quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Os gastos com jantar e repasses à mídia

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Enquanto tenta acelerar a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição, a PEC 241, que vai impor ao povo racionamento na educação, na saúde, na renda dos trabalhadores, nas aposentadorias e até na comida da população mais vulnerável, o governo de Michel Temer desfruta a aliança com os meios de comunicação para tripudiar sobre a ludibriada opinião pública.

Dias depois do luxuoso banquete para 281 convidados, 217 parlamentares, 33 ministros e assessores e 31 mulheres de congressistas, começa a aparecer o custo do agrado. As versões mais conservadoras estimam em entre R$ 180 e R$ 200 por pessoas. O valor total desembolsado seria entre R$ 50,5 mil e R$ 56,2 mil –embora algumas notícias aqui e ali tenha citado valores acima de R$ 100 mil.

10 perguntas e respostas sobre a PEC-241

Por Laura Carvalho, no site Brasil Debate:

1. A PEC serve para estabilizar a dívida pública?

Não. A crise fiscal brasileira é sobretudo uma crise de arrecadação. As despesas primárias, que estão sujeitas ao teto, cresceram menos no governo Dilma do que nos dois governos Lula e no segundo mandato de FHC. O problema é que as receitas também cresceram muito menos — 2,2% no primeiro mandato de Dilma, 6,5% no segundo mandato de FHC, já descontada a inflação. No ano passado, as despesas caíram mais de 2% em termos reais, mas a arrecadação caiu 6%. Esse ano, a previsão é que as despesas subam 2% e a arrecadação caia mais 4,8%.

O que faz Gilmar no almoço de Temer?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

É mais do que natural que o presidente Temer convide o ex-presidente FHC, ainda a principal liderança do PSDB, para um almoço no Palácio do Jaburu. Em outros países civilizados, é comum o encontro entre presidentes com seus antecessores para discutirem os rumos do país.

O que mais chamou a atenção, porém, neste primeiro encontro entre os dois após o impeachment, por não ser tão natural nem comum, foi a participação nas conversas do ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

Hoje é o PT. E depois do serviço concluído?

Por Maria Inês Nassif, no site Carta Maior:

É um erro apontar para o PT e declará-lo o único grande derrotado da ofensiva conservadora que se utilizou da estrutura Legislativa e Judiciária para abater o petismo, quando este alçava pleno voo. A conspiração que resultou na deposição de uma presidenta da República, Dilma Rousseff, teve efeitos colaterais que atingiram de morte o sistema partidário brasileiro – e, junto, o poder que mais o representa, o Legislativo.

O Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal, que superdimensionaram seus poderes e se tornaram instrumentos não de garantia das leis, mas das condições “excepcionais” para a negação delas, sem encontrar grandes resistência dos partidos conservadores e dos setores de direita da sociedade e amparados pelo apoio da grande mídia, colocaram sob tutela todo o sistema político.

Segunda fase do golpe e a divisão de campos

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Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

Do regabofe organizado pelo presidente usurpador no último domingo (9), em que os convidados de honra eram os mais grotescos representantes da lupenburocracia partidária, formada pelo PSDB, PMDB, DEM, PSD, PPS, PSB e o denominado “centrão”, até o festival de horrores da sessão deliberativa do dia seguinte, comandada desde o Planalto pelo próprio Temer, o novo regime antipopular e reacionário vigente no Brasil deu início à segunda fase do golpe de Estado, reveladora de sua razão de ser.

A greve nacional contra medidas de Temer

Do jornal Brasil de Fato:

As centrais sindicais brasileiras preparam uma greve nacional contra medidas que o governo não eleito de Michel Temer (PMDB) vem anunciando e implementando. A paralisação, que deve ocorrer no dia 11 de novembro envolvendo diversas categorias, faz parte da mobilização que as organizações de trabalhadores têm feito no sentido de construir uma greve geral no país.

