terça-feira, 14 de abril de 2015

A operação Datafolha e o impeachment

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O noticiário de terça-feira (14/4) ainda faz o rescaldo das manifestações realizadas no domingo anterior, e os principais diários de circulação nacional tentam compor um quadro no qual a cena central é o movimento da própria imprensa em favor do impeachment da presidente da República.

O conteúdo das reportagens sobre a crise política, editoriais, artigos e até algumas notas daquelas colunas de inconfidências e fofocas convergem para uma ideia estapafúrdia: justificar um pedido de interrupção do mandato da presidente com base numa pesquisa Datafolha. A lógica dessa manobra depõe não apenas contra a honestidade intelectual dos autores da ideia e dos editores que a abrigam, mas chega a lançar uma sombra de dúvida sobre a sanidade das mentes que conduzem as decisões editoriais da mídia tradicional.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Terceirização e a marcha na Paulista

As lições das marchas de domingo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em comparação com os protestos de 15 de março, as manifestações de ontem foram menores pelo volume e pela geografia. Em várias cidades, os protestos foram cancelados ou nem foram convocados. Em São Paulo, o mesmo DataFolha que apontou 200.000 pessoas nas ruas, há um mês, calcula que ontem o protesto envolveu 100.000. Em outras cidades, onde cálculos mais precisos foram substituídas por estimativas e puros chutes, as reduções também foram notáveis.

Carta de BH: "Regula a mídia, Já!"

Do site do FNDC:

Com a participação ativa de 682 inscritos, o 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (ENDC) aprovou, na tarde deste domingo (12/4), a Carta de Belo Horizonte. O documento reafirma a luta pela democratização da comunicação como pauta aglutinadora e transversal, além de conclamar as entidades e ativisitas a unirem forças para pressionar o governo a abrir diálogo com a sociecidade sobre a necessidade de regular democraticamente o setor de comunicação do país.

O mundo pelo olhar de Eduardo Galeano

Eduardo Galeano não morreu!

Por Altamiro Borges

Os amantes da liberdade e da humanidade estão de luto. Faleceu na manhã desta segunda-feira (13) o escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano. A triste notícia foi confirmada por sua editora ao jornal espanhol 'El País'. Aos 74 anos de idade, ele estava internado em um hospital de Montevidéu desde sexta-feira e não resistiu à complicações decorrentes de um câncer no pulmão. 

Tive o prazer de conhecê-lo durante o plebiscito revogatório na Venezuela, em agosto de 2004, que confirmou o mandato do presidente Hugo Chávez. Foi um papo longo, alegre e apaixonante, de um ser humano genial e comprometido com a emancipação dos povos da América Latina e do mundo. Na verdade, Eduardo Galeano não morreu. Suas ideias e suas belas obras estão mais vivas do que nunca!

Os protestos e a torcida da Globonews

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Do ponto-de-vista numérico, as manifestações do 12 de abril foram um tremendo fracasso.

Segundo o UOL, do diário conservador Folha de S. Paulo, eram 52 mil pessoas em todo o Brasil às 14 horas.

No entanto, na Globonews, das Organizações Globo, os protestos foram um tremendo sucesso.

O fracasso encerra o terceiro turno


Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O flop sensacional dos protestos de hoje tem um significado essencial: acabou, enfim, o terceiro turno, depois de mais cem dias de governo Dilma.

Foi um final melancólico para os esperançosos de um golpe contra os 54 milhões de votos – um grupo diversificado que vai dos coronéis da mídia até aquela massa ignara formada por analfabetos políticos.

Mídia e oposições perdem de novo

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Antes das quatro da tarde deste domingo de sol, manifestantes desenxabidos, com suas faixas e bandeiras recolhidas sob os braços, já começavam a deixar a avenida Paulista, em São Paulo, o principal centro de oposição ao governo federal.

Era o retrato do fracasso do movimento "Fora, Dilma", promovido em 15 Estados e no Distrito Federal, que só reuniu 65 mil pessoas, em todo o país, até este horário, segundo levantamento feito pelo portal UOL, do Grupo Folha, junto às Polícias Militares. É menos gente do que foi aos estádios para ver os jogos das quartas de final do campeonato paulista neste final de semana. Foram 10 mil no Rio, 5 mil em Belo Horizonte e 2 mil em Salvador. A PM de São Paulo e o Datafolha não tinham divulgado seus números sobre a avenida Paulista, que apresentava grandes vazios em toda a sua extensão.

