terça-feira, 25 de junho de 2013

Centrais farão paralisações conjuntas

Por Fernando Damasceno, no sítio da CTB:

As oito centrais sindicais do país se reuniram nesta terça-feira (25), em São Paulo, para anunciar uma decisão histórica: CTB, CUT, UGT, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas e FS irão organizar, de maneira conjunta, uma série de paralisações por todo o Brasil no dia 11 de julho, com o propósito de pressionar o governo e o empresariado a aprovar a pauta de reivindicações da classe trabalhadora.

A reunião das oito centrais antecedeu o encontro que seus representantes terão com a presidenta Dilma Rousseff nesta quarta-feira, em Brasília. Para o secretário-geral da CTB, Pascoal Carneiro, foi importante o movimento sindical demonstrar unidade neste momento em que o país tem visto milhões de pessoas saírem às ruas para protestar por mudanças.

“Nosso papel será levantar as bandeiras de luta da classe trabalhadora e incorporar as reclamações das ruas. Nós vemos com bons olhos o que está acontecendo no país e já temos há tempos uma proposta de concreta para que o Brasil se desenvolva”, afirmou o dirigente da CTB, referindo-se à Agenda da Classe Trabalhadora, documento formulado pelas centrais em 2010, durante a segunda Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat).

Luta pela democracia e pelos direitos trabalhistas

Ao encerramento da reunião, as centrais definiram que o 11 de julho será chamado de Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, a partir do lema “Pelas Liberdades Democráticas e pelos Direitos dos Trabalhadores”.

As lideranças sindicais também definiram nove bandeiras de luta como fundamentais na atual conjuntura. A lista abaixo será entregue à presidenta no encontro desta quarta-feira e ganhará destaque em cada parasalição que será realizada em 11 de julho:

- Fim do fator previdenciário
- 10% do PIB para a Saúde
- 10% do PIB para a Educação
- Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários
- Valorização das Aposentadorias
- Transporte público e de qualidade
- Reforma Agrária
- Mudanças nos Leilões de Petróleo
- Rechaço ao PL 4330, sobre Terceirização.

Paralisações

Após a reunião com Dilma, os representantes das centrais voltarão a se reunir nos próximos dias para acertar os detalhes das paralisações que devem parar o Brasil no dia 11 de julho.

Para Pascoal Carneiro, será importante a regionalização dos atos, no sentido de interromper, nem que seja por algumas horas, os principais centros produtivos do país. “Iremos demonstrar nossa capacidade de articulação e contribuir para que essa onda de manifestações tome um rumo progressista, no sentido de trazer melhorias concretas para a classe trabalhadora e de impedir que qualquer movimento antidemocrático ganhe força perante a sociedade”. 

4 comentários:

Anônimo disse...



As Centrais têm ouvido muito mal, mas ainda não são surdas totalmente.Estavam apenas acomodadas, não é mesmo?
E O PIOR é que temos de apoiá-las, pois a direita está grudadinha.

Apelido disponível: Sala Fério disse...

10% do PIB pra Educação!
10% do PIB pra Saúde!
10% do PIB pra Saneamento!
10% do PIB pra Habitação!
10% do PIB pra Servidores do Executivo!
10% do PIB pra Servidores do Legislativo!
10% do PIB pra Servidores do Judiciário!
10% do PIB pra Transportes!
10% do PIB pra Comunicações!
10% do PIB pra Ações Ambientais!
10% do PIB pra Segurança Alimentar!
10% do PIB pra Proteger Fronteiras!
10% do PIB pra Cultura!
10% do PIB pra Ciência e Tecnol...
ops ... o PIB já acabou tem tempo!

Apelido disponível: Sala Fério disse...

No geral, concordo com as demandas. Só não sei se é um bom momento pra greve - Jango caiu depois de uma porrada de marchas e greves, abandonado pela esquerda e atacado por ambos os lados. Assim mesmo, se for pra reafirmar os partidos históricos contra os Capriles da vida, pode ser que sirva.

Anônimo disse...

Correto. Tô dentro. Botar um coloralzinho nas ruas. A pauta do povo deve ser gritada sem dar chance de retorno aos antipovo.