quinta-feira, 9 de julho de 2015

Papa Francisco e o crucifixo de Morales

Fotos: Alba Ciudad

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O reboliço que – dizem – causou a foto de Evo Morales dando um crucifixo estilizado com uma foice e um martelo, obra de um artista que se inspirou num padre ligado a grupos revolucionários, assassinado na Bolívia nos anos 80, é de uma imbecilidade sem par.

O padre morto, um espanhol que vivia há 20 anos na Bolívia, chama-se Luis Espinal, “el jesuita al que dieron 12 tiros “por decir verdades” , segundo matéria do serviço em espanhol da BBC. Não, BBC não é Britanic Bolivarian Comunist, não.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

O ato falho espetacular de Aécio

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Freud já dizia que os atos falhos (um nome trocado, uma palavra fora do lugar…) são uma das formas mais eficientes para se buscar o que anda no inconsciente de cada um de nós.

Aécio Neves deu uma demonstração clara de que o velho Freud é, tantas vezes, mais importante para se compreender o mundo do que Marx e Weber.

O risco na política é perder seu povo

Por Renato Rovai, em seu blog:

Há exceções, como em tudo na vida, mas os golpes não acontecem por acaso e nem de uma hora para outra. Necessitam de terreno fértil.

E esse terreno vai sendo fertilizado aos poucos.

Quando tudo parece ir bem, é que o diabo trabalha.

O republicanismo do ministro Cardozo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Tento há tempos terminar dois livros e não consigo. O trabalho diário não permite.

No meio do maior tiroteio político desde o impeachment de Collor, em entrevista ao Estadão, José Eduardo Cardozo diz se dedicar a uma tese de doutorado na prestigiosa Universidade de Salamanca.

É um privilégio, para este país de iletrados, ter na Justiça um Ministro intelectual, que dedica suas horas vagas a teses de doutorado.

Risco de golpe contra a soberania popular

Por Miguel do Rosário, de Brasília, no blog O Cafezinho:

Passei o final da manhã e a tarde inteira em Brasília, conversando com deputados, senadores e assessores, tentando entender o clima de fim de mundo que se instalou na política nacional.

Engana-se quem pensa que os alertas de golpe seriam "paranoia" ou "delírio" de blogueiros sujos.

Não há ninguém com medo. Ao contrário, a disposição dos movimentos sociais e a deste blog é de luta. A resistência contra o golpe será grande, embora o seu tamanho dependerá da inteligência e ousadia do governo para produzir uma grande agenda positiva.

Sardenberg e o terrorismo midiático

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Carlos Alberto Sardenberg tem acesso diário a milhões de ouvintes e telespectadores brasileiros. É economista e, apresentado como tal, ganha automaticamente a chancela que o título lhe confere entre os leigos. Como disse o perfil do ex-presidente Lula no Facebook, é um homem de seis empregos.

Preso no trânsito, eu mesmo já ouvi dezenas de bobagens ditas por Sardenberg na CBN. Suas análises são rasas, formulaicas e basicamente repetem o que lhe diz o pessoal daquela entidade que paira sobre todas as outras, um ente quase religioso, “o mercado”.

Serra, a Petrobras e o marshmallow

Por Tadeu Porto, no site Brasil Debate:

Existem textos que começamos a escrever um pouco contrariados. Digitamos, digitamos e digitamos, parecendo não acreditar que temos de juntar tais palavras, orações e pensamentos naquele momento. É exatamente assim que eu me sinto formulando um artigo para defender a manutenção do regime de partilha no país, efetivado faz menos de cinco anos.

Democracia: comunicação e política


Por Antônio Albino Canelas Rubim, na revista Teoria e Debate:

Em seu novo livro, Cultura do Silêncio e Democracia no Brasil (Brasília, Editora UNB, 2015), Venício Lima assinala na apresentação que todos os textos selecionados para o livro, escritos nos últimos 35 anos, “contemplam uma preocupação comum – a questão da comunicação social (mídia) na sociedade brasileira” (p.9). Gostaria de propor que o interessante livro talvez fosse (também) lido por meio de outro enquadramento: o imbricamento atual e umbilical, sempre afirmado pelo autor, entre comunicação e política na democracia contemporânea.

