sexta-feira, 20 de março de 2015

A intolerância ocupou a Avenida Paulista

Por Maria Inês Nassif, no site Carta Maior:

As manifestações do domingo, dia 15 de março, tiveram o dom de revelar o DNA da elite brasileira. Os cartazes nas ruas, a forma como os manifestantes lidaram com as divergências, a rebeldia contra o resultado de eleições livres, limpas e populares revelam mais do que uma crise de poder. O Brasil vive uma quase crise civilizatória.

Quem é contra tributar os milionários

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Não é novidade. Somos um país extremamente injusto quanto ao sistema tributário.

Aqui, quem tem carro popular, paga anualmente IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores. Já dono de avião particular, helicóptero ou lancha, não é taxado.

Assim como a nossa massa trabalhadora paga proporcionalmente mais impostos do que um milionário.

Inundar as ruas para pautar os avanços


Por Anderson Bahia, no site da UJS:

O acirramento da luta política no país ganhou as ruas. Dois dias após a bela manifestação dos movimentos sociais aumentando o coro pela defesa da democracia e por mais direitos, o Partido da Imprensa Golpista (PIG) mostrou que ainda tem fôlego e induziu milhares de pessoas a ir às ruas com os mais estranhos clamores. Muito já foi dito sobre ambas as datas, limito-me a dar uns pitacos sobre o que está surgindo e o que seria bom surgir.

Youssef e o "mensalão" de Aécio Neves

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Por muito menos, o Jornal Nacional deu infinitos minutos a denúncias similares, e os grandes jornais deram manchetes garrafais.

O doleiro Alberto Youssef, cujas delações, assim como a de outros delatores, foram consideradas verdades absolutas quando mencionavam o PT, entregou também Aécio Neves.

Segundo Youssef, Aécio Neves recebia de 100 a 120 mil dólares por mês, num esquema que durou durante quase todo o governo FHC e envolvia a empresa Baruense e a estatal Furnas.

A batalha está nas redes sociais

Do site Vermelho:

O renomado jornalista e cientista político franco-espanhol, Ignacio Ramonet, conclamou os governos progressistas a usarem as redes sociais para enfrentar as campanhas midiáticas da oposição. “Hoje a batalha está nas mídias social”, disse.

Depois de esclarecer que é perfeitamente legítimo que a oposição use as novas tecnologias, como WhatsApp, Twitter ou Facebook, para espalhar a sua mensagem e mobilizar seus seguidores, Ramonet considerou que governos progressistas também devem refletir sobre como eles podem usar essas ferramentas.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Mídia: confundir para convencer

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

As edições dos jornais de quinta-feira (19/3) tiram do anonimato o relatório que critica a política de comunicação do governo federal. Segundo a imprensa, o autor do documento seria o próprio ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Thomas Traumann. Ou seja, na versão que se discute publicamente, o ministro teria feito uma autocrítica devastadora e em seguida se ausentou do país, para atender a uma irmã que se encontra em tratamento médico nos Estados Unidos.

Eduardo Cunha, o poderoso “achacador”!

Por Altamiro Borges

Vitoriosa na eleição presidencial, Dilma Rousseff sofreu um duro revés na disputa para o Congresso Nacional e agora é refém de um parlamento ultraconservador – o pior desde o fim da ditadura militar. A cena deprimente da noite desta quarta-feira (18), quando o lobista Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, anunciou com arrogância a queda do ministro Cid Gomes, da Educação, é mais uma prova da delicada situação da presidenta reeleita. Apesar de listado na Operação Lava-Jato e acusado em outros escândalos de corrupção, o “peemedebista rebelde” – como gosta de paparicar a mídia oposicionista – segue posando de valente, esbanjando superpoderes.

Greve dos professores. Cadê a Globo?

