quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Se a Lava Jato fosse para valer…

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:


A imagem que encima este texto vale por um tratado sobre política, mas, para os que têm dificuldade em enxergar realidade como ela é e não como a mídia mafiosa pinta, vamos desenhar a situação.

Todos deveríamos estar exultantes com a Operação Lava Jato e com as condenações de políticos importantes pelo Supremo Tribunal Federal, Corte que, até que o PT chegasse ao poder, jamais condenara político algum à prisão.

O que desejo para o Brasil em 2016

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Que Dilma Rousseff FIQUE e Eduardo Cunha SAIA.

Que o governo MELHORE para o lado que tem de melhorar, não para o lado que a direita quer que “melhore”.

Que NÃO FALTE coragem a Dilma e que ela seja mais capaz de OUVIR.

Que Aécio CRESÇA e aprenda a digerir derrotas.

As 20 furadas épicas da mídia em 2015

Por Pedro Zambarda, no blog Diário do Centro do Mundo:

Crise política, abertura de impeachment, pauta reacionária de Eduardo Cunha no Congresso, retração do PIB, voos de Aécio Neves com celebridades e figurões da imprensa, corrupção na Sabesp, Lava Jato, assunto não faltou em 2015. Mesmo assim, o jornalismo conseguiu furos que se provaram enormes furadas, além de teses catastróficas que não se provaram verdadeiras.

No dever de informar, a mídia brasileira dominou a arte de prever acontecimentos sem embasamento, prestando um desserviço aos seus leitores. Selecionamos as maiores furadas e profecias erradas publicadas neste ano.

1. As capas da Veja tentando colocar Lula na cadeia



2015, o ano que não aconteceu

Por Vinicius Wu, na revista Fórum:

Se os brasileiros se habituaram a chamar os anos oitenta de “a década perdida”, nada mais justo do que, doravante, lembrarmos de 2015 como “o ano perdido”. Seria a melhor síntese do que vivemos nos últimos doze meses. Afinal, pelo menos do ponto de vista político, o ano que se encerra não passou de uma caricata extensão de 2014.

A polarização política e o resultado apertado nas últimas eleições presidenciais foram o ponto de partida para que a oposição assumisse, deliberadamente, uma postura de relativização, ou mesmo questionamento, do resultado das urnas. Não houve a tradicional trégua dos meses iniciais de governo e os principais partidos políticos seguiram em clima de campanha, bloqueando acordos e mediações indispensáveis ao enfrentamento da atual crise econômica.

Aumentar o salário mínimo é ruim?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O salário mínimo nacional passa a ser de R$ 880,00 a partir desta sexta (1). São 92 jujubas a mais do que os R$ 788,00 válidos até agora, ou seja, um aumento de 11,7%.

A política de valorização do mínimo, um cálculo que considera a inflação e a variação do PIB, levou a um aumento no seu poder de compra. Em 1995, adquiria-se uma cesta básica com o mínimo. Hoje, 2,14 cestas de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese). Esse valor representa um aumento real de 77,53% (descontada a inflação) desde 2002.

O Brasil enfrentou a direita elitista

Editorial do site Vermelho:

A direita e a oposição neoliberal – ultraliberal, melhor dizendo – fizeram de 2015 uma extensão de 2014. O consórcio direitista, nele incluído grande parte dos meios de comunicação, não aceita a derrota sofrida na eleição presidencial e buscou, ao longo do ano, um atalho para o poder.

A tentativa insana de romper a legalidade constitucional foi o roteiro seguido pela direita em 2015.

A ilegalidade de suas pretensões incluiu o golpismo do impeachment embora não haja crime de responsabilidade cometido pela presidenta Dilma Rousseff. Ou a proposta desesperada de anulação da eleição pelo TSE, mesmo depois deste tribunal já haver aprovado as contas de campanha de Dilma, e convocação de novo pleito.