Tramam um golpe. Ele não passará

Por Haroldo Lima

A situação política brasileira evolui por caminhos inesperados, tortuosos e preocupantes. Núcleos em posições de Poder confrontam-se com o governo e planejam desbancá-lo. O afastamento da presidenta da República é objeto de especulação, colunas de jornais tratam do tema abertamente, nomes de políticos são citados para sucedê-la. Como não há fatos jurídicos para permitir o afastamento da presidenta dentro da lei, procura-se produzir feitos que justifiquem um “impeachment”. É um ardil torpe. É a “direita” na ofensiva.

As armas de Dilma contra os golpistas

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Quando diz que lutará com “unhas e dentes” para defender seu mandato, a presidente Dilma Rousseff sabe que terá pela frente duas batalhas político-jurídicas e conhece as armas de que disporá em cada uma. Foi esta a impressão que ela deixou em alguns líderes partidários que participaram da reunião de ontem com ela no Palácio da Alvorada, na qual o foco dela foi na apreciação de suas contas de governo pelo TCU, e posteriormente pelo Congresso.

A lição dos atos falhos de Aécio

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O teatro que o PSDB está fazendo em torno do impeachment, dizendo que não trabalha para isso enquanto conspira abertamente, é talvez a página mais abjeta da história do partido.

Na convenção, no último domingo, Fernando Henrique Cardoso, triunfal, afirmou que o PSDB “está pronto para assumir”. Mais: “Nunca como antes se roubou tanto neste país”.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Os arquivos do terror na Guatemala

Por Leonardo Wexell Severo, no jornal Brasil de Fato:

Uma denúncia sobre “explosivos mal armazenados” fez com que, no dia 5 de julho de 2005, funcionários da Procuradoria de Direitos Humanos (PDH) entrassem em um velho paiol abandonado, infestado de ratos, no centro da capital guatemalteca. Então, o que era para ser uma investigação de rotina se transformou na maior descoberta sobre a política de terrorismo de Estado praticada pela oligarquia, com apoio da CIA, contra “subversivos”, “esquerdistas” e “comunistas” no continente. A verdade documentada em 80 milhões de páginas continha os pormenores de décadas de perseguições, torturas, desaparecimentos e assassinatos de oposicionistas.

A Grécia, o mercado e a urna

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Às vésperas da admissão da Grécia no clube da moeda única, o poderoso Goldman Sachs assessorou o governo grego na manipulação de dados fiscais, aproximando a dívida e o déficit dos critérios de Maastricht. As instituições europeias compraram como boa a mercadoria estragada recomendada pelo Goldman.

Diante da chancela das instituições de Bruxelas e de Frankfurt, os bancos alemães, franceses e holandeses desandaram a financiar gregos, troianos, espanhóis, portugueses, irlandeses e tutti quanti. A introdução do euro concedeu aos periféricos as vantagens da emissão de dívidas na moeda comum. Com o desaparecimento do risco cambial, essa prerrogativa garantiu aos países mais frágeis spreads bastante razoáveis sobre as taxas de juro pagas pelos títulos do governo alemão.

Dilma reage e avisa: governo não acabou

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Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Ponham-se no meu lugar: por onde começar este texto, depois dos acontecimentos dos últimos dias e horas que, numa velocidade cada vez maior, levaram a guerra política à beira de uma crise institucional sem precedentes, trinta anos após a redemocratização do país?

Tinha ido dormir com a sensação de que o governo estava no chão e as oposições só contavam as horas para saber quando e como assumiriam o poder.

PT e o cheiro de morte iminente

Por Jeferson Miola, no site Carta Maior:

Recentes pesquisas de opinião ajudam a entender a encruzilhada do PT e do governo Dilma nesta conjuntura crítica e perigosa para ambos.

A Vox Populi revela, em síntese, que o tamanho do ódio ao PT é menor que a sensação midiática criada; e, além disso, que os limites do antipetismo são maiores que aqueles que a mídia oposicionista desejaria que fossem: “apenas” 12% odeia o PT, 21% não vota no PT, 33% vota no PT e outros 33% podem - ou não - votar no PT. O povo humilde, a maioria absoluta da população brasileira, ainda acredita no PT.

