domingo, 4 de janeiro de 2015

Ministério Público e regulação da mídia

Por Luis Nassif, no Jornal CGN:

Insuspeito de ter uma posição governista, o Ministério Público Federal - como defensor dos direitos difusos da sociedade - poderá ter papel central na regulação da mídia.

Em fevereiro de 2014, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal em São Paulo, organizou uma audiência pública relevante, para discutir o tema. Obviamente, recebeu escassa cobertura da mídia.

Os duros embates do novo Congresso

Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

Com as sessões tumultuadas por períodos de “recesso branco” por conta da Copa do Mundo e das eleições e por fortes embates entre base aliada e oposicionistas durante a votação de matérias encaminhadas pelo Executivo, o Congresso Nacional viveu um ano complicado e de baixa produtividade em 2014, mas a expectativa para 2015 é de cenário ainda mais sinuoso. A opinião é de deputados, senadores, cientistas políticos e instituições que costumeiramente analisam a produtividade e o comportamento do Legislativo brasileiro. Eles apontam variados fatores para que tanto parlamentares como o governo prevejam tempos difíceis na Câmara e no Senado a partir de fevereiro.

A mídia e a década do escândalo

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais de quarta-feira (31/12), último dia de 2014, analisam as escolhas até aqui anunciadas para a formação do governo no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Há uma tendência dos comentaristas a considerar que o futuro ministério marca uma separação formal entre a presidente reeleita e seu mentor, o ex-presidente Lula da Silva. A tese predominante considera que as escolhas de Dilma revelam que ela busca mais autonomia, mas fica isolada no partido que a elegeu.

O Brasil não é feito só de ladrões

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Inaugura-se, nesta quinta-feira, novo ano do Calendário Gregoriano, o de número 2015 após o nascimento de Jesus Cristo, 515, depois do Descobrimento, 193, da Independência, e 125, da Proclamação da República.

Tais referências cronológicas ajudam a lembrar que nem o mundo, nem o Brasil, foram feitos em um dia, e que estamos aqui como parte de longo processo histórico que flui em velocidade e forma muitíssimo diferentes daquelas que podem ser apreendidas e entendidas, no plano individual, pela maioria dos cidadãos brasileiros.

Globo desrespeita memória de Mário Lago

Por Léa Maria Aarão Reis, no site Carta Maior:

"Acredito que as palavras dela jogam luz onde queriam sombras," diz Mario Lago Filho, irmão da jornalista Graça Lago. Ela é a filha do ator Mário Lago cuja indignação, em nota redigida há cerca de dez dias, mobilizou e continua repercutindo em todo o Brasil, nas redes sociais e na mídia digital. Ela denuncia a manipulação política da TV Globo mudando “o perfil do premio” que leva, há 13 anos, o nome de seu pai, tradicionalmente uma homenagem a profissionais - atores, atrizes, compositores, cantores - do mundo da dramaturgia e do entretenimento.

Eduardo Cunha e o desespero da mídia

Por Miguel do Rosário, no blog Tijolaço:

Obrigado, excelentíssimo deputado federal Eduardo Cunha.

Vossa excelência prestou uma grande contribuição à causa da liberdade democrática.

Só que às avessas.

A derrota do pensamento único

Por Alberto Cantalice, no site Vermelho:

A vitória histórica da presidenta Dilma, em 2014, consolidando quatro mandatos das forças progressistas à frente do governo federal, deixou perplexa parte da mídia e das forças políticas situadas no campo conservador, do espectro político brasileiro.

Reação sintomática à regulação da mídia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Menos de 72 horas depois da posse de Ricardo Berzoini no Ministério das Comunicações, o esforço do governo Dilma para colocar o debate sobre a democratização da mídia na ordem do dia começa a dar os primeiros frutos.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice presidente na chapa derrotada de Aécio Neves, foi obrigado a entrar na briga. O eleitor aplaude e o país agradece. Poderá comparar opiniões e projetos diferentes e até opostos.

Sicários da Globo atiram em Berzoini

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Eduardo Cunha, que Câmara Cascudo identificaria em Pedro Malasartes, já se curvou aos pés da Globo e alvejou Berzoini.