Salário mínimo e a melhora da economia

Por Renato Rovai, em seu blog:

O aumento do salário mínimo de 788 para 880 reais tem um potencial de estimulo à economia que parece ainda não estar sendo devidamente considerado por analistas econômicos. Mas para que isso aconteça o governo vai precisar jogar duro com a inflação para preservar esses 11,6% que virão agora para 45 milhões de brasileiros, que na prática apenas recuperam o que foi perdido, e buscar agir rapidamente para impedir o crescimento do desemprego.

A tentativa de golpe nas manchetes de 2015

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:


Em tempos de midiatização da vida pública e de domínio dos meios de comunicação, não apenas o conteúdo divulgado, mas, sobretudo, o modo de apresentação das notícias desempenha um papel crucial na formação da opinião do leitor. Neste 2015, ano em que a onda conservadora subiu a crista e ameaçou direitos e conquistas sociais, obtidas a duras penas, é imperativa uma análise da narrativa disseminada no país pelo oligopólio midiático.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Aécio Neves nega propina... e bafômetro

Por Altamiro Borges

O cambaleante Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, ficou colérico com a reportagem da Folha desta quarta-feira (30) que aponta que ele teria garfado R$ 300 mil em propina de um diretor da UTC, uma das empreiteiras envolvidas nas denúncias de corrupção na Petrobras pela Operação Lava-Jato. O tucano sequer agradeceu à famiglia Frias, que evitou dar manchete à suspeita e dedicou somente uma nota de rodapé na capa do jornal - o que já indica que o caso logo será abafado. Em sua página no Facebook, o falso moralista, que vive rosnando contra a "organização criminosa do PT", condena "essa absurda e irresponsável citação do nome do senador, sem nenhum tipo de comprovação".

O "rolezinho" em apoio a Chico Buarque

Por Altamiro Borges

Num ato irreverente e animado, convocado por seus admiradores pelo Facebook, centenas de pessoas se reuniram na noite desta terça-feira (29) em um bar do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, para manifestar solidariedade ao cantor, compositor e escritor Chico Buarque. Foi a resposta aos playboys fascistoites - herdeiros de empresários e ruralistas sem moral -, que na semana passada hostilizaram o artista quando ele saia de um restaurante no mesmo bairro, xingando-o de "seu merda", "PT bandido" e outros adjetivos próprios dos midiotas. Segundo relato bem acanhado do G1, o portal de notícias da Globo, "o happy hour foi embalado pelo tom político e por músicas do cantor".

Como barrar o conservadorismo no Congresso

Por Bruno Pavan e José Coutinho Júnior, no jornal Brasil de Fato:

O cenário político brasileiro e os fatos diários do Congresso Nacional têm superado qualquer trama de novela. Impeachment, manobras políticas, aliados que se tornam inimigos, e vice-versa, estão no cotidiano do noticiário.

Para analisar a conjuntura atual, o Brasil de Fato entrevistou três deputados que fazem oposição aos retrocessos no Congresso: Ivan Valente (PSOL), Jandira Feghali (PCdoB) e Wadih Damous (PT).

Dilma comete erro suicida na Previdência

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A experiência política ensina que todo governo comete erros graves, que representam algo mais que o trivial tiro no pé. Mas há erros ainda piores, de caráter suicida.

Este é o caso da tentativa do Planalto de trazer de volta o debate da reforma da Previdência.

Não vamos entrar na discussão sobre a necessidade ou não de se modificar as regras da previdência pública, sobre as contas, a demografia e todo um blá-blá-blá que tem a idade do Consenso de Washington.

Economia e o eterno retorno do mesmo

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Os países ditos emergentes sofrem, ainda uma vez, as angústias que antecedem a elevação da taxa de juros básica nos Estados Unidos e padecem os temores das mudanças de humor dos fluxos de capitais. No início da década dos 1990, o Fundo Monetário e o Banco Mundial garantiam que a abertura e a desregulamentação financeiras promoveriam a suavização das flutuações da renda e do consumo nos países da periferia.

