quarta-feira, 25 de maio de 2016

A ação contra a ingerência de Temer na EBC

Do site do FNDC:

O FNDC ingressou com ação civil pública com pedido de liminar cancelando a exoneração do então diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo Melo. A ação foi proposta à Justiça Federal, em Brasília, nesta segunda-feira (23/5), e sustenta que a demissão do executivo, nomeado pela presidenta Dilma Rousseff no dia três de maio, fere a autonomia do sistema público de comunicação e o direito difuso à informação por meio de um sistema público independente de governos.

Relógio de Janot mostra precisão política

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Há algum tempo o Brasil já sabe que tanto o procurador-geral Rodrigo Janot como o juiz Sergio Moro acertam seus relógios com o tempo político.

Esta cronometria reaparece agora na divulgação da gravação da conversa entre o senador e ex-ministro Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado. A conversa expõe a trama do impeachment como operação destinada a produzir, com a troca de Dilma por Temer, as condições para um acordão para estancar a “sangria” da classe política pelas investigações da Lava Jato. A conversa foi gravada no início de março e chegou no mesmo mês às mãos de Janot. Ele não se incomodou com o que ouviu, inclusive com este trecho em que Jucá diz a Machado: "Se é político, como é a política. Tem que resolver esta porra (sic). Tem que mudar o governo para poder estancar esta sangria."

Jucá é a síntese de um sistema falido

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

“Tem que ter o impeachment, não tem saída (…) Tem que resolver esta porra. Tem que mudar o governo para estancar esta sangria”, diz o então senador Romero Jucá (PMDB-RR), ao telefone. Seu interlocutor, Sérgio Machado, ex-presidente da Petrobrás Transportes (entre 2005 e 2015, por indicação do PMDB), e alvo da Lava Jato, concorda: “É, um acordo. Botar o Michel, num grande acordo nacional”. Ao que Jucá completa: “Com o Supremo, com tudo”.

A reação da democracia toma as ruas

Por Thiago Cassis, no site da UJS:

O recém instalado governo golpista (e provisório?) de Temer já começou sem o apoio de grande parte dos elementos que foram às ruas “contra a corrupção”, porque é presumível que boa parte deles faça parte dos “ignorantes bem intencionados” formados pela Globo e pelas capas da revista Veja, e agora se sentem enganados pela grande mídia e não acreditam mais na “limpeza” que teoricamente estavam promovendo no país.

Essas são algumas das baixas que os golpistas terão de lidar na sua base de apoio. Uma grande quantidade de pessoas que não sabia a profundidade do buraco que estavam se metendo. Esses devem, mais cedo ou mais tarde, se juntar aos gritos de “Fora,Temer”.

O pacote antipovo do Temer

Por João Sicsú, na revista Fórum:

O governo Temer enviará uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para impedir qualquer aumento real dos gastos primários do governo, isto é, gastos com saúde, educação, programas sociais, salários do funcionalismo público etc. O máximo de aumento permitido para esses gastos será a taxa de inflação do ano anterior. Somente poderá aumentar acima da inflação o gasto com o pagamento de juros da dívida pública.

O jornalismo sério e comprometido resiste

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Ao acompanhar a mídia corporativa brasileira tem-se a impressão de que o jornalismo acabou, transformado em simples propaganda política. As reportagens aprofundadas, produzidas por equipes formadas por jornalistas tarimbados, foram substituídas por frases às vezes desconexas de entrevistados escolhidos a dedo ou pela simples transcrição de escutas fornecidas por autoridades policiais ou judiciárias.

Esse é o cenário nacional formado por um número reduzido de empresas jornalísticas, todas alinhadas ideologicamente com os interesses das camadas dominantes da sociedade brasileira e internacional. O que não quer dizer que o espírito jornalístico da busca da verdade e da luta por transformações sociais tenha desaparecido.

O batom na cueca dos golpistas

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                        

Não adianta a mídia tentar limitar o tenebroso caso da gravação de Jucá a uma mera derrapada do ministro golpista do Planejamento. O conteúdo estarrecedor da conversa entre Jucá e Sérgio Machado, no qual as vísceras do golpe são revolvidas, só confirma o que boa parte da sociedade já sabia: o afastamento de Dilma é um grande arranjo entre bandidos.

