domingo, 3 de janeiro de 2016

Na crise, o Brasil entra em oferta

Por Juliana Elias, na revista CartaCapital:

Com a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, em 7 de dezembro, da aquisição da divisão de beleza do grupo brasileiro Hypermarcas, a francesa Coty, dona de 47 marcas em 40 países, “deu mais um passo para se tornar uma companhia desafiadora e líder global em beleza”, conforme anunciou o presidente Bart Becht, no fechamento do negócio de 1 bilhão de dólares, ou 3,8 bilhões de reais.

Direita retoma espaço na América do Sul

Por Kjeld Jakobsen, na revista Teoria e Debate:

Se considerarmos os recentes processos eleitorais em vários países da América do Sul e em diferentes esferas governamentais, os resultados favoreceram a direita. Na eleição presidencial argentina venceu o candidato Mauricio Macri do Partido Proposta Republicana (PRO), de direita, e na eleição legislativa venezuelana a Mesa de Unidade Democrática (MUD), de oposição ao governo bolivariano, elegeu a maioria dos deputados da Assembleia Nacional.

O golpe do impeachment no Brasil

Por Paulo Pimenta, no site Sul-21:

O ano de 2015 termina marcado pelas diversas tentativas da oposição de golpear a democracia brasileira e prejudicar o país, desejando o agravamento da crise política e do cenário econômico. O impeachment, o parecer do TCU, o pedido de recontagem de votos do PSDB ao TSE, todos são parte de uma estratégia da oposição que busca deslegitimar a vitória da Presidenta Dilma, obtida nas urnas, entre outras tentativas fracassadas daqueles que ainda não se conformaram com o resultado das eleições.

O salário mínimo e o fim da Era Levy

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Os jornalões falam em “rombo nas contas públicas”, “endividamento do Estado” e “tentativa de recuperação da sua base social”. Mas o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) afirma que a decisão do governo Dilma de apostar na Política de Valorização do Salário Mínimo como saída para a crise vai injetar R$ 57 bilhões na economia.

O raciocínio é relativamente simples: estima-se que 48,3 milhões de brasileiros têm rendimento referenciado no salário mínimo que, a partir de 1º de janeiro, passará a valer R$ 880, ao invés dos atuais R$ 788. Com mais dinheiro no bolso, as pessoas poderão gastar mais, o que irá gerar um incremento de R$ 30,7 bilhões na arrecadação tributária sobre o consumo. Isso, é claro, além do que será gasto em bens e serviços.

2016 começa com mais uma chacina em SP

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Quatro jovens morreram e um ficou ferido na primeira chacina do ano em São Paulo, no município de Guarulhos. Adriano Silva Araújo (28), Francisco Pereira Caetano (23), Hermes Inácio Moreira (19) e Leonardo José de Souza (23) foram executados em um bar na Vila Galvão.

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, quando a perícia técnica chegou ao local, não havia nenhuma cápsula ou projétil em frente ao bar. A Polícia Civil investiga se os assassinatos seriam uma forma de vingança pela morte de um policial militar ocorrido na semana passada.

A privatização da política no Brasil

Por Luciano Rezende, no site da Fundação Maurício Grabois:

Provavelmente a prática política nunca foi tão agredida como na atualidade. O orgulho que deveríamos ter por sermos agentes políticos da transformação dá lugar ao sentimento de ojeriza a tudo que esteja associado a governos, partidos políticos ou movimentos sociais.

O ataque à política em geral e aos partidos de esquerda em particular faz parte de uma ação bem orquestrada pelo neoliberalismo. Da mesma forma quando querem abocanhar alguma empresa pública e tratam de enlamear o seu nome perante a opinião pública - tornando-a símbolo de corrupção e corporativismo para que os governos neoliberais tenham justificativas para entregá-las de mãos beijadas ao mercado -, fazem o mesmo com a política. Seu objetivo principal e fazer com que os governos sejam geridos por técnicos profissionalizados e indicados pelo mercado.

