Por Enio Squeff, no sítio Carta Maior:
O mundo pintado pela informática nos anos que seguiram à implantação dos computadores individuais era róseo: a internet nascia como uma aurora benfazeja e radiante que fazia de cada homem o depositário livre do saber do mundo. O próprio trabalho subtraia-se à maldição do pecado original. Todos teríamos mais tempo em casa: o computador era a ferramenta da libertação dos homens e mulheres que podiam, no convívio com os filhos, cumprir a jornada de trabalho, significativamente diminuída. A consideração de que a exploração do homem pelo homem continuava merecia o riso irônico dos otimistas – e dos mentirosos – de sempre. Não se cogitava que os Estados Unidos, "berço da democracia" pudesse, justamente, pela internet, transformar-se no Big Brother previsto por George Orwell, em seu célebre "1984".
O mundo pintado pela informática nos anos que seguiram à implantação dos computadores individuais era róseo: a internet nascia como uma aurora benfazeja e radiante que fazia de cada homem o depositário livre do saber do mundo. O próprio trabalho subtraia-se à maldição do pecado original. Todos teríamos mais tempo em casa: o computador era a ferramenta da libertação dos homens e mulheres que podiam, no convívio com os filhos, cumprir a jornada de trabalho, significativamente diminuída. A consideração de que a exploração do homem pelo homem continuava merecia o riso irônico dos otimistas – e dos mentirosos – de sempre. Não se cogitava que os Estados Unidos, "berço da democracia" pudesse, justamente, pela internet, transformar-se no Big Brother previsto por George Orwell, em seu célebre "1984".