Desde as primeiras das muitas e numerosas manifestações contra o golpe, os movimentos sociais e partidos que compõem a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo vêm denunciando à população que a argamassa que solidificou os interesses difusos e nada republicanos da malta golpista era justamente o desespero para garantir sua impunidade.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Gilmar Mendes e "o esquema do Aécio"

Por Jeferson Miola

A conversa entre os delinqüentes Sérgio Machado e o ainda senador Romero Jucá é a revelação mais completa – até o momento, porque certamente surgirão outras revelações ainda mais elucidativas – sobre a conspiração montada para a perpetração do golpe de Estado no Brasil através da farsa do impeachment. De tão minuciosa e tão rica em detalhes, esta peça permite realizar uma profunda autópsia do golpe.

"Carta de BH" e tudo sobre o #5BlogProg


Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Com o lema #MenosÓdioMaisDemocracia, o 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais reuniu 400 ativistas digitais de 22 estados do país entre os dias 20 e 22 de maio, em Belo Horizonte/MG. A quinta edição do Encontro contou com a presença da presidente democraticamente eleita Dilma Rousseff e com debates sobre democratização da comunicação e a luta contra o golpismo midiático.

Contagem regressiva para Temer

Por Esmael Morais, em seu blog:

O governo provisório de Michel Temer (PMDB) entrou em contagem regressiva depois que vieram à tona os áudios do ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-PR), revelando que o golpe fora concebido para enterrar as investigações da Lava Jato.

“Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel”. Esse trecho não sai da cabeça de milhões de brasileiros, bem como aquele de Jucá que explicitamente fala em “parar essa porra” e “estancar a sangria” causada pela operação do juiz Sérgio Moro.

O Brasil deve pedir desculpas a Dilma

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Ninguém falou agora do seguinte: como fica Dilma no meio desta sujeira toda que foi e é o processo de impeachment?

A decência impõe que o impeachment seja anulado e Dilma reconduzida ao lugar de onde foi retirada por um bando de corruptos: o Palácio do Planalto.

Os fatos conhecidos sobre o impeachment são estarrecedores. As declarações gravadas de Romero Jucá confirmam plenamente a péssima impressão causada na já histórica sessão da Câmara que votou pelo sim.

A "exclusão de vozes" na mídia brasileira

Por João Pedro Soares, na revista CartaCapital:

Principal estudioso da democratização da comunicação no Brasil, o professor aposentado da Universidade de Brasília (UNB) Venício Lima enxerga uma conexão profunda entre a atuação das empresas de comunicação e a concretização do processo de impeachment. Em sua opinião, os conglomerados jornalísticos seriam responsáveis pela “corrupção da opinião pública”.

Nesta entrevista, ele aponta a omissão dos governos petistas com relação ao tema como um fator responsável pelo quadro atual e defende a valorização da mídia pública como uma alternativa aos grupos privados.

Temer é um molambo no poder em 11 dias

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer mostrou, em cada um dos 11 dias em que usurpou o poder, que não tem condições de exercê-lo, muito mais num momento de crise.

Não passou um dia sem uma crise.

Nenhuma medida concreta senão as de vingança e mesquinharia.

Só provocou ódio e rejeição.

O xadrez do grampo de Jucá

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Desde março a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal (STF) tinham conhecimento do chamado desvio de finalidade do processo de impeachment. Desde aquela época estavam de posse da PGR e do STF as gravações de conversas de Sérgio Machado com Romero Jucá indicando claramente que a queda de Dilma Rousseff era passo essencial para conter os avanços da Lava Jato.

Nada se fez. Ignoraram-se as provas que não mereceram sequer o privilégio dos vazamentos orquestrados cotidianamente pelos investigadores da Lava Jato.

A prova material de que o golpe é golpe

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Todo santo dia um pistoleiro da mídia golpista escreve ou recita que o golpe não é golpe. O mais curioso é que esses pistoleiros chegam a reconhecer que o “motivo” alegado para o impeachment é fraco porque presidentes anteriores a Dilma também “pedalaram” e nada aconteceu simplesmente porque pedalada não é motivo para derrubar presidentes.

Vale ressaltar que aquilo que os pistoleiros da mídia chamam de “pedalada” é uma operação contábil feita para impedir que programas sociais e outras obrigações sociais inadiáveis do Estado deixem de ser cumpridas por problemas conjunturais de caixa. Trocando em miúdos: o governo fez empréstimos bancários por alguns dias para pagar benefícios sociais em dia.