FHC terceiriza oposição a Dilma

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

FHC fez, recentemente (dia 10), mais uma de suas palestras remuneradas. 

Embora fosse um evento sobre comércio eletrônico (O Vtex Day 2015, http://www.vtexday.com/) , alguém deu uma forcinha para patrocinar o oposicionismo do ex-presidente.

A palestra que o dinheiro pode comprar foi dada em evento patrocinado por gigantes como o grupo Mercado Livre (bem apropriado, não?), Mastercard e Walmart.

Se o governo agir, amanhã será menor

Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Uma gripe pesada me deixou de cama e, apesar de não fazer bem para a saúde, assisti à cobertura da Globonews sobre as manifestações contra o governo Dilma.

Nem vou fazer críticas à qualidade do jornalismo, deplorável. Apenas registro que as pessoas agredidas pelos manifestantes foram tratadas como provocadores, mesmo que um deles tenha sido hostilizado pelo simples fato de vestir uma camiseta vermelha, sem nenhuma referência ao PT.

Regulação da mídia não é censura

Foto de Tarso Cabral Violin
Por Joana Tavares, no jornal Brasil de Fato:

Moradia, educação, saúde são direitos humanos, todo mundo sabe. Mas a comunicação? Renata Mielli, que é jornalista e secretária geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), explica que é um direito fundamental, que passa pela possibilidade de produzir, transmitir e receber informação e cultura dos mais variados jeitos. Este é um dos temas do 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação, que acontece de 10 a 12 de abril, em Belo Horizonte. Nesta entrevista, Renata fala também do Projeto de Lei da mídia democrática e da diferença entre regulação e censura.

América Latina afirma sua soberania

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Editorial do site Vermelho:

A luta pela emancipação dos povos e nações das Américas viveu nos últimos dias um fato de transcendência histórica. Realizou-se, nos dias 10 e 11 de abril, na Cidade do Panamá, a 7ª Cúpula das Américas, que se transformou em cenário de uma nova batalha pela afirmação da soberania e a independência nacional dos países da região.

Do ato político na Veja ao ato na Globo

Por Anderson Bahia, no site da UJS:

Na véspera do segundo turno, em 2014, a bandeira da UJS foi exibida no Jornal Nacional em longa matéria sobre o ato que realizamos em frente a Editora Abril, responsável pela Veja. No dia 26 desse mês, nos somaremos a várias organizações para pautar a Globo. Por que isso?

A decisão por ambas iniciativas está longe de representar um atentado à liberdade de imprensa. Ao contrário. A ausência de regulamentação dos dispositivos constitucionais que abordam a comunicação deixa a mídia privada à vontade para descumpri-la e até construir até golpes políticos no Brasil.

Por que Aécio não foi ao protesto em BH

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:



Pode parecer que a foto que ilustra este texto basta para explicar por que Aécio Neves exortou as pessoas a irem à rua a protestar neste domingo, 12 de abril, e não deu as caras no protesto do Estado pelo qual é senador e que governou duas vezes.

Dez fatos curiosos dos atos golpistas

Da revista Fórum:

1 – O protesto solitário

Em Paris, manifestante chega ao local marcado para o protesto e não encontra ninguém.



Foto: reprodução/Facebook

O golpe ficou mais difícil

Por Nirlando Beirão, em seu blog:

Convocado pela Rede Globo, insuflado pela manchete marota da Folha de S. Paulo e legitimado por aqueles PMs que só baixam o cacete quando os manifestantes têm cheiro de povo, os protestos deste domingo foram constrangedoramente minguados pela expectativa de seus organizadores-negociantes.

Ficou claro que muita gente que foi à manifestação anterior, do 15 de março, movida por um sentimento até que sincero de revolta e de esperança, tratou de debandar.

CPI do HSBC e o "trensalão tucano"

Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC programou para a próxima quinta-feira (16) audiência na qual vai ouvir o ex-diretor do Metrô paulistano Paulo Celso Mano Moreira da Silva e o doleiro Henry Hoyer. O ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) Ademir Venâncio de Araújo também foi convocado para prestar depoimentos, mas em data ainda a ser marcada. O Ministério Público apura denúncias de cartel e pagamento de propinas em contratos das duas empresas – num caso que tem sido chamado de "trensalão paulista" – e os senadores descobriram que, além do doleiro, os ex-dirigentes são correntistas de contas secretas do HSBC na Suíça.