Rapidamente, Aloysio 300 mil pulou à frente e destilou mais violência.

O seria de Aloysio 300 mil se a Fel-lha não tivesse assassinado Romeu Tuma para elege-lo Senador?

Merval adora falar mal de Dilma

ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Merval Pereira tem a tarefa de falar mal do governo. De qualquer governo trabalhista, presumo.

Faz isso com a regularidade de um gotejamento em sua longuíssima coluna n’O Globo, na CBN e na Globonews.

No diário conservador carioca, a extensão dos escritos de Merval é inversamente proporcional à lógica do conteúdo.

Faltou água na posse de Alckmin

Por Altamiro Borges

Bem diferente do tratamento negativo dado à posse de Dilma Rousseff, a mídia tucana registrou com euforia a solenidade que garantiu o quarto mandato ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Não houve contagem do número de presentes em frente ao Palácio dos Bandeirantes – até porque não havia ninguém –, nem detalhes estilísticos sobre os trajes do grão-tucano, nem cara de nojo dos “calunistas” da TV Globo. Tudo foi uma beleza. A Folha destacou nesta sexta-feira (2): “Em posse, Alckmin ensaia discurso para 2018 contra o PT”. O Estadão aplaudiu: “Alckmin cita Covas e diz que SP não vai virar as costas para o Brasil”. Nenhuma palavra sobre a gravíssima falta de água ou sobre o caos na segurança pública.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Estadão descarta Aécio, o “selvagem”

Por Altamiro Borges

A mídia tucana, concentrada em São Paulo, já começa a descartar Aécio Neves, o cambaleante mineiro. Na semana passada, “Veja” deu nota zero para o senador, o pior no ranking da revista. Nesta quinta-feira (1), o Estadão publicou artigo venenoso contra o presidenciável derrotado. Assinado por Isadora Peron, o texto é demolidor. Afirma que Aécio Neves tenta se consolidar com a imagem de líder da “oposição selvagem”, mas terá de enfrentar “adversários fortes” para se viabilizar como candidato do PSDB em 2018. O jornalão da oligarquia paulista, que no passado já disparou o petardo “pó pará, Aécio”, numa insinuação tóxica, não esconde a sua simpatia pelo governador Geraldo Alckmin. Vale conferir trechos do artigo:

Berzoini assume a regulação da mídia

Por Altamiro Borges

Ao tomar posse nesta sexta-feira (2), o novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, foi bastante enfático na defesa da democratização da mídia. Após receber o cargo do ex-ministro Paulo Bernardo, ele afirmou que dará início de imediato ao processo de discussão sobre o tema, que todos os setores interessados serão ouvidos e que ainda não há prazos definidos para apresentação de uma proposta. “É importante abrirmos um debate fraterno, transparente, para que a população brasileira e suas representações empresariais, sindicais, sociais possam discutir com profundidade e democracia o que significam as comunicações no Brasil, especialmente as que são objeto de concessão pública”, afirmou.

Pimentel fará uma “devassa” em MG?

Por Altamiro Borges

Após 12 anos de desgovernos do PSDB, o petista Fernando Pimentel foi empossado como governador de Minas Gerais nesta quinta-feira (1). Em seu pronunciamento, ele anunciou que apresentará em breve um “balanço geral” das gestões tucanas no Estado. "Não se trata de mera auditoria das contas públicas. É algo muito maior e mais importante. É uma explicitação do ponto de onde estamos partindo”. O discurso foi encarado por setores da mídia como ameaça de uma “devassa” no reinado tucano. O cambaleante Aécio Neves, duplamente derrotado na eleição de outubro – na corrida presidencial e em seu próprio Estado – deve ter tremido diante do anúncio. É algo bem pior do que o risco de um bafômetro!

