Mais além das manifestações da direita e suas aberrantes e exóticas expressões propagandísticas, há um projeto de restauração conservadora no Brasil que começa a se articular de maneira mais ordenada. Participam dele a mídia tradicional privada, o Congresso, o Judiciário, os partidos de oposição, entre outras forças conservadoras hoje no Brasil.
A plataforma inclui uma contrarreforma eleitoral, com o fim do voto obrigatório, a manutenção do financiamento privado de campanhas, o voto distrital, o fim da reeleição, a unificação das datas das eleições – uma vez a cada cinco anos. Trata-se de um pacote de medidas regressivas, que consolidaria o poder do Parlamento tal qual ele é, enfraqueceria o executivo, esvaziaria o processo eleitoral, afastaria ainda mais o povo das decisões politicas.
A manutenção do monopólio midiático privado, a interferência desmedida do Judiciário nas questões políticas, o caráter predominantemente conservador do novo Congresso – se somam para formar um forte bloco que pretende atentar contra os avanços conquistados nos últimos anos e, principalmente, tentar brecar a continuidade dos governos do PT.
Têm a seu favor também o papel hegemônico do capital especulativo no Brasil – e no mundo – que, valendo-se das altas taxas de juros, canaliza recursos para a especulação nas bolsas de valores, em vez de em investimentos produtivos. O que facilita o clima de pessimismo gerado e multiplicado pela mídia.
O objetivo imediato é pressionar o governo federal a tomar medidas cada vez mais recessivas, usando sobretudo o terrorismo econômico da mídia, alentando sentimentos de risco da retomada da inflação e buscando colher frutos na piora dos índices sociais. É a armadilha em que pretendem manter preso o governo: terrorismo midiático – medidas recessivas – dificuldades para retomar a expansão econômica – piora dos índices sociais – desgaste do apoio popular do governo.
Apoiado nesse cenário, pretendem construir um consenso conservador no país. Os argumento que usam: incompetência do governo Dilma, esgotamento do modelo vigente desde 2003, necessidade de tirar o PT do governo, desqualificação das estatais – a começar pela Petrobras – e do próprio Estado, necessidade de um duro ajuste fiscal (desde que a conta não seja debitada deles), cortar recursos das políticas sociais, entre outros temas.
Tentam desestabilizar o governo Dilma, criar um clima de caos social e político – entre manifestações, denúncias etc. – e de ingovernabilidade. Fermentar um caldo de cultivo favorável à imposição de um novo consenso social – esse o objetivo.
Que dificuldades encontram? Em primeiro lugar, a capacidade do governo de retomar a iniciativa, mediante políticas ativas de investimento, de renovação das políticas sociais, de avançar nas grande obras pendentes – como a transposição do São Francisco, Belo Monte, entre outras. Retomar o diálogo com os movimentos sociais e com a esquerda, reequilibrando as medidas do governo e atendendo demandas das forcas populares.
Em segundo, está a grande alavanca para recuperação do apoio popular: o potencial de liderança de Lula que, associado a essas políticas, é o apoio estratégico que tem o governo e a esquerda.
Uma contra-ofensiva conservadora necessita desqualificar essas políticas, atacar diretamente os setores populares, assim como a imagem do ex-presidente.
Mas a possibilidade de neutralizar e derrotar o ataque conservador depende, antes de tudo, de uma mudança de atitude do governo, que não deve se resignar a um ajuste, na esperança – vã – de que esse caminho retome a expansão econômica e a capacidade de recuperação de apoio popular.
O pacote previdenciário se revela ser intranscendente nas suas consequências, mas desgastante para o governo nas bases que o elegeram. Se não quiser favorecer os que querem derrubá-la do poder, Dilma deve retirá-lo da pauta do Congresso, substituindo-o pelo imposto sobre grandes fortunas e heranças, confirmando assim seu compromisso com suas bases populares.
A plataforma inclui uma contrarreforma eleitoral, com o fim do voto obrigatório, a manutenção do financiamento privado de campanhas, o voto distrital, o fim da reeleição, a unificação das datas das eleições – uma vez a cada cinco anos. Trata-se de um pacote de medidas regressivas, que consolidaria o poder do Parlamento tal qual ele é, enfraqueceria o executivo, esvaziaria o processo eleitoral, afastaria ainda mais o povo das decisões politicas.
A manutenção do monopólio midiático privado, a interferência desmedida do Judiciário nas questões políticas, o caráter predominantemente conservador do novo Congresso – se somam para formar um forte bloco que pretende atentar contra os avanços conquistados nos últimos anos e, principalmente, tentar brecar a continuidade dos governos do PT.
Têm a seu favor também o papel hegemônico do capital especulativo no Brasil – e no mundo – que, valendo-se das altas taxas de juros, canaliza recursos para a especulação nas bolsas de valores, em vez de em investimentos produtivos. O que facilita o clima de pessimismo gerado e multiplicado pela mídia.
O objetivo imediato é pressionar o governo federal a tomar medidas cada vez mais recessivas, usando sobretudo o terrorismo econômico da mídia, alentando sentimentos de risco da retomada da inflação e buscando colher frutos na piora dos índices sociais. É a armadilha em que pretendem manter preso o governo: terrorismo midiático – medidas recessivas – dificuldades para retomar a expansão econômica – piora dos índices sociais – desgaste do apoio popular do governo.
Apoiado nesse cenário, pretendem construir um consenso conservador no país. Os argumento que usam: incompetência do governo Dilma, esgotamento do modelo vigente desde 2003, necessidade de tirar o PT do governo, desqualificação das estatais – a começar pela Petrobras – e do próprio Estado, necessidade de um duro ajuste fiscal (desde que a conta não seja debitada deles), cortar recursos das políticas sociais, entre outros temas.
Tentam desestabilizar o governo Dilma, criar um clima de caos social e político – entre manifestações, denúncias etc. – e de ingovernabilidade. Fermentar um caldo de cultivo favorável à imposição de um novo consenso social – esse o objetivo.
Que dificuldades encontram? Em primeiro lugar, a capacidade do governo de retomar a iniciativa, mediante políticas ativas de investimento, de renovação das políticas sociais, de avançar nas grande obras pendentes – como a transposição do São Francisco, Belo Monte, entre outras. Retomar o diálogo com os movimentos sociais e com a esquerda, reequilibrando as medidas do governo e atendendo demandas das forcas populares.
Em segundo, está a grande alavanca para recuperação do apoio popular: o potencial de liderança de Lula que, associado a essas políticas, é o apoio estratégico que tem o governo e a esquerda.
Uma contra-ofensiva conservadora necessita desqualificar essas políticas, atacar diretamente os setores populares, assim como a imagem do ex-presidente.
Mas a possibilidade de neutralizar e derrotar o ataque conservador depende, antes de tudo, de uma mudança de atitude do governo, que não deve se resignar a um ajuste, na esperança – vã – de que esse caminho retome a expansão econômica e a capacidade de recuperação de apoio popular.
O pacote previdenciário se revela ser intranscendente nas suas consequências, mas desgastante para o governo nas bases que o elegeram. Se não quiser favorecer os que querem derrubá-la do poder, Dilma deve retirá-lo da pauta do Congresso, substituindo-o pelo imposto sobre grandes fortunas e heranças, confirmando assim seu compromisso com suas bases populares.
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