Propina de R$ 300 mil para Aécio? E agora?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Folha fez o possível.

Colocou a chamada lá no cantinho de baixo, bem pequenina.

Mas não adianta.

A reportagem de Rubens Valente é avassaladora.

Zelotes se vendeu para a Globo?

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

É muito revoltante o que aconteceu com a operação Zelotes.

O Cafezinho deu o furo: publicou a documentação completa da operação da Polícia Federal, quase 500 páginas de escutas telefônicas, documentos comprometedores.

É incrível! A imprensa comercial fingiu que esse documento não existia!

E daí se iniciou uma operação alquímica para transformar a Zelotes numa coisa completamente diferente!

Golpe e ajuste econômico pautaram 2015

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Não poderia haver agendas mais negativas, na economia e na política. Uma imposta pelo governo, outra pela oposição. Na sua conjunção, esse ano de retrocessos só não foi pior porque o impeachment não se impôs.

Os dois protagonistas do ajuste e do impeachment – Joaquim Levy e Eduardo Cunha – saem baleados do ano, mas deixam herança pesada. Deixam um país em recessão, com inflação – isto é, estagflação – e aumento do desemprego, além da projeção de que esse cenário seguirá até pelo menos a metade do segundo mandado da Dilma, se não houver uma virada forte na economia, que já se anunciou que não virá. O governo cede às pressões do mercado na saída do Levy e só anunciou mais medidas restritivas – agora incluindo reforma da previdência –, sem nada que aponte para uma retomada do crescimento econômico.

Petistas denunciam injúria do STJ a Dirceu

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

“Como o recesso do Judiciário só termina em fevereiro, José Dirceu vai passar o ano novo atrás das grades”. Acredite se quiser, esta postagem na rede social Twitter não é assinada por nenhum coxinha mas pelo STJ - Superior Tribunal de Justiça. Pelo menos é a logomarca do tribunal que aparece no texto apócrifo, postado nesta terça-feira, 29, às 14hs03min. Veja a imagem:



terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Socialite deserda fascistas mirins

Por Altamiro Borges

O final deste ano foi deprimente para os grupelhos fascistas que iniciaram 2015 achando que dariam um golpe no Brasil – seja através do impeachment de Dilma ou até mesmo via intervenção militar. Em dezembro, eles viram suas marchas golpistas refluírem drasticamente. Até o Datafolha calculou uma queda de 70% no número de fanáticos. Para piorar, as manifestações em defesa da democracia ocorridas na mesma semana foram bem maiores e emocionaram os que gritaram “Não vai ter golpe”. Alguns dias depois, uma horda de playboys insultou Chico Buarque, ícone da cultura brasileira, o que serviu para desgastar ainda mais a imagem destes falsos moralistas. Agora, fechando o ano, uma paparicada socialite – antes entusiasta do impeachment de Dilma – deserda os fascistas mirins.

FHC, Aécio e as organizações criminosas


Por Altamiro Borges

Em sua mensagem de final do ano, o ex-presidente FHC postou um vídeo na internet em que afirma que "os meus votos são o de termos a coragem de fazer o necessário na política. Mudar para valer... Precisamos acabar com a corrupção organizada como ela se organizou no Brasil". Já seu dependente na carreira golpista, o cambaleante Aécio Neves, tem insistido que o país é hoje controlado por uma "organização criminosa". Será que os dois capos do PSDB andaram lendo a recente sentença da juíza Mellissa Pinheiro Costa Lage, da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, sobre o "mensalão tucano"?

A força da lei contra os fascistas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Reza claramente o Artigo 5º da Constituição Federal brasileira que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”.

A partir daí, uma série de incisos protege os cidadãos brasileiros dos ataques verbais e até físicos que vem sendo praticados contra quem é suspeito ou notoriamente conhecido por ser petista ou simpatizar com o Partido dos Trabalhadores.

