terça-feira, 24 de março de 2015

A crise política e a Tríplice Aliança

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A crise política atual é uma crise de poder da Presidência da República. É lá que se cria o vácuo político. Vários grupos tentam prevalecer-se desse vácuo para ampliar seu poder e influência no país. E, nesse jogo oportunista, acabam se constituindo em fatores de desestabilização política.

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O principal fator de desestabilização reside na aliança pontual - e precária - de três grupos principais: o Ministério Público Federal, os grupos de mídia e a geleia geral representada pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha, na qual se misturam evangélicos, baixo clero, interesses econômicos obscuros entre suspeitas mais graves.

Sabesp mascara a crise da água em SP


A poucos dias do fim do mês de março e início do período de estiagem, a chuva acumulada no sistema Cantareira atingiu quase 100% da média histórica. Segundo a Sabesp, o reservatório opera com 12,4%, contando com o volume morto.

Apesar da leve recuperação, o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, afirmou na última sexta-feira (20) que a situação do manancial é extremamente grave. A falta de transparência da Sabesp ao divulgar os índices do reservatório também tem sido criticada por especialistas, por confundir a população.

Treze observações sobre a conjuntura

Por Valter Pomar, em seu blog:

Treze observações sobre classes, sobre o governo e sobre o PT.

Classes

Acho que o principal nó do debate (deste, dos anteriores e dos próximos) está na análise que cada um de nós faz acerca da estrutura de classes no Brasil, em especial acerca do comportamento da burguesia no seu conjunto e de frações dela.

Minha opinião é a seguinte:

segunda-feira, 23 de março de 2015

O escândalo de sonegação da Globo

UJS debate os desafios atuais

Por Thiago Cassis, no site da UJS:

A UJS realizou sua Plenária hoje (23) na UNIP, em São Paulo. Militantes de todas as partes do Brasil se reunirem para debater e encontrar caminhos para enfrentar o golpismo e avançar com o projeto popular e democrático em curso no país.

Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé, abriu a atividade fazendo uma análise sobre a conjuntura do país. Para ele, os resultados da última eleição demonstraram que as forças progressistas estão perdendo hegemonia na sociedade. O pior Congresso desde a redemocratização foi eleito, com crescimento da bancada da “bala”, da bancada dos ruralistas e dos evangélicos. Mas apesar disso os partidos da direita tradicional como PSDB e DEM reduziram seus representantes em Brasília.

Maitê Proença e os "machos selvagens"

Do blog Viomundo:

Maitê Proença é uma atriz politizada. Recentemente, postou para seus 55 mil seguidores no Instagram uma foto ironizando aqueles que disseram que só a elite branca tinha saído para protestar e pedir o impeachment de Dilma.

No cartaz, aparentemente visto em Copacabana no 15 de março: “Vaiar a Dilma é o melhor programa social já inventado pelo PT: você vaia hoje e amanhã já vira elite”.

A água e a enxurrada de interesses

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ontem, a Folha “comemorou” o Dia Mundial da Água com uma manchete de que o “Racionamento de energia é quase inevitável, afirmam especialistas”.

O de água, em São Paulo, com os sucessivos temporais, parece que “já passou”.

Não é assim, nem de um lado, nem de outro.

O que restará do império ianque?

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Se o Egito Antigo deixou as pirâmides e Atenas e Roma seus templos e anfiteatros, o império norte-americano sobreviverá, talvez, mais pela memória dos sóis instantâneos de Hiroshima e Nagasaki, e pelo brilho evanescente de seus mitos, criados à sombra das salas de cinema, do que pela arquitetura de aço e concreto de seus arranha-céus.

Multinacionais lucram bilhões com água

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Na década de 1990, a era de ouro da privataria em nosso continente, o Banco Mundial expediu a “orientação” de que a distribuição de água nos países fosse privatizada para se tornasse “mais eficiente”. O que as empresas de fato fizeram foi: encarecer a água em até dez vezes e reduzir a distribuição nos bairros mais pobres.