Na data, as entidades têm como principais críticas a Proposta de Emenda Constitucional 241 – que congela investimentos públicos nos próximos 20 anos; o Projeto de Lei Complementar 257 – plano de resgate financeiro a estados e municípios que impõe congelamento dos reajustes salarias de servidores públicos; a reforma da Previdência; a Medida Provisória que altera o ensino médio; e a reforma trabalhista, que envolve a terceirização em todas atividades e a flexibilização da CLT.

João Doria, o surfista do antipetismo

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Em uma prova do reality show O Aprendiz, em 2011, João Doria Junior, então apresentador da versão nacional do programa criado por Donald Trump, colocou contra a parede um dos participantes na presença de uma empresária espanhola do ramo de turismo. Doria recriminou o rapaz por ter usado o nome da gestora para obter vantagens em uma prova da atração televisiva.

Prestes a ser “demitido”, o equivalente a ser eliminado do programa, o participante desculpou-se por utilizar suas relações com a empresária para conseguir um simples contato telefônico. Doria encheu a boca e disparou: “Este país só vai mudar quando tiver ética, princípios”.

Prisão de Lula e o regime de exceção

Por Jeferson Miola

A coluna Painel da Folha de São Paulo de 10/10/2016 publicou: “Um policial explica assim a multiplicação de investigações contra o ex-presidente: ‘Perdemos o medo’”.

A justificativa para caçar Lula não é a existência de provas concretas contra ele, mas a perda de temor e de pudor, pelos procuradores, juízes e policiais da Lava Jato, de condená-lo à revelia. Nada mais explícito sobre o regime de exceção jurídica, midiática e policial que se vive no Brasil.

O resultado da eleição de 2 de outubro encorajou os golpistas. O revés eleitoral do PT e da esquerda foi traduzido como sendo o fracasso da narrativa do golpe. O usurpador Michel Temer apressou-se em caracterizar o resultado da eleição como uma derrota da tese de golpe.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Temer e Macri estão cercados de corruptos

Por Eric Nepomuceno, de Buenos Aires, para o blog Nocaute:

A esta altura, pouca coisa é tão monótona e previsível como constatar que a Argentina de Mauricio Macri é o reflexo do Brasil de Michel Temer, e vice-versa. A mesma política de terra arrasada, de desprezo por tudo que foi construído – por coincidência – de 2003 a 2015. Além de assassinar o futuro, querem matar a memória, o passado.

Há que se recordar, em todo caso, que entre os dois existe uma diferença essencial. Mauricio Macri é um presidente legítimo, chegou onde está pelo voto soberano da maioria do eleitorado de seu país.

Alguém viu Eduardo Cunha por aí?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Eduardo Cunha não está aqui, à minha vista. Não está ali. Está perto de você? Acredito que não.

Onde andará Eduardo Cunha?

Especulemos.

Pode estar num restaurante fino, acompanhado da mulher. Pode estar vendo um jogo do Flamengo.

Pode estar conversando com Temer. Pode estar na piscina de seu condomínio, numa boia gigante ao estilo Gatsby.

PEC-241 pode congelar o salário mínimo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Por dica da ótima e atenta economista Laura Carvalho, reproduzo um trecho do artigo da economista Monica de Bolle, no Estadão.

Monica é conservadora, integrante do Instituto Millenium e favorável à PEC 241 em que ela admite, com todas as letras, que o congelamento dos gastos públicos acabará acarretando um congelamento do salário mínimo – inclusive para quem não é servidor ou aposentado – porque estes têm a vinculação legal ao piso nacional de salários e, portanto, este também não poderá ter ganhos sobre a inflação.

Estelionato eleitoral de Doria salvará vidas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Se depender do representante comercial Otacílio Bueno de Souza Júnior, de 58 anos, que morram quantos tiverem que morrer para que ele possa acelerar a 90 km por hora nas pistas expressas de São Paulo. Ele votou em João Dória Jr. para prefeito por isso, porque o candidato tucano prometeu aumentar a velocidade que o prefeito Fernando Haddad reduziu.