Cultura: a resistência derrota Temer

Editorial do site Vermelho:

"Quando ouço falar em cultura, penso logo em sacar o revólver" – esta frase, atribuída a um dos líderes nazistas, Herman Göring ou Joseph Goebbels, exprime a costumeira posição direitista face a esta decisiva manifestação humana, o pensamento e suas criações.

A frase, que na verdade faz parte de uma peça antinazista escrita em 1933 por Hanns Jost, serve como uma luva para descrever a atitude do governo golpista de Michel Temer e sua pretensão de destruir o ministério da Cultura.

O Mercosul é o alvo de José Serra

Por Eric Nepomuceno, no site Carta Maior:

O novo ministro de Relações Exteriores do Brasil, José Serra, é esperado em Buenos Aires nesta segunda-feira (23/5). Será sua estreia como condutor da política externa do governo interino do vice-presidente em exercício do Brasil, Michel Temer. O presidente argentino Mauricio Macri foi o primeiro – e até agora o único – mandatário em reconhecer o governo de Temer, em saudar com entusiasmo o golpe institucional que afastou a presidenta Dilma Rousseff da presidência por um prazo que pode ser de até 180 dias.

Jucá, Temer e a fraude desmascarada

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Vamos combinar que a ruína precoce do governo Michel Temer era visível desde o primeiro dia. Num país que abriga 200 milhões de pessoas, hospeda a sétima economia do planeta e que na última década e meia atravessou um período de progresso social reconhecido, nenhum governo poderia sobreviver sem oferecer respostas a demandas urgentes de bem-estar social e sem apreço pelos valores valores democráticos consolidados pela Constituição de 1988.

Jucá coloca ponto final no governo Temer

Por Renato Rovai, em seu blog:

A mídia, o Congresso, o Supremo e todas as forças que atuaram para derrubar Dilma, segundo Romero Jucá em áudio vazado pela Folha de S. Paulo hoje, podem até tentar matar no peito o que já estava claro e agora se comprova, Dilma só está sofrendo o processo do impeachment porque os corruptos de fato querem se livrar da Lava Jato. Mas mesmo que isso ocorra e Dilma seja cassada no Senado, não há mais qualquer possibilidade de sucesso para o governo Temer.

Fascista, o vento será tua herança

Por Marcio Sotelo Felippe, na revista Caros Amigos:

O golpe consumou-se. No dia 12 de maio a presidência da República foi usurpada por uma figura política que passará à História do Brasil na galeria da vileza em que estão Silvério dos Reis e Calabar. Eleito vice-presidente, conspirou com o que havia de mais sórdido no País para desalojar do poder a sua companheira de chapa e colocá-lo a serviço da classe dominante que preda o País desde sempre. Na mira dos golpistas estão desde o petróleo até direitos trabalhistas, a revogação, na prática, da CLT e mais uma reforma da previdência. Negociações com sindicatos enfraquecidos e manietados pelas restrições às liberdades públicas pretende-se que prevaleçam sobre os direitos assegurados pela legislação trabalhista.

Temer está nas mãos da Globo e Cunha

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A gravação de Romero Jucá, escancarando que a derrubada de Dilma era parte de uma operação para salvar a cúpula do PMDB na Lava-Jato, deveria marcar o início do fim desse lamentável governo Temer. Isso se o Brasil fosse um país normal…

Mas no Brasil há a Globo.

É emocionante ver o esforço do conglomerado Globo para reduzir a devastadora gravação de Jucá a um fato quase corriqueiro. Essa disposição da Globo/GloboNews/CBN, com seus comentaristas amestrados, é hoje um dos sustentáculos de Temer. O outro sustentáculo é Cunha.

A segunda onda da crise política

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Hoje é que será possível tomar o pulso do Congresso em relação ao desvelamento do que nunca esteve realmente oculto, a verdadeira razão do impeachment: afastar Dilma para que Temer assumisse e promovesse um acordão que estancasse a sangria dos políticos pela Lava Jato. O que se viu ontem, uma segunda-feira preguiçosa, foi o silêncio do PSDB, do Centrão, do Supremo e do Renan (que teve a pachorra de dizer que não leu a transcrição dos diálogos entre Romero Jucá e Sergio Machado). Quem começou a ser sangrado foi Jucá mas pode estar começando uma nova escalada da crise que derrubará a ordem política carcomida que elegeu Temer como tábua de salvação.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Telesur dá destaque ao #5BlogProg

Jucá nega "essa porra" da Lava-Jato

Perguntas não respondidas sobre Jucá

Por Glauco Faria, na revista Fórum:

A conversa vazada entre o ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado, e o atual ministro do Planejamento, Romero Jucá, revelam mais do que até o Sensacionalista sabia que era óbvio: o processo de impeachment de Dilma, é, na verdade, um golpe parlamentar, sendo que um de seus objetivos é modular os efeitos da Lava Jato.