A crônica do confronto anunciado

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais desenharam no fim de semana um complicado tabuleiro político, no qual se pode observar que nenhuma das principais forças em confronto se arrisca a uma jogada mais contundente. A pesquisa Datafolha sobre a popularidade da presidente da República, com dados colhidos no calor das manifestações do dia 15/3, anima certos protagonistas da oposição, mas os veteranos de crises sabem que bastam duas ou três notícias favoráveis na economia e um par de medidas efetivas na direção de uma reforma política para reverter essa tendência.

Menos ódio, mais democracia

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

No dia 15, em meio a um mar de ódio, a um turbilhão de palavrões, a um desfile de símbolos pavorosos e esqueletos insepultos do período ditatorial, algo quase passou desapercebido.

Nas redes sociais, uma intensa militância reagiu com uma hashtag simples, direta e poderosa: #MenosOdioMaisDemocracia.

Mais importante do que o slogan ter ficado em primeiro lugar nos tópicos mais divulgados pelo Twitter no Brasil e chegado a terceiro no mundo é o fato de que ele consagrou-se como a palavra de ordem essencial de uma luta que mal começou e está longe de acabar.

Cultura, Istoé e a mídia chapa branca

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um dos efeitos do clima de golpismo deslavado é a falta cada vez mais intensa de decoro da chamado imprensa chapa branca.

O caso da TV Cultura é exemplar, especialmente com o Roda Viva, transformado num palanque. Vide o programa com Eduardo Cunha, em que todos os entrevistadores estavam interessados apenas em saber o que o presidente da Câmara iria fazer depois de depôr Dilma - com destaque para João Dória Jr, que deu um show constrangedor de desinformação e esperteza ao contrário.

Ataque a Dilma em rinha do UFC

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O lutador Gilbert “Durinho” Burns venceu uma luta, na noite de sábado (21/3), no UFC Rio 6. Depois, resolveu se manifestar politicamente contra a presidente Dilma Rousseff. Bastante machucado, pediu o microfone e berrou: “Dilma, pede para sair!”.

Essa não foi a única manifestação política durante o evento. Outro lutador, Leandro Buscapé, empunhou uma bandeira do Brasil e, ao microfone, pediu para o público levantar o “punho direito” contra “os políticos”.

domingo, 22 de março de 2015

Verissimo e as lembranças do golpe

Por Altamiro Borges

No momento em que brasileiros saem às ruas para rosnar pela volta dos militares ao poder e para exigir o impeachment da presidente Dilma – trazendo à tona o ódio de classe incubado pela mídia golpista durante doze anos –, nada como ler mais uma lúcida crônica de Luis Fernando Verissimo, publicada neste domingo (22) em vários jornais. O texto deveria ser recomendado nas escolas para os estudantes que não conhecem a história e que são guiados, como massa de manobra, por organizações fascistas e entidades ligadas às elites – nativas e alienígenas. Reproduzo o imperdível artigo abaixo:

O suicídio político de Marta Suplicy

Por Altamiro Borges

Na festa dos seus 70 anos de idade, na sexta-feira (20), a senadora Marta Suplicy aproveitou para se reunir com a “sua nova turma da política” – como estampou no título o jornal Estadão. De fato, a ex-petista mudou de lado e anunciou a sua filiação ao PSB, do vice-governador Marcio França – o mais tucano da pragmática sigla “socialista”. Não é para menos que ela tem sido tão paparicada pela mídia – a mesma que a satanizou durante sua gestão da prefeitura de São Paulo e ajudou a criar o estigma de “Martaxa”. A festança de aniversário, porém, não deve render maiores frutos. Na sua ambição pessoal, Marta Suplicy caminha para se tornar mais um instrumento da direita e tende ao suicídio político.

Passou da hora de baixar a bola

Por Marcelo Zero, no site Brasil Debate:

As eleições terminaram no dia 26 de outubro do ano passado, mas o paroxismo político continua, como se viu no dia 15. Parte da oposição resolveu apostar na ingovernabilidade. Nos bastidores, estimulam os pedidos insanos de impeachment.

Trata-se, é claro, de uma aposta política de alto risco. Não apenas para o governo. É uma aposta de alto risco também para a oposição e, sobretudo, para o País e sua democracia.