Por Altamiro Borges

Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo estão em greve desde segunda-feira (16). A adesão está crescendo. Segundo Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel, presidente do sindicato único da categoria (Apeoesp), no segundo dia de paralisação o movimento já contava com 30% de participação em todos os municípios do Estado. Passeatas e assembleias dos professores agitam São Paulo. Apesar disto, a mídia privada e privatista até agora não deu qualquer destaque para a greve. Bem diferente da postura adotada na cobertura 'jornalística' dos protestos golpistas de domingo (15).

Obama prepara o cerco à Venezuela

Josetxo Ezcurra/Rebelión
Por Mark Weisbrot, no site Outras Palavras:

Em 10 de março, a Casa Branca deu mais um passo rumo ao teatro do absurdo, ao declarar “emergência nacional com respeito à inusual e extraordinária ameaça à segurança nacional e à política exterior dos EUA que se manifesta na situação na Venezuela” – como o presidente Obama escreveu em carta que enviou ao presidente do Congresso, John Boehner.

Falta ver se alguém, do valente corpo de jornalistas que cobre a Casa Branca, terá coragem de perguntar o que, afinal, o chefe do executivo da nação mais poderosa do universo pensou que estivesse dizendo na tal carta. O quê?! Estará a Venezuela financiando iminente ataque de terroristas contra os EUA? Planeja invadir território norte-americano? Está construindo bomba atômica?

O jornal antinacional da TV Globo

Por José Carlos de Assis, no Jornal GGN:

Em artigo anterior expus os vícios praticados pelos noticiaristas e comentaristas da Globo na cobertura distorcida do noticiário nacional. Agora vou acabar o serviço fazendo uma análise sumária do noticiário internacional. Este é o campo preferido de William Wack, onde, com seus esgares característicos, ele nada de braçadas, ora vocalizando os interesses do Departamento de Estado americano, ora fulminando com a política de integração sul americana iniciada na gestão de Lula e aprofundada no governo Dilma.

Enfrentar o cerco da direita nas ruas!

Editorial do jornal Brasil de Fato:

O cerco político da direita se intensifica. A propaganda explícita que os meios de comunicação, especialmente a Rede Globo fez para fortalecer a manifestação do dia 15 de março escancara a dimensão do ataque ao governo Dilma. A Rede Globo perdeu qualquer pudor em aparentar uma neutralidade jornalística, transformando-se na porta voz desta ofensiva da direita.

Os protestos contra o McDonald's

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Os trabalhadores do McDonald’s em 19 cidades nos Estados Unidos foram à Justiça esta semana contra as condições de trabalho na rede de fast-food mais conhecida do mundo. Eles acusam a empresa de não equipá-los adequadamente, de não possuir kit de primeiros-socorros em suas lojas e de sugerir aos empregados que passem mostarda, manteiga, maionese ou ketchup para “curar” as queimaduras que sofrem fritando batatas em óleo borbulhante e grelhando hambúrgueres na chapa. A campanha #BurnedByFastFood está nas redes sociais desde segunda-feira para chamar a atenção para o problema.

Os reais problemas da presidenta Dilma

Por Maria Inês Nassif, no site Carta Maior:

Para o governo, para as forças progressistas e para a democracia, o problema não é o que aconteceu nas ruas no domingo, dia 15 de março. O problema é o que deixou de acontecer nas ruas na sexta-feira, 13.

O domingo é um repetitivo terceiro turno. São Paulo, o grande enclave conservador do país, levou às ruas o maior contingente contra a presidenta Dilma Rousseff e abrigou, sem qualquer conflito, forças a favor do impeachment e até uma extrema-direita virulenta que pedia, cartazes em punho, a intervenção militar contra o governo do PT.

Armínio Fraga é investigado... nos EUA

Por Amaury Ribeiro, no portal R7:

O fundo intitulado Armínio Fraga Neto Fundação Gávea, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, é investigado nos Estados Unidos por ter transferido US$ 4,4 milhões de uma conta nas ilhas Cayman para outra conta do HSBC na Suíça. A informação é de uma fonte do FBI, polícia federal norte-americana.

