sábado, 27 de junho de 2020
sexta-feira, 26 de junho de 2020
A direita se une na privatização da água
Por Altamiro Borges
O Senado aprovou nesta quarta-feira (24) o projeto do novo marco regulatório do saneamento básico – que incentiva, na prática, a privatização criminosa desse setor essencial. O texto, que teve a relatoria do senador-lobista Tasso Jereissati (PSDB-CE), recebeu 65 votos favoráveis e 13 contrários.
Usando como desculpa a tragédia da Covid, o projeto de lei foi aprovado às pressas. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), apelou pela retirada dos destaques e pelo fim dos debates. O rentista Paulo Guedes, czar da Economia do laranjal bolsonariano, festejou a celeridade do golpe privatista.
O Senado aprovou nesta quarta-feira (24) o projeto do novo marco regulatório do saneamento básico – que incentiva, na prática, a privatização criminosa desse setor essencial. O texto, que teve a relatoria do senador-lobista Tasso Jereissati (PSDB-CE), recebeu 65 votos favoráveis e 13 contrários.
Usando como desculpa a tragédia da Covid, o projeto de lei foi aprovado às pressas. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), apelou pela retirada dos destaques e pelo fim dos debates. O rentista Paulo Guedes, czar da Economia do laranjal bolsonariano, festejou a celeridade do golpe privatista.
Fatos e números: Bolsonaro não cai
Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:
Todo jornalista tem direito a ter opinião e a explicitar suas posições políticas. Mais que direito, tem até a obrigação. Mas não pode brigar com os fatos, nem confundir realidade com desejo.
O mês de junho termina com números e fatos com os quais não é recomendável brigar.
Fato 1: Bolsonaro está mais fraco.
O bolsonarismo, que ameaçava golpes e dizia que a ruptura era questão de tempo, mostrou-se um blefe. Queiroz foi preso, Wassef exposto, o acampamento dos 300 desmontado, o gabinete do ódio desossado, Weintraub colocou-se em fuga, e o capitão nomeou um novo ministro da Educação mais próximo dos militares do que do olavismo... Esse quadro mostra que a possibilidade de uma ruptura institucional não encontra aderência na realidade.
Todo jornalista tem direito a ter opinião e a explicitar suas posições políticas. Mais que direito, tem até a obrigação. Mas não pode brigar com os fatos, nem confundir realidade com desejo.
O mês de junho termina com números e fatos com os quais não é recomendável brigar.
Fato 1: Bolsonaro está mais fraco.
O bolsonarismo, que ameaçava golpes e dizia que a ruptura era questão de tempo, mostrou-se um blefe. Queiroz foi preso, Wassef exposto, o acampamento dos 300 desmontado, o gabinete do ódio desossado, Weintraub colocou-se em fuga, e o capitão nomeou um novo ministro da Educação mais próximo dos militares do que do olavismo... Esse quadro mostra que a possibilidade de uma ruptura institucional não encontra aderência na realidade.
Lei contra fake news será enorme retrocesso
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
O relatório final do Projeto de Lei 2630/2020, cuja proposta era combater a epidemia de fake news no país, confirmou o temor da sociedade civil brasileira: ao invés de estabelecer mecanismos eficientes no combate às notícias falsas, a lei, que pode ser aprovada nesta quinta-feira (25), representa grave ameaça à privacidade dos cidadãos. Elaborado sem nenhum debate com a sociedade, o #PLFakeNews foi objeto de crítica de relatores internacionais para a Liberdade de Expressão. David Kaye, da Organização das Nações Unidas, e Edison Lanza, da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), chegaram a direcionar mensagem para parlamentares brasileiros evitarem a votação precipitada de uma lei que cria mais problemas que soluções.
O Exército é o fiel da balança?
Por Israel Aparecido Gonçalves, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
O país vive uma guerra discursiva entre o presidente da República e outras instituições de relevância democrática, como o Supremo Tribunal Federal, e o mapa desse conflito demonstra que Jair Bolsonaro está perdendo espaço político. Ao lado do presidente, de forma serviçal, encontra-se o Exército. Mas por quê?