Até Diogo Mainardi questiona a 'Veja'

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Diogo Mainardi prestou longos serviços à família Civita. Usava a coluna na revista para acusar, todas as semanas, Lula e o PT – de tudo. Acusava sem provas, e sem talento literário nenhum.

Deu azar. O PT ganhou 4 eleições, enquanto Mainardi espumava de raiva, de forma constrangedora.

Mas quando Roberto Civita (dono da Abril) morreu, Mainardi foi chutado feito um cachorro sarnento.

O (mau) cheiro do fascismo

Por Sérgio Barroso, no site Vermelho:

O formidável, corajoso e impactante artigo do jornalista britânico John Pilger, “Por que a ascensão do fascismo é de novo a questão” [1] reforça as contribuições mais recentes de intelectuais e militantes marxistas que passaram a alertar sobre a ascensão de correntes e partidos neofascistas. Ademais de pouco assinalada transmutação do termo fascismo e seus signos.

A marcha golpista e o fantasma da UDN

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

A reação conservadora e golpista mostrou a cara nas manifestações de rua no domingo 15 de março. Os números foram inflacionados, como, por exemplo, em São Paulo. De qualquer forma, o contingente de pessoas foi grande e espalhou-se por diversas capitais do País e algumas poucas cidades do interior.

A liberdade na internet está ameaçada

Por Manuel Castells, no site Outras Palavras:

Noventa e sete por cento da informação do planeta está digitalizada. E a maior parte dessa informação nós é que produzimos, por meio da internet e redes de comunicação sem fio. Ao nos comunicar, transformamos boa parte de nossas vidas em registro digital. E portanto comunicável e acessível via interconexão de arquivos de redes. Com uma identificação individual que se conecta com nossos cartões de crédito, nosso cartão de saúde, nossa conta bancária, nosso histórico pessoal e profissional (incluindo domicílio), nossos computadores (cada um com seu número de código), nosso correio eletrônico (requerido por bancos e empresas de internet), nossa carteira de motorista, o número do registro do carro, as viagens que fazemos, nossos hábitos de consumo (detectados pelas compras com cartão ou pela internet), nossos hábitos de música e leitura, nossa presença nas redes sociais (tais como Facebook, Instagram, YouTube, Flickr ou Twitter e tantos outros), nossas buscas no Google ou Yahoo e um amplo etcetera digital. E tudo isso referido a uma pessoa: você, por exemplo. Supõe-se sem dúvida que as identidades individuais estejam legalmente protegidas e que os dados de cada um sejam privados. Até que deixem de ser. E essas exceções, que na verdade são a regra, referem-se ao relacionamento com as duas instituições centrais em nossa sociedade: o Estado e o Capital.

Aécio e as contas secretas da Suíça

Por Patricia Faermann, no Jornal GGN:

Com um dos maiores e mais importantes bancos de dados secretos em mãos, os jornais O Globo e Fernando Rodrigues não fazem o jornalismo de dados, com o cruzamento completo das informações. Ao analisar os arquivos disponibilizados nas reportagens, é possível constatar que, além do que divulgaram os jornalistas, de o PSDB ter sido o maior beneficiado dos doadores para campanhas eleitorais com contas secretas no HSBC, o senador Aécio Neves foi também o candidato à presidência que mais recebeu. Esta última informação foi omitida dos jornais.

As alternativas para o governo Dilma

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Mais além das manifestações da direita e suas aberrantes e exóticas expressões propagandísticas, há um projeto de restauração conservadora no Brasil que começa a se articular de maneira mais ordenada. Participam dele a mídia tradicional privada, o Congresso, o Judiciário, os partidos de oposição, entre outras forças conservadoras hoje no Brasil.

O machismo é a regra na publicidade

Por Andrea Dip, na Agência Pública:

“Não existem muitos casos de propagandas machistas no Brasil porque a publicidade brasileira é madura para perceber que a pior coisa que pode fazer é irritar o consumidor, seja ele mulher, homem ou criança. De qualquer forma, nós não temos uma declaração oficial a respeito desse assunto”. Essa foi a resposta da assessoria de imprensa do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), por telefone, à pergunta da Pública referente a algumas peças publicitárias lançadas no Carnaval e no Dia Internacional da Mulher, rechaçadas nas redes sociais por serem consideradas machistas – algumas inclusive retiradas de circulação.