Atos contra o governo encolhem no Brasil

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Por Marcelo Pellegrini, na revista CartaCapital:

Ao contrário do que os movimentos organizadores dos atos anti-governo esperavam, as manifestações deste domingo 12 foram bastante menores do que as ocorridas no dia 15 de março. Com protestos em 24 estados e no Distrito Federal, 700 mil pessoas saíram às ruas para protestar contra o governo Dilma, segundo a Polícia Militar. O número é a metade do estimado no ato de março, quando 1,4 milhão de pessoas se manifestaram, segundo a PM.

domingo, 12 de abril de 2015

Apesar da mídia, marcha golpista reflui!

Por Altamiro Borges

A mídia tucana bem que se esforçou ao máximo. Nos últimos dias, percebendo a queda do interesse nas redes sociais pelas marchas golpistas marcadas para domingo (12), ela tratou de produzir factóides contra o governo. As manchetes dos jornalões foram incendiárias. As emissoras de rádio, ocupadas por vários jagunços midiáticos – como a CBN e a Jovem Pan (já batizada de Ku Klux Pan) –, convocaram explicitamente os protestos. Já a TV Globo, que manda e desmanda no futebol, alterou até o horário das partidas do campeonato paulista. Todo este empenho, porém, não surtiu o resultado esperado. Os organizadores esperavam dobrar a presença nas marchas na comparação com as realizadas em 15 de março – que o jornal O Globo garantiu terem reunido 2,3 milhões de brasileiros “pela democracia”. Agora, o próprio UOL afirma que “protestos contra Dilma reúnem cerca de 560 mil”.

As hordas fascistas voltam às ruas

Por Altamiro Borges

As hordas fascistas voltaram às ruas neste domingo (12). No meio de desinformados, típicos otários, os líderes dos três principais grupelhos golpistas – Movimento Brasil Livre (MBL), Vem pra Rua e Revoltados Online – discursaram coléricos em defesa do impeachment da presidenta Dilma. Alguns radicalizaram ainda mais, exigindo um novo golpe militar. Houve até confronto, em Brasília, entre as duas gangues golpistas. Os mais patéticos, com suas mentes colonizadas, expuseram em cartazes e faixas as suas pregações em inglês – como que apelando para uma “intervenção cirúrgica” da Quarta Frota dos EUA. No geral, o que predominou foi a agressividade dos que perderam as eleições do ano passado. Kim Kataguiri, o infantil líder do MBL, chegou a esbravejar no carro de som na Avenida Paulista: “Não tem que fazer o PT sangrar, tem que dar um tiro na cabeça do PT”.

Impeachment na ‘Folha’: 50 demitidos!

Por Altamiro Borges

A Folha tucana, a mesma que apoiou o golpe e a ditadura militar, fez de tudo para dar uma mãozinha aos novos golpistas e às suas marchas pelo impeachment da presidenta Dilma. Nos últimos dias, ela só estampou manchetes inflamáveis. Neste domingo (12), data do protesto, a jornal usou o Datafolha – do mesmo grupo empresarial – para atiçar os recalcados: “Reprovação a Dilma estaciona; maioria apoia o impeachment”. Os jornalistas mais domesticados do diário, porém, nem puderam comemorar os resultados da nova “pesquisa”. Dois dias antes, muitos deles é que sofreram impeachment. A empresa da famiglia Frias – a mesma que até agora não explicou as contas secretas de um herdeiro no HSBC da Suíça – anunciou a demissão de inúmeros profissionais. De acordo com o sempre dócil Portal Imprensa, o facão deverá atingir até 50 repórteres.

Imagens grotescas das marchas golpistas

São Paulo, Av. Paulista. Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil


O lucrativo negócio dos golpistas

Por Altamiro Borges

O jornal Estadão, que não esconde a sua simpatia pelas marchas golpistas contra o governo Dilma, publicou neste domingo (12) uma curiosa reportagem – assinada pelos jornalistas Ricardo Galhardo, Vamar Hupsel, Ricardo Chapola e Fábio Leite. Ela questiona as fontes de arrecadação dos grupos que organizaram os recentes protestos – que pedem desde o impeachment da presidenta até o retorno dos militares. “Embora cobrem transparência e lisura do governo federal, Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados On Line não fornecem nota fiscal de venda das camisetas que levam suas marcas e serão usadas por muitos manifestantes nos protestos de hoje. A comercialização das peças, bem como as doações recebidas, são as justificativas usadas por eles para financiar suas atividades”.