Uma aula de manipulação em 3 minutos

2016 pode acabar menos ruim do que 2015

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Acho perfeitamente possível imaginar um 2016 menos ruim do que 2015.

Duas decisões recentes - o decreto que elevou o salário mínimo em 11% e a abertura de facilidades para o acesso de Estados e municípios ao crédito externo - mostram isso.

Não se deve exagerar o impacto dessas decisões na vida real dos brasileiros. Até porque elas vêm acompanhadas de medidas em outra direção, como o veto presidencial ao reajuste do Bolsa Família para cobrir perdas inflacionárias, e a retomada no debate sobre mudanças na Previdência Social.

sábado, 2 de janeiro de 2016

A mais difícil eleição da história do PT

Por Renato Rovai, em seu blog:

Se o ano começa duro e difícil para o governo Dilma, que tem a tarefa de afastar do cenário a possibilidade de impeachment ao mesmo tempo que enfrenta uma profunda crise econômica, quem vai ter de encarar o desafio mais difícil de 2016 é o partido da presidenta que disputará a mais dura batalha eleitoral de sua história.

De Dilma aos Frias, com carinho!


Por Leandro Fortes, em sua página no Facebook:

O artigo da presidenta Dilma Rousseff com desejos de um feliz 2016 a todos brasileiros e brasileiras foi, primeiro, publicado na Folha de S.Paulo.

A mesma Folha que, há três meses, fez um editorial intitulado "Última chance", no qual exigia a saída dela, de forma desrespeitosa e degradante.

A mesma Folha da ficha falsa, da campanha eleitoral de 2010.

'The Economist' e o umbigo inglês

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Como os abutres, que nas planícies da África avançam sobre a carniça quando as hienas se distraem, tem gente festejando a matéria sobre o Brasil da The Economist desta semana, mostrando uma Dilma Roussef cabisbaixa na capa.

Como faz com qualquer país que não reze segundo a cartilha neoliberal anglo-saxã, do tipo “faça o que eu digo, não o que eu faço”, The Economist alerta que o Brasil enfrenta um “desastre político e econômico”, cita o rebaixamento do país pela Fitch e pela Standard and Poors – mas não diz que essas agências foram incapazes de prever a crise que se abateu sobre os EUA e a Europa, Inglaterra incluída, em 2008, a ponto de terem sido multadas por incompetência e por enganar investidores – e conclui criticando o déficit previsto para nosso país em 2014, sem citar – aliás, como faz a imprensa conservadora tupiniquim - as reservas internacionais brasileiras, de 370 bilhões de dólares, o equivalente a 1 trilhão, 480 bilhões de reais.

Dilma acaricia os leões da 'Folha'

Por Diógenes Brandão, em seu blog:

Duas horas após os fogos de artifícios, brindes e abraços anunciarem a virada do ano de 2015 para o de 2016, o jornal Folha de São Paulo publicou com exclusividade, mas sem nenhuma foto, o artigo com a primeira mensagem do ano, enviada pela presidenta Dilma ao povo brasileiro, sob o título "Um feliz 2016 para o povo brasileiro".

Como já havia dito ontem, este meticuloso blogueiro, mesmo controlando sua ansiedade ainda não conseguiu entender o motivo de tamanho privilégio concedido ao impresso da família Frias. Dilma sabe, ou deveria saber, que tem uma gama de mais de 10.817 outros veículos - como já foi dito aqui - pagos com verbas publicitárias estatais, sem falar das centenas de milhares de blogues e redes sociais de ativistas digitais que compartilham e reproduzem os conteúdos de seu governo voluntariamente.

Carnaval carioca e TV Globo, nada a ver!

Por Altamiro Borges

A partir da próxima semana, a TV Globo deve começar a bombardear os telespectadores com as suas vinhetas para o Carnaval do Rio de Janeiro. Com os direitos exclusivos de transmissão televisiva de uma das maiores festas populares do planeta, a emissora dos três filhos de Roberto Marinho fatura muita grana com patrocínio e publicidade. Mas, segundo informa a jornalista Keila Jimenez, do site rival R7, as relações entre o império global e as escolas de samba não andam nada amigáveis e podem até resultar em fratura em um futuro próximo. Vale conferir:

Papa exorciza a 'Folha'; Dilma abençoa!