Documentos apontam ainda que, para supostamente evitar a tributação de impostos, Fraga teria declarado à Receita Federal que o fundo era filantrópico, ou seja, isento de tributos.

Dinheiro da Suíça para o PSDB pode?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O novo capítulo da “novela” das contas do HSBC, agora mostrando que os titulares de contas numeradas daquele banco, na Suíça, irrigaram com pelo menos R 5,8 bilhões as campanhas eleitorais do ano passado, com nítida preferência (R$ 2,9 milhões, a metade do total) pelos candidatos tucanos, inclusive Aécio Neves, mostra o quanto de hipocrisia há no financiamento privado das campanhas.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Dilma pedirá a investigação de Aécio?

Por Altamiro Borges

O site da revista Época, pertencente à famiglia Marinho, festeja a agressividade dos tucanos: "Aécio Neves, senador e presidente do PSDB, anunciou na noite desta terça-feira (17) que irá pedir ao STF a investigação da presidenta Dilma Rousseff. A oposição se reuniu hoje no Congresso, empolgada com protestos contra o governo. 'Amanhã os partidos de oposição estarão buscando se encontrar com o ministro Teori Zavascki para, com base em jurisprudência do próprio STF, que por duas vezes já decidiu nessa direção, as oposições, em razão das citações nos depoimentos da delação premiada, pedirem que se abra investigação em relação à presidente da República', afirmou Neves".

Esquerda, volver. Quem dera!

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Não é que já tem gente do campo da esquerda democrática dourando a pílula das manifestação do último domingo? Na minha visão, é um grave equívoco dizer que os atos reuniram gente de todas as classes. Isso não é verdade. Conta-se nos dedos o número de pobres nestas marchas fascistas, integradas na sua quase totalidade pelas classes média e alta. Também em nada contribui para a leitura correta do dia 15 acreditar que aquelas pessoas estavam ali para protestar contra a corrupção, conforme a pesquisa do Datafolha detectou. A corrupção está para a mobilização de domingo assim como o passe livre esteve para 2013,ou seja, é um mero pretexto. Puro embuste.

O antipolítico tem a ver com ditadura

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Um número considerável de cidadãos tem comemorado o tratamento agressivo recebido pelos políticos que comparecem aos protestos de domingo.

É um sinal preocupante e condenável. O silêncio dos políticos e a perseguição das liberdades é uma herança do fascismo e das piores tradições autoritárias.

O real motivo da perseguição a Dirceu

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um jornalista americano escreveu uma coisa que me marcou profundamente.

Ele disse que num certo momento da carreira ele era convidado para programas de tevê, recebia convites seguidos para dar palestras e estava sempre no foco dos holofotes.

Num certo momento ele se deu conta de que tudo isso ocorria porque ele jamais escrevera algo que afrontasse os interesses dos realmente poderosos.

O chão firme que resta ao governo

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Não há muito tempo, nem são tantas as opções assim. Os dados na mesa estão cada vez mais claros.

Eles exigem opções estruturais e coragem política para adota-las.

O banho-maria já não alivia a pressão da caldeira.

O governo precisa negociar o futuro do país.

E faze-lo dentro de certos critérios de bom senso histórico.

Como desmontar o ódio social

Por Leonardo Boff, no site da Adital:

Estamos constatando que vigora atualmente muito ódio e raiva na sociedade, seja pela situação geral de insatisfação que perpassa a humanidade, mergulhada numa profunda crise civilizacional, sem que ninguém nos possa dizer como seria a sua superação e para onde este voo cego nos poderia conduzir. O inconsciente coletivo detecta este mal-estar como já antes Freud o descrevera em seu famoso texto O mal estar na cultura (1929-1930) e que, de alguma forma, previa os sinais de uma nova guerra mundial.

O ódio de quem prega a 'democracia'

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Publiquei hoje um pequeno post, com o vídeo de uma senhora que quer acabar com o Bolsa-Familia, e diz que no Ceará ninguém quer trabalhar (clique aqui para ver).