Merval Pereira: O pior jornalista do ano

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O pior jornalista de 2015 foi Merval Pereira. Merval bateu concorrentes fortes, a maior parte dos quais na sua própria empresa, a Globo.

Ali Kamel, diretor de telejornalismo da Globo, foi um dos derrotados por Merval. Kamel, num ano marcado por tantas manifestações de racismo, tem sido lembrado por um livro que lançou em 2008. O título é: “Não somos Racistas.”

Nem tudo é tragédia no Brasil

Por Tarso Genro

A agressividade da direita fascista e as tentativas de golpe paraguaio no país não são propriamengte originais nem se originam, principalmente, das dificuldades econômicas que atravessamos ou das dificuldades políticas graves da coalizão governista. Nem se origina - embora seja estimulada - basicamente pelas manipulações da grande mídia ou pela exorbitância da taxa de juros. Não tem suas bases na insegurança pública do país, cuja responsabilidade primária é dos Estados, ou mesmo nas "pedaladas fiscais", de uso histórico na nossa administraçao pública. Tudo isso pode colaborar, mas as razões de fundo, da tentativa de golpe ao modo paraguaio, e da agressividade dos setores radicais da direita são bem mais complexas. Dizem respeito à própria maturidade democrática, que vamos processualmente conquistando.

Sociedade rejeita mudanças na Previdência

Por Marize Muniz, no site da CUT:

As mudanças nas regras da Previdência Social que, segundo a mídia, serão propostas pelo governo, são rejeitadas pela grande maioria da população brasileira de todas as faixas de renda, etárias e níveis de escolaridade de todas Regiões do País, segundo pesquisa Vox do Brasil encomendada pela CUT.

A rejeição aos cortes nos programas sociais atingiu índices ainda maiores, especialmente na Região Nordeste, onde 90,5% dos pesquisados são contra. Os índices contrários aos cortes são maiores nas mais baixas faixas de renda e escolaridade.

A novela da educação paulista

Por Luís Antonio Nunes da Horta, no Jornal Contratempo:

O ano que se finda, 2015, estará marcado na história do nosso Estado de São Paulo como o ano em que os trabalhadores da educação, alunos, pais e sociedade civil organizada se levantaram contra o descaso com que os sucessivos governos tucanos têm tratado nossa educação pública.

A grande adesão à greve dos professores, que durou 92 dias e que fora iniciada em março, e as mais de duas centenas de ocupações de escolas, realizadas pelos alunos e pais, após o anuncio do fechamento de escolas e períodos, escancararam para a sociedade alguns dos males contidos nos projetos educacionais de Geraldo Alckmin que, até parecem serem retirados do mitológico “jarro de Pandora”, ocultado na Secretaria de Educação.

A nova marcha da Frente Brasil Popular

Do site Vermelho:

Dando sequência à onda que toma conta do Brasil em defesa da democracia e denunciando um golpe que já se encontra em curso no país, com as tentativas da direita em promover a ingovernabilidade e o processo de impeachment, a Frente Brasil Popular, que reúne dezenas de movimentos sociais, lideranças políticas e a sociedade civil organizada, planeja realizar uma nova marcha, em Brasília, no início do ano.

Mídia exagera sobre a crise no Brasil

O que resta para Dilma é a quarta-feira

Por Renato Rovai, em seu blog:

A última grande batalha do impeachment de 2015 foi a das manifestações de rua ocorridas no domingo, dia 13 de dezembro, e na quarta-feira, 16. A expectativa era a de que novamente os defensores da saída da presidenta mobilizassem um número maior de pessoas. E fechassem o ano dando um sinal claro de que ele não acabaria no dia 31.