Por Altamiro Borges

Em cerimônia no Vaticano na virada do ano, o papa Francisco novamente excomungou a chamada grande imprensa. Segundo relato de Philip Pullella, da Reuters, "os meios de comunicação precisam abrir mais espaço para histórias inspiradoras e positivas para contrabalançar a preponderância do mal, da violência e ódio no mundo, disse o papa nesta quinta-feira (31)... Em sua breve homília, Francisco disse que o ano encerrado foi marcado por muitas tragédias... Mas ele disse que também houve 'muitos grandes gestos de bondade' para ajudar os necessitados 'mesmo que eles não apareçam em programas noticiosos da televisão (porque) as coisas boas não fazem notícia'. Será que o papa tem acompanhado a mídia brasileira, hoje dominada por urubólogos da pior espécie?

A histeria contra salário mínimo de R$ 880

Por Altamiro Borges

Entrou em vigor nesta sexta-feira (1) o novo valor do salário mínimo, que terá impacto direto na vida de mais de 48 milhões de trabalhadores, aposentados e pensionistas do Brasil. Ele passou de R$ 788 para R$ 880, um reajuste de 11,67%. Com essa decisão, adotada em tempos sombrios de ajuste fiscal, a presidenta Dilma preservou a política de valorização do salário mínimo, iniciada no governo Lula após um acordo histórico com as centrais sindicais. Apesar do aumento nominal ser de apenas R$ 92, a velha imprensa fez questão de bombardear o decreto presidencial. Essa histeria confirma, mais uma vez, que os barões da mídia só pensam nos seus lucros e nos interesses dos rentistas. Para eles, o ideal seria que o Brasil voltasse à época da escravidão, sem salários ou direitos trabalhistas.

Manual do perfeito midiota

Por Luciano Martins Costa, no site Brasileiros:

O ano está terminando e você certamente está odiando não poder jantar naquele restaurante em Nova York onde um lugar à mesa não sai por menos de 300 dólares.

Você leu na imprensa brasileira que esse é o melhor programa para comemorar a passagem do ano. Mas não vai dar, não é? E a culpa, claro, é daqueles que fizeram disparar o dólar e elevaram os juros, de modo que, por mais que tenha ralado para cumprir as metas, o custo desse sonho é muito alto.

Isso faz com que você odeie ainda mais esses comunistas que afundaram o Brasil, não é mesmo? Porque você está convencido, pela leitura dos jornais e da maioria das revistas de informação, de que o Brasil afundou.

E a democracia sobreviveu a 2015

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:


Refletindo sobre o ano espantoso, assustador e doloroso que chega ao fim, há que concluir que, sob um aspecto muito importante, não só terminou bem como ainda abre passagem a um novo ciclo que promete marcar a virada desse jogo injusto e perigoso que foi jogado ao longo dos últimos 365 dias.

Desde 2002 o Brasil não tinha um ano tão ruim. Durante os 12 anos seguintes este país distribuiria renda, veria a pobreza cair e o nível de emprego aumentar. Mas o fascismo não se conformava…

Metrô, monotrilho e esqueletos de Alckmin

Por Francisco Luís, no blog Viomundo:

Nessa quinta-feira, 31 de dezembro, o Estadão publicou que o governo Geraldo Alckmin (PSDB) suspendeu até 2017 o início da construção de dois trechos do monotrilho da Linha 17-Ouro (Jabaquara-Morumbi), na zona sul da capital. Em consequência, trava a conexão metrô-aeroporto de Congonhas, prometida para 2012.

Nenhuma surpresa para quem acompanha os dados da execução do Metrô paulista. Execução é o quanto foi gasto para fazer a obra.

O incrível reveillon de bobagens de O Globo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É a crise, é a crise, é preciso gritar a cada minuto.

Ontem à noite, a poucas horas da virada do ano, O Globo saiu-se com a “pérola”: Crise econômica faz público trocar o branco pelo amarelo no réveillon.

