sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

A derrota de Ratinho Jr. no Paraná

Foto: APP-Sindicato
Por Pedro Carrano

Forças populares avaliam como uma vitória da educação pública a derrota parcial do projeto privatista da Educação de Ratinho Jr.

O resultado da “consulta” oficial, entre aspas, às comunidades escolares no Paraná, de acordo com a APP-Sindicato, de 177 escolas onde ocorreram as votações, em apenas 11 (6,2%) houve aceitação da proposta do governo.

Nas demais, houve o velho tratoraço do governo e da Secretaria de Estado da Educação (Seed) impondo em 93 escolas estaduais a privatização com a justificativa da falta de quórum – e ainda cabe disputa política e jurídica nesse certame.

Acordo Mercosul-UE – um post mortem

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Meus amigos, os brasileiros que procuram defender o Brasil têm vida quase sempre difícil. Alcançamos, em geral, pouco ou nenhum sucesso e raramente temos algo a comemorar. Uma razão é a tenebrosa “quinta coluna”. Não sei se o leitor conhece a origem dessa expressão. Durante a Guerra Civil Espanhola, os republicanos diziam que pior do que as quatro colunas do General Franco, que marchavam sobre Madrid, era a quinta coluna franquista que operava dentro da capital. Pois bem, a nossa quinta coluna faz sombra à madrilenha. É um numeroso exército de oportunistas e vassalos de interesses estrangeiros. Dou meu testemunho: ao longo da vida inteira, passei grande parte do tempo lutando contra esses quinta-colunistas.

Golpes e contragolpes: a história presente

Charge: Nando Motta
Por Roberto Amaral

O golpe de Estado que está na origem das reflexões dos historiadores é o de César (49 a.C), detonando a república romana. Mas, por certo, o evento que mais registro mereceria da ciência moderna é o de Luís Bonaparte que, ao dissolver a Assembleia Nacional, proclamou o segundo império francês e se fez imperador (1852). Golpe de Estado ainda vivo e estudado como modelo e espécie, graças ao texto clássico de Karl Marx.

Ambos os eventos, nada obstante a distância histórica, indicam um denominador comum que chega à contemporaneidade: o golpe de Estado se desenvolve, necessariamente, na intimidade do poder, e é quase sempre operado pelo Príncipe, ou em seu proveito. E, como ilustra a rica contribuição da tragédia política brasileira, seja para eclodir ou efetivar-se, o bom êxito do golpe de Estado carecerá ora do apoio ativo, ora da sanção das forças armadas, como sancionado foi entre nós o golpe parlamentar de 2016, pai e mãe do que viveríamos até pelo menos janeiro de 2023 – desta feita, porém, com a intervenção direta do castro.

Quem indicou Galípolo pra presidência do BC?

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Se for uma estratégia, é de difícil entendimento para o comum dos mortais. Indicado pelo governo para a presidência do Banco Central no auge das críticas que o presidente Lula fazia à gestão de Roberto Campos Neto, Gabriel Galípolo trazia a esperança de novos ventos na condução da política monetária do país.

Até agora, porém, tanto seus votos no Copom (duas altas seguidas dos juros depois de ter seu nome confirmado em sabatina do Senado) como suas declarações públicas sugerem que não há praticamente diferenças entre o atual presidente do BC, a alguns dias de terminar o mandato, e o que logo assumirá o cargo.

Rentismo abutre deseja piora da saúde do Lula

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O rentismo abutre não só especula doidamente com o estado de saúde do presidente Lula, como torce pela piora da sua condição clínica.

Presumivelmente, a se considerar o sentimento íntimo do mercado reportado pelo noticiário, o rentismo deseja – ou espera – até mesmo a morte do Lula ou seu impedimento definitivo por alguma sequela neurológica.

A coluna Painel S.A. da Folha de São Paulo menciona [12/12] que “banqueiros, estrategistas e gestores afirmam que a alta da Bolsa e a queda do dólar refletem a expectativa de que a política fiscal avançará com o vice-presidente Geraldo Alckmin no comando”.

O Painel S.A. cita que “dois banqueiros, ouvidos sob anonimato, disseram que a fragilidade da saúde de Lula leva o mercado a apostar que ele não terá condições de sair em campanha, dando margem a um governo pró-mercado. Nas mesas de operação, a conversa é aberta”.

