Por Fernando Brito, em seu blog:
Por mais imprecisões que tenha, pela coleta por telefone, a pesquisa Datafolha segue mostrando o quadro que, por diversas vezes, aqui se apontou: Jair Bolsonaro segue tendo forte controle do campo da direita e, aparentemente, inviabilizando as pretensões eleitorais deste campo: Sergio Moro, Luciano Huck, João Doria e quem mais tenha pretensões nesta área.
Ao mesmo tempo, os índices de rejeição (44%) e de desconfiança no presidente (46%) tornam cada vez mais difícil que se repita 2018, com o centro aderindo ao ex-capitão contra a “esquerda”.
O resultado, porém, arrisca uma retomada do radicalismo ao qual Bolsonaro deu uma “folga” desde a prisão de Fabrício Queiroz e da reação do STF a seus arroubos autoritários. Afinal, dá a ele a oportunidade de dizer que seu apoio é igual ao do início da pandemia e seu show de horrores.
Mesmo com a péssima condução do processo político-eleitoral, praticamente abdicando da disputa real das eleições municipais nas grandes metrópoles, o PT acaba se beneficiando deste impasse, porque Bolsonaro é tão grotesco que dissolve parte do antipetismo e, no quadro atual de forças, acabaria fazendo desaguar em uma candidatura de esquerda um “ele não” que se tornou mais forte.
Lógico que é muito cedo para análises mais precisas, porque ainda não sabemos o tamanho e a duração da crise sanitária e nem da crise econômica em que vamos mergulhando. Sabemos, porém, que ambas serão imensas e vão, nos próximos meses, moldar o sentimento da parcela flutuante da opinião pública.
Por mais imprecisões que tenha, pela coleta por telefone, a pesquisa Datafolha segue mostrando o quadro que, por diversas vezes, aqui se apontou: Jair Bolsonaro segue tendo forte controle do campo da direita e, aparentemente, inviabilizando as pretensões eleitorais deste campo: Sergio Moro, Luciano Huck, João Doria e quem mais tenha pretensões nesta área.
Ao mesmo tempo, os índices de rejeição (44%) e de desconfiança no presidente (46%) tornam cada vez mais difícil que se repita 2018, com o centro aderindo ao ex-capitão contra a “esquerda”.
O resultado, porém, arrisca uma retomada do radicalismo ao qual Bolsonaro deu uma “folga” desde a prisão de Fabrício Queiroz e da reação do STF a seus arroubos autoritários. Afinal, dá a ele a oportunidade de dizer que seu apoio é igual ao do início da pandemia e seu show de horrores.
Mesmo com a péssima condução do processo político-eleitoral, praticamente abdicando da disputa real das eleições municipais nas grandes metrópoles, o PT acaba se beneficiando deste impasse, porque Bolsonaro é tão grotesco que dissolve parte do antipetismo e, no quadro atual de forças, acabaria fazendo desaguar em uma candidatura de esquerda um “ele não” que se tornou mais forte.
Lógico que é muito cedo para análises mais precisas, porque ainda não sabemos o tamanho e a duração da crise sanitária e nem da crise econômica em que vamos mergulhando. Sabemos, porém, que ambas serão imensas e vão, nos próximos meses, moldar o sentimento da parcela flutuante da opinião pública.
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