Porém, Otacílio está muito zangado. Entrevistado pela Folha de São Paulo sobre o assunto, ele revela que, “ainda em casa”, ouviu no rádio que o prefeito eleito, João Doria (PSDB), cogita manter em 50 km/h a velocidade em trechos da pista local das marginais Pinheiros e Tietê. “Fiquei muito bravo. E me senti traído”, disse ele

Tentativa de suicídio foi sinal político

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Inspiração da Operação Lava Jato, como se deduz pela leitura de um artigo de 2004 redigido pelo juiz Sérgio Moro, a Mãos Limpas italiana produziu 12 suicídios, entre milhares de empresários, políticos e operadores presos e denunciados por corrupção. No caso mais conhecido, o deputado socialista Sergio Moroni matou-se com um tiro na boca aos 45 anos, na casa onde residia em companhia da mulher e da filha. Antes da tragédia, Moroni enviou uma carta ao presidente da Assembleia Nacional, onde denunciou: “Não creio que nosso país irá construir o futuro que merece, cultivando um clima de progrom contra a classe política”.

Avançam as delações contra "todos"

Bia Doria vai depor na CPI da Lei Rouanet?

Por Altamiro Borges

Por iniciativa da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a ricaça Bia Doria, mulher do prefeito eleito de São Paulo, “João Dólar” (PSDB), poderá ser convocada a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lei Rouanet para explicar os projetos que realizou com base nesta lei de incentivo fiscal. Em curto espaço de tempo, desde 2014, ela foi autorizada a captar R$ 3,5 milhões para quatro ações artísticas. Para a parlamentar comunista, que requisitou a convocação nesta segunda-feira (10), a CPI precisa apurar se houve tráfico de influência na solicitação destes patrocínios.

Crianças com deficiência na mira de Temer

Por Altamiro Borges

Há quem aposte que o Judas Michel Temer não vai durar até o final de 2018. Após fazer o jogo sujo da elite com seu rolo compressor de maldades contra a população brasileira, ele seria descartado como bagaço pelo próprio “deus-mercado”, pela mídia venal e por seu dispositivo partidário. PSDB e DEM inclusive já afiam os dentes. FHC afirmou outro dia que o usurpador é apenas “uma pinguela”. Antes disto, porém, a desgraceira já terá devastado o Brasil. E as crueldades são típicas de quem não prevê muito futuro pela frente. Neste domingo (9), por exemplo, a Folha tucana informou que o governo golpista pretende cortar até os benefícios dos idosos carentes e das crianças com deficiências físicas.

O balcão de negócios da PEC da Morte

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Por Altamiro Borges

O usurpador Michel Temer jogou pesado para aprovar a PEC da Morte – a proposta de emenda constitucional que congela por 20 anos os gastos públicos em saúde, educação e em outras áreas essenciais para a população mais sofrida do Brasil. Afinal, ele já vinha sendo cobrado pela elite empresarial – principalmente pelos abutres financeiros – que financiou o “golpe dos corruptos” e garantiu o seu assalto ao Palácio do Planalto. Ela exigia pressa nas “medidas impopulares” e até sinalizava que poderia trair o Judas mais cedo do que muitos imaginavam. Temendo a traição, o ilegítimo fez de tudo: do banquete macabro com os deputados na véspera da votação aos anúncios milionários na mídia chapa-branca.

Capez, Moita e a máfia da merenda

Por Altamiro Borges

A imprensa falsamente moralista adora uma Comissão Parlamentar de Inquérito. A escandalização da política aumenta a tiragem dos jornais e a audiência da tevê – o que garante mais publicidade e mais grana aos barões da mídia. Mas mesmo com estes ganhos econômicos, a CPI só obtém os holofotes quando também cumpre os objetivos políticos das elites. Se ataca o PT e as forças de esquerda, ela é noticiada quase todos os dias. Já quando afeta os partidos da oligarquia, ela some do noticiário. É o caso da CPI da máfia da merenda, instalada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que apura desvio de recursos públicos no reinado dos tucanos. A operação-abafa para esconder a mutretas do governador Geraldo Alckmin é descarada. Mas nem sempre a blindagem midiática funciona.