A proteção ao defensor dos direitos humanos

Corte de gastos x direitos dos trabalhadores

A última tacada de Campos Neto no BC

Show de horrores dos deputados bolsonaristas

Rapina do mercado: dólar cai e bolsa dispara

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Caroline de Toni impõe regressões na CCJ

Por Altamiro Borges


A hidrófoba bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC) segue aprontando das suas na presidência da estratégica Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara Federal. No momento em que seu “mito” Jair Bolsonaro está prestes a ir para a cadeia, ela faz de tudo para desviar a atenção com suas pautas ultradireitistas. Essa tática diversionista resulta em votações grotescas.

Nesta quarta-feira (11), a CCJ aprovou um projeto de Lei que permite o uso de força própria sem ordem judicial para retirar ocupantes de terras usurpadas por agrotrogloditas. A proposição altera o Código Civil, o Código de Processo Civil e o Código Penal para endurecer a repressão contra os que lutam pela reforma agrária. Na prática, o projeto legaliza a ação criminosa dos jagunços no campo.

O drama de Lula e os ataques a Janja

Tarcísio, Derrite e as chacinas cotidianas

Senado aprova lei da Inteligência Artificial

Justiça torna Caiado inelegível em Goiás

Quaest: 52% aprovam o governo Lula

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Senado aprova lei da Inteligência Artificial

Reprodução da internet
Por Altamiro Borges


Após intensas discussões e forte pressão lobista, o Senado aprovou nesta terça-feira (10) a lei que fixa as regras para o uso da inteligência artificial no Brasil. A regulação da IA era uma demanda de vários setores da sociedade preocupados com os riscos destas novas tecnologias sob controle de poderosas corporações estrangeiras. A batalha, porém, não terminou. O projeto agora retornará à Câmara dos Deputados, onde seguirá a briga para impor limites às famosas big techs.

Uma tragédia de grandes proporções na Síria

Charge: Osama Hajjaj
Por Cesar Benjamin

Qualquer tentativa de analisar a situação mundial, prevendo desdobramentos, é temerária, dada a crescente complexidade que se criou. A mesma afirmação serve, em escala muito ampliada, para a região do Oriente Médio. A quantidade de atores e de interesses, internos e externos, estatais e não estatais, é imensa, e o número de combinações possíveis entre eles é típico de um sistema caótico.

Neste momento, está em curso mais uma tragédia de grandes proporções. Estados Unidos, Israel e Turquia reorganizaram as gangues jihadistas e as lançaram novamente contra a Síria, a pátria de um islamismo moderado e tolerante, que até aqui protegeu grandes minorias cristãs e seus locais de aglomeração e de culto, de valor histórico inestimável.

Barão de Itararé encerra 2024 com festa

Do site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:



A tradicional e etílica festa de fim de ano do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé tem data marcada. No dia 14 de dezembro, a entidade fecha seu calendário de lutas em 2024 com uma tarde repleta de comida, diversão e arte no Armazém do Campo (Alameda Nothmann, 806), em São Paulo.

O encontro das mídias alternativas, movimentos sociais, juventude e academia em luta pela democratização da comunicação contará com apresentação do grupo de rap Fantasmas Vermelhos, que vem da Cidade Tiradentes, extremo leste de São Paulo, para ditar o ritmo da festa com beats pesados e rimas politizadas!

Não ao pacote das maldades!

Foto: Diogo Zacarias/MF
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

O enredo já é bastante conhecido de todos nós. O governo apresenta um conjunto de medidas que afeta negativamente as condições de vida da grande maioria de nossa população. E o Palácio do Planalto monta uma tremenda operação abafa para conseguir sua aprovação no interior do legislativo. Mas, ao contrário do que se poderia imaginar, não estamos falando do mandato de Fernando Henrique Cardoso (FHC), de Michel Temer ou de Jair Bolsonaro. A referência aqui lembra mais o período em que Antonio Palocci ocupou a Ministério da Fazenda no primeiro mandato de Lula (2003 a 2005), assim como o tempo em que Joaquim Levy atuou como chefe da pasta no segundo mandato de Dilma (2015).