Primeiramente deve-se lembrar que o Exército brasileiro tem a missão de defender as nossas fronteiras, em especial a terrestre. Por fazer fronteira com quase todos os países da América do Sul, o nosso país pode ficar vulnerável ao tráfico de drogas, de animais, de armas e ao tráfico de pessoas também. O Exército não consegue garantir total segurança a nossas divisas, talvez por falta de soldados, de dinheiro ou de estratégias.
O país vive uma guerra discursiva entre o presidente da República e outras instituições de relevância democrática, como o Supremo Tribunal Federal, e o mapa desse conflito demonstra que Jair Bolsonaro está perdendo espaço político. Ao lado do presidente, de forma serviçal, encontra-se o Exército. Mas por quê?
Primeiramente deve-se lembrar que o Exército brasileiro tem a missão de defender as nossas fronteiras, em especial a terrestre. Por fazer fronteira com quase todos os países da América do Sul, o nosso país pode ficar vulnerável ao tráfico de drogas, de animais, de armas e ao tráfico de pessoas também. O Exército não consegue garantir total segurança a nossas divisas, talvez por falta de soldados, de dinheiro ou de estratégias.
Hegemonia e travessia do deserto
Desempregados, Antonio Berni |
Ando revisitando Rosa Luxemburgo, e é revisitando mesmo porque já havia lido um bocado de coisas dela, agora releio, e ia novamente escrever sobre ela, e creio falaria coisa interessante – ela e a Revolução Russa. Há poucos dias fiz um texto sobre seu mergulho final na revolução espartaquista, seu fim trágico. Empaquei. Não, não será agora. Será o próximo texto.
Fui provocado por outra inquietação. Tem a ver com a conjuntura. Não no sentido da política cotidiana, da nossa tragédia diária atual. Tentar refletir um pouco além, se tiver condições, se minhas armas forem suficientes, e não tenho certeza o sejam.
A notável aparição dos 'entregadores livres'
Por Shyam Krishna, no site Outras Palavras:
A pandemia escancarou a precariedade e as más condições enfrentadas pelos trabalhadores da Gig Economy [forma como é chamada a economia alternativa, que engloba trabalhos temporários, como autônomos e freelancers]. Quando a maré acalmar, esses trabalhadores que estavam na linha de frente da crise, conseguirão construir um futuro mais justo? Os trabalhadores que aparecem em Reclaiming Work [algo como “Trabalho Reivindicado”] acreditam que sim. Esse breve documentário, de Cassie Quarless e Usayd Younis, da produtora Black & Brown Film, apresenta cooperativas de entregadores (de bicicleta ou motoboys) que oferecem uma alternativa socialista às gigantes Deliveroo [aplicativo de entrega de comida, popular na Europa] e Uber. De fato, La Pájara, uma das cooperativas que aparecem no documentário, foi formada após alguns onda de protesto contra a Deliveroo em Madri. Cooperativas como essas são apoiadas por uma federação ainda mais ampla, a CoopCycle - uma “cooperativa de plataforma” que controla os principais modelos econômicos do capitalismo de plataforma. Esse movimento é fruto do esforço de trabalhadores que se encontraram na esperança de criar uma alternativa justa contra a exploração desenfreada de trabalhadores dentro da Gig Economy, ou “Economia dos Bicos”.
A luta contra a privatização da água
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
Numa conjuntura em que o país tem sido inundado por inúmeras decisões irresponsáveis, destinadas a agravar a exploração da população e facilitar a entrega de riquezas nacionais, é obrigatório reconhecer prioridades e oferecer alternativas para evitar males de grande impacto e difícil correção.
Não há dúvida de que a denúncia do projeto que autoriza a privatização da água, um bem natureza que acompanha a humanidade desde sua aparição na face da Terra, sendo anterior ao próprio regime capitalista e à criação da propriedade privada, na Europa do século XVII, constitui um desses casos.
Numa conjuntura em que o país tem sido inundado por inúmeras decisões irresponsáveis, destinadas a agravar a exploração da população e facilitar a entrega de riquezas nacionais, é obrigatório reconhecer prioridades e oferecer alternativas para evitar males de grande impacto e difícil correção.