Vídeo: Mídia, golpe a ditadura

A negação dos partidos e o fascismo

Por Altamiro Borges

O jornal O Globo divulgou na semana passada uma compilação de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que confirma o descrédito dos jovens com os partidos políticos. Segundo a pesquisa, o número de filiados entre 16 e 24 anos em cinco siglas (PT, PMDB, PSDB, PDT e PP) caiu 56% nos últimos sete anos. Os jovens nessa faixa etária somam hoje 132.292 filiados. Em 2009, eram cerca de 300 mil. "Dos governistas à oposição, os principais partidos brasileiros estão envelhecendo", conclui a matéria. Para o jornal da famiglia Marinho, que diariamente promove a escandalização da política e a negação da ação coletiva, o PT é a principal vítima deste crescente descrédito dos partidos.

O que a Grécia ensina ao Brasil?

Por Breno Altman, em seu blog:

Qualquer comparação entre distintas realidades nacionais nasce morta se omitidas ou negligenciadas as realidades concretas, mas a pátria do Syriza também traz lições universais.

Estratégias de mudanças sem conflito são eficazes apenas em períodos de bonança, quando a interseção entre transformação e paz se amplia porque o Estado tem mais recursos para investir na melhoria da vida dos pobres sem afetar a fortuna e os interesses dos ricos.

O Facebook, muito além do arco-íris

Por Rafael Evangelista, no site Outras Palavras:

Na última sexta-feira (26), as redes sociais foram invadidas pelas cores do arco-íris, em comemoração à decisão da Suprema Corte dos EUA de legalizar o casamento igualitário. As mais variadas imagens das sete cores foram usadas por milhões de pessoas no mundo todo, significando apoio e celebração à decisão dos EUA, mas também uma afirmação global contra o preconceito e a discriminação ligados à orientação sexual e de gênero.

A crise na Grécia, segundo Sardenberg

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

Carlos Alberto Sardenberg é comentarista de economia em diversos veículos das organizações Globo e defensor intimorato das políticas de austeridade.

Age como um disciplinado autômato a serviço do mercado financeiro. Se amanhã os banqueiros decidirem que todos devem pagar taxas para respirar dentro de uma agência bancária (é só o que falta) não tenham dúvidas de que Sardenberg (em companhia de outros da mesma escola) fará ilustrados comentários provando por A + B que os banqueiros estão certos e que é um absurdo um cliente inspirar oxigênio e expirar gás carbônico, dentro das agências, impunemente. 

Golpe não é apenas derrubar Dilma

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Alguns amigos têm me criticado pelo que interpretam ser um “pessimismo” de minha parte ao descrever o que se passa com o governo Dilma.

Bem, confesso que otimismo não é, mas estou a anos-luz de achar que é inevitável sua derrubada formal e a consumação de um golpe no Brasil.

Dilma-PT: mirem-se no exemplo de Atenas

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A “Folha” abriu de forma curiosa o texto em que noticia a vitória do NÃO na Grécia: “em um resultado surpreendente…” De fato, o rechaço ao programa liberal imposto aos gregos foi surpresa – mas apenas para quem se baseia nas agências de notícias internacionais e nos comentaristas da GloboNews.

Acontece que o mundo real não aboliu a política.

"A classe jornalística" e o oportunismo

Da Rede Brasil Atual:

A jornalista Hildegard Angel afirma que colunistas da imprensa, que tiveram passado de esquerda, hoje não se constrangem em aderir ao pensamento conservador que domina a imprensa brasileira. Em debate na última sexta-feira (3), no Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, Hilde, como é conhecida, foi categórica: “Essa é a história do oportunismo da imprensa brasileira. Do oportunismo dos intelectuais brasileiros, daqueles que se situam e formam suas panelinhas para manter seus cachês valorizados. Agora, não valoriza cachê ser de esquerda, o cachê fica baixo. Valoriza o cachê falar mal das causas sociais, dos progressos sociais, das conquistas sociais”.

Parlamentarismo branco está em marcha?

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Por Renato Rovai, em seu blog:

O gato do parlamentarismo subiu no telhado do Palácio do Planalto nos últimos dias. A provocação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que trouxe, como quem não quer nada, o tema à baila numa entrevista e notinhas aqui e acolá insinuando que isso poderia ser um caminho para a atual crise política, suscitaram preocupação e conversas acerca do tema em Brasília.

O dia seguinte ao impeachment

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Montando os Atos Institucionais e a lista de cassações, Costa e Silva chamou o Ministro da Fazenda Delfim Netto e indagou o que ocorreria se incluísse na lista o banqueiro Walther Moreira Salles.