Ridículo.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Eu acuso Aécio Neves

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Eu acuso Aécio.

Um homem que:

- Constroi um aeroporto privado com dinheiro público;

- Coloca recursos do contribuinte mineiro, como governador, em rádios da própria família;

- Não se envergonha de, sendo político, ter rádios, num brutal conflito de interesses;

"Maior herança é a ascensão dos excluídos"

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:


Atual presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o sociólogo Jessé de Souza é conhecido pelo pensamento agudo e a argumentação desassombrada. Seu novo livro, A Tolice da Inteligência Brasileira, confirma essas características. Ao analisar o desenvolvimento do pensamento no e sobre o País, Souza não poupa ninguém, nem mesmo Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda. Segundo ele, o pensamento culturalista brasileiro tornou-se um instrumento das elites para influenciar a classe média na demonização das instituições e da classe política, o que esconderia a verdadeira intenção da parcela mais rica do País: apropriar-se novamente do Estado brasileiro.

Globo encerra 2015 contra o Brasil

Do site Vermelho:

O sistema globo de comunicação encerra 2015 na incessante campanha contra a Petrobras e o Pré-sal e nesta quinta (31) os irmãos Marinho atacam, através de editorial, as razões que fizeram o governo federal aumentar o salário mínimo. A medida vai injetar 57 bilhões na economia do país em 2016 e melhorar a renda de 48 milhões de brasileiros.

De acordo com os Marinho, o argumento usado pelo governo federal para aumentar o salário mínimo é “tosco”. O que não surpreende no histórico do grupo de comunicação que, em 1962, também se posicionou contra a adoção do 13º salário.


O derradeiro 'golpe moral' no golpismo

Obra de Romero Britto
Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:

2015 está terminando e, com ele, aparentemente o golpismo da direita contra a Democracia e o Estado de Bem-Estar Social brasileiro. Embora toda e qualquer análise peremptória sobre a crise política, social e institucional brasileira seja, em larga medida, precária, em razão da fluidez da conjuntura e de potenciais movimentos provindos da controversa “Operação Lava Jato”, do Congresso Nacional, do STF, do TSE e do jogo político como um todo, alguns fatos políticos são essenciais nesse complexo tabuleiro da vida política nacional. Procurei analisar essa precariedade analítica nos artigos “A fluidez da conjuntura política e os próximos lances” e “A virada de Dilma”, publicados neste site respectivamente em 21 outubro e 20 de dezembro deste ano.

Os ‘coxinhas’ e o casório no Jockey Club

Por Altamiro Borges

Os falsos moralistas da elite paulista, já batizados de “coxinhas”, perderam excelente oportunidade para extravasar seu amor à ética, à tradição, à família e à propriedade. Em pleno Jockey Club, local de ricaços exibicionistas e de estrelas globais, ocorreu na quarta-feira (30) o casamento da filha de Julio Camargo, um dos principais delatores da Operação Lava-Jato. A festança, segundo anteciparam Thais Arbex e Bela Megale na Folha, seria agitada. Mas os tais “coxinhas” não fizeram nenhum protesto contra a corrupção. Talvez alguns até estivessem na lista de convidados especiais do ex-consultor da empreiteira Toyo Setal e ex-representante de várias megacorporações empresariais, como a Samsung.

Janot abrirá inquérito contra Aécio? Duvido!

Por Altamiro Borges

Sem muito alarde, a mídia privada noticiou na quinta-feira (31) que a Procuradoria-Geral da República analisará, após o recesso do Judiciário, se vai pedir a abertura de inquérito contra os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Em sua delação premiada, Carlos Alexandre de Souza Rocha, o "entregador de dinheiro" do doleiro Alberto Youssef, garantiu que repassou diretamente R$ 300 mil ao grão-tucano e R$ 1 milhão ao presidente do Senado. Quanto ao senador do Amapá, que trocou o PSOL pela Rede de Marina, ele disse "ter ouvido" do seu chefe mafioso que o parlamentar recebeu R$ 200 mil, mas que não efetuou a entrega do dinheiro.