Homem-forte de Doria deve R$ 61,7 milhões

Por Altamiro Borges

O novo prefeito de São Paulo – que o marketing travestiu de "João trabalhador" e os críticos chamam de "João Dólar" – adora posar de empresário eficiente e ético. Pura bravata para enganar os ingênuos. Não só a sua história nega estes adjetivos – com várias denúncias de ações lobistas para defender seus negócios privados –, como ele está rodeado de sinistras figuras, mais sujas do que pau de galinheiro. Na semana passada, a Folha revelou que o "homem-forte" de João Doria teve seus bens bloqueados e acumula dívidas de R$ 61,7 milhões. Ainda de acordo com a reportagem, este sujeito – um tal de Juan Quirós – deverá ocupar um cargo estratégico na prefeitura a partir de janeiro do próximo ano.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Secundaristas já ocupam 198 escolas

Foto: Daniel Valença/Jornalistas Livres
Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

Estudantes secundaristas ocuparam hoje (11) o campus Realengo do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IF Creal). Esta é uma das 79 escolas ocupadas desde ontem contra a Medida Provisória 746, que prevê a reforma do ensino médio, a PEC 241 e o avanço de propostas alinhadas com a Escola sem Partido. No total são 198 ocupações. O maior número está no Paraná, com 164 estabelecimentos estaduais, um colégio de aplicação da Escola de Aplicação da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e dois campi da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

Lava-Jato imita Porta dos Fundos



Do site do Lula:

O jornal Folha de S.Paulo publicou hoje que teria sido recusada proposta de delação do ex-executivo da Odebrecht, Alexandrino Alencar, por ela não imputar crimes ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ("Lava-Jato recusa delação de ex-diretor próximo a Lula", 11/10/2016). Os procuradores estariam pressionando Alencar a dizer que as palestras do ex-presidente teriam sido fictícias, quando todas as palestras aconteceram e estão devidamente registradas (http://institutolula.org/uploads/relatoriopalestraslils20160323.pdf). O fato de Alexandrino não ter imputado nenhuma ilegalidade a Lula fez com que os procuradores não aceitassem a sua delação.

Os 7 pecados de Alexandre de Moraes

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Como a série do Xadrez visa mapear os principais pontos de poder do golpe, cabe aqui a retificação sobre uma das peças do Estado de Exceção que se aprofunda no país: o papel do Ministro da Justiça Alexandre de Moraes.

Ao contrário do que inicialmente se supunha, Moraes não é um risco à democracia, não por falta de instintos autoritários, mas pela pequena dimensão política e administrativa. Ele é bem menor do que a sombra que projeta.

De acordo com os manuais de gestão de recursos humanos, Alexandre de Moraes incorre em vários pecados abominados pela boa gestão.


Lula e o timing político da Lava Jato

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

É incrível como o timing da Lava Jato serve perfeitamente aos interesses da direita.

Se alguma amiga ou amigo seu não lobotomizada(o) pela mídia familiar ainda duvida da parcialidade e do uso político da operação, lembre-a(o) disso: o timing das ações midiáticas da Lava Jato coincide demais com os interesses políticos da direita para que tenhamos o direito de acreditar em coincidências.

Começou às vésperas das eleições de 2014, com vazamentos seletivos para tentar interferir na eleição e evitar a vitória de Dilma.

Petrobras e a geopolítica do golpe

Por Amílcar Salas Oroño, no site Carta Maior:

A aprovação da modificação do marco regulatório da exploração do petróleo no Brasil constitui não somente um enorme retrocesso soberano para o país como também a confirmação de que, independente das motivações internas, o golpe contra Dilma Rousseff também estava pautado pelas necessidades e conveniências dos interesses externos.

Tal como afirmou Edward Snowden, o Brasil foi um dos países mais espionados do mundo, um dos alvos preferenciais da Agência Nacional de Segurança (NSA, por sua sigla em inglês). Dentro dos âmbitos de interesse prioritários norte-americanos figuravam tanto as atividades pessoais da própria presidenta Dilma como os movimentos realizados pela empresa Petrobras.

