Wilson Dias/ABr |
A velocidade é assustadora e ao mesmo tempo fascinante. As “Rebeliões de Junho” – um dia talvez elas sejam chamadas assim – mudam de significado dia após dia. O que apenas reforça a tese de que o ganhador não está definido – de saída. A história se escreve agora nas ruas, mais do que nas redes ou nos gabinetes. E isso me faz lembrar o que dizia um velho professor marxista, com quem eu tinha até várias discordâncias: “os líderes políticos fazem muitos discursos, os intelectuais escrevem demais, mas a História se escreve mesmo é na ponta das baionetas” (Edgard Carone).