segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Previsões-2015: A ‘Veja’ definhará!

Por Altamiro Borges

Na edição desta semana da "Veja", o jornalista José Roberto Guzzo, membro do conselho editorial da revista do esgoto, faz uma previsão bombástica: "É possível que 2014 acabe entrando para a memória política brasileira como o ano em que o Partido dos Trabalhadores morreu". O assalariado da famiglia Civita devia ser mais cuidadoso com suas apostas. Afinal, quem quase morreu neste ano foi o Grupo Abril – que demitiu inúmeros profissionais e fechou várias publicações. Há boatos, inclusive, de que a revista Playboy será a próxima vítima – talvez numa homenagem póstuma ao "playboyzinho" Aécio Neves, apoiado pelo império decadente. Pelo andar da carruagem, o mais provável é que a "Veja" definhe ainda mais em 2015 – devido à explosão da internet e à queda abrupta da sua credibilidade.  

Previsões-2015: Mainardi será preso

Por Altamiro Borges

No programa Manhattan Connection exibido pela GloboNews no domingo retrasado (21), Diogo Mainardi fez suas apostas para o próximo ano. "Tenho uma previsão: Lula será preso em 2015". Os demais integrantes da bancada, todos alinhados à direita nativa e operando diretamente dos estúdios da emissora nos EUA, riram do palpite do "bovino", que ainda hoje se esconde em Veneza, na Itália. Eles deviam advertir o playboy travestido de jornalista que ele é quem pode ser preso se retornar ao Brasil. Há vários processos em curso contra o bravateiro oficial da famiglia Marinho. O último deles por estímulo ao preconceito contra os nordestinos.

Ary Fontoura e a arte do senso comum

Por Marco Piva

Não é de hoje que artistas mostram suas preferências políticas e, a partir de sua condição pública, dizem coisas mais sérias e ajudam, bem como podem escorregar e não passarem de ventríloquos do senso comum. Parece ser este o caso de Ary Fontoura que pediu, em postagem nas redes sociais, a renúncia de Dilma Roussef. Apesar de deixar claro a que tipo de renúncia se referia, o que faz no final do texto, o ator global desfia uma série de jargões que não fariam feio na boca do mais despolitizado dos brasileiros em conversa de botequim.

Previsões-2015: Merval seguirá deprimido

Por Altamiro Borges

O “imortal” Merval Pereira será lembrado pela cara de nádega que fez na TV Globo quando foi confirmada a vitória de Dilma no segundo turno das eleições presidenciais, no final da noite de 26 de outubro. Ele não conseguiu esconder a sua frustração. Neste domingo (28), o blogueiro oficial da famiglia Marinho explicitou que continua abatido. Ele tem alucinações. Sem apresentar suas fontes ou qualquer prova, ele garantiu que “já aparecem relatos de que a presidente Dilma estaria deprimida, e que teria até mesmo chorado recentemente, depressão atribuída por pessoas próximas às dificuldades por que vem passando na montagem de seu novo ministério. Ela confessou depois que se sentia muito sozinha”.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Mídia minimiza colapso da Europa

Por Altamiro Borges

Durante a campanha eleitoral, a mídia tucana evitou dar destaque para o agravamento da crise capitalista no mundo. O objetivo era eleitoreiro. Visava vender a imagem de que apenas o Brasil enfrentava dificuldades na economia. A culpa seria do “intervencionismo” do governo Dilma, que engessaria o “deus-mercado”. Aécio Neves era tratado como político moderno, capaz de destravar o crescimento econômico com suas propostas de austeridade fiscal, redução dos tributos das empresas e flexibilização trabalhista – entre outras receitas amargas do neoliberalismo. Passada as eleições, porém, o noticiário volta a destacar os efeitos nefastos da crise mundial, mesmo sem analisar as causas reais do caos capitalista.

'Veja' tenta explicar nota zero de Aécio

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em algum momento do ano, a Veja tinha que publicar alguma coisa verdadeira, pela lei das estatísticas jornalísticas.

Isso aconteceu em sua última edição do ano, numa lista com o desempenho dos parlamentares brasileiros em 2014.

A mídia e a sociedade do espetáculo

Por Orlando Senna, no site Diálogos do Sul:

O conceito de sociedade do espetáculo apareceu pela primeira vez em 1967, quando o anarquista francês Guy Debord publicou seu livro La société du spectacle, estudo crítico sobre capitalismo, consumo e sociedade. Temas como a desilusão capitalista, negação da vida real e forma-mercadoria estão nesse livro, um dos textos paradigmáticos das manifestações de Maio de 68 em Paris. Pode-se dizer que é um estudo, mais que pioneiro, profético.

A guerra e o triunfo da propaganda

Por John Pilger, no site português O Diário:

Por que sucumbiu tão grande parte do jornalismo à propaganda? Por que são a censura e a distorção a prática padrão? Por que é a BBC tão frequentemente uma porta-voz do poder rapinante? Por que enganam os seus leitores o New York Times e o Washington Post?

O 'Petrolão' e os outros escândalos

Por Mauro Santayana, na Rede Brasil Atual:

Nas últimas semanas, o Brasil tem vivido sob o impacto da Operação Lava Jato, que, em torno da qual o noticiário, na busca de uma associação ao chamado “mensalão”, batizou de Petrolão. Enquanto se eleva esse novo escândalo ao