Como deter a virada à direita

Por Immanuel Wallerstein, no site Outras Palavras:

Como deter a virada à direita? Esta é a questão que as pessoas que se consideram à esquerda têm se colocado há algum tempo. Ela está sendo lançada, de diferentes maneiras, na América Latina, em boa parte da Europa, nos países árabes e islâmicos, no sul da África e no sudeste da Ásia. A questão é ainda mais dramática porque, em mutos destes países, a virada segue um período em que houve uma certa guinada à esquerda.

A "sensação térmica" da derrota

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

O golpe consumou-se com a votação final do impeachment da presidenta Dilma, mas para a maioria dos militantes e ativistas das forças de esquerda o sentimento de derrota abateu com profundidade após o resultado das eleições municipais. Tal qual o conceito de sensação térmica (que mensura a forma como nossos sentidos percebem a temperatura e não a temperatura real) para além dos resultados objetivos das urnas, pesou a capacidade dos grandes meios de comunicação em converter um esperado resultado desfavorável numa versão de "legitimação" do golpe nas urnas.

PEC-241 congela gastos sociais por 20 anos

Por Christiane Peres, no site Vermelho:

Mais um golpe foi dado nesta segunda-feira (10). Por 366 votos a 111, parlamentares da base aliada de Michel Temer aprovaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/16, que impõe um teto para os gastos públicos por 20 anos, afetando áreas sensíveis como saúde e educação.

O líder do PCdoB na Câmara, Daniel Almeida (BA), afirmou que a legenda não é contra um ajuste fiscal, mas esta proposta não representa uma medida viável para equilibrar as contas do país. “Essa PEC só favorece os ricos. Não se fala em taxar as grandes fortunas deste país. Prefere cortar creches, postos de saúde, programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida", critica o parlamentar.

Freixo e os fantasmas conservadores

Por Marcelo Baumann Burgos, na revista CartaCapital:

Em contextos de estabilidade política é de se esperar que a competição eleitoral gravite em torno da prova de “títulos”, entre candidatos que pretendem se apresentar como bons gestores, como se estivessem concorrendo a presidente de uma empresa, ou ainda ao papel de síndico, tão frequentemente evocado. Há também a prova da honestidade, como se esta não fosse uma obrigação, mas sim um atributo que serviria de critério determinante para a definição do voto.

Vamos ter uma catástrofe. PEC-241 passou

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A festa dos governistas no plenário foi um deboche. A palavra “hiena”, usada pela deputada Érica Kokay ao falar dos risos da maioria foi retirada dos anais mas aqui vai ficar. Os governistas riram como hienas, na hora do triunfo na votação da PEC 241, pois o que ela trará é muito sofrimento. Se a PEC vingar no segundo turno e depois no Senado, catástrofe é o que virá com o gasto publico congelado, e não o contrário, como disse Michel Temer.

Temer e a maldição dos homens decorativos

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Na peça Chicago, há um personagem chamado Homem Celofane. Ninguém o enxerga. Ninguém o nota. Ele pode estar ao lado de uma cadeira velha. As pessoas vão ver a cadeira.

Na vida cotidiana, há muitos homens celofanes. Eles não têm charme, não têm carisma, não têm tiradas espirituosas que os retirem do anonimato em que repousam.

Temos, no Brasil de hoje, um homem celofane na presidência.

A bomba de neutrons no Orçamento

Ilustração: Paulo Batista
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A maioria da Câmara, que há menos de um ano, votava em massa as “pautas-bomba”, criando despesas a granel, agora vota o corte mais drástico no Orçamento Público.

Tiram, por imensa e avassaladora maioria, direitos garantidos ao povo brasileiro há quase 30 anos, desde a Constituição de 1988.

