssima falta de água ou sobre o caos na segurança pública.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Estadão descarta Aécio, o “selvagem”

Por Altamiro Borges

A mídia tucana, concentrada em São Paulo, já começa a descartar Aécio Neves, o cambaleante mineiro. Na semana passada, “Veja” deu nota zero para o senador, o pior no ranking da revista. Nesta quinta-feira (1), o Estadão publicou artigo venenoso contra o presidenciável derrotado. Assinado por Isadora Peron, o texto é demolidor. Afirma que Aécio Neves tenta se consolidar com a imagem de líder da “oposição selvagem”, mas terá de enfrentar “adversários fortes” para se viabilizar como candidato do PSDB em 2018. O jornalão da oligarquia paulista, que no passado já disparou o petardo “pó pará, Aécio”, numa insinuação tóxica, não esconde a sua simpatia pelo governador Geraldo Alckmin. Vale conferir trechos do artigo:

Berzoini assume a regulação da mídia

Por Altamiro Borges

Ao tomar posse nesta sexta-feira (2), o novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, foi bastante enfático na defesa da democratização da mídia. Após receber o cargo do ex-ministro Paulo Bernardo, ele afirmou que dará início de imediato ao processo de discussão sobre o tema, que todos os setores interessados serão ouvidos e que ainda não há prazos definidos para apresentação de uma proposta. “É importante abrirmos um debate fraterno, transparente, para que a população brasileira e suas representações empresariais, sindicais, sociais possam discutir com profundidade e democracia o que significam as comunicações no Brasil, especialmente as que são objeto de concessão pública”, afirmou.

Pimentel fará uma “devassa” em MG?

Por Altamiro Borges

Após 12 anos de desgovernos do PSDB, o petista Fernando Pimentel foi empossado como governador de Minas Gerais nesta quinta-feira (1). Em seu pronunciamento, ele anunciou que apresentará em breve um “balanço geral” das gestões tucanas no Estado. "Não se trata de mera auditoria das contas públicas. É algo muito maior e mais importante. É uma explicitação do ponto de onde estamos partindo”. O discurso foi encarado por setores da mídia como ameaça de uma “devassa” no reinado tucano. O cambaleante Aécio Neves, duplamente derrotado na eleição de outubro – na corrida presidencial e em seu próprio Estado – deve ter tremido diante do anúncio. É algo bem pior do que o risco de um bafômetro!

Alegria e apreensão na posse de Dilma



Por Altamiro Borges

Alegria pela vitória nas urnas e apreensão diante das turbulências dos próximos quatro anos. Estes dois sentimentos estiveram presentes na posse de Dilma Rousseff nesta quinta-feira (1) – seja entre os militantes que ocuparam o gramado da Esplanada dos Ministérios, entre os convidados para a solenidade oficial no segundo andar do Palácio do Planalto ou na festa realizada do Itamaraty. Segundo o comando da Polícia Militar, cerca de 40 mil pessoas participaram das atividades na tarde de intenso calor em Brasília. Alguns veículos da imprensa jogaram as estimativas para baixo – falaram em 10 mil participantes –, numa cobertura “jornalística” nitidamente negativista, baseada em futricas e intrigas. Mas a festa foi bonita e deve ter irritado o cambaleante Aécio Neves, os mais hidrófobos da oposição demotucana e da mídia golpista e os fascistas que rosnam pelo impeachment da presidenta e pela volta dos militares ao poder.

O império e a legitimação da tortura

latuffcartoons.wordpress.com
Por Atilio Boron, no site português O Diário:

A publicação do Relatório do Comité de Inteligência do Senado dos Estados Unidos dado a conhecer há dias descreve de forma minuciosa as diferentes “técnicas de interrogatório” utilizadas pela CIA para extrair informação relevante na luta contra o terrorismo. O que foi tornado público é apenas um resumo, de umas 500 páginas, de um estudo que contém umas 6.700 e cuja primeira e rápida leitura produz uma sensação de horror, indignação e repugnância como poucas vezes experimentou quem escreve estas linhas. [1] 

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Jornalismo futriqueiro na posse de Dilma

Por Claudio Luís de Souza, no blog Viomundo:

1 e 2 de janeiro ficarão marcados em nosso calendário como os Dias Nacionais de Velório e Enterro do Jornalismo Político na TV e no Papel.

A cobertura da posse de Dilma na Globo News, em tese a CNN brasileira (sorry, mas deveria ser, né), chegou a me provocar náuseas literais.

A posse segundo os colunistas da mídia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O médium Merval Pereira intuiu, há poucos dias, que Dilma chorou. Freud baixou em Merval e comunicou que se tratava de depressão.

Dilma, de fato, tinha todos os motivos para chorar. O maior deles é que ela acabou de se reeleger presidente da República, com 54 milhões de votos.

À depressão de Dilma opõe-se o entusiasmo frenético que tomou conta de Aécio Neves depois de perder o Brasil e Minas.