Marcelo Tas e a mentira terceirizada

Por Altamiro Borges

O apresentador Marcelo Tas, que abandonou o CQC antes das demissões da sua ex-equipe, nunca escondeu o seu ódio ao atual governo. Ele até ajudou a convocar o ato golpista de 15 de março. Nesta semana, porém, ele exagerou na dose do seu oposicionismo. Em sua conta no Twitter, ele responsabilizou a presidenta Dilma pela aprovação do projeto de lei 4330. “Os terceirizados agora poderão terceirizar, diz a nova lei da Pátria Educadora #DilmãoLiberouGeral”, postou o mentiroso terceirizado. De imediato, muitos internautas reagiram à patifaria do apresentador.

Professores debatem conjuntura e mídia

Do site da Contee:

A atual conjuntura política brasileira e o papel da comunicação dos movimentos sociais e sindical no enfrentamento à onda conservadora que assola o país foi o tema de abertura do 3º Seminário de Comunicação da Contee, que teve início hoje (10), em Belo Horizonte. O debate, que abordou também o papel das redes sociais no diálogo com a categoria e com a sociedade, estendeu-se por mais de quatro horas e possibilitou uma troca de experiências entre as dezenas de representantes das entidades filiadas à Confederação presentes no evento, de jornalistas a diretores.

O câmbio e a crise dos jornalões

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Nos próximos dias haverá nova rodada de demissões nos principais jornais brasileiros – especialmente Estadão e Folha.

Em outros momentos, as demissões resultaram de erros estratégicos para se adaptar às novas tecnologias. Deste vez, é câmbio na veia.

A mídia e os roedores no Congresso

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A semana termina em tom de pacificação. Na sexta-feira (10/4), os principais diários brasileiros acomodam melhor o noticiário sobre a crise política, registrando as primeiras ações do presidente do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, no seu novo papel de mediador entre as várias correntes que formam a base aliada do governo no Congresso Nacional. Por outro lado, o noticiário se aprofunda na proposta de novas regras para contratações de funcionários terceirizados e há um desvio sutil no escândalo da Petrobras.

Os golpistas perderam a vergonha

Por Miguel do Rosário, do blog O Cafezinho:

Às vésperas das marchas do dia 12, a Folha publica uma malandríssima pesquisa em que aponta um suposto apoio da população ao “impeachment” da presidenta Dilma.

Malandríssimo por duas razões: para tentar estimular as manifestações de domingo, e porque a própria pesquisa induz as respostas.

Os 100 dias do governo Dilma

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Os governos, por melhores ou piores que sejam, passam. Os países ficam.

É nisso que deveríamos pensar neste dia 10 de abril de 2015, uma sexta-feira: o que está em jogo no momento não é o destino de um governo, mas o futuro do nosso país.

Na nossa jovem democracia, que acaba de completar 30 anos, nunca tivemos os primeiros 100 dias de um novo governo tão tumultuados, com tantas crises e conflitos ao mesmo tempo, como neste Dilma-2.

A grande lambança e o sono dos justos

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Na semana seguinte à vitória da Presidenta Dilma nas eleições de 26 de outubro de 2014 endinheirados intensificaram tratativas para mandar parte de sua riqueza para fora do país.

Dez dias após o pleito, o jornal Valor Econômico, na edição de 05/11/2014, publicava uma reportagem com o seguinte título: ‘Eleição impulsionou interesse em enviar dinheiro para fora’.

A busca da normalidade política

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A normalidade da disputa política – que pode ser estridente, mas dentro das regras do jogo – começou a ser quebrada no Brasil poucos dias antes das eleições.

Até ali, assistimos à parcialidade escandalosa da mídia, o que não chega a ser uma novidade em nosso país.

Mas quando a Veja valeu-se da declaração de um criminoso contumaz, que jamais chegou sequer perto de Lula e de Dilma Rousseff para afirmar que “eles sabiam” dos casos de corrupção na Petrobras, sem nada mais senão uma declaração marota, genérica de um bandido.

As ameaças da onda conservadora

Editorial do site Vermelho:

A vitória de Dilma Rousseff em novembro de 2014 foi a vitória de uma agenda política que propugnava por mais direitos e mais democracia.

Diversos fatores obstaram até agora esta agenda. Uma insistente ofensiva golpista e antidemocrática do consórcio oposicionista formado pelo grande capital, mídia empresarial e partidos de direita, além de erros de condução política do próprio governo, estão entre estes elementos desestabilizadores.