Macri presenteia a Globo da Argentina

Por Altamiro Borges

O presidente argentino Mauricio Macri, que governa por decretos como um velho ditador, retribuiu o enorme apoio dado à sua eleição pelo Grupo Clarín – um império midiático similar ao da Globo no Brasil. Na véspera da virada do ano, ele extinguiu os dois órgãos responsáveis pela democratização da mídia no país vizinho: a Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (AFSCA) e a Autoridade Federal de Tecnologias de Informação e Comunicação (AFTIC). Em êxtase, O Globo desta quinta-feira (31) festejou: “Dando sequência à revisão e extinção de uma série de políticas e condutas adotadas durante os 12 anos de kirchnerismo na Argentina, o presidente Mauricio Macri eliminou, por decreto, os dois órgãos que regulavam os monopólios nos meios de comunicação”.

As 'pedaladas' e o 'mico' na comunicação

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O pagamento das famosas “pedaladas”, pelo governo, no penúltimo dia do ano, gerou desconfiança e ironia por parte da fascistada nos comentários das redes sociais e dos portais de sempre.

Em vez de entender que o governo retirou dinheiro de reservas do tesouro economizadas depois do governo FHC, a turma que ladra de ouvido ficou com a impressão - e está disseminando isso - que o governo teria emitido dívida nova para pagar a si mesmo, ou melhor, ao patrimônio público - considerando-se que é o maior acionista do Banco do Brasil, do BNDES e da Caixa Econômica Federal.

Manipulação prejudica Petrobras e Brasil

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Não é preciso acreditar em conspirações internacionais para entender as mudanças recentes no mercado do petróleo e as dificuldades enfrentadas pela Petrobras para consolidar a posição do Brasil como um grande produtor mundial, possibilidade aberta pela exploração do pré-sal.

Graças a um editorial publicado pela Folha de S. Paulo em 28/12/2015, é possível constatar que os fatos ocorrem à luz do dia, sem disfarce nem pudor. Diz o jornal:

A primavera das mulheres que floresceu

Por Norma Odara, no jornal Brasil de Fato:

O ano de 2015 foi, definitivamente, um ano de lutas para as mulheres, sobretudo no Brasil. Já em 9 de março de 2015 a presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei do Feminicídio, que torna crime hediondo o assassinato de mulheres apenas por serem mulheres.

Além disso as principais capitais do Brasil protagonizaram atos em defesa do direito das mulheres e contra o retrocesso. Brasília recebeu em agosto a Quinta Marcha das Margaridas, que reuniu agricultoras, sindicalistas, indígenas e quilombolas; a Primeira Marcha das Mulheres Negras – Contra o Racismo, a violência e pelo bem viver, que reuniu 10 mil mulheres em Brasília buscando dar voz às mulheres negras, que lutam contra o machismo, o racismo, possuem os menores salários e ocupam os piores cargos; as Mulheres Contra Cunha, que protestaram no Rio de Janeiro e São Paulo contra o PL 5.069/2013,de autoria do presidente da câmara Eduardo Cunha (PMDB -RJ), que dificulta o atendimento às mulheres que sofreram violência sexual, principalmente no que tange à profilaxia adequada.

Festa de fim de ano nas escolas ocupadas

Por Sarah Fernandes, na Rede Brasil Atual:



Se é comum passar o natal ou o ano novo em família, nas escolas ocupadas de São Paulo o costume não seria diferente: os jovens reuniram doações, arrecadaram dinheiro e colocaram a mão na massa para preparar a ceia de natal na noite do último dia 25. Hoje (31) é a vez da festa de fim de ano, que novamente reunirá "uma nova família", formada após quase dois meses de luta iniciada contra a reorganização escolar – que seria implantada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e que fecharia pelo menos 93 escolas estaduais.