Imprensa cria uma legião de 'midiotas'

Por Rennan Martins, no Blog dos Desenvolvimentistas:

As manifestações de domingo (15) arregimentaram milhares de indignados. Com a camisa da corruptíssima CBF, estes cidadãos se juntaram para provar a enorme capacidade de mobilização da narrativa hegemônica, e com suas palavras de ordem, reforçar o status quo.

A Globo News fez cobertura cinematográfica dos eventos enquanto seus diversos comentaristas assumiam a condição de porta-vozes da “festa cívica” cobrando atitudes do governo. Por volta das 15:00 anunciaram 240.000 pessoas na Avenida Paulista. Antes das 15:30 já eram 480.000 e faltando alguns minutos para as 16:00 a marca alcançou sensacionais 1 milhão. Além da enorme diferença de projeção em relação a Folha, que calculou 210.000 revoltados, a Globo ainda precisa explicar como 750.000 pessoas desafiaram a física chegando ao mesmo tempo nas redondezas do evento.

Mídia tenta controlar o 'Suiçalão'

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Conforme havíamos previsto, a nossa mídia está fazendo de tudo para manter controle narrativo sobre o escândalo do Suiçalão.

Só que vai ser difícil.

Ainda queremos esclarecer as coincidências de datas entre as aberturas e fechamentos de contas secretas de barões de mídia no HSBC suíço, com fatos econômicos importantes, como o confisco da poupança, de Collor, e depois a mega desvalorização do real, no início de 1999.

Querem jogar o PT na ilegalidade

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Está claro : nas sombras da Operação Lava Jato, o grande objetivo a ser alcançado por delegados da PF, procuradores do MP, o juiz Moro, a oposição partidária ao governo federal e o cartel da mídia é a criminalização do PT. Sonham com a cassação do registro do partido, colocando-o na ilegalidade, repetindo o que fizeram com o PCB, em 1947.

sábado, 21 de março de 2015

A moral dos golpistas do Clube Militar

Por Altamiro Borges

Os saudosos da ditadura do Clube Militar, também apelidados de “milicos de pijama”, lançaram nesta semana uma campanha pela “moralidade nacional” e contra a corrupção. Eles garantem que o objetivo do movimento não é o de exigir a volta dos generais ao poder, mas apenas o de se opor aos rumos do governo Dilma Rousseff. “O momento é diferente do que era em 1964. Naquele momento, a sociedade e a imprensa pediram a participação dos militares”, explicou o general da reserva Gilberto Pimentel, presidente da instituição. Nas eleições de outubro passado, o Clube Militar se dividiu entre o apoio à “verde” Marina Silva e ao cambaleante Aécio Neves. No segundo turno, ele expressou seu total apoio ao tucano!

Corrupção na Petrobras e o “bebê” de FHC

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

O ex-presidente FHC não entende nada mesmo de paternidade – que o diga o filho, resultante de um caso extraconjugal com uma jornalista da TV Globo, que não era seu! Na entrevista concedida ao programa da Globonews que foi ao ar na quinta-feira (19), ele afirmou que “a corrupção na Petrobras é uma mocinha de muito poucos anos, quase um bebê”. A bravata foi uma resposta à presidenta Dilma Rousseff, que havia dito que “a corrupção é uma senhora idosa e não poupa ninguém”. No maior cinismo, o chefão da privataria tucana, da compra de votos para a sua reeleição e de outras inúmeras mutretas tentou fugir da paternidade e se travestir de vestal da ética.

Justiça investigará “trensalão tucano”?

Por Altamiro Borges

Sem fazer maior escarcéu, a mídia privada informa neste sábado (21) que o Tribunal de Justiça de São Paulo finalmente aceitou as denúncias do Ministério Público e decidiu iniciar uma ação civil pública contra 11 empresas acusadas de envolvimento no chamado “cartel dos trens” – a velha mídia evita o uso do termo “trensalão tucano”. Proposto em dezembro do ano passado, só agora o processo foi aceito pelo juiz Marcos Pimentel Tamassia. “Os quatro promotores que assinam o pedido requereram, a princípio, que as companhias sejam dissolvidas porque ‘não agiam com probidade e boa-fé na consecução dos contratos [com a CPTM]’, segundo a petição”, informa a cordata Folha tucana.