A senhora, branca, estava na marcha domingo (dia 15) no Rio. Ao lado de “famílias inteiras” que pediam a volta da ditadura – com cartazes em inglês.

Não há concessões na disputa ideológica

Por Dandara Lima, no site da UJS:

Não consigo entender o espanto dos companheiros de esquerda com o poder de fogo da Rede Globo nesse 15 de março.

A emissora em breve completará 50 anos. São 50 anos a serviço do imperialismo e da opressão às minorias. E não conseguiu seu lugar como a principal emissora do país sendo ingênua.

Ainda sobre o 15 de março

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Acordei de bom humor.

O qual melhorou mais ainda após assistir a esse vídeo postado no Viomundo.

Vamos retomar o debate dos últimos posts, tanto o meu, uma crítica dura à maneira como o governo vem conduzindo a política; quanto o do Nassif, um prognóstico sombrio sobre o futuro do PT e da esquerda no país.

O show de horrores da marcha golpista

Por Jandira Feghali, no site Vermelho:

Parte dos protestos de domingo (15) nos chocaram. A interminável lista de desaparecidos e mortos no combate à ditadura logo me veio a mente ao assisti-los. De Abelardo Rausch Alcântara à Zuleika Angel Jones, milhares de brasileiros, a maioria comunistas, deram suas vidas pela liberdade. Até hoje mais de 400 nomes são lembrados pela perseguição do Regime.

Como bem destacou a presidenta Dilma Rousseff, em recente pronunciamento, a liberdade de expressão de hoje foi garantida por pessoas como ela. E isto deve ser valorizado e constantemente lembrado por todos nós.

A mídia e a visita da velha senhora

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

“A corrupção não só é uma senhora bastante idosa neste país como ela não poupa ninguém”. A frase da presidente Dilma Rousseff, destacada na terça-feira (17/3) pela imprensa brasileira, foi uma resposta ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele afirmou que a corrupção está apenas no poder Executivo, não no Parlamento. Os jornais não avançam no contexto desse rápido entrevero, porque não interessa à imprensa vasculhar as origens dos escândalos que hoje ocupam as manchetes.

terça-feira, 17 de março de 2015

Mídia tenta esconder monstro fascista

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Depois de alimentar a fúria fascista, numa campanha que já dura doze anos e que atingiu seu apogeu na “cobertura jornalística” dos protestos de domingo (15), a mídia hegemônica agora tenta esconder seus monstros. Da mesma forma como fez na preparação do golpe militar de 1964, ela apresenta os organizadores das marchas como cidadãos em luta contra a corrupção e pela democracia. A capa do jornal 'O Globo' desta segunda-feira é uma cópia da manchete estampada para saldar a deposição do presidente João Goulart. Até ministros do governo Dilma, na vã tentativa de acalmar o ódio fascista, elogiam as “manifestações democráticas”. Um verdadeiro tiro no pé, que só estimula os golpistas!

MBL, o grupo que hostiliza a imprensa

Por José Antonio Lima, na revista CartaCapital:

Em meio a uma manifestação integrada por pessoas sem pudor de pedir a volta da ditadura, a hostilidade à imprensa partiu justamente dos ditos liberais anti-Dilma. Foi com essa situação que a reportagem de CartaCapital se deparou neste domingo 15 de março ao ser recebida no carro de som do Movimento Brasil Livre (MBL) na avenida Paulista, em São Paulo.

Unir o povo em defesa da democracia

Por Renato Rabelo, em seu blog:

Nos dias 13 e 15 de março, a acirrada luta política em andamento no país desembocou no leito das avenidas de capitais e de algumas outras grandes cidades.