Delfim disse que nada de mais. Haveria problemas com os bancos nova-iorquinos e europeus, sem dúvida. Também com a mídia norte-americana, já que Moreira Salles era amigo pessoal dos donos da CBS, do New York Times e do Washington Post. Fora isso, nada de mais.

Grécia derrota abutres e mídia rentista

Foto: Marco Djurica/Reuters
Por Altamiro Borges

A decisão histórica da Grécia, que rejeitou neste domingo (5) o terrorismo da “troika” – Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia –, ainda terá inesperados e tensos desdobramentos. Mas já dá para identificar os grandes derrotados nas urnas: os abutres do capital financeiro, o governo imperial de Angela Merkel e a mídia rentista. Como afirmou o primeiro-ministro Alexis Tsipras, logo após o fim da apuração – 61,3% votaram “não” e 38,7% pelo “sim” –, o resultado “demonstra que a democracia não pode ser chantageada”. A partir de agora as negociações com os banqueiros se darão em outro patamar, o que influenciará todo o velho e saqueado continente.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Maioria rejeita doação empresarial

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

As pesquisas de opinião pública, realizadas por lucrativos institutos privados, não são neutras. Elas servem a interesses políticos e econômicos. Antes da votação da redução da maioridade penal, várias sondagens foram publicadas reforçando a ideia de que a maioria da sociedade é a favor desta medida. Este foi um dos argumentos usados por Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, para dar a sua segunda "pedalada regimental" e para garantir sua aprovação. Já nesta segunda-feira (6), o Datafolha divulgou uma pesquisa que comprova que a maioria dos brasileiros é contra as doações empresariais para as campanhas eleitorais. Por que ela não foi feita antes da primeira "pedalada" do lobista do Congresso, que garantiu a manutenção deste expediente que corrompe a democracia brasileira?

Equador enfrenta 'golpe de Estado suave'

Por Altamiro Borges

De laboratório das políticas neoliberais de desmonte do Estado, da nação e do trabalho, a América Latina se transformou na vanguarda mundial da luta contra este receituário destrutivo e regressivo. A vitória do militar rebelde Hugo Chávez, nas eleições da Venezuela em dezembro de 1998, abriu um novo ciclo político no continente, com a chegada aos governos de vários presidentes progressistas. Este ciclo, porém, enfrenta enormes desafios na atualidade. Conspirações orquestradas pelos EUA, sabotagens empresariais e cercos midiáticos tentam estancar estas experiências. Na semana passada, o presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou que o seu país enfrenta um "golpe de Estado suave".

Justiça livra McDonald's de multa

Por Altamiro Borges

A rede estadunidense McDonald's é poderosa. Ela ludibria os consumidores com falsas propagandas, envenena as crianças e ainda explora brutalmente seus trabalhadores. Mesmo assim, ela conta com o apoio de setores do Judiciário – o poder mais hermético e corruptível do país – e goza de prestígio na mídia privada – que garfa milhões em anúncios publicitários. Na semana passada, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu anular a multa de R$ 3,2 milhões aplicada pelo Procon, órgão de defesa do consumidor, à multinacional. O órgão havia considerado abusiva a publicidade infantil da venda de lanche associada a brinquedos, mas o McDonald's recorreu à Justiça e venceu a parada.

Grécia pode mudar o curso da história

Ilustração do site Rebelión
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Vamos combinar que a espetacular vitória do Não, com 61% votos a favor, margem que não permite dúvidas sobre a vontade da população da Grécia, é acima de tudo uma vitória da dignidade humana. A fé na humanidade só pode ficar um pouquinho maior - apesar de todas as ressalvas - após o resultado de ontem.

A investida contra sites independentes

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Fernando Rodrigues tem dupla personalidade como colunista.

Contra poderosos, fala baixo. Ele teve acesso à lista de brasileiros do HSBC e protagonizou um dos maiores vexames do jornalismo brasileiro.

Não fez nada.

Stedile e os desafios da conjuntura

Do jornal Brasil de Fato:

Liderança do MST, maior movimento popular do campo no Brasil, João Pedro Stedile vê um cenário difícil e complexo para a classe trabalhadora, “um período de confusões que não se resolverá a curto prazo”.