Estamos vivendo um retrocesso como jamais se viu desde a redemocratização, ou até mesmo antes dela.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Os deputados que aprovaram a PEC da Morte

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Por Altamiro Borges

O "golpe dos corruptos", que levou ao poder a gangue de Michel Temer, acaba de produzir mais um resultado danoso para a sociedade brasileira. Por 366 votos a favor, 111 contrários e duas abstenções, a Câmara Federal aprovou na noite desta segunda-feira (10) a Proposta de Emenda Constitucional - PEC-241 -, que congela os gastos públicos em saúde, educação e em outras áreas vitais à população mais carente do país. Já batizada de PEC da Morte, o projeto serve exclusivamente aos interesses das elites empresariais, principalmente à oligarquia rentista, que seguirão sugando fortunas do erário com os juros da dívida pública. No ajuste fiscal do Judas Michel Temer, os trabalhadores entram com o pescoço e os tubarões, com a forca! A PEC-241 é mais um golpe dentro do golpe!

Gregório Duvivier explica a PEC-241

Seja camelô, seja o herói da 241!

Alexandre de Moraes, falastrão e corrupto?

Por Altamiro Borges

Alexandre de Moraes chegou em Brasília com a bola toda. Ele parecia o homem talhado para o cargo de ministro da Justiça do covil golpista. Como secretário de Segurança de Geraldo Alckmin (PSDB), ele ganhou a simpatia e os holofotes da mídia ao agir com truculência contra os movimentos sociais, principalmente contra os secundaristas que ocuparam as escolas públicas de São Paulo. Ele também mostrou eficiência ao fraudar os dados sobre os homicídios praticados pela polícia e ao atuar em conluio com setores do Ministério Público, escondendo os pobres do tucanato paulista. Ao ocupar um cargo estratégico no governo ilegítimo, ele já era tido como peça-chave na repressão e no esforço para "estancar a sangria" da midiática Operação Lava-Jato. Seria a expressão da nova ditadura no país!

O banquete macabro da PEC da Morte

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Por Altamiro Borges

Num futuro próximo, o regabofe oferecido pelo Judas Michel Temer na noite deste domingo (9) para 210 deputados federais e seus familiares até poderá ser chamado de o banquete macabro da PEC da Morte. A cena inóspita, em pleno Palácio da Alvorada e com grana pública, serviu para enquadrar os parlamentares que devem votar ainda nesta semana a Proposta de Emenda Constitucional, PEC-241, que limita os gastos em saúde, educação e assistencial social pelos próximos 20 anos. Com seu jeito de vampiro, o usurpador discursou por alguns minutos e ameaçou os que criticam a medida nefasta. "Nós estamos cortando na carne com essa proposta e todo ou qualquer movimento ou ação corporativa que possa tisnar a medida do teto de gastos públicos não pode ser admitida", esbravejou.


Economia afunda e mídia tenta salvar Temer

Por Altamiro Borges

A mídia chapa-branca, que por seu protagonismo no 'golpe dos corruptos' passou a ser agraciada com generosos aumentos das verbas publicitárias, tem feito um baita esforço para esconder o agravamento da crise econômica brasileira. Os famosos "urubólogos", que durante o governo Dilma juravam que o país já queimava no inferno, agora esbanjam otimismo - talvez para justificar a propina do Palácio do Planalto. Antes, eles berravam: a economia está ruim e vai piorar! Agora, eles juram que até os dados negativos sinalizam uma melhora no futuro! Bastou o impeachment de Dilma e o assalto ao poder da gangue de Michel Temer para o Brasil deixar o inferno e ingressar no paraíso.

As mentiras do demagogo João Doria

Por Altamiro Borges

O empresário-picareta João Doria venceu no primeiro turno as eleições para a prefeitura de São Paulo com base numa propaganda mentirosa e demagógica. Com maior tempo no horário 'gratuito' de rádio e tevê - e ainda contando com uma ajudinha da TV Globo, que lhe garantiu alguns minutos a mais no último debate da campanha -, ele jurou que nunca foi político, travestiu-se de "João trabalhador" e fez inúmeras promessas. Na onda conservadora que varre o país, muitos "midiotas" confiaram no ricaço e lhe garantiram 53% dos votos nas urnas. Mas até mesmo seu padrinho político, o governador tucano Geraldo Alckmin, conhece as bravatas midiáticas do novato no ninho.