As expressivas manifestações do dia 13, constituídas sobretudo de trabalhadores, estudantes e de outras camadas do povo, marcaram firme posição em defesa da democracia, do mandato constitucional da presidenta Dilma Rousseff, contra o golpismo; pela salvaguarda da Petrobras; defesa dos direitos trabalhistas; contra a corrupção e pelo fim do financiamento empresarial das campanhas. O dia 13 foi organizado pelas centrais sindicais, como a CUT e a CTB, pelo MST e por entidades como a UNE. O povo foi à rua enfrentando o boicote, e mesmo hostilidade da grande mídia, e apenas com recursos de seus movimentos.

Problema de Dilma não é de comunicação

Por Igor Felippe, no blog Escrevinhador:

Mais de 500 mil pessoas saíram às ruas contra o governo Dilma em todo o país. A velha mídia diz que foram 2 milhões, com base em números evidentemente inflados pela Polícia Militar de diversos estados. Independente do número, a direita demonstrou uma capacidade mobilização que criou uma apreensão generalizada nos setores progressistas.

Vire à esquerda, presidenta Dilma

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Olhando as ondas humanas que engolfaram as ruas do Brasil no último domingo, a impressão que se tem é a de que o país é hoje todo de direita. Porém, não é bem assim. Essas manifestações não contaram com movimentos populares como de mulheres, homossexuais, negros etc., que, via de regra, costumam estar presentes em grandes atos públicos.

FHC, o fariseu. comprou a reeleição

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Como se sabe, o Príncipe da Privataria, herói do livro Operação Banqueiro, entrou para a categoria dos seres imaginários do Borges: ele só existe no PiG.

O PiG cheiroso lhe oferece uma página inteira do primeiro caderno dessa terça-feira (17/03) para analisar o movimento dos golpistas da #globogolpista.

Mídia e democracia na encruzilhada

Por Helena Martins, no site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):

O que a sociedade brasileira assistiu nos últimos dias certamente precisará de tempo, debate e maturação para ser compreendido em toda a sua complexidade. É difícil, por meio de análises rápidas, muitas vezes absolutamente polarizadas e impregnadas pelo calor dos acontecimentos, analisar a indignação e o direcionamento que tem sido dado a ela. Esquerdas e direitas se defrontam agora com o desafio de disputar os rumos do que está posto, testando sua capacidade convocatória e a adesão aos diferentes programas e alternativas societárias.

O que quer a direita?

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

A direita segue em frente, com seus meios de comunicação, seus partidos, seus governos, suas politicas econômicas. Mas o quer quer a direita? O que a direita tem a propor ao mundo hoje? Que balanço ela faz do seu desempenho? Que perspectiva oferece hoje a direita?

Sobre guerra e paz, ai está a politica dos EUA que desde que passou a ser a única superpotência, só multiplica as guerras no mundo. Que ele não consegue concluir com as duas guerras que iniciou já faz mais de uma década, no Afeganistão e no Iraque, que estão claramente em situação pior do que antes que fossem invadidos e destruídos como países.

O Globo embrulha o estômago

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:



Há, entre os jornalistas, um ditado para que aprendamos a perder a vaidade de vermos nosso texto impresso, nosso nome publicado no papel: “o jornal de hoje embrulha o peixe de amanhã”, coisa do tempo em que haviam peixarias e as pobres corvinas, pescadas e anchovas eram envoltas em discursos de políticos, crimes bárbaros ou partidas de futebol da véspera.

A dialética e as surpresas da história

Por Izaías Almada

Em seu mais recente livro, “Militares e Militância: uma relação dialética conflituosa”, o professor e cientista político Paulo Ribeiro da Cunha conta à página 19 um fato curioso e ao mesmo tempo sintomático sobre as modernas Forças Armadas brasileiras, envolvendo respostas de comandantes militares e grupos de militares da reserva que se manifestaram contra um documento do Clube Militar intitulado “O Alerta a Nação” e escrito por um grupo de militares de direita egressos de 1964. Diz o texto:

A guerra, de outubro a março

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quatro meses e dez dias depois de vencer o segundo turno da eleição presidencial, o governo Dilma Rousseff continua nas cordas.