A democracia começa na Grécia

Por Nuno Ramos de Almeida, no site Outras Palavras:

Talvez 2015 - um ano que promete tudo, menos pasmaceira - tenha começado antecipadamente nesta quarta-feira, 29/12. Fracassou uma manobra do primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, para assegurar seu próprio mandato até 2016. Como resultado, haverá eleições parlamentares antecipadas em 25/1. Segundo as pesquisas, a Syriza — Frente de Esquerda Radical - é favorita para formar novo governo. Seu principal líder, Alexis Tsipras, declarou, minutos depois: “uma página foi virada. Em pouco tempo, as políticas de ‘austeridade’ impostas ao país farão parte do passado”. São, em dose mais radical, o mesmo que Joaquim Levy, o ministro da Fazenda escolhido por Dilma Roussef, quer impor ao Brasil, também a partir de 2015…

A pá de cal na carreira de Aécio

Ilustração: Marcio Baraldi
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A carreira política de Aécio Neves - ou ao menos suas pretensões de voltar a se candidatar à presidência da República - terminará nos próximos dias.

Sua declaração recente, apresentando o governador de São Paulo Geraldo Alckmin como o próximo candidato do PSDB, foi mais que um gesto de elegância: respondeu a uma avaliação realista do que o espera pela frente.

Dilma mandou recados nas entrelinhas

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

Durante os 43 minutos do seu pronunciamento na cerimônia de posse, no Congresso Nacional, Dilma Rousseff proferiu um discurso tido como genérico, mas que, para muitos políticos presentes, mandou vários recados nas entrelinhas. Mesmo sem mencionar nomes, a presidenta fez referências implícitas à militância do PT, aos aliados do ex-governador pernambucano Eduardo Campos (filiados ao PSB), aos que apoiaram a ex-ministra Marina Silva e à oposição que hoje bate forte no governo. Além disso, citou o Congresso e os manifestantes que foram às ruas pedir mudanças no país.

A posse e a cobertura reciclada


Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os principais jornais do país capricham na cobertura da cerimônia de posse da presidente da República, Dilma Rousseff, em seu segundo mandato. A reinauguração do governo petista mereceu nas edições de sexta-feira (2/1) um pouco mais de volume e densidade noticiosa do que a primeira posse de Dilma, em janeiro de 2011.

Um resumo da posse de Dilma

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Maíra Streit, na revista Fórum:

O primeiro dia do ano foi marcado pela posse da presidenta reeleita Dilma Rousseff. De acordo com informações da Polícia Militar do Distrito Federal, cerca de 40 mil pessoas compareceram ao evento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O número representa 10 mil participantes a mais do que na primeira posse da petista, em 2011.

Os desafios do segundo mandato de Dilma

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Antônio Lassance, no site Carta Maior:

"Uma pessoa nunca se banha duas vezes no mesmo rio. Da segunda vez, já não será a mesma pessoa, nem o mesmo rio" (Heráclito de Éfeso).

A presidenta que tomou posse para o segundo mandato já não é mais a mesma pessoa e não está mais no mesmo Brasil de quatro anos atrás.

Discurso de Dilma inspira confiança

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Reproduzo, porque é histórico, o discurso de Dilma Rousseff em sua posse, no Congresso.

Afirmação e reafirmação dos compromissos assumidos não apenas durante a campanha, mas por toda a vida de uma mulher a quem os mais agudos críticos não podem negar coragem, valor e honradez pessoais e coerência.

Uma vida, como disse ela, de quem tem “um coração valente que não tem medo da luta”.

O juramento da presidenta Dilma

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Editorial do site Vermelho:

Com a solenidade própria da organização do Poder Nacional de um país democrático e em ambiente de alegria e entusiasmo popular correspondente ao sentimento de mais uma vitória conquistada na longa caminhada pela edificação de uma nação soberana, progressista e apanágio da justiça social, a presidenta Dilma Rousseff foi empossada na Presidência da República para mais um mandato de quatro anos.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Encruzilhada petista e o triplo desafio

Por Breno Altman, em seu blog:

Os partidos políticos, na tradição conservadora brasileira, dificilmente passam de máquinas ou legendas eleitorais, cuja vinculação com o Estado é ditada pela relação de troca, entre apoio parlamentar aos governantes que elege e condições de reprodução, tanto políticas quanto materiais, para as próprias agremiações e seus chefes.

Eduardo Galeano e o direito ao delírio

Medidas amargas contra o trabalhador

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

Com o intuito de garantir as metas fiscais o governo adotou medidas amargas contra a classe trabalhadora. No encontro agendado de ultima hora na segunda-feira, 29, que contou com a presença dos ministros Mercadante, Berzoine e Manoel Dias, foram anunciadas medidas tomadas pelo governo através de MP que, em parte, rompem com a afirmação da presidenta Dilma de que não alteraria a legislação trabalhista nem que a "vaca tussa".