Por Thiago Cassis, no site da UJS:
A data 07 de Abril marca o dia do jornalista. Mas o que podemos entender como jornalismo atualmente?
Quando um estudante decide ingressar no curso de jornalismo muitos ideais e sonhos permeiam sua mente. Do jornalismo investigativo ao esportivo. De coberturas de guerra a informar a população local sobre dicas de saúde e trânsito. As possibilidades são infinitas.
Documentários, grandes reportagens, transmissões de partidas de futebol ou ficar na bancada de um telejornal. Cada jornalista entra na universidade com um objetivo e passa anos lendo, pesquisando e trilhando diversos caminhos. Acumula experiência de vida e aprende a imaginar textos onde só existem imagens.
Mas o que temos hoje em curso no jornalismo? Uma rápida lida nos jornais impressos ou alguns blocos de um noticiário na televisão bastam para percebemos que o espaço e a função do jornalista é restrito. Não sejamos ingênuos ao ponto de imaginar que exista imparcialidade. Quem diz, ou escreve, sempre tem um objetivo a atingir com o que expressou.
Porém, com o passar dos anos, o jornalismo legitimou-se cada vez mais como um instrumento de propagação ideológica da classe dominante. E nesse sentido vale tudo. Omissão, manipulação e o que mais for necessário para fazer com que o senso comum esteja a favor de suas pautas.
Poucas famílias, que representam grandes grupos financeiros, comandam o jornalismo no país. Pelo menos o jornalismo que é consumido pela maior fatia da população.
Para Cristiane Tada, jornalista da União Nacional dos Estudantes, “com essa falta de pluralidade o que vemos é que os ‘donos’ dos meios de comunicação acabam se achando acima do bem e do mal, defendendo pontos de vistas únicos e o jornalista perdendo o papel de mediador do interesse público e se tornando apenas um porta voz oficial dos interesses do veículo de comunicação”.
As redes sociais e os blogs se apresentam, já há algum tempo, como um espaço onde as informações e diferentes visões da realidade podem ser exploradas. Mas perto do poderio dos grandes jornais e das emissoras de TV, as redes ainda pouco representam em relação a formação do senso comum. E mesmo na Internet, os portais mais acessados, e que também possuem mais estrutura, acabam sendo os que estão nas mãos dos mesmos grupos dominantes.
Mais uma vez aqui, voltamos a pauta da democratização da comunicação. A estrutura dispare com que veículos alternativos aos grandes grupos de comunicação tem para continuar existindo só poderá ser menos desigual com uma regulação econômica, pauta que chegou a figurar nos discursos de Dilma Rousseff durante a última campanha eleitoral mas, ao que tudo indica, só voltará a ser realidade se ocuparmos as ruas para exigirmos uma mídia mais democrática. E não estamos lutando por nada mais do que rege nossa constituição.
E as ruas já tem data marcada para serem ocupadas: Dia 26 de Abril!
A data 07 de Abril marca o dia do jornalista. Mas o que podemos entender como jornalismo atualmente?
Quando um estudante decide ingressar no curso de jornalismo muitos ideais e sonhos permeiam sua mente. Do jornalismo investigativo ao esportivo. De coberturas de guerra a informar a população local sobre dicas de saúde e trânsito. As possibilidades são infinitas.
Documentários, grandes reportagens, transmissões de partidas de futebol ou ficar na bancada de um telejornal. Cada jornalista entra na universidade com um objetivo e passa anos lendo, pesquisando e trilhando diversos caminhos. Acumula experiência de vida e aprende a imaginar textos onde só existem imagens.
Mas o que temos hoje em curso no jornalismo? Uma rápida lida nos jornais impressos ou alguns blocos de um noticiário na televisão bastam para percebemos que o espaço e a função do jornalista é restrito. Não sejamos ingênuos ao ponto de imaginar que exista imparcialidade. Quem diz, ou escreve, sempre tem um objetivo a atingir com o que expressou.
Porém, com o passar dos anos, o jornalismo legitimou-se cada vez mais como um instrumento de propagação ideológica da classe dominante. E nesse sentido vale tudo. Omissão, manipulação e o que mais for necessário para fazer com que o senso comum esteja a favor de suas pautas.
Poucas famílias, que representam grandes grupos financeiros, comandam o jornalismo no país. Pelo menos o jornalismo que é consumido pela maior fatia da população.
Para Cristiane Tada, jornalista da União Nacional dos Estudantes, “com essa falta de pluralidade o que vemos é que os ‘donos’ dos meios de comunicação acabam se achando acima do bem e do mal, defendendo pontos de vistas únicos e o jornalista perdendo o papel de mediador do interesse público e se tornando apenas um porta voz oficial dos interesses do veículo de comunicação”.
As redes sociais e os blogs se apresentam, já há algum tempo, como um espaço onde as informações e diferentes visões da realidade podem ser exploradas. Mas perto do poderio dos grandes jornais e das emissoras de TV, as redes ainda pouco representam em relação a formação do senso comum. E mesmo na Internet, os portais mais acessados, e que também possuem mais estrutura, acabam sendo os que estão nas mãos dos mesmos grupos dominantes.
Mais uma vez aqui, voltamos a pauta da democratização da comunicação. A estrutura dispare com que veículos alternativos aos grandes grupos de comunicação tem para continuar existindo só poderá ser menos desigual com uma regulação econômica, pauta que chegou a figurar nos discursos de Dilma Rousseff durante a última campanha eleitoral mas, ao que tudo indica, só voltará a ser realidade se ocuparmos as ruas para exigirmos uma mídia mais democrática. E não estamos lutando por nada mais do que rege nossa constituição.
E as ruas já tem data marcada para serem ocupadas: Dia 26 de Abril!
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