O que virá depois do ano da autoflagelação?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Tenho lido definições diversas para este ano atípico que se acaba daqui a pouco, inclusive a de que ele não é (foi) um ano em si mas, na política e no poder, a continuação de 2014. Sendo ou não sendo, todos querem que ele acabe, na vida pública e na vida pessoal também. Na primeira, foi tormentoso. Na vida de cada um, foi um ano de vacas magras depois do tempo das espigas gordas. E gordas não só para os pobres mas também para os ricos.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Sheherazade, Joice e as “musas da direita”

Por Altamiro Borges

Foi mais um baita fiasco o protesto do “Fora Dilma” convocado pelo grupelho “Musas da Direita” durante a corrida de São Silvestre nesta quinta-feira (31) na Avenida Paulista (SP). As tais musas sequer apareceram e a atividade contou apenas com meia dúzia de marmanjos fascistoides. O outro objetivo almejado, o de aparecer na mídia, também deu xabu. A patética manifestação foi menosprezada até pelas emissoras de tevê e pelos sites de notícias. As apresentadoras Rachel Sheherazade (SBT), e Joice Hasselmann (demitida da TV Veja), inspiradoras da confraria golpista, devem ter ficado frustradas com a baixa adesão.

Extrema pobreza cai 63%. Mídia abafa!

Por Altamiro Borges

Em qualquer parte do mundo, a notícia de que a taxa de pobreza extrema caiu 63% na última década seria manchete nos jornalões e destaque nas emissoras de rádio e tevê. Especialistas sérios, e não moleques de recado dos abutres financeiros, seriam chamados a explicar os motivos desta histórica redução. No Brasil, porém, a mídia partidarizada e descaradamente oposicionista – como já confessou a própria ex-presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Judith Brito – prefere abafar o resultado para não reconhecer os avanços sociais ocorridos nos governos Lula e Dilma. E ainda tem gente que acredita na neutralidade da chamada grande imprensa. Midiota ou inocente?

Vereador cassado por estupro é do... PSDB

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (28), a Câmara Municipal de Itapetininga, interior paulista, cassou o mandato do vereador Douglas Monari. Foram 13 votos a favor e quatro abstenções – dois parlamentares se ausentaram da sessão extraordinária. A denúncia que gerou a cassação é de que Douglas Monari participou de um estupro coletivo a uma adolescente de 15 anos, ocorrido há dois anos. A notícia do estupro coletivo e, agora, da cassação não teve qualquer repercussão na mídia paulista nem nacional. Adivinhe a que partido o vereador era filiado? Se você desconfia da seletividade da imprensa e disse PSDB, acertou! Agora, se você é um midiota, continuará pensando que todo tucano é santo. Na página do ex-vereador no Facebook, que logo poderá ser apagada, há inclusive fotos com o governador Geraldo Alckmin, o chefão tucano em São Paulo.

'Economia será decepcionante'... no mundo!

Por Altamiro Borges

Os urubólogos da mídia nativa adoram difundir que a economia capitalista mundial está em plena recuperação, rumo ao paraíso, enquanto o Brasil caminha para o desastre. A culpa seria do governo Dilma, que não adota todas as medidas amargas exigidas pelo “deus-mercado”. Porém, quando este diagnóstico é desmentido, os tais analistas do mercado – nome fictício dos porta-vozes dos rentistas – se fingem de mortos. Nesta quarta-feira (30), em artigo publicado no jornal alemão “Handelsblatt”, a própria diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a paparicada Christine Lagarde escreveu que o crescimento global em 2016 será “decepcionante”. Ou seja: o problema não é unicamente brasileiro, mas mundial. A mídia nativa não deu manchete para esta conclusão.

Dez coisas que ajudariam o Brasil em 2016

Por Flavio Aguiar, de Berlim, para o site Sul-21:

1. Um certo ex-presidente fazer um curso de História do Brasil, e chegar à conclusão que quem nasceu pra fazer ponta em filme alheio jamais chegará a Pedro II, Getulio Vargas, muito menos a Luis Inacio Lula da Silva. Poderia dizer depois, “como é para a felicidade de todos e o bem estar geral da nação, digam ao povo que fico onde estou, na galeria dos personagens à espera de um Oscar de coadjuvante. Ah sim, e que desisto do golpe”.