O ódio na camiseta de Caiado

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A crise tem sido um terreno fértil para as estrepolias hediondas de figuras das quais se podia esperar quase tudo, como Aécio, Serra, Aloysio, Eduardo Cunha.

Com o aumento de volume da histeria, especialmente na manifestação de 15 de março, um personagem vem sobrando ainda mais na paisagem: Ronaldo Caiado.

O inconformismo da elite reacionária

Por José Augusto Valente, no site Carta Maior:

Observando as manifestações de sexta-feira – convocadas pela CUT e movimentos sociais – e de domingo – convocadas pelo Movimento Brasil Livre e pelo Vem pra Rua – fica claro o acirramento da divisão existente na sociedade brasileira. Embora saiba que a realidade é complexa, para fins de análise, considerarei apenas os aspectos mais relevantes.

15 de março: a democracia violentada

Por Luciana Ballestrin, na revista Fórum:

As manifestações do domingo (15/03) em diferentes capitais e cidades do Brasil, articuladas pelos discursos anticorrupção, antipetista e anticomunista de forma geral, colocam diante de nós velhas questões da teoria política democrática. Parte delas está relacionada com os limites da democracia, da liberdade de expressão e da tolerância, assim como com a possibilidade de atitudes e discursos autoritários serem reproduzidos no seio da sociedade civil.

Farra da Globo no futebol sofre abalo!

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O Edu Zebini eu conheço bem. Foi ele quem, no Departamento de Esportes da Record, conquistou direitos de transmissão das Olimpíadas, dos Jogos Panamericanos e da Copa dos Campeões. Deixou a Globo na poeira.

O Edu foi com a cara e a coragem pra Europa, falou com as pessoas certas, e quando a Globo percebeu já tinha levado a bola no meio das pernas…

O Edu hoje está na Fox. Ele é quem traça a estratégia da emissora que atazana a Globo.

UNE debate democratização da mídia

Por Renata Bars, no site da UNE:

Enfrentar os oligopólios de comunicação, restringir as propriedades cruzadas e aprofundar a discussão acerca das mídias alternativas foram os eixos que orientaram mais um debate durante o 63º Coneg da UNE, na manhã deste sábado (21/3). ”A Democratização dos meios de comunicação de massas” foi o tema da mesa realizada na Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo.

Entre os convidados estavam o jornalista e representante do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, e a coordenadora do coletivo Intervozes – criado em 2003 para defender a democratização, Veridiana Alimonti.

A corrupção nos tempos da ditadura

Por Paulo Fonteles Filho, em seu blog:

Na atualidade, os áulicos da direita promovem raivosa cruzada contra as forças progressistas e, patrocinados pela mídia conservadora, trombeteiam que o período ditatorial fora pródigo no combate à corrupção e aos corruptos. Acontece que, com os poderes Legislativos e Judiciários aviltados como instrumentos de fiscalização e punição, a perversão dos recursos públicos e as transgressões do poder aumentaram exponencialmente no período mais sangrento do Regime Militar.

O pedigree direitista de Aécio Neves

Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

O pedigree direitista e oligárquico do tucano Aécio Neves apareceu aos olhos de todos no momento em que o senador mineiro anunciou o projeto de lei para permitir a cassação do registro de partido político que receber propina de empresas privadas.

Partidos – progressista, democrático e de esquerda cujo fortalecimento parece ameaçador para os privilégios conservadores da direita, Aécio Neves repete o mesmo scritpt antidemocrático e discricionário dos conservadores há cerca de 70 anos quando criaram as regras para jogar o Partido Comunista do Brasil na ilegalidade em 7 de maio de 1947. Aquela violência política foi o auge de uma farsa iniciada meses antes. O pretexto foi uma entrevista ao diário comunista Tribuna Popular em 16 de março de 1946, na qual o dirigente e senador constituinte Luiz Carlos Prestes declarou que, em caso de guerra imperialista contra a União Soviética, ele apoiaria a nação socialista.