Mas depois de um domingo que decepcionou veio uma quarta-feira que surpreendeu. Os movimentos sociais ligados à CUT, ao MST, ao MTST, à UNE e a outras tantas entidades de cunho popular colocaram uma quantidade de gente inesperada nas ruas e mostraram uma capacidade de defender não o governo de Dilma, mas o que denominaram de resistência ao golpe que reposicionou as peças da disputa do impeachment.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Uma ditadura mafiosa na Argentina?

Por Jorge Beinstein, no site Carta Maior:

Já se destacou até o cansaço que, pela primeira vez em um século, no dia 10 de dezembro de 2015, a direita chegou ao governo sem ocultar seu rosto, sem fraude, sem golpe militar, através de eleições supostamente limpas, se trata de um grande novidade.

Mas é necessário esclarecer três coisas:

Em primeiro lugar, é evidente que não se tratou de “eleições limpas”, mas sim de um processo assimétrico, completamente distorcido por uma manipulação midiática sem precedentes na Argentina, ativada há vários anos e que finalmente derivou num operativo sofisticado e avassalador. Consumada a operação eleitoral, a presidenta que saía foi destituída poucas horas antes de entregar a faixa presidencial através de um golpe de Estado “judiciário”, demonstração de força do poder real que estabelecia, desse modo, um precedente importante, na verdade o primeiro passo do novo regime.

Quer mudar para Miami? Pergunte-me como...

Do Jornal GGN:

Após as redes sociais estamparem que os brasileiros foram os responsáveis pela compra de 60% dos imóveis de um condomínio de luxo na Flórida, Estados Unidos, neste ano, uma advogada com experiência em visto americano, Ingrid Baracchini, escreveu um artigo com orientações sobre o que a classe alta deve fazer para "deixar o Brasil".

Na última semana, o blog Plantão Brasil divulgou que mais da metade dos proprietários de um condomínio privado em Miami, que deve inaugurar a primeira torre em julho de 2016, são brasileiros. O jornal Miami Herald também destacou em reportagem a representatividade da elite brasileira no setor imobiliário dos Estados Unidos.

Por que atacar o Chico Buarque?

Por Rogerio Dultra dos Santos, no blog Democracia e Conjuntura:

Por que parar o Chico Buarque de madrugada, no meio da rua, para um esculacho?

A resposta é até simples.

O Chico representa a sofisticação e a genialidade singela, a beleza e o som que as elites imaginam ser de sua exclusividade.

Chico, filho da mais fina flor da aristocracia intelectual paulista, não se aliou – e nem se aliaria – aos gritos raivosos balbuciados contra o PT, contra as classes populares, contra o processo de igualização das condições sociais no país (o que Tocqueville chamaria, inclusive, democracia).

Onda conservadora e impasses da esquerda

Por Antônio David, no blog Viomundo:

Em seu mais recente artigo na Folha de S. Paulo (25/12/2015), Vladimir Safatle procura desconstruir a imagem de uma “onda conservadora” na política brasileira.

Reconhecendo que “o Brasil sempre foi um país com uma grande parcela de sua população claramente identificada ao pensamento conservador”, Safatle enumera episódios da história recente do Brasil nos quais o conservadorismo aflorou, para então concluir: “nada disto mudou muito, só perdeu seu contraponto”.

Uma cartada a favor dos bancos

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O escândalo internacional do cartel do câmbio ressuscitou uma velha disputa brasileira. Desde julho na mira das autoridades antitruste locais, 15 instituições financeiras contam até aqui com um aliado no governo. Em debates a portas fechadas e com recados públicos sutis, o Banco Central às vezes parece atuar como advogado dos investigados.

Contesta o direito do Conselho Administrativo de Defesa Econômica de investigar a banca e afirma ser “praticamente impossível” manipular o dólar oficial. E tentou arrancar do Palácio do Planalto uma lei capaz de liquidar as apurações em curso no Cade.