A Globo e seu ovo de serpente

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Editorial do jornal Brasil de Fato:

Em 2010, quando Maria Judi­th Brito, então presidente da Asso­ciação Nacional de Jornais (ANJ) e executiva do grupo Folha de S. Pau­lo, anunciou que a imprensa deveria assumir, de fato, “a posição oposi­cionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada”, es­cancarou o ovo de serpente que es­tava sendo chocado.

Datafolha confirma a força de Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Só há uma surpresa na pesquisa Datafolha feita e divulgada com o propósito evidente de vitaminar os protestos deste domingo. Perguntados sobre em quem votariam se Dilma caísse e fossem convocadas novas eleições, 33% declararam voto em Aécio Neves e 29% no ex-presidente Lula.

Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, o tucano e o petista estão tecnicamente empatados.

ENDC reúne 700 ativistas em BH

Foto: Sonia Corrêa
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Com 682 inscritos e todos os estados do país presentes, a cerimônia de abertura do 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (ENDC) contou com muita representatividade na manhã deste sábado (11/4), no teatro do Instituto Metodista Izabela Hendrix, em Belo Horizonte. O ato contou com a presença de cerca de 30 representantes da política e de movimentos sociais que, em uníssono, ressaltaram a importância da luta pela democratização da comunicação no país.

sábado, 11 de abril de 2015

Globo, PM, FPF e a marcha golpista

Por Renato Rovai, em seu blog:

É impressionante como se perdeu completamente qualquer limite na tentativa apear a presidenta Dilma do governo. Neste domingo, os que pedem impeachment vão às ruas de novo em diversas partes do país. A mobilização pelas redes está muito menor do que nas vésperas de 15 de março e tudo indica que ao menos os atos de São Paulo e do Rio de Janeiro serão bem menores. Mas para que eles não sejam um vexame, principalmente em São Paulo, um vergonhoso esquema foi preparado para impulsioná-lo.


São Paulo, locomotiva em marcha lenta

Por Cida de Oliveira, na Revista do Brasil:

Não foi à toa que São Paulo passou a ser chamada de locomotiva do progresso. O estado que saiu na frente no processo de industrialização responde hoje por um terço da economia brasileira. Maior produtor industrial, com cerca de 30% do parque fabril em seu território, é dono da maior rede de comércio e serviços e detém a segunda maior produção agropecuária. Sedia ainda grandes universidades, como USP, Unicamp e Unesp, institutos de pesquisa onde é desenvolvida grande parte da pesquisa científica nacional, e o coração do setor financeiro e empresarial brasileiro.

O golpe branco do parlamentarismo

Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

Antes da crise que está nos jornais, há a Crise da Política (assim com P maiúsculo para significar a grande política, a política maior, a política geral), pano de fundo de tudo o mais - das crises econômicas, até -, mãe das crises institucionais, que levam à ingovernabilidade. Num determinado momento, navegando por mares que se autocomunicam, as crises também se autocontaminam de tal sorte que passam a constituir um só fenômeno.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Golpe da terceirização: Veta, Dilma!

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Numa época que convive com denúncias frequentes de trabalho escravo, que envolvem até grandes empresas multinacionais, supostamente modernas e socialmente responsáveis - numa lista bem lembrada pela deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) em discurso na tarde de ontem - o projeto de lei 4330, que libera as terceirizações, é um erro histórico e um abuso. O projeto foi aprovado ontem por 324 votos a 137. Em breve será encaminhado para o Senado. Minha opinião é que, se for aprovado também nesta Casa, a presidente Dilma Rousseff não terá alternativa além do veto.

Aécio e o golpe da terceirização

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Certas situações deixam subitamente claras coisas que pouca gente enxergava.

A votação da terceirização, por exemplo.

Ela expôs espetacularmente o retrocesso social que significaria a eleição de Aécio.

Os deputados do PSDB votaram pela terceirização.

Nove motivos contra a terceirização

Por Piero Locatelli, no site Repórter Brasil:

O número de trabalhadores terceirizados deve aumentar caso o Congresso aprove o Projeto de Lei 4.330. A nova lei abre as portas para que as empresas possam subcontratar todos os seus serviços. Hoje, somente atividades secundárias podem ser delegadas a outras empresas, como por exemplo a limpeza e a manutenção de máquinas.

Entidades de trabalhadores, auditores-fiscais, procuradores do trabalho e juízes trabalhistas acreditam que o projeto é nocivo aos trabalhadores e à sociedade.

Descubra por que você deve se preocupar com a mudança.