Não há dúvida de que a denúncia do projeto que autoriza a privatização da água, um bem natureza que acompanha a humanidade desde sua aparição na face da Terra, sendo anterior ao próprio regime capitalista e à criação da propriedade privada, na Europa do século XVII, constitui um desses casos.
Emissoras de TV silenciam as vozes negras
Grafite em Paraisópolis, São Paulo/SP |
“Eu não consigo respirar.” A frase dita por Eric Garner, em 2014, enquanto era estrangulado por um policial branco em Nova York, se tornou símbolo da violência policial contra a população negra. Ela foi repetida diversas vezes por George Floyd, homem negro que trabalhava como segurança e morava na cidade de Minneapolis, estado de Minnesota, nos Estados Unidos, assassinado no último dia 25 de maio. O mundo assistiu, estarrecido, ao homicídio cometido pelo policial branco Derek Chauvin, que por quase 9 minutos pressionou com o seu joelho o pescoço de Floyd, enquanto outros três policiais assistiam à cena e a população em volta pedia a Chauvin que parasse.
Bolsonaro e o caminho interditado da direita
Por Fernando Brito, em seu blog:
Por mais imprecisões que tenha, pela coleta por telefone, a pesquisa Datafolha segue mostrando o quadro que, por diversas vezes, aqui se apontou: Jair Bolsonaro segue tendo forte controle do campo da direita e, aparentemente, inviabilizando as pretensões eleitorais deste campo: Sergio Moro, Luciano Huck, João Doria e quem mais tenha pretensões nesta área.
Por mais imprecisões que tenha, pela coleta por telefone, a pesquisa Datafolha segue mostrando o quadro que, por diversas vezes, aqui se apontou: Jair Bolsonaro segue tendo forte controle do campo da direita e, aparentemente, inviabilizando as pretensões eleitorais deste campo: Sergio Moro, Luciano Huck, João Doria e quem mais tenha pretensões nesta área.
'Retomada liberal' de Guedes e os empregos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, prepara plano para uma “retomada liberal” no pós-pandemia. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira (24), são medidas de ajuste fiscal e de adesão à “economia” de mercado, que atendem recomendações da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Entre elas, um pacote de desoneração ainda maior do que o proposto no projeto da chamada carteira de trabalho “verde e amarela“, que não passou no Congresso Nacional.
Lei do saneamento: o lucro acima de tudo
Editorial do site Vermelho:
A aprovação, pelo Congresso Nacional, do Projeto de Lei 4.162, que cria o chamado marco legal do saneamento básico, representa um enorme retrocesso. Ao contrário do que propagam seus defensores, não trará ganhos para a população e tem como objetivo essencial proporcionar ainda mais lucro ao setor privado. A proposta aprovada, que deverá ser sancionada pelo presidente da República, revoga avanços criados para permitir ao poder público solucionar a enorme defasagem existem nesses serviços públicos essenciais para a população.
quinta-feira, 25 de junho de 2020
Quem é o chefe do Escritório do Crime?
Por Jeferson Miola, em seu blog:
A denúncia do vínculo dos Bolsonaro com as milícias atravessa os tempos. Mas foi a partir dos assassinatos de Marielle e Anderson que ficou bem caracterizada a conexão deles com o Escritório do Crime, a milícia de assassinos de aluguel que controla o território de Rio das Pedras, zona oeste da cidade do Rio.
Por uma das incríveis coincidências que rondam os Bolsonaro, o ex-PM Ronnie Lessa, integrante do Escritório do Crime preso com a acusação de ser o autor dos disparos em Marielle e Anderson, residia no condomínio Vivendas da Barra, onde Carlos e Jair Bolsonaro também residem.
Por uma das incríveis coincidências que rondam os Bolsonaro, o ex-PM Ronnie Lessa, integrante do Escritório do Crime preso com a acusação de ser o autor dos disparos em Marielle e Anderson, residia no condomínio Vivendas da Barra, onde Carlos e Jair Bolsonaro também residem.
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