A candidez do diálogo entre os dois é notável, e revela os mecanismos do Estado brasileiro. Não estamos falando de governos, mas sim de instituições que são corroídas por interesses particulares e nada republicanos. Sua solidez, celebrada volta e meia quando as comparamos com outros países, é posta em xeque como em poucas ocasiões.

Contra o golpe, por uma mídia democrática

Por Renata Mielli, em seu blog:

Muita gente me pediu, então aqui está a minha fala no ato político de abertura do BlogProg. Queria agradecer a todos que me procuraram para elogiar o conteúdo do discurso. Fico muito feliz em ter encontrado o tom e o equilíbrio certo para falar sobre o cenário político num momento tão delicado, denunciando o golpe sem deixar de fazer as críticas necessárias aos erros cometidos pelo setor progressista, principalmente no campo da comunicação. Abaixo na íntegra:

Maquiavel e suas sombras deformadas

Por Tarso Genro

Oskar Von Wertheimer, autor de romances históricos e biografias, nasceu em Viena em 1892 e faleceu em Aushcwitz, em 1944. Neste mesmo ano tinha sido preso em Nice, pela Polícia Francesa, para ser deportado àquele campo nazista, em função da sua origem judaica. Oskar foi da geração de intelectuais humanistas que, influenciados pela catástrofe da Primeira Grande Guerra, entenderam que o mundo entraria numa etapa de “crises”, já naquele sentido de “excesso, expressão da potência de transformação do pensamento, de ideias secretas, racionais” -absurdas ou místicas- “das quais nem sempre é fácil se desfazer”, como lembra Adauto Novaes. Ideias que dialogam entre si, se anulam e se complementam, em direção a uma nova estabilidade ou ao caos. Com esta perspectiva, Oskar resolvera escrever -no entreguerras- uma biografia sobre Maquiavel, quando se ocupou de conhecer profundamente a sua doutrina e pensamento político.

Jucá e o novo abalo político no Brasil

Por Glenn Greenwald, no site The Intercept:

O país acordou hoje com a notícia das secretas e chocantes conversas envolvendo um importante ministro do recém-instalado governo brasileiro, que acendem uma luz a respeito dos reais motivos e agentes do impeachment da presidente democraticamente eleita, Dilma Rousseff. As transcrições foram publicadas pelo maior jornal do país, a Folha de São Paulo, e revelam conversas privadas que aconteceram em março, apenas semanas antes da votação do impeachment na Câmara. Elas mostram explícita conspiração entre o novo Ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o antigo executivo de petróleo Sergio Machado – ambos investigados pela Lava Jato – a medida em que concordam que remover Dilma é o único meio para acabar com a investigação sobre a corrupção. As conversas também tratam do importante papel desempenhado pelas mais poderosas instituições nacionais no impeachment de Dilma, incluindo líderes militares do país.

Jucá serve como autópsia do golpe

Por Jeferson Miola

A conversa gravada de Sérgio Machado, um dos operadores do PMDB da corrupção na Petrobrás, com Romero Jucá, senador do PMDB e Ministro-usurpador do Planejamento do governo usurpador Michel Temer, é mais que estarrecedora; é sobretudo esclarecedora. O conteúdo desta conversa serve como autópsia do golpe de Estado em andamento no Brasil.

O diálogo confirma as suspeitas de que a Lava Jato foi instrumentalizada para criminalizar o PT e desestabilizar o governo Dilma. E desvenda, também, porque o impeachment não passa de uma armação fraudulenta para derrubar a Presidente Dilma para, a partir do golpe, acomodar no Poder as forças políticas que se unem para pôr fim à Lava Jato.

Temer já está tecnicamente morto

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O governo Temer, que já vinha se arrastando, está agora tecnicamente morto.

Não há salvação possível depois que veio a público, pela Folha, uma conversa entre o ministro Romero Jucá e um investigado na Lava Jato.

A conversa, numa linha, confirma o que já se sabia sobre o golpe: uma mulher honesta foi derrubada por homens corruptos.