O mito das redações independentes

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Uma das características mais representativas da imprensa brasileira na última década tem sido a homogeneidade dos pontos de vista que expõe claramente em seu conteúdo ou deixa implícitos na hierarquia de suas escolhas editoriais. A rigor, não há concorrência entre os grandes jornais de circulação nacional – e a liderança do Grupo Globo sobre as outras redes de televisão é aceita passivamente pelo setor, desde que sobrem fatias consistentes do bolo publicitário para todas elas.

Doleiro da Siemens aparece no Swissleaks

Por Fabio Serapião, na revista CartaCapital:

Em reportagem publicada em seu blog, o jornalista Fernando Rodrigues divulgou nomes de oito doleiros flagrados em operações no Brasil que possuem conta na filial suíça do banco HSBC. Eles compõem a lista de 8.667 brasileiros titulares de contas numeradas vazadas pelo ex-técnico de informática Hervé Falciani. Os dados são classificados como o maior vazamento sobre evasão fiscal da história. O ex-funcionário do HSBC é tido como o Edward Snowden do setor bancário.

Mídia fere Código de Ética do jornalista

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

O mínimo que se pode falar sobre a cobertura da mídia eletrônica das manifestações do último domingo (15/3) é que se feriu o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Esse Código em seu artigo 2º, por exemplo, dispõe que como “o acesso à informação de relevante interesse público é um direito fundamental, os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de interesse, razão por que: I – a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independente da linha política de seus proprietários e/ou diretores ou da natureza econômica de suas empresas”.

Jovens organizam protestos contra Globo

Por Dandara Lima, no site da UJS:

Aconteceu na tarde dessa sexta-feira (20) a Plenária Nacional da Jornada de Lutas da Juventude, em São Paulo. Os representantes dos movimentos que formam o núcleo operativo das jornadas pautaram a descomemoração dos 50 anos da Rede Globo, a Reforma Política com fim do financiamento empresarial de campanha, e a defesa da Democracia e da Petrobras.

A plenária reuniu lideranças da UNE, CUT, MST, UJS, UBES, Levante Popular da Juventude, PT, UBM, Fora do Eixo, Barão de Itararé, Marcha Mundial de Mulheres, Nação Hip Hop, Liga do Funk e Juntos. Todos os movimentos reforçaram que é urgente a unidade da esquerda, no momento atual da país.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Globo, Band e Folha na lista do HSBC

Por Altamiro Borges

Agora dá para entender porque jornalões, revistonas e emissoras de rádio e televisão têm feito tanto segredo com as sinistras contas no HSBC da Suíça - a maioria delas fruto das criminosas práticas de sonegação fiscal e evasão de divisas. É que vários barões da mídia estão metidos na falcatrua. Nesta semana, o jornal "O Globo" divulgou alguns nomes - como que se antecipando a um escândalo ainda maior. A lista parcial e marota apresenta 22 empresários do setor de comunicação e sete jornalistas. Aparecem figuras ligadas à própria Rede Globo, à Bandeirantes, ao jornal "Folha" e ao Grupo Abril - aquele que edita a asquerosa "Veja". Até agora, nenhum barão da mídia se pronunciou sobre o caso.

Dengue em alta não é manchete!

Por Altamiro Borges

A epidemia de dengue continua se alastrando pelo país, resultando em milhares de internações e muitas mortes – mas a mídia privada segue sem dar qualquer destaque para a grave situação. O motivo, talvez, é porque a incidência da doença é mais dramática em São Paulo – Estado que é governado há 20 anos pelo PSDB. Estudo do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira (12) revela que dos 511 municípios com registro de dengue no país mais da metade se encontra na mais rica unidade da federação. Os tucanos se fingem de mortos e a sua imprensa – sempre tão seletiva na escandalização da política – evita fazer maior alarde. A blindagem do governador Geraldo Alckmin continua inquebrantável.

Janot e o probo Aécio Neves

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Errou o Procurador Geral da República Rodrigo Janot ao não pedir abertura de inquérito contra o senador Aécio Neves.

