Por Renato Rovai, em seu blog:
Dilma fez uma clara opção pela política na formação de seu novo ministério e tende a consolidar uma equipe de governo forte e com personalidade. O que é um traço muito diferente do primeiro ministério que formou em 2011, onde além dela reinava Palocci, que acabou sendo atropelado por denúncias ainda nos primeiros meses no cargo.
Além dos nomes já anunciados, Dilma ao que tudo indica deve, entre outras coisas, manter José Eduardo Cardozo, Mercadante e Arthur Chioro em seus cargos e trazer de volta Juca Ferreira e Celso Amorim para os ministérios da Cultura e das Relações Exteriores.
Se isso vier a se confirmar, as escolhas terão seguido um recorte muito específico, o de buscar em cada segmento pessoas que ou não criem problemas com os representantes do setor onde vão atuar ou sejam fortes politicamente o suficiente para compensar algum desgaste com votos no Congresso e força nas estruturas partidárias.
Kassab nas Cidades e Kátia Abreu na Agricultura, nomes bastante questionados, seguem esse padrão. Mas não se pode deixar de dizer que Berzoini nas Comunicações e Patrus no Desenvolvimento Agrário, por exemplo, também. Ambos têm força nos movimentos sociais petistas e clara posição mais à esquerda nos setores que vão atuar.
Ao optar por Berzoini nas Comunicações, Dilma parece deixar claro que a agenda da regulamentação da mídia será uma de suas prioridades. Se quisesse dar um sinal mais ameno para o setor empresarial da área, tinha outros nomes para o cargo.
Da mesma forma, se quisesse ignorar o MST, a presidenta não chamaria Patrus, que tem posições alinhadas com o movimento para o seu ministério.
As avaliações que dão conta de uma derrota da CUT por talvez não indicar o ministro do Trabalho não se sustentam. Carlos Gabas, novo ministro da Previdência, é um quadro do movimento sindical e tem ótimas relações com a atual direção da Central. E Berzoini nas Comunicações era tudo o que os dirigentes sonhavam no mais belo sonho da campanha. Essa área é considerada por grande parte dos sindicalistas como mais estratégica hoje para a luta dos movimentos que o próprio Ministério do Trabalho.
Dilma fará sua reunião de ministério a partir do ano que vem com pessoas de diferentes espectros políticos, mas que sabem fazer política e que têm capacidade de articulação. Se a receita vai funcionar é outra história.
Além dos nomes já anunciados, Dilma ao que tudo indica deve, entre outras coisas, manter José Eduardo Cardozo, Mercadante e Arthur Chioro em seus cargos e trazer de volta Juca Ferreira e Celso Amorim para os ministérios da Cultura e das Relações Exteriores.
Se isso vier a se confirmar, as escolhas terão seguido um recorte muito específico, o de buscar em cada segmento pessoas que ou não criem problemas com os representantes do setor onde vão atuar ou sejam fortes politicamente o suficiente para compensar algum desgaste com votos no Congresso e força nas estruturas partidárias.
Kassab nas Cidades e Kátia Abreu na Agricultura, nomes bastante questionados, seguem esse padrão. Mas não se pode deixar de dizer que Berzoini nas Comunicações e Patrus no Desenvolvimento Agrário, por exemplo, também. Ambos têm força nos movimentos sociais petistas e clara posição mais à esquerda nos setores que vão atuar.
Ao optar por Berzoini nas Comunicações, Dilma parece deixar claro que a agenda da regulamentação da mídia será uma de suas prioridades. Se quisesse dar um sinal mais ameno para o setor empresarial da área, tinha outros nomes para o cargo.
Da mesma forma, se quisesse ignorar o MST, a presidenta não chamaria Patrus, que tem posições alinhadas com o movimento para o seu ministério.
As avaliações que dão conta de uma derrota da CUT por talvez não indicar o ministro do Trabalho não se sustentam. Carlos Gabas, novo ministro da Previdência, é um quadro do movimento sindical e tem ótimas relações com a atual direção da Central. E Berzoini nas Comunicações era tudo o que os dirigentes sonhavam no mais belo sonho da campanha. Essa área é considerada por grande parte dos sindicalistas como mais estratégica hoje para a luta dos movimentos que o próprio Ministério do Trabalho.
Dilma fará sua reunião de ministério a partir do ano que vem com pessoas de diferentes espectros políticos, mas que sabem fazer política e que têm capacidade de articulação. Se a receita vai funcionar é outra história.
No futebol não é incomum um time juntar um monte de craques e fazer uma campanha pífia. O Flamengo uma vez contratou Romário, Sávio e Edmundo com o objetivo de montar o melhor ataque do mundo. E ficou entre os piores.
Não é fácil organizar um time onde muita gente tem vocação pra ser craque e capitão. Administrar essas vaidades e veleidades parece que vai ser o grande desafio de Dilma. O atual ministério não vai aceitar ficar tomando bronquinhas de Mercadante e nem ser comandado pelas planilhas de Joaquim Levy.
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