Se a Lava Jato fosse para valer…

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:


A imagem que encima este texto vale por um tratado sobre política, mas, para os que têm dificuldade em enxergar realidade como ela é e não como a mídia mafiosa pinta, vamos desenhar a situação.

Todos deveríamos estar exultantes com a Operação Lava Jato e com as condenações de políticos importantes pelo Supremo Tribunal Federal, Corte que, até que o PT chegasse ao poder, jamais condenara político algum à prisão.

O que desejo para o Brasil em 2016

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Que Dilma Rousseff FIQUE e Eduardo Cunha SAIA.

Que o governo MELHORE para o lado que tem de melhorar, não para o lado que a direita quer que “melhore”.

Que NÃO FALTE coragem a Dilma e que ela seja mais capaz de OUVIR.

Que Aécio CRESÇA e aprenda a digerir derrotas.

As 20 furadas épicas da mídia em 2015

Por Pedro Zambarda, no blog Diário do Centro do Mundo:

Crise política, abertura de impeachment, pauta reacionária de Eduardo Cunha no Congresso, retração do PIB, voos de Aécio Neves com celebridades e figurões da imprensa, corrupção na Sabesp, Lava Jato, assunto não faltou em 2015. Mesmo assim, o jornalismo conseguiu furos que se provaram enormes furadas, além de teses catastróficas que não se provaram verdadeiras.

No dever de informar, a mídia brasileira dominou a arte de prever acontecimentos sem embasamento, prestando um desserviço aos seus leitores. Selecionamos as maiores furadas e profecias erradas publicadas neste ano.

1. As capas da Veja tentando colocar Lula na cadeia



2015, o ano que não aconteceu

Por Vinicius Wu, na revista Fórum:

Se os brasileiros se habituaram a chamar os anos oitenta de “a década perdida”, nada mais justo do que, doravante, lembrarmos de 2015 como “o ano perdido”. Seria a melhor síntese do que vivemos nos últimos doze meses. Afinal, pelo menos do ponto de vista político, o ano que se encerra não passou de uma caricata extensão de 2014.

A polarização política e o resultado apertado nas últimas eleições presidenciais foram o ponto de partida para que a oposição assumisse, deliberadamente, uma postura de relativização, ou mesmo questionamento, do resultado das urnas. Não houve a tradicional trégua dos meses iniciais de governo e os principais partidos políticos seguiram em clima de campanha, bloqueando acordos e mediações indispensáveis ao enfrentamento da atual crise econômica.

Aumentar o salário mínimo é ruim?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O salário mínimo nacional passa a ser de R$ 880,00 a partir desta sexta (1). São 92 jujubas a mais do que os R$ 788,00 válidos até agora, ou seja, um aumento de 11,7%.

A política de valorização do mínimo, um cálculo que considera a inflação e a variação do PIB, levou a um aumento no seu poder de compra. Em 1995, adquiria-se uma cesta básica com o mínimo. Hoje, 2,14 cestas de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese). Esse valor representa um aumento real de 77,53% (descontada a inflação) desde 2002.

O Brasil enfrentou a direita elitista

Editorial do site Vermelho:

A direita e a oposição neoliberal – ultraliberal, melhor dizendo – fizeram de 2015 uma extensão de 2014. O consórcio direitista, nele incluído grande parte dos meios de comunicação, não aceita a derrota sofrida na eleição presidencial e buscou, ao longo do ano, um atalho para o poder.

A tentativa insana de romper a legalidade constitucional foi o roteiro seguido pela direita em 2015.

A ilegalidade de suas pretensões incluiu o golpismo do impeachment embora não haja crime de responsabilidade cometido pela presidenta Dilma Rousseff. Ou a proposta desesperada de anulação da eleição pelo TSE, mesmo depois deste tribunal já haver aprovado as contas de campanha de Dilma, e convocação de novo pleito.