As mobilizações do dia 13 foram vitoriosas. Mostraram que o governo mantém a conexão com sua base de eleitores - ainda que ela tenha se fragilizado depois da posse, pelo anuncio de medidas que ou eram desnecessárias e, portanto, erradas, ou eram necessárias e corretas mas foram mal explicadas e incompreendidas, o que dá no mesmo, do ponto de vista da percepção política.

O dia em que Reinaldo Azevedo me ameaçou

Por Ana Krepp, no site Jornalistas Livres:

Desde que eu saí da Folha, no passaralho de novembro passado, sigo cobrindo protestos, manifestações e outros eventos político-sociais por conta própria, para registrar um momento que de repente só passou na minha frente. E foi exatamente o que aconteceu hoje.

Estava na linha vermelha do metrô em direção à República, e depois, à Paulista, para cobrir o protesto marcado para este 15/3, filmando as pessoas quase todas vestidas de verde e amarelo, quando de repente entra no vagão o bastião dos manifestantes no jornalismo brasileiro: Reinaldo Azevedo, blogueiro da Revista Veja e colunista da Folha de S. Paulo.

Admita: você foi à rua para odiar

Por Leandro Fortes, no blog Diário do Centro do Mundo:

Primeiro, vamos combinar uma coisa: se você votou em Aécio Neves, nas eleições passadas, você não está preocupado com corrupção.

Você nem liga para isso, admita.

Aécio usou dinheiro público para construir um aeroporto nas terras da família dele e deu a chave do lugar, um patrimônio estadual, para um tio.

O ódio de classe dos 'filhos da mídia'

Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:

As manifestações ocorridas no domingo, dia 15/03, encerram algumas lições que, embora mereçam maior maturação, podem ser sintetizadas em alguns temas-chave.

Polifonia

O primeiro deles refere-se à constatação de que os manifestantes não têm um foco claro e sobretudo não têm a mínima noção sobre o processo político. Em outras palavras, há clara polifonia de insatisfações, envoltas num conservadorismo difuso: crítica genérica à corrupção, preocupação com a perda de privilégios, sentimento de “caos”, temor quanto ao futuro econômico, crença em governo sem partidos, arroubos autoritários, não aceitação do resultado eleitoral e, claro, a ira contra um partido que promoveu importante diminuição das desigualdades sociais.

A "marcha pela democracia" da TV Globo

segunda-feira, 16 de março de 2015

CartaCapital é hostilizada na Paulista

O "ético" Agripino Maia vai ao protesto!

Por Altamiro Borges

As manifestações deste domingo (15), tão festejadas pela mídia privada e pela oposição demotucana, atraíram alguns seres exóticos. Direitistas com suas suásticas nazistas, saudosos da ditadura militar, ricaços metidos em sonegação e muita gente da chamada classe média - com sua postura egoísta e sua visão tacanha. Elas também serviram de palanque para os falsos moralistas, mais sujos do que pau de galinheiro. Uma presença no protesto de Brasília chamou a atenção dos menos alienados. No meio da multidão, lá estava o "ético" Agripino Maia, senador pelo Rio Grande do Norte, presidente nacional do DEM e coordenador-geral da campanha derrotada do cambaleante Aécio Neves.

Primo de Beto Richa é preso no PR

Por Altamiro Borges

As emissoras privadas de rádio e tevê, sempre tão seletivas no seu denuncismo, não deram qualquer destaque para uma notícia bombástica desta segunda-feira (16) - na verdade, a maioria dos telejornais sequer informou seus pobres ouvintes. Segundo o repórter Fábio Silveira, do Jornal de Londrina, "foi preso na tarde desta segunda-feira Luiz Abi, primo do governador Beto Richa (PSDB). A prisão foi feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), motivada por uma suposta fraude no Departamento de Transporte Oficial (Deto) do Governo do Estado. Abi foi detido em Curitiba e está sendo levado para Londrina, onde o Gaeco investiga os casos de exploração sexual de adolescentes e o esquema de corrupção na Receita Estadual".