A chance de Dilma de derrotar o golpe

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Depois de um ano, sete meses e alguns dias, volto ao Palácio da Alvorada para entrevistar Dilma Rousseff, juntamente com dois ótimos companheiros, Sergio Lirio e André Barrocal.

No mesmo salão, à mesma mesa perfeitamente encerada, na segunda semana de outubro de 2014, ouvimos a presidenta que se preparava a enfrentar Aécio Neves no segundo turno das eleições destinadas a lhe entregar seu segundo mandato.

Dilma promete resistência ao golpismo

Por Raphael Coraccini, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A presidenta afastada Dilma Rousseff se emocionou ao chegar ao 5º Encontro dos Blogueiros e Ativistas Sociais, em Belo Horizonte, nesta sexta-feira (20). Antes de subir para o evento, no terceiro andar do hotel Othon Palace, no centro da capital mineira, a presidenta foi recepcionada por cerca de 30 mil pessoas na porta do local. Dilma entrou chorando discretamente no salão, onde discursou depois de ser ovacionada pelos mais de 400 presentes.

O golpe pode ser revertido

Por Renato Rabelo, em seu blog:

O governo interino de Michel Temer surgido da conspiração por meio de um golpe de Estado, conduzido por agrupamentos conservadores, retrógrados e fascistizantes, só podia ser horrível – não deu outra. Deslindou uma virada à direita, que traz a opacidade dos tempos sombrios da nossa história, revelando-se por inteiro e de forma acelerada. Espelha a cara da trágica Sessão da Câmara do dia 17 de abril, já de triste memória, que deu a arrancada para o golpe.

Supremo levou uma bofetada de Jucá

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O que há de diferente nas gravações comprometedoras de Romero Jucá e Delcídio do Amaral?

A de Jucá é incomparavelmente mais grave e comprometedora.

Delcídio queria obter uma liberdade condicional para Nestor Cerveró, a fim de que ele não fizesse ou fosse econômico numa delação premiada para, depois, ajuda-lo a fugir.

Por maior que fosse o crime, ele se circunscreve em “cantar” ministros do Supremo para libertarem um homem e, assim, evitar as acusações que ele pudesse fazer a alguns, em especial ao próprio Delcídio.

Dilma diz que vai recuperar seu mandato

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Na noite da última sexta-feira, o número 1050 da avenida Afonso Pena, região central de Belo Horizonte, atraiu uma quantidade incomum de gente (para uma cidade de 2,5 milhões de habitantes). As estimativas dos organizadores de comparecimento citam 40 mil pessoas. O que se pode dizer é que o ato público parou o centro da capital mineira.

Manifestação da Frente Brasil Popular contra o “governo” Michel Temer e a favor da volta de Dilma Rousseff ao cargo marchou rumo ao hotel Othon Palace, onde ocorre, até domingo (22/05/2016), o 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais de esquerda.

Jucá e o pacto para barrar a Lava-Jato

Do site Vermelho:

O jornal Folha de São Paulo publica nesta segunda-feira (23) trechos de uma conversa telefônica entre Romero Jucá, ocupante do Ministério do Planejamento, e Sérgio Machado, ex-presidente da Petrobras, em que os dois, citados na operação Lava Jato, discutem sobre a necessidade de afastar a presidenta Dilma para por fim as investigações. Jucá chega a afirmar: “Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria”.

A capacitação da rua para virar o jogo

Foto: Sato do Brasil/Jornalistas Livres
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Uma das tarefas cruciais da política - sua própria razão de ser - é captar a totalidade de um momento histórico para daí tirar as consequências teóricas, programáticas e organizativas.

Sem isso a coisa não vai, desanda do entusiasmo à prostração, da mobilização ao cansaço e daí à dispersão.

O golpe de 12 de maio encerra todas as contradições de um ajuntamento no qual a cota de vigarice e corrupção está precificada na elevada resiliência de Eduardo Cunha no ministério interventor.

O golpe de Estado de 2016 no Brasil

Por Michael Löwy, no Blog da Boitempo

Vamos dar nome aos bois. O que aconteceu no Brasil, com a destituição da presidente eleita Dilma Rousseff, foi um golpe de Estado. Golpe de Estado pseudolegal, “constitucional”, “institucional”, parlamentar ou o que se preferir. Mas golpe de Estado. Parlamentares – deputados e senadores – profundamente envolvidos em casos de corrupção (fala-se em 60%) instituíram um processo de destituição contra a presidente pretextando irregularidades contábeis, “pedaladas fiscais”, para cobrir déficits nas contas públicas – uma prática corriqueira em todos os governos anteriores! Não há dúvida de que vários quadros do PT estão envolvidos no escândalo de corrupção da Petrobras, mas Dilma não… Na verdade, os deputados de direita que conduziram a campanha contra a presidente são uns dos mais comprometidos nesse caso, começando pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (recentemente suspenso), acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão fiscal etc.