Michel Temer e o golpe do petróleo

Por Paulo Pimenta, no site Sul-21:

A onda de golpes que ocorre na América do Sul e as tentativas de desestabilizar os governos de esquerda no continente, democraticamente eleitos, devem ser compreendidos não de forma isolada, mas, sim, dentro de uma percepção mais ampla dos interesses econômicos internacionais sobre a região. Com descoberta do petróleo na camada do pré-sal na costa brasileira, estima-se que o Brasil possa se tornar a terceira maior reserva do mundo, atrás apenas de Venezuela – a maior reserva do planeta – e da Arábia Saudita.

Haddad é ovacionado em ato na Paulista

Da revista Fórum:

O ato “Valeu, Haddad” reuniu manifestantes na tarde deste domingo (9) na Avenida Paulista, na região central de São Paulo, em apoio ao prefeito Fernando Haddad (PT), que ficou em segundo lugar na votação do último domingo (2), quando tentou a reeleição ao cargo. O candidato João Doria (PSDB) foi eleito com 53%.

O dilema da esquerda na atualidade

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

O ciclo político da Nova República, a partir de 1985, tem produzido sucessivas fases de auge e crise nas principais agremiações partidárias. A herança do bipartidarismo consentido pela Ditadura Militar (1964 – 1985), sem a realização efetiva de uma reforma política estrutural, conforme pleiteado pelo documento Esperança e Mudança, de 1982, terminou parindo no regime democrático o pluripartidarismo sustentado pelo pragmatismo sem conteúdo programático e pelo personalismo oportunista das trajetórias individuais dos mandatos.

A decrepitude de Serra vira chacota

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O GGN foi o primeiro órgão a alertar para os sinais de senilidade precoce do chanceler José Serra. Desde que assumiu a chancelaria, as manifestações de Serra, as poucas entrevistas concedidas, em vídeos no Youtube, mostravam um estilo estranho, pastoso, lento.

No início, se supos que fosse Serra tentando envergar os gestos formais dos diplomatas. O episódio dos Brics, no entanto, consolidou as suspeitas sobre sua possível decrepitude. Não era meramente alguém sob efeito de remédios. A lentidão de raciocínio, a inclusão da Argentina nos Brics e outras tolices mostravam que, mais do que desinformação, algo se passava com o cérebro de Serra.

domingo, 9 de outubro de 2016

Os fascistas mirins se deram bem!

Por Altamiro Borges

Paparicados pela mídia golpista e financiados com recursos suspeitos, alguns grupos fascistas – como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua – ganharam projeção nas marchas pelo “Fora Dilma” no ano passado. Seus jovens líderes juravam que a iniciativa era “apartidária” e “espontânea” e enganaram muitos midiotas – a galera que acredita cegamente na imprensa venal. Agora, porém, a farsa está prestes a ser desmascarada. Alguns ingênuos que serviram como massa de manobra para o “golpe dos corruptos” já desconfiam que serão suas maiores vítimas. Já os fascistas mirins estão se dando bem – elegendo-se vereadores e ganhando cargos no governo.


A velha nova política de João Doria

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Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Folha: O sr. é um político experiente…

Paulo Maluf: Não, eu sou engenheiro.


Há dois anos, Maluf renegava sua condição de político em entrevista à Folha. Logo ele, um homem que infesta a política nacional desde o período jurássico. Viu sua fortuna crescer durante a ditadura militar, foi prefeito biônico da capital paulista e, após a redemocratização, se elegeu trocentas vezes para prefeito e governador em terras bandeirantes. Apesar de jurar não ser político, Paulo Maluf é o pai do malufismo – uma corrente político-filosófica conservadora que trouxe sua experiência na iniciativa privada para a vida pública e cunhou máximas gloriosas como “rouba, mas faz” e “estupra, mas não mata”.

