Por Altamiro Borges
A epidemia de dengue continua se alastrando pelo país, resultando em milhares de internações e muitas mortes – mas a mídia privada segue sem dar qualquer destaque para a grave situação. O motivo, talvez, é porque a incidência da doença é mais dramática em São Paulo – Estado que é governado há 20 anos pelo PSDB. Estudo do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira (12) revela que dos 511 municípios com registro de dengue no país mais da metade se encontra na mais rica unidade da federação. Os tucanos se fingem de mortos e a sua imprensa – sempre tão seletiva na escandalização da política – evita fazer maior alarde. A blindagem do governador Geraldo Alckmin continua inquebrantável.
Segundo o estudo, nos 511 municípios brasileiros citados, a incidência de dengue supera 300 casos por 100 mil habitantes – acima do parâmetro fixado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para caracterizar uma epidemia. Em média, estas cidades registram 895 casos, contra a média nacional de 110 casos. São Paulo tem 268 municípios no patamar de epidemia, disparada a maior quantidade no país. Em seguida aparecem os Estados de Goiás, com 84 cidades, e do Paraná, com 47 – por acaso, todos administrados pelo PSDB, que adora bravatear em defesa da saúde.
Segundo o infectologista Marcos Boulos, da coordenadoria estadual de controle de doenças de São Paulo, a tendência é que o número de pessoas infectadas bata novo recorde neste ano. “Já há filas de quatro a seis horas para atendimento médico. Estamos preocupados”, alerta. Para Arthur Chioro, ministro da Saúde, a situação é grave, mas ainda distante do drama vivido em 2013 – quando houve 425 mil casos no país. O governo federal tem adotado várias medidas para conter a epidemia. Já o “picolé de chuchu” Geraldo Alckmin aparenta não ter nada a ver com o assunto! Neste esforço, o tucano conta com a cumplicidade da mídia chapa-branca, irrigada por milionários anúncios publicitários.
Reportagem do Estadão de quarta-feira (18) até apontou a gravidade do problema. Lembrou que o número de infectados em São Paulo cresceu 27.000% em várias regiões do Estado. “Um terço das 645 cidades paulistas registrou em apenas dois meses de 2015 mais casos de dengue do que em todo o ano passado”, descreve a matéria. “Desde janeiro, o Estado de São Paulo confirmou a contaminação de 56.959 pessoas. Contando os casos que ainda estão em investigação, o número chega a 123.738 registros, 692% a mais do que o número notificado no mesmo período de 2014. Com a alta, São Paulo já responde por 55% dos casos suspeitos de dengue registrados no País”.
O Estadão ainda registra “pelo menos 35 mortes por dengue confirmadas no Estado de São Paulo”. Apesar da dramática constatação, a reportagem do jornal da famiglia Mesquita não cita uma única vez o nome do governador Geraldo Alckmin. Haja blindagem!
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A epidemia de dengue continua se alastrando pelo país, resultando em milhares de internações e muitas mortes – mas a mídia privada segue sem dar qualquer destaque para a grave situação. O motivo, talvez, é porque a incidência da doença é mais dramática em São Paulo – Estado que é governado há 20 anos pelo PSDB. Estudo do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira (12) revela que dos 511 municípios com registro de dengue no país mais da metade se encontra na mais rica unidade da federação. Os tucanos se fingem de mortos e a sua imprensa – sempre tão seletiva na escandalização da política – evita fazer maior alarde. A blindagem do governador Geraldo Alckmin continua inquebrantável.
Segundo o estudo, nos 511 municípios brasileiros citados, a incidência de dengue supera 300 casos por 100 mil habitantes – acima do parâmetro fixado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para caracterizar uma epidemia. Em média, estas cidades registram 895 casos, contra a média nacional de 110 casos. São Paulo tem 268 municípios no patamar de epidemia, disparada a maior quantidade no país. Em seguida aparecem os Estados de Goiás, com 84 cidades, e do Paraná, com 47 – por acaso, todos administrados pelo PSDB, que adora bravatear em defesa da saúde.
Segundo o infectologista Marcos Boulos, da coordenadoria estadual de controle de doenças de São Paulo, a tendência é que o número de pessoas infectadas bata novo recorde neste ano. “Já há filas de quatro a seis horas para atendimento médico. Estamos preocupados”, alerta. Para Arthur Chioro, ministro da Saúde, a situação é grave, mas ainda distante do drama vivido em 2013 – quando houve 425 mil casos no país. O governo federal tem adotado várias medidas para conter a epidemia. Já o “picolé de chuchu” Geraldo Alckmin aparenta não ter nada a ver com o assunto! Neste esforço, o tucano conta com a cumplicidade da mídia chapa-branca, irrigada por milionários anúncios publicitários.
Reportagem do Estadão de quarta-feira (18) até apontou a gravidade do problema. Lembrou que o número de infectados em São Paulo cresceu 27.000% em várias regiões do Estado. “Um terço das 645 cidades paulistas registrou em apenas dois meses de 2015 mais casos de dengue do que em todo o ano passado”, descreve a matéria. “Desde janeiro, o Estado de São Paulo confirmou a contaminação de 56.959 pessoas. Contando os casos que ainda estão em investigação, o número chega a 123.738 registros, 692% a mais do que o número notificado no mesmo período de 2014. Com a alta, São Paulo já responde por 55% dos casos suspeitos de dengue registrados no País”.
O Estadão ainda registra “pelo menos 35 mortes por dengue confirmadas no Estado de São Paulo”. Apesar da dramática constatação, a reportagem do jornal da famiglia Mesquita não cita uma única vez o nome do governador Geraldo Alckmin. Haja blindagem!
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