Pobre paga conta de rico

Por Frei Betto, no site da Adital:

Um dos equívocos dos governos do PT foi implementar uma política neodesenvolvimentista que nem sequer pode ser qualificada de pós-neoliberal. Enquanto o orçamento do Bolsa Família para este ano é de R$ 28 bilhões, e o déficit primário do governo chega a R$ 120 bilhões, o "bolsa empresário” é de R$ 270 bilhões – quase dez vezes superior. Pai severo com os pobres, o governo atuou como mãe supergenerosa com os ricos. Nem assim o PT logrou aplacar o ódio de classe contra o partido.

A fortuna do "bolsa empresário” é o resultado da soma de subsídios, desonerações e regimes tributários diferenciados para portos, indústrias químicas, agronegócio, empresas de petróleo e fabricantes de equipamentos de energia eólica.

Dilma na coletiva com blogueiros em BH

Blogueiros em BH: "Fora Temer"

Jucá escancara as razões do golpe

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A política é feita em cima de discursos públicos mas é decidida nas falas privadas.

O que aparece na transcrição da conversa gravada entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, são as verdadeiras motivações para o processo de impeachment, nas confissões de um de seus mais importantes articuladores: Dilma tinha que ser afastada para possibilitar um acordão que interrompesse a marcha da Lava Jato sobre a podre elite política do país. Se Dilma foi afastada com este objetivo, e não porque cometeu pedaladas fiscais, foi golpe. Jucá, mais que nenhum ator da trama até agora, legitimou a interpretação do golpe.

domingo, 22 de maio de 2016

Belo Horizonte ovacionou Dilma

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                    
Uma multidão ovacionou a presidenta Dilma em frente ao hotel no qual ela participou da abertura do Encontro Nacional dos Blogueiros e Ativistas Digitais, em Belo Horizonte, na noite desta sexta-feira.

Assim como ocorrera nas manifestações contra o golpe das quais participei, no Rio e em Brasília, aqui, na capital dos mineiros, pude testemunhar como a causa democrática agrega um mosaico extremamente representativo da sociedade brasileira, reunindo jovens, coroas, mulheres, negros, LGBTs, trabalhadores, estudantes, intelectuais e artistas.

Dilma e a história no último grau

Renato Rovai, em seu blog:

A presidenta Dilma Rousseff esteve ontem em Belo Horizonte para participar do V Encontro dos Blogueiros. Foi a primeira vez que ela veio ao evento. Ao mesmo tempo acontecia na cidade um protesto contra o governo interino e ilegítimo de Michel Temer. A manifestação terminou na frente do hotel onde acontece o encontro.

Aproximadamente 20 mil pessoas esperaram Dilma chegar durante uma hora. Um ato organizado sem grandes pretensões e que acabou se tornando um dos maiores da cidade desde a eleição de 2014.

#5BlogProg - domingo

#5BlogProg - sábado - parte 2

Dilma aos blogueiros: obrigação é resistir


Por Rodrigo Vianna, em seu blog


“Eles montaram um ministério de velhos, ricos e brancos.
Sem negros, e sem mulheres. Quem dá as cartas é o Cunha”.


Passava das cinco da tarde, e este blogueiro que acabara de se instalar no hotel, no centro de Belo Horizonte, ouve ao longe a voz que berra no megafone: “tchau, querida”, “fora, petralhas”. O tom é de cafajestice e deboche.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

#5BlogProg - sexta-feira

O jogo não está perdido para Dilma

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O processo de impeachment e a derrubada da presidenta Dilma Rousseff não são fato consumado, apesar de ser essa a ideia disseminada diretamente ou nas entrelinhas dos discursos midiáticos. “É possível reverter e é possível resistir ao golpe. A imprensa ocultou, mas a votação que eles tiveram no Senado só foi de dois votos acima do que eles precisam na decisão final do julgamento. Se eles perderem apenas dois votos, o impeachment é derrotado”, lembra o professor de Ciência Política da Universidade de Campinas (Unicamp) Armando Boito.