Psicólogos ocupam o Ministério da Saúde

Por Monique Oliveira e Mônica Tarantin, na revista Caros Amigos:

Cerca de 100 ativistas da luta antimanicomial vão continuar acampados no Ministério da Saúde nas festas de fim de ano. Usuários, psicólogos e outros profissionais da saúde de vários Estados do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Pará e Minas Gerais) se revezam na ocupação em sala do prédio do ministério. A ocupação, que teve início no dia 15 de dezembro, é um protesto contra a nomeação do psiquiatra Valencius Wurch para a Coordenação Nacional de Saúde Mental.

Cunha e a "barriga" de Lauro Jardim

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O espetáculo deprimente da “barriga” não assumida da coluna de Lauro Jardim sobre a falsa viagem de Eduardo Cunha à Cuba, a bunda “roubada” da irmã da Kim Khardashian e as sandices postadas por Eduardo Cunha no twitter, acusando a Globo de estar a serviço do PT, poderia ter sido evitado com apenas duas palavras: jornalismo e decência.

Decência, para reconhecer que a coluna tinha dado uma informação errada e corrigir o erro sem “malandragens”.

Jornalismo, para deixar de se preocupar com bobagens de uma mocinha mal educada na internet e ir atrás dos negócios da família Cunha, que podem ou não ser corretos.

Papai Noel e os memes anônimos

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

As pessoas desistiram de checar a informação que consomem.

Na verdade, nunca fizeram isso, mas antes a procedência era de veículos, grandes ou pequenos, tradicionais ou alternativos, que davam a cara para bater, garantindo transparência ao informar quem fazia parte de suas equipes e sua visão de mundo. Esses veículos são bons, honestos e ilibados? Afe! Não necessariamente. Mas, ao menos, podem ser questionados judicialmente em caso de propagação de mentiras.

"Cadê o prejuízo?", pergunta Gurgacz

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Elaborado nos últimos dias de 2015, o relatório do Senador Acir Gurgacz (PDT-RO) está destinado a se transformar no primeiro texto base da política brasileira em 2016. Resposta à resolução do Tribunal de Contas da União que propõe a rejeição das contas do governo Dilma em 2014, o documento é uma aula de administração pública, conhecimento jurídico – e respeito pelas regras do Estado Democrático de Direito. Também oferece novidades fulminantes contra a decisão do TCU.

Os médicos veterinários do MST

Por Catiana de Medeiros, no site do MST:


“Juro, no exercício da profissão de Médico Veterinário, doar meus conhecimentos em prol da salvação e o bem-estar da vida animal, respeitando-a tal qual a vida humana e promovendo o convívio leal e fraterno entre o homem e as demais espécies, num gesto sublime de respeito a Deus e a natureza.”

Este foi o juramento feito por 45 trabalhadores rurais Sem Terra durante cerimônia de formatura da 1ª Turma Especial de Medicina Veterinária para assentados da Reforma Agrária, realizada na última sexta-feira (18), em Pelotas, na região Sul do Rio Grande do Sul.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Crianças abandonam a TV. Globo treme!

Por Altamiro Borges

Matéria da jornalista Keila Jimenez, postada neste sábado (26) no site R7, confirma que as aceleradas mudanças tecnológicas em curso no mundo abalam o modelo de negócios das corporações midiáticas – o que não significa que seus donos estejam mais pobres. Até as crianças estão abandonando a tevê. No Brasil, estas mutações atingem em cheio a poderosa TV Globo, que ainda é líder em audiência e fatura bilhões em anúncios publicitários.

Playboy pede desculpa a Chico Buarque

Por Altamiro Borges

Os fascistas mirins que insultaram o cantor e compositor Chico Buarque na saída de um restaurante no Leblon - "seu merda", "PT é bandido" e outras agressões típicas dos midiotas -, estão na defensiva. A provocação só serviu para desmascarar os ricaços que se travestem de vestais da ética para destilar o seu ódio de classe e pregar um golpe no Brasil. Acuados, os playboys agora pedem desculpas - mas não dá para acreditar nesta gente elitista e hipócrita. "Xingar o sr. Chico foi um erro", afirmou o tal do Alvarinho, filho do empresário direitista Alvaro Garnero à repórter Marcela Paes, da Folha.