Salário mínimo e a melhora da economia

Por Renato Rovai, em seu blog:

O aumento do salário mínimo de 788 para 880 reais tem um potencial de estimulo à economia que parece ainda não estar sendo devidamente considerado por analistas econômicos. Mas para que isso aconteça o governo vai precisar jogar duro com a inflação para preservar esses 11,6% que virão agora para 45 milhões de brasileiros, que na prática apenas recuperam o que foi perdido, e buscar agir rapidamente para impedir o crescimento do desemprego.

A tentativa de golpe nas manchetes de 2015

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:


Em tempos de midiatização da vida pública e de domínio dos meios de comunicação, não apenas o conteúdo divulgado, mas, sobretudo, o modo de apresentação das notícias desempenha um papel crucial na formação da opinião do leitor. Neste 2015, ano em que a onda conservadora subiu a crista e ameaçou direitos e conquistas sociais, obtidas a duras penas, é imperativa uma análise da narrativa disseminada no país pelo oligopólio midiático.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Aécio Neves nega propina... e bafômetro

Por Altamiro Borges

O cambaleante Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, ficou colérico com a reportagem da Folha desta quarta-feira (30) que aponta que ele teria garfado R$ 300 mil em propina de um diretor da UTC, uma das empreiteiras envolvidas nas denúncias de corrupção na Petrobras pela Operação Lava-Jato. O tucano sequer agradeceu à famiglia Frias, que evitou dar manchete à suspeita e dedicou somente uma nota de rodapé na capa do jornal - o que já indica que o caso logo será abafado. Em sua página no Facebook, o falso moralista, que vive rosnando contra a "organização criminosa do PT", condena "essa absurda e irresponsável citação do nome do senador, sem nenhum tipo de comprovação".

O "rolezinho" em apoio a Chico Buarque

Por Altamiro Borges

Num ato irreverente e animado, convocado por seus admiradores pelo Facebook, centenas de pessoas se reuniram na noite desta terça-feira (29) em um bar do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, para manifestar solidariedade ao cantor, compositor e escritor Chico Buarque. Foi a resposta aos playboys fascistoites - herdeiros de empresários e ruralistas sem moral -, que na semana passada hostilizaram o artista quando ele saia de um restaurante no mesmo bairro, xingando-o de "seu merda", "PT bandido" e outros adjetivos próprios dos midiotas. Segundo relato bem acanhado do G1, o portal de notícias da Globo, "o happy hour foi embalado pelo tom político e por músicas do cantor".

Como barrar o conservadorismo no Congresso

Por Bruno Pavan e José Coutinho Júnior, no jornal Brasil de Fato:

O cenário político brasileiro e os fatos diários do Congresso Nacional têm superado qualquer trama de novela. Impeachment, manobras políticas, aliados que se tornam inimigos, e vice-versa, estão no cotidiano do noticiário.

Para analisar a conjuntura atual, o Brasil de Fato entrevistou três deputados que fazem oposição aos retrocessos no Congresso: Ivan Valente (PSOL), Jandira Feghali (PCdoB) e Wadih Damous (PT).

Dilma comete erro suicida na Previdência

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A experiência política ensina que todo governo comete erros graves, que representam algo mais que o trivial tiro no pé. Mas há erros ainda piores, de caráter suicida.

Este é o caso da tentativa do Planalto de trazer de volta o debate da reforma da Previdência.

Não vamos entrar na discussão sobre a necessidade ou não de se modificar as regras da previdência pública, sobre as contas, a demografia e todo um blá-blá-blá que tem a idade do Consenso de Washington.

Economia e o eterno retorno do mesmo

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Os países ditos emergentes sofrem, ainda uma vez, as angústias que antecedem a elevação da taxa de juros básica nos Estados Unidos e padecem os temores das mudanças de humor dos fluxos de capitais. No início da década dos 1990, o Fundo Monetário e o Banco Mundial garantiam que a abertura e a desregulamentação financeiras promoveriam a suavização das flutuações da renda e do consumo nos países da periferia.

Propina de R$ 300 mil para Aécio? E agora?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Folha fez o possível.

Colocou a chamada lá no cantinho de baixo, bem pequenina.

Mas não adianta.

A reportagem de Rubens Valente é avassaladora.