Alegria e apreensão na posse de Dilma



Por Altamiro Borges

Alegria pela vitória nas urnas e apreensão diante das turbulências dos próximos quatro anos. Estes dois sentimentos estiveram presentes na posse de Dilma Rousseff nesta quinta-feira (1) – seja entre os militantes que ocuparam o gramado da Esplanada dos Ministérios, entre os convidados para a solenidade oficial no segundo andar do Palácio do Planalto ou na festa realizada do Itamaraty. Segundo o comando da Polícia Militar, cerca de 40 mil pessoas participaram das atividades na tarde de intenso calor em Brasília. Alguns veículos da imprensa jogaram as estimativas para baixo – falaram em 10 mil participantes –, numa cobertura “jornalística” nitidamente negativista, baseada em futricas e intrigas. Mas a festa foi bonita e deve ter irritado o cambaleante Aécio Neves, os mais hidrófobos da oposição demotucana e da mídia golpista e os fascistas que rosnam pelo impeachment da presidenta e pela volta dos militares ao poder.

O império e a legitimação da tortura

latuffcartoons.wordpress.com
Por Atilio Boron, no site português O Diário:

A publicação do Relatório do Comité de Inteligência do Senado dos Estados Unidos dado a conhecer há dias descreve de forma minuciosa as diferentes “técnicas de interrogatório” utilizadas pela CIA para extrair informação relevante na luta contra o terrorismo. O que foi tornado público é apenas um resumo, de umas 500 páginas, de um estudo que contém umas 6.700 e cuja primeira e rápida leitura produz uma sensação de horror, indignação e repugnância como poucas vezes experimentou quem escreve estas linhas. [1] 

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Jornalismo futriqueiro na posse de Dilma

Por Claudio Luís de Souza, no blog Viomundo:

1 e 2 de janeiro ficarão marcados em nosso calendário como os Dias Nacionais de Velório e Enterro do Jornalismo Político na TV e no Papel.

A cobertura da posse de Dilma na Globo News, em tese a CNN brasileira (sorry, mas deveria ser, né), chegou a me provocar náuseas literais.

A posse segundo os colunistas da mídia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O médium Merval Pereira intuiu, há poucos dias, que Dilma chorou. Freud baixou em Merval e comunicou que se tratava de depressão.

Dilma, de fato, tinha todos os motivos para chorar. O maior deles é que ela acabou de se reeleger presidente da República, com 54 milhões de votos.

À depressão de Dilma opõe-se o entusiasmo frenético que tomou conta de Aécio Neves depois de perder o Brasil e Minas.

A democracia começa na Grécia

Por Nuno Ramos de Almeida, no site Outras Palavras:

Talvez 2015 - um ano que promete tudo, menos pasmaceira - tenha começado antecipadamente nesta quarta-feira, 29/12. Fracassou uma manobra do primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, para assegurar seu próprio mandato até 2016. Como resultado, haverá eleições parlamentares antecipadas em 25/1. Segundo as pesquisas, a Syriza — Frente de Esquerda Radical - é favorita para formar novo governo. Seu principal líder, Alexis Tsipras, declarou, minutos depois: “uma página foi virada. Em pouco tempo, as políticas de ‘austeridade’ impostas ao país farão parte do passado”. São, em dose mais radical, o mesmo que Joaquim Levy, o ministro da Fazenda escolhido por Dilma Roussef, quer impor ao Brasil, também a partir de 2015…

A pá de cal na carreira de Aécio

Ilustração: Marcio Baraldi
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A carreira política de Aécio Neves - ou ao menos suas pretensões de voltar a se candidatar à presidência da República - terminará nos próximos dias.

Sua declaração recente, apresentando o governador de São Paulo Geraldo Alckmin como o próximo candidato do PSDB, foi mais que um gesto de elegância: respondeu a uma avaliação realista do que o espera pela frente.

Dilma mandou recados nas entrelinhas

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

Durante os 43 minutos do seu pronunciamento na cerimônia de posse, no Congresso Nacional, Dilma Rousseff proferiu um discurso tido como genérico, mas que, para muitos políticos presentes, mandou vários recados nas entrelinhas. Mesmo sem mencionar nomes, a presidenta fez referências implícitas à militância do PT, aos aliados do ex-governador pernambucano Eduardo Campos (filiados ao PSB), aos que apoiaram a ex-ministra Marina Silva e à oposição que hoje bate forte no governo. Além disso, citou o Congresso e os manifestantes que foram às ruas pedir mudanças no país.