Aécio Neves: O Pior Brasileiro do Ano

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Não faltaram candidatos fortes, mas é de Aécio, com folga, o título de Pior Brasileiro do Ano.

Aécio só não fez o que deveria fazer: trabalhar no Senado. Fazer jus ao salário e mordomias que os brasileiros lhe pagam.

Ele consumiu seu tempo em conspirações contra a democracia em 2015. Tentou, e continua a tentar, cassar 54 milhões de votos, sob os pretextos mais esdrúxulos, cínicos e desonestos.

Produção legislativa decepciona em 2015

Por Antônio Augusto de Queiroz, na Rede Brasil Atual:

A produção legislativa em 2015, considerando as propostas transformadas em norma jurídica entre 1º de janeiro e 17 de dezembro, foi decepcionante, tanto em quantidade quanto em qualidade. Nesse período foram incorporadas ao ordenamento jurídico brasileiro 125 leis ordinárias, cinco leis complementares e seis emendas à Constituição.

Quanto à origem, das 125 leis ordinárias: a) 71 foram de iniciativa de parlamentares e comissões, sendo 41 da Câmara, 29 do Senado e uma do Congresso, b) 45 do Poder Executivo, sendo 27 oriundas de medidas provisórias, sete projetos de lei do congresso nacional (matéria orçamentária) e 11 de projeto de lei, c) oito do Poder Judiciário, e d) uma do Ministério Público da União.

Argentina: Macri retira Senado TV do ar

Do site Opera Mundi:

O governo recém-eleito da Argentina ordenou neste sábado (26/12) a suspensão imediata das transmissões do canal Senado TV. A medida viola o convênio com o Parlatino (Parlamento Latino-Americano), organização regional de Parlamentos, que possui o canal Parlatino Web TV, cujo servidor se encontra na plataforma do Senado TV, como explicou o ex-presidente do órgão, Carolus Wimmer. De acordo com ele, os 23 países integrantes serão afetados pela medida.

Janaína, impeachment e o leão desdentado

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Janaína Paschoal é uma jovem advogada que se notabilizou ao subscrever, juntamente com o tucano Reale Filho, o pedido de impeachment apresentado pelo ex-petista Helio Bicudo, acolhido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, horas depois de o PT decidir votar contra ele no Conselho de Ética. Com a assinatura, Janaína foi até promovida a jurista. Em entrevista à rádio Jovem Pan ela desfechou ataques ao STF que nenhum jurista ousou fazer, ao comentar a decisão do tribunal sobre o rito do impeachment que desidratou o projeto da oposição.

O Natal nas escolas ocupadas de SP

Do site Vermelho:

Alunos que participam do movimento de ocupação de escolas em São Paulo comemoraram o Natal dentro dos próprios colégios. Na Escola Estadual Alves Cruz, na zona oeste da capital, cerca de 15 pessoas, entre pais e estudantes, fizeram uma ceia durante a noite de 24 de dezembro. Na Escola Estadual Fernão Dias Paes, na mesma região, os alunos fizeram um churrasco na tarde de hoje. Na Manuel Ciridião Buarque, também na zona oeste, teve "pizzada" neste dia 25.

O recado dos EUA e Europa a seus capachos

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Para os energúmenos que dizem que nos EUA o Estado não interfere na economia, uma notícia: só na semana passada foi aprovado pelo Congresso, em Washington, o fim da proibição da exportação de petróleo norte-americano, que perdurou por longos 40 anos.