Stedile, o neofascismo e o 15 de março

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Geraldo Galindo

Poucos dias antes das manifestações ocorridas no dia 15 de Março, circulou nas redes sociais um cartaz com os seguintes dizeres: "“Procurado: João Pedro Stedile, líder do MST.– Inimigo da Pátria – vivo ou morto, recompensa de R$ 10 mil"”. Como se sabe, Stedile é a liderança maior do MST, um movimento dos mais organizados, dinâmicos e combativos em atividade no país, que luta pela reforma agrária, contra o latifúndio e o agronegócio. É um dirigente respeitado da esquerda brasileira e internacional e não vacila em momento algum quando é para fazer o enfrentamento com as classes dominantes do país. Em novembro de 2014 se encontrou com o papa Francisco, o que provocou a ira e a inveja dos reacionários de plantão. Ao líder da Igreja Católica, disse ter relatado as injustiças no campo e que dele teria ouvido que “distribuir o latifúndio é uma questão ética”.

A classe média vai ao paraíso

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais fazem nas edições de segunda-feira (16/3) o balanço das manifestações realizadas no domingo em todos os estados. A data coincide com os trinta anos da posse do primeiro presidente civil após a ditadura, e a imprensa usa esse fato para comparar os eventos de 2015 com os de 1985.

Jornalistas gostam de datas redondas. Não há qualquer relação possível entre o período da redemocratização após os anos da ditadura militar e o protesto contra um governo eleito democraticamente, mas a comparação serve para legitimar a adesão à campanha produzida pela mídia.

A anatomia do golpismo no Brasil

Por Osvaldo Bertolino, no site da Fundação Mauricio Grabois:

Desde que o mundo é mundo, prever o futuro tem sido um desafio constante. Da cigana que lê a mão aos videntes e futurólogos de todos as matizes, ainda não se conheceu ninguém que fosse capaz de predizê-lo regularmente e com precisão. Seria absurdo, portanto, esperar que os “analistas” políticos que proliferam na mídia formassem um gênero diferenciado e mais eficaz de pitonisas. Eles sempre erram, e isso qualquer observador do mundo político que se preze sabe. Mas, convenhamos, suas bolas de cristal talvez poucas vezes estiveram tão ativas como agora.

Antipetismo marca protesto em Brasília

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

A Esplanada dos Ministérios foi ocupada, na manhã do domingo 15, por um ruidoso protesto contra governo da presidenta Dilma Rousseff. Inicialmente concentrados na frente da Catedral Metropolitana de Brasília e ao lado Museu da República, os manifestantes caminharam em direção ao Congresso Nacional e depois retornaram em direção à rodoviária do Plano Piloto, onde a dispersão começou, por volta das 14 horas, embora um volumoso grupo demonstrasse disposição para permanecer mais tempo.

SP e Globo querem outro 32. E o Brasil?

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Vamos por partes: já escrevi sobre a megaoperação da Globo – que usou o seu poder de agitação para chamar a manifestação durante toda a manhã de domingo.

A estratégia foi um “esquenta”, inflando os atos da manhã (em geral, fracos), mas concentrando tudo no ato na Paulista à tarde.

Havia um discurso ensaiado dos repórteres, em que se escondia do público todo viés militaresco dos manifestantes. Na Globo, tudo se resumia a uma “manifestação das famílias, pela Democracia, contra Dilma e a corrupção” (clique aqui para ver mais).

A "revolução" da elite branca de SP

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Residente da região da avenida Paulista, onde centenas de milhares de cidadãos organizados se reuniram no último domingo (15/3) para exigir a deposição da presidente Dilma Rousseff, ao sair de casa, por volta do meio dia, para ir registrar imagens, vejo-os saindo dos condomínios ao lado daquele em que resido.

Espalhafatosos e reluzentes em suas “armaduras” verde-amarelas, deixavam imóveis que custam entre 1 e 20 milhões de reais, em média, na região.