A posse e a cobertura reciclada


Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os principais jornais do país capricham na cobertura da cerimônia de posse da presidente da República, Dilma Rousseff, em seu segundo mandato. A reinauguração do governo petista mereceu nas edições de sexta-feira (2/1) um pouco mais de volume e densidade noticiosa do que a primeira posse de Dilma, em janeiro de 2011.

Um resumo da posse de Dilma

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Maíra Streit, na revista Fórum:

O primeiro dia do ano foi marcado pela posse da presidenta reeleita Dilma Rousseff. De acordo com informações da Polícia Militar do Distrito Federal, cerca de 40 mil pessoas compareceram ao evento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O número representa 10 mil participantes a mais do que na primeira posse da petista, em 2011.

Os desafios do segundo mandato de Dilma

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Antônio Lassance, no site Carta Maior:

"Uma pessoa nunca se banha duas vezes no mesmo rio. Da segunda vez, já não será a mesma pessoa, nem o mesmo rio" (Heráclito de Éfeso).

A presidenta que tomou posse para o segundo mandato já não é mais a mesma pessoa e não está mais no mesmo Brasil de quatro anos atrás.

Discurso de Dilma inspira confiança

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Reproduzo, porque é histórico, o discurso de Dilma Rousseff em sua posse, no Congresso.

Afirmação e reafirmação dos compromissos assumidos não apenas durante a campanha, mas por toda a vida de uma mulher a quem os mais agudos críticos não podem negar coragem, valor e honradez pessoais e coerência.

Uma vida, como disse ela, de quem tem “um coração valente que não tem medo da luta”.

O juramento da presidenta Dilma

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Editorial do site Vermelho:

Com a solenidade própria da organização do Poder Nacional de um país democrático e em ambiente de alegria e entusiasmo popular correspondente ao sentimento de mais uma vitória conquistada na longa caminhada pela edificação de uma nação soberana, progressista e apanágio da justiça social, a presidenta Dilma Rousseff foi empossada na Presidência da República para mais um mandato de quatro anos.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Encruzilhada petista e o triplo desafio

Por Breno Altman, em seu blog:

Os partidos políticos, na tradição conservadora brasileira, dificilmente passam de máquinas ou legendas eleitorais, cuja vinculação com o Estado é ditada pela relação de troca, entre apoio parlamentar aos governantes que elege e condições de reprodução, tanto políticas quanto materiais, para as próprias agremiações e seus chefes.

Eduardo Galeano e o direito ao delírio

Medidas amargas contra o trabalhador

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

Com o intuito de garantir as metas fiscais o governo adotou medidas amargas contra a classe trabalhadora. No encontro agendado de ultima hora na segunda-feira, 29, que contou com a presença dos ministros Mercadante, Berzoine e Manoel Dias, foram anunciadas medidas tomadas pelo governo através de MP que, em parte, rompem com a afirmação da presidenta Dilma de que não alteraria a legislação trabalhista nem que a "vaca tussa".

2015: Avançar na unidade latinoamericana

Para curar a ressaca da virada do ano

Por Apparício Torelly, o Barão de Itararé:

“Monólogo”

- Eu tinha doze garrafas de uísque na minha adega e minha mulher me disse para despejar todas na pia, porque se não...

- Assim seja! Seja feita a vossa vontade, disse eu, humildemente.

E comecei a desempenhar, com religiosa obediência, a minha ingrata tarefa.

A “receita de ano novo” de Drummond

Por Carlos Drummond de Andrade


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)

Feliz 2015 ao criativo povo brasileiro!

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Juca Ferreira na Cultura. Ótima notícia!

Por Altamiro Borges

A Secretaria de Imprensa da Presidência da República confirmou na noite desta terça-feira (30) que Juca Ferreira será o ministro da Cultura do segundo governo Dilma Rousseff. A notícia é altamente positiva. Após vários recuos para "acalmar o mercado" e "garantir a governabilidade" no Congresso Nacional, com a indicação de nomes que expressam o conservadorismo, a presidenta vai equilibrando o jogo e indicando ministros mais identificados com as bandeiras mudancistas que garantiram a sua reeleição. O atual secretário de Cultura da capital paulista é reconhecido por suas posições mais à esquerda. Ele é respeitado nos coletivos culturais da juventude por suas ideias inovadoras e ousadas.