Para ele, as dificuldades de cenário fazem com que, “de um lado, o povo vê todos os dias a burguesia tomando iniciativas contra ele, e um governo inerte e incapaz. E de nossa parte, não conseguimos chegar até a “massona” com nossas propostas, até porque a mídia é controlada pela burguesia”.

As agruras do jornalismo honesto

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Até o mundo mineral não nutre maior apreço pela figura do delator. A personagem não é simpática, nem mesmo quando sua delação é legalmente premiada. A mídia nativa, somente ela, e quem acredita nela, foge à regra, ao sentimento comum não somente do Oiapoque ao Chuí, mas também de um polo a outro do planeta Terra.

Mídia peculiar, empenhada em enganar seus leitores, a precipitá-los no equívoco a respeito da verdadeira essência e dos alcances da delação. Sem falar do insondável mistério de tantos vazamentos, o que o delator delata terá de ser provado. Exponho o óbvio. Parece-me, porém, que os crentes na mídia, ao lerem as manchetes ou ao ouvirem âncoras, locutores e comentaristas, supõem ler e ouvir a sacrossanta verdade factual.

Mídia: oportunismo e vocação para o golpe

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos da Barão de Itararé:

Imprensa alternativa, censura, tortura... Foram muitos os temas abordados no debate sobre mídia, golpe e ditadura, realizado no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo, na sexta-feira (3). O depoimento comovente de Hildegard Angel, porém, roubou a cena. Filha de Zuzu Angel e irmã de Stuart Angel, ambos assassinados pelos militares nos anos de chumbo, ela se emocionou e foi aplaudida de pé ao relatar sua experiência e criticar, de forma veemente, a imprensa brasileira.

Eduardo Cunha e o contrato insuficiente

Por Murilo Cleto, no site Carta Maior:

Neste momento, não há quem não esteja intrigado com a desfaçatez de Eduardo Cunha ao driblar a Constituição pra conseguir aprovar a emenda que reduz a idade penal no Brasil de 18 para 16 anos. Quer dizer, há: mas somente aqueles que são radicalmente favoráveis a ela. Por outro lado, OAB e a parte derrotada do Congresso já anunciaram que vão recorrer ao Supremo para denunciar a reapresentação do texto, com apenas algumas pequenas alterações, menos de 24 horas após o primeiro resultado, que não havia atingido o número necessário de votos para sua aprovação.

Povo grego diz não à agiotagem

Ilustração: Robert García/Rebelión
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Contrariando os institutos de pesquisa, que até nas sondagens de boca de urna indicavam uma disputa acirrada entre o sim ao mercado financeiro internacional e o não em defesa da soberania grega, o plebiscito realizado neste domingo, 5 de julho, terminou com uma consagradora vitória do não, com mais de 60% dos votos.

Movimentos sociais contra o golpismo

Do site do UJS:

Confira o manifesto, na íntegra, com assinaturas atualizadas, clicando no título. Para incluir sua assinatura no manifesto, mande email para assinaturamanifesto@gmail.com.

Manifesto Brasil

Nós, militantes de movimentos populares, sindicais, pastorais e partidos políticos, manifestamos o que segue:

Hildegard no Barão: vamos à luta!

Foto: Felipe Bianchi/Barão de Itararé
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Bom assistir esse vídeo da Hildegard Angel, a nossa "madame" revolucionária, em depoimento feito na sede do Barão de Itararé, dia 4 de julho, durante lançamento do livro Golpe de Estado, do amigo Palmério Dória.

Angel é irmã do militante político assassinado pela ditadura, Stuart Jones, e filha da estilista Zuzu Angel, famosa pela luta que empreendeu contra o regime militar para denunciar o crime contra seu filho.

Iniciativa e unidade contra o golpismo

Editorial do site Vermelho:

O Brasil está vivendo grave e aguda crise política que a qualquer momento pode transformar-se em crise institucional. São variadas as iniciativas políticas e jurídicas visando a derrocar o governo da presidenta Dilma Rousseff.

A convenção nacional do PSDB, realizada no último fim de semana foi mais um elo na escalada golpista. Os principais dirigentes desse partido, que funciona como centro aglutinador das oposições conservadoras e golpistas, entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, fizeram ataques agressivos à presidenta Dilma Rousseff, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Partido dos Trabalhadores.