Secundaristas: a força das novas ocupações

Foto: Leandro Taques/Jornalistas Livres
Por Maíra Mathias, no site Outras Palavras:

Desde a semana passada, jovens de vários cantos do país voltaram a ocupar escolas e ruas. Diferente da primeira leva de ocupações, que começou em novembro do ano passado em São Paulo e se espalhou por vários estados contra as respectivas políticas de educação, a nova onda mira um alvo comum e tem pressa para derrubá-lo. Trata-se da Medida Provisória (MP) 746, que institui a reforma do ensino médio. Enviada pelo presidente Michel Temer ao Congresso Nacional em 22 de setembro, a MP tem 120 dias para ser votada. Contrários ao método da mudança – considerado autoritário – e ao conteúdo da reforma, estudantes secundaristas apostam nessa estratégia como forma mais eficiente de pressionar governo e parlamento. Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal e Paraná já têm escolas estaduais e institutos federais ocupados.

Os graves retrocessos nas comunicações

Do site do FNDC:

Enquanto a mídia foca sua atuação na divulgação de temas que compõem sua própria agenda de interesses, propostas de lei que representam retrocessos têm sido aprovadas no parlamento de forma rápida, sem debate público e sem que a sociedade tome conhecimento. O alerta é da secretária geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Bia Barbosa. Embora essa realidade tenha afetado a sociedade em diferentes campos, os últimos retrocessos se deram especificamente no setor das comunicações, com a votação de quatro propostas impactantes na Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados (CCTCI) na última quarta (5/10).

PEC-241 serve à especulação financeira

Editorial do site Vermelho:

A Constituição de 1988, cuja promulgação completou 28 anos nesta quarta-feira (5) é a segunda mais longeva do período republicano e sofre hoje o mais intenso ataque promovido pela direita e pelos neoliberais. São forças conservadoras que sempre rejeitaram os avanços econômicos, políticos e sociais nela consagrados. Tentam desfigurá-la, a título de uma “modernidade” perversa, em favor de poderosos interesses econômicos e contrários ao desenvolvimento e à soberania nacional.

O governo ilegítimo de Michel Temer encaminhou para o Congresso Nacional a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 241/16, que altera o regime fiscal do país para favorecer o rentismo e a especulação financeira. Elimina a obrigatoriedade constitucional com o emprego de recursos públicos nas áreas sociais como saúde e educação, mas não toca nos gastos orçamentários com o pagamento de juros.

Michel Temer: quem confia?

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Michel Temer propõe-se, como anda dizendo, a tirar o País do atoleiro. Entretanto, após cinco meses de governo, os indicadores de avaliação mostram uma crescente decepção da opinião pública com ele, conforme apontam os números de recente pesquisa do Ibope.

E, pior ainda, está se tornando um presidente no qual os brasileiros não confiam: 68% (Tabelas). Esse é um contingente de, aproximadamente, 120 milhões de pessoas em um total de 206 milhões.

Campanha da PEC do teto usa dados errados

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O esforço para ajudar a dupla Michel Temer-Henrique Meirelles a aprovar a PEC 241, que congela gastos públicos por 20 anos, atingiu o nível de um massacre, destinado a desqualificar a crítica e as possíveis vozes contrárias. A base de sua argumentação é que o Estado brasileiro assiste a uma explosão da dívida pública, que teria atingido níveis apocalípticos.

O problema é que se trata de uma noção errada, apoiada em dados tecnicamente falsos, que se destinam a lubrificar a aprovação de uma medida que só interessa capital financeiro e grandes rentistas.

Por que Moro não prendeu ainda Lula?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Por que Moro não prendeu ainda Lula?

É evidente que este é o objetivo supremo na Lava Jato.

A resposta é mais simples do que muitos suporiam: medo. Sim, medo.

Moro é valente. Mas não é louco.

A grande questão é: o que aconteceria caso Lula fosse preso? Uma convulsão social, talvez?