Por Ricardo Carneiro, no site Carta Maior:
Em países nos quais o Estado não é capaz de garantir de forma democrática os seus monopólios fundadores, o da violência e o da moeda, não raro surgem as soluções ad hocpara essas atribuições. No primeiro caso, por meio de restrições crescentes à operação do Estado de direito e de forma mais radical, pela constituição de grupos paramilitares. No segundo, por soluções que atrelam a gestão da moeda a outra, mais forte, os currency boards. As variantes mitigadas dessas formas polares são recorrentes nas sociedades periféricas, onde não raro se observa o exercício do monopólio da violência, não por instituições democráticas, mas pelas burocracias, em particular a militar. Por sua vez, o poder da finança e a fragilidade do Estado podem ser tais que a gestão da moeda pode ser cedida incondicionalmente ao setor privado, por meio de formas extremadas do banco central independente.
Em países nos quais o Estado não é capaz de garantir de forma democrática os seus monopólios fundadores, o da violência e o da moeda, não raro surgem as soluções ad hocpara essas atribuições. No primeiro caso, por meio de restrições crescentes à operação do Estado de direito e de forma mais radical, pela constituição de grupos paramilitares. No segundo, por soluções que atrelam a gestão da moeda a outra, mais forte, os currency boards. As variantes mitigadas dessas formas polares são recorrentes nas sociedades periféricas, onde não raro se observa o exercício do monopólio da violência, não por instituições democráticas, mas pelas burocracias, em particular a militar. Por sua vez, o poder da finança e a fragilidade do Estado podem ser tais que a gestão da moeda pode ser cedida incondicionalmente ao setor privado, por meio de formas extremadas do banco central independente.