A guerra dos urubus, agora na 'Folha'

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Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ontem, escrevi aqui sobre algo que está se tornando tão evidente que até consegue sair nos jornais, neste paradoxo em que vivemos no qual a verdade raramente está ali: a guerra de urubus que se formou na oposição, para saber quem lidera a posse dos despojos do governo que, pequeno detalhe, foi eleito pela população.

O jogo decisivo marcado no Senado

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Uma partida importante para a dinâmica da crise, na política e na economia, será jogada esta semana no Senado: a votação da última peça que falta para a conclusão da parte legislativa do ajuste fiscal, a MP que reduz a desoneração da folha de pagamento das empresas. Nesta segunda-feira em São Paulo, na Fiesp, líderes empresariais se reúnem para acertar o lobby que farão junto aos senadores, havendo dúvida se tentarão apenas suavizar a medida, o que tem custos, ou derrubá-la inteiramente, o que seria um desastre.

O problema é o Eduardo Cunha?

Por Ronaldo Pagotto, no blog Escrevinhador:

Um raio num céu azul. Com essa expressão, Marx ironizava o ataque dos bonapartistas à Assembleia Nacional francesa, criticando a leitura de muitos de que era uma surpresa tamanha, como algo inexplicável caindo do céu.

Os setores progressistas amanheceram nesta quinta-feira com o sabor da derrota. Em mais uma manobra regimental, a Câmara aprovou a redução da maioridade penal, com a reapreciação de uma matéria vencida na noite anterior.

Hildegard Angel e o oportunismo da mídia

domingo, 5 de julho de 2015

Gregos comemoram a vitória do 'não'

Guido Mantega responde aos fascistas

Por Altamiro Borges

Após ser alvo de três provocações fascistas - uma num hospital quando levava sua companheira para uma sessão de tratamento de câncer e outras duas em restaurantes da capital paulista -, o ex-ministro Guido Mantega decidiu se manifestar, sempre de forma civilizada e cordial, "sobre as intolerâncias". O artigo, publicado neste domingo (5) na Folha, serve de alerta contra a onda de ódio que cresce no país de maneira impune - e com o silêncio cúmplice da mídia tucana. Vale conferir:

Maju Coutinho: Não há racismo no Brasil

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Como todos sabemos, não há racismo no Brasil.

Ou exploração sexual de crianças e adolescentes.

O machismo? Uma mentira.

E a homofobia, uma invenção.

Não há genocídio de jovens pobres e negros das periferias.

Lava-Jato e a espionagem dos EUA

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Em suas críticas ao tamanho do Estado e na defesa da privatização a qualquer preço, os neoliberais tupiniquins se esforçam por defender a tese de que o poder de algumas das maiores nações do mundo “ocidental”, os EUA à frente, teria como únicos, principais esteios, o capitalismo, a livre iniciativa e o livre mercado, e defendem, sempre que podem, alegando a existência de “cabides de emprego”, e o grande número de ministérios, a diminuição do setor público no Brasil.

O que o Serra quer com a Petrobras?

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Por Marcelino Rocha, no site da CTB:

O cantor e compositor Raul Seixas, em um de seus refrãos mais famosos - na canção "Aluga-se" - propunha, em um satírico discurso de candidato político, uma curiosa bandeira que liquidaria todos os empecilhos ao nosso desenvolvimento: “a solução é alugar o Brasil”. Era uma crítica latente do roqueiro baiano ao que se chama de “entreguismo”, dizendo que já era hora de “dar lugar pros gringo entrar”.

As agressões a Maju e a Dilma

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Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Racismo, homofobia, misoginia e até uma outrora impensável xenofobia (o caso do frentista haitiano, agredido no Rio Grande do Sul, ainda está fresco em nossa memória) – e algo mais que possa ter sido esquecido – são fenômenos que não param de crescer no Brasil no âmbito da onda ultraconservadora que se instalou por aqui de junho de 2013 para cá.

O STF e os direitos fundamentais

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Além de Barack Obama e Marieta Severo, há outras pessoas que enxergam um possibilidade de um futuro melhor para o Brasil e os brasileiros nos próximos meses.

Estou falando de advogados que participam da defesa de empresários e executivos aprisionados pela Lava Jato em Curitiba. A opinião não chega a ser unânime mas uma parcela considerável está convencida de que é possível esperar boas notícias em julho, quando a Justiça entra em recesso.