Por lá, existe uma lei de conteúdo local, o Buy American Act – que, como ocorre no caso da Petrobras, aqui seria tachada de “comunista” e “atrasada” pelos entreguistas – que, desde 1933, exige que o governo dê preferência à compra de produtos norte-americanos, e que foi complementada por outra, com o mesmo nome e objetivo, em 1983.

sábado, 26 de dezembro de 2015

#ForaCunha: ‘Veja’ e ‘Época’ discordam!

Por Altamiro Borges

A famiglia Civita, responsável pela ‘Veja’, parece que ainda nutre esperanças de que o correntista suíço Eduardo Cunha será o grande líder do golpe contra Dilma. Tanto que a revista do esgoto evita cutucá-lo. Na semana passada, o presidente da Câmara Federal – o segundo na linha sucessória no Brasil – recebeu a visita em sua mansão em Brasília de agentes da Polícia Federal; o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou o pedido do seu afastamento do cargo; e o Supremo Tribunal Federal rejeitou a sua manobra na montagem da tal comissão especial do impeachment. Três bordoadas dignas de manchete! A ‘Veja’, porém, preferiu tratar em sua capa da estreia do filme Star Wars, “O futuro da saga”. A ridícula edição foi motivo de piadas nas redes sociais.

Justiça bloqueia bens da Vale. Finalmente!

Por Altamiro Borges

Na semana passada, finalmente a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens das empresas Vale e da anglo-australiana BHP Billiton, donas da Samarco, a responsável pelo rompimento das barragens no Complexo de Germano, em Mariana, no início de novembro. A mídia privada, que garfa milhões em publicidade das corporações criminosas, quase não deu destaque à inédita decisão da Justiça. Ela foi assinada pelo juiz Marcelo Aguiar Machado, da 12ª Vara Federal em Minas Gerais, atendendo às ações impetradas pela União e pelos governos mineiro e capixaba. Ela determina que a Samarco faça um depósito judicial de R$ 2 bilhões para execução do plano de recuperação dos danos ambientais e sociais em um prazo de 30 dias.

Quem paga o pato são os trabalhadores

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O discurso do liberalismo radical exorciza toda e qualquer menção à presença do Estado na economia, nas relações sociais e mesmo no entorno da individualidade. Ao promover a confusão deliberada entre as liberdades do indivíduo e a liberdade de atuação para as forças de oferta e demanda no mercado, tudo fica turvo e abrem-se espaço para as raivas se manifestarem de maneira descontrolada.

A restauração conservadora na Argentina

Por Emir Sader, no jornal Brasil de Fato:

Há um certo tempo que se anunciam os perigos das restaurações conservadoras nos países latino-americanos que avançaram na superação do neoliberalismo. É o que a Argentina começa a protagonizar e o que a direita venezuelana ameaça instalar no país.

Bastaram poucos dias para que o blá-blá-blá de Mauricio Macri na campanha presidencial se transformasse em medidas duras e estilo autoritário, confirmando que se faz campanha para ganhar e se governa de outra maneira. O principal pacote do seu governo vem da sua equipe econômica, duramente neoliberal. Se outras medidas foram postergadas por seu governo, Macri terminou imediatamente com o controle do câmbio, deixando que o dólar flutuasse livremente.

O Natal colonizado dos brasileiros

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Parece incrível, mas a única coisa que tem de legitimamente brasileira no Natal é a farofa. As outras “tradições” natalinas foram todas importadas e reforçadas pelo comércio para ganhar dinheiro. Como seria um Natal brasileiro de verdade, se não fôssemos tão colonizados?

1. Papai Noel poderia até ser branquelo, afinal vivemos num país multirracial, mas nunca usaria roupas tão quentes em pleno verão! Só aceito Papai Noel se for de regatinha e bermuda. E o mais patético é que o coitado, além de vestido dos pés à cabeça, ainda entra pelas casas por uma… chaminé! No Brasil! Hahahaha. Pobres criancinhas, é um insulto à inteligência delas acreditar nisso.