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O falatório midiático conservador parece enredar-se nas próprias palavras, e as ameaças implícitas nas recentes “reportagens” que garantiam revelações mirabolantes por parte do publicitário Marcos Valério parecem minguar.
De um lado, cresce a suspeita de que o depoimento secreto de Marcos Valério à procuradoria-geral da República teria sido vazado ao panfleto de direita paulistano, a revista Veja, pelo próprio procurador geral Roberto Gurgel, o mesmo a quem caberá o destino a ser dado à representação do PPS e do senador tucano Álvaro Dias contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apurações jornalísticas do portal 247 apontam nessa direção – a de que o "entrevistado" de Veja seria não Valério, mas o próprio Gurgel. E o senador Fernando Collor fortaleceu esta suspeita quando encaminhou ofício, na terça-feira (6) ao procurador Gurgel para que ele esclareça a data e o local em que a Procuradoria-Geral da República tomou o “depoimento secreto” de Marcos Valério. Collor deixou clara sua suspeita de uma ação circular: o procurador teria tomado o depoimento de Valério e vazado trechos à revista Veja, cujas reportagens ancoraram uma representação contra Lula que será avaliada pelo próprio Gurgel.
Nessa linha, mesmo uma colunista insuspeita de simpatias pelo ex-presidente Lula como Eliane Cantanhêde acredita que "denúncias giratórias" não parecem nada verdadeiras e podem não convencer o Supremo Tribunal Federal a favorecer Marcos Valério com o beneficio pretendido de abrandamento da pena, escreveu ela em sua coluna publicada na Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (8), intitulada apropriada e significativamente “Ardil”. São alegações que “carecem de provas e de oportunidade”, escreveu, “e, quando vão de Santo André a Marte e Saturno, perdem credibilidade a cada quilômetro percorrido rumo ao nada”.
Segundo ela, “os ministros suspeitam que possa haver uma "estratégia ardilosa" por trás do que Valério tem dito, ora à Procuradoria, ora à revista Veja”, estratégia através da qual Valério estaria operando “um processo - ou uma tentativa - de procrastinação indefinida das condenações e prisões”, estratégia da qual outros condenados poderiam se beneficiar devido ao fato de que “novas revelações” podem gerar pedidos de vista e novos procedimentos judiciais capazes de empurrar para as calendas o cumprimento das penas.
3 comentários:
Gurgel e Barbozão após reunião na tarde de ontem , estudam após o indiciamento de Lula, e seu encarceramento, usando da teoria do dominio do fato, indiciar e processar Jesus Cristo e lá em cima Deus!
Eles sabiam e nada fizeram!
JUSTIÇA CELESTIAL!
LÓGICA PURA!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK……..
Nosso país não consegue parar de ser RIDÍCULO!
Tem-se de apaurar isso. Se o Procurar está nesse nível estamos muito mal.Socorro! Buemba!
Se esse PGR fosse um homem de reputação ilibada, jamais aceitaria ser avacalhado como foi por advogados dos réus do mensalão, no pleno do STF. Isto é uma vergonha!
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