Primeiro, porque na delação do doleiro Alberto Yousseff havia indícios suficientes para a abertura de inquérito. Conforme o PGR cansou de alertar, pedido de inquérito não significa condenação nem incriminação de ninguém. É apenas um procedimento de levantamento de provas, em cima de indícios. Se nada for encontrado, arquive-se; se forem encontradas provas, proceda-se à denúncia, que poderá ou não ser aceita pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Terceirização: o cerco está se fechando

Por Marcos Verlaine, no site da CTB:

O tempo corre e conspira contra os trabalhadores. Só uma grande e estratégica mobilização sindical, nesse momento, poderá salvar os direitos trabalhistas contidos na CLT.

Uma onda conservadora ronda o Brasil. As eleições parlamentares de outubro de 2014 elegeram um Congresso mais conservador que o anterior. O clima na sociedade é conservador. As manifestações de domingo (15) deixaram isso bem claro!

Youssef, Aécio e o silêncio da mídia

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A única ditadura que existe, mesmo, no Brasil, é a da mídia.

Estamos em tempo de ruas cheias, fervor cívico, indignação popular contra a corrupção, não é?

O que diz Alberto Youssef, o ladrão que virou oráculo da verdade é o bastante para demolir reputações, prender, quase para linchar alguns.

A imprensa na história republicana

Por José Ricardo Figueiredo

Na República Velha, em contraponto à imprensa conservadora, da oligarquia dominante, existia uma imprensa de oposição, onde se destacava a juventude militar, e esta diversidade da imprensa teve importante papel no desenrolar dos acontecimentos até a Revolução de 1930. Nos anos seguintes continuou a florescer uma imprensa plural. Entretanto, após a instalação da ditadura em 1937, o governo Vargas submeteu toda a imprensa à censura do Departamento de Imprensa e Propaganda, além de financiar uma imprensa situacionista.

Os golpes de Estado do Século XXI

Por Victor Farinelli, no site da Fundação Mauricio Grabois:

Houve um tempo em que se defendia no Brasil a ideia de que já não havia espaço para golpes de Estado na América Latina. Supostamente, as ditaduras nos haviam ensinado o que não queríamos, e nos Anos 90, alguns comentaristas políticos diziam isso, com uma segurança contagiante, tanto que me contagiaram na época.

Lembrei desses comentaristas – mas não vou citar nomes, até porque acho que realmente acreditavam nisso – quando, já trabalhando como jornalista, vivi na Argentina e no Chile, e pude constatar que a punição aos crimes dessas ditaduras deixou marcas na sociedade e nas instituições. Porém, no Brasil, onde pouquíssimo criminosos da ditadura foram julgados, e nenhum deles condenado, eu só me lembro deles quando vejo essa nova tendência brasileira de ir às ruas pedir intervenção militar.

A reforma política que despolitiza

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

O debate da reforma política ganhou impulso de novo no Congresso, com a Câmara e o Senado discutindo mudanças nos sistemas eleitoral e partidário, porém numa perspectiva de despolitização.

Na Câmara, a Comissão Especial da Reforma Política está em fase de audiência pública, ouvindo autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil, mas já se sabe que os dois temas mais caros ao PT e aos movimentos sociais – o sistema eleitoral e o financiamento de campanha – terão um conteúdo diferente do defendido por eles.

Aécio prepara ataque à democracia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao anunciar projeto para cassar o registro de partidos que recebem propina de empresas privadas, Aécio Neves não consegue esconder qual é a etapa final da Operação Lava Jato - a cassação do registro do Partido dos Trabalhadores. Não que o pagamento de propinas ao PT já esteja provado ou seja fácil de demonstrar pelas regras da Justiça, com respeito aos rituais jurídicos e direitos de defesa. Simplesmente, pode ser a cena final do espetáculo Lava Jato, que o país assiste sem que as instituições responsáveis pela defesa das garantias individuais se manifestem, como se poderia imaginar.

O direito divino à publicidade estatal

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

As empresas de mídia têm direito divino ao dinheiro da publicidade do governo federal?

Você pode ser levado a pensar isso, se ler as repercussões a uma alegada declaração de Rui Falcão sobre o tema.

Quer dizer: a sociedade está condenada a subsidiar eternamente as famílias Marinhos, Civitas, Frias etc, segundo este raciocínio cínico e anticapitalista.