Câmara ameaça os direitos do povo

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Entre perplexo e indignado, cheguei à seguinte conclusão depois de assistir, nesta terça (7/4), pela TV Câmara, aos debates sobre o PL 4330, o das terceirizações: a atual composição da Câmara dos Deputados, presidida por um parlamentar do nível de um Eduardo Cunha, é a mais grave ameaça aos direitos sociais, políticos e econômicos conquistados pelo povo brasileiro ao longo de décadas.

A herança maldita do PSDB em Minas

Do blog de Zé Dirceu:

A herança maldita de 12 anos de tucanato em Minas Gerais – 8 anos do governador Aécio Neves e 4 do governador Antônio Anastasia – é o tema desta nossa entrevista com o deputado Rogério Correia (PT-MG). Nesta conversa com o blog, Correia denuncia a tentativa do tucanato – pasmem! - de jogar nas costas do governo federal a responsabilidade pelo déficit de mais de R$ 7 bi acumulado em Minas.

Contra PL 4330, Brasil cruza os braços

Por Luiz Carvalho, no site da CUT:

As respostas da classe trabalhadora e dos movimentos sociais para o mais recente ataque do Congresso Nacional aos direitos trabalhistas começam no próximo dia 15 de abril.

Em dia nacional de paralisação, CUT, CTB e as principais sindicais brasileiras se unirão a parceiros dos movimentos sociais, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e Fora do Eixo-Mídia Ninja, para cobrar a retirada do Projeto de Lei 4330.

Quem votou contra os trabalhadores

Por Guilherme Franco, na revista Fórum:

A Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem (8) o texto-base do projeto de lei 4.330/04, que regulamenta a atividade de terceirização no país. Dos 463 deputados presentes na sessão, 324 votaram sim ao PL, contra 137 votos pelo não e duas abstenções. Os petistas foram os que mais criticaram a regulamentação, enquanto os peemedebistas foram os que mais apoiaram a aprovação do projeto.

Centrais convocam paralisação nacional

Por Daiana Lima, no site da CTB:

Em resposta às tentativas conservadoras e golpistas de retirada de direito e precarização do trabalho, a CTB, em parceria com a CUT e movimentos sociais organizados, vai realizar, na próxima quarta-feira (15), uma paralisação nacional nas principais capitais do país.

O movimento popular e democrático é principalmente contra o Projeto de Lei 4330/2004, aprovado na noite desta quarta-feira (8), pelo Plenário da Câmara dos Deputados. Após 11 anos em tramitação, o texto base da proposta que escancara a terceirização no país de forma irrestrita recebeu 324 votos favoráveis, 137 contra e 2 abstenções. Os destaques do texto serão votados na próxima terça-feira (14).


O jornalista tem o que comemorar?

Por Thiago Cassis, no site da UJS:

A data 07 de Abril marca o dia do jornalista. Mas o que podemos entender como jornalismo atualmente?

Quando um estudante decide ingressar no curso de jornalismo muitos ideais e sonhos permeiam sua mente. Do jornalismo investigativo ao esportivo. De coberturas de guerra a informar a população local sobre dicas de saúde e trânsito. As possibilidades são infinitas.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Câmara aprova volta da escravidão

Por Altamiro Borges

Às 21h14 desta quarta-feira (8), a Agência Brasil deu uma trágica notícia: "A Câmara dos Deputados acaba de aprovar, por 324 votos a favor, 137 contra e duas abstenções, o texto principal do projeto de lei que trata da regulamentação do trabalho terceirizado. Os destaques e sugestões de alterações serão discutidos na próxima semana". Na prática, os deputados aprovaram a volta da escravidão ao Brasil. Com a terceirização das chamadas atividades-fim, o assalariado não terá mais os direitos garantidos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e terá ainda maiores dificuldade para se organizar em sindicatos na luta contra o desemprego, o arrocho salarial e a precarização. Já a sociedade como um todo sofrerá com os péssimos serviços prestados pelas terceirizadas.

O tempo pressiona o governo Dilma

Por Maria Inês Nassif, no site Carta Maior:

O grande risco de tomar um momento por outro, e de tratar como iguais coisas que são apenas semelhantes, é não entender o ritmo próprio que a história impõe aos acontecimentos. Uma noção distorcida do governo sobre o tempo que dispõe para deter a corrosão da popularidade da presidenta Dilma Rousseff acaba anulando os resultados de qualquer eventual ação política para reverter esse processo.