Como será a posse de Dilma Rousseff

Ary Fontoura renunciará à Globo?

Por Altamiro Borges

A mídia monopolista e manipuladora costuma gerar um bocado de reacionários. Talvez isto decorra da convivência promíscua com os patrões ou da ostentação no mundo das celebridades. É lógico que muitos artistas conseguem manter a sua integridade e a sua consciência crítica, e não se submetem às vontades da elite empregadora. Mas uma parte expressiva aceita fazer o jogo. Não dá para esquecer a postura patética de Regina Duarte, Hebe Camargo, Ana Maria Braga e Ivete Sangalo, que "lideraram" o movimento Cansei, organizado pela direita nativa com o intento de desgastar o ex-presidente Lula. Na semana passada, outro astro global engrossou o time dos reacionários. O ator Ary Fontoura postou uma mensagem na internet com forte teor elitista, insinuando a "renúncia" de Dilma Rousseff.

Alckmin e o Natal dos metroviários

Por Altamiro Borges

Durante o curso anual do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), em novembro passado, no Rio de Janeiro, um jovem ativista afirmou – com a sua retórica pseudo-revolucionária – que os governos tucanos e petistas agem com a mesma violência contra os trabalhadores. "Eles são farinha do mesmo saco", decretou. Sorte que ele não é metroviário de São Paulo nem tem de enfrentar o autoritarismo de Geraldo Alckmin. Na véspera do Natal, o grão-tucano – candidatíssimo à sucessão presidencial em 2018 – voltou a demitir 23 trabalhadores que participaram da greve do Metrô em junho passado.   

Estão querendo crucificar Zé de Abreu

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Estão querendo crucificar Zé de Abreu.

O colunista do Globo Jorge Bastos Moreno escreveu, no Twitter, que Zé de Abreu só tem autoridade para falar de dramaturgia.

De política, não.

O dinheiro público nas rádios de Aécio

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Ao apagar das luzes dos 12 anos de governo do PSDB à frente do Estado de Minas Gerais, dados dos gastos com publicidade nas empresas de comunicações do ex-governador Aécio Neves (PSDB) e família vêm a público. Entre 2003 e 2014, foi repassado um total R$ 1,2 milhão a três rádios e um jornal ligados à família de Aécio Neves (PSDB-MG).

Como escandalizar na operação Lava Jato

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O último vazamento da Lava Jato pelo Estadão mostra nitidamente a estratégia de criar escândalos em torno do nada, visando trazer a operação para 2014.

O título da matéria é “E-mails indicam ‘atuação direta’ de cartel no governo”. O que significa? Que o cartel operou com outros órgãos de governo. Segundo a reportagem, com a Casa Civil e a Fazenda. E, mais grave ainda: este ano.

Jornalista ‘indie’ também envelhece

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A tendência à centralização das decisões nas redações da chamada grande imprensa do Brasil, que se consolida há cerca de quinze anos, provoca mudanças importantes no perfil dos jornalistas em atividade na mídia tradicional. Além de uma menor diversidade do espectro ideológico, pode-se constatar que predomina nas principais empresas de comunicação o profissional que amadureceu depois do processo de redemocratização, para o qual os tempos da ditadura são um verbete da Wikipedia.

Dilma montou seu melhor ministério?

Por Renato Rovai, em seu blog:

Dilma fez uma clara opção pela política na formação de seu novo ministério e tende a consolidar uma equipe de governo forte e com personalidade. O que é um traço muito diferente do primeiro ministério que formou em 2011, onde além dela reinava Palocci, que acabou sendo atropelado por denúncias ainda nos primeiros meses no cargo.

Os tempos que virão não serão fáceis

Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

As primeiras e mais graves nuvens negras se dissiparam. Vencidas todas as guerras e guerrinhas que compreenderam, até, o arreganho golpista, a presidente foi diplomada e dia 1º de janeiro inicia seu segundo mandato, que pode ser um segundo ciclo no ciclo petista-popular governante desde 2003. Mas não conta a presidente Dilma com um 'céu de bigadeiro'. Superada uma crise - interna ou exógena, política ou econômica, real ou engendrada - outras virão e as que não chegarem naturalmente serão geradas ou agravadas, com ou sem base fatual, por uma oposição raivosa comandada por uma imprensa hostil, como jamais se viu neste país, senão nos idos que prepararam o 'Agosto de 1954'.

2015, o ano que pode surpreender

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A palavra incerteza comanda a passagem de 2014 para o Brasil de 2015, mas o chão mole do calendário político registra agora uma auspiciosa pavimentação de terra firme que pode surpreender.

Uma frente de esquerda formada pelos principais movimentos sociais brasileiros, tendo à frente, entre outros, o dirigente do MTST, Guilherme Boulos, está em formação no país.

Merval tenta faturar com silêncio de Dilma

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Miguel do Rosário, no blog Tijolaço:

O principal colunista político da Globo, Merval Pereira, começa a se aproveitar do silêncio de Dilma Rousseff e a vender intrigas.

Vejam o que o cidadão escreveu em seu blog:

“Já aparecem relatos de que a presidente Dilma estaria deprimida, e que teria até mesmo chorado recentemente, depressão atribuída por pessoas próximas às dificuldades por que vem passando na montagem de seu novo ministério. A presidente confessou depois que se sentia muito sozinha.”

O PT e o ranking da "Veja"

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Alvo de pancadas permanentes desde 2005, quando Roberto Jefferson fez a denúncia da AP 470, o desempenho do PT no Congresso brasileiro é pouco estudado pelo cidadão comum. Lamentável.

Conforme levantamento do Núcleo de Estudos sobre o Congresso, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Rio de Janeiro, um dos mais respeitados do país, o Partido dos Trabalhadores foi a legenda que teve o maior número de parlamentares classificados entre os 10 melhores da Câmara de Deputados e do Senado Federal.

O protagonismo da América Latina

Editorial do site Vermelho:

Em 2014, a América Latina mostrou que o sangue que corre em suas veias segue sendo revolucionário. Os povos da região se mantiveram firmes na luta contra as mazelas do neoliberalismo e da opressão imperialista e resistiram bravamente às inúmeras tentativas de desestabilização dos governos progressistas.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Berzoini nas Comunicações. Agora vai?

Por Altamiro Borges

Depois de vários recuos para "acalmar o mercado" e "garantir a governabilidade" – com as indicações do neoliberal Joaquim Levy, na Fazenda, e da ruralista Kátia Abreu, na Agricultura, entre outros nomes difíceis de engolir –, a presidenta Dilma Rousseff passou a nomear os ministros mais voltados à aplicação do seu programa mudancista de governo. Nesta segunda-feira (29), ela anunciou mais sete nomes que comporão a sua equipe – dos 39 ministros, ela já nomeou 24.

Cultura? O que é isso?

Por Izaías Almada

Ainda tenho viva na memória a lembrança dos dois encontros da candidata Dilma Roussef à reeleição com artistas e intelectuais brasileiros. Um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo. Ambos com os respectivos anfiteatros lotados e mais alguns milhares de pessoas nas ruas em apoio a uma candidatura que vinha sendo ameaçada por uma vitória da direita. Aliás, o mesmo se deu na eleição de 2010, que chegou a contar com a presença de Oscar Niemeyer ainda em cadeira de rodas

Previsões-2015: Tucanos vão se bicar

Por Altamiro Borges

Os tucanos estão cantando de galo desde a proclamação do resultado do segundo turno das eleições presidenciais. Eles festejam a maior votação obtida pelo partido desde a reeleição de FHC em 1998. Afirmam que estão mais fortes e que farão uma "oposição mais dura" ao governo Dilma. Alguns mais hidrófobos – entre eles, o vice derrotado Aloysio Nunes – até aderiram às marchas organizadas pela direita golpista em São Paulo. Numa delas, Aécio Neves até prometeu participar, mas preferiu curtir uma praia em Santa Catarina, deixando o "ex-roqueiro" Lobão com cara de otário. Toda esta alegria, porém, não se justifica. Na verdade, é puro teatrinho! O PSDB foi derrotado nas eleições de outubro e, pior, deve encarar bicadas ainda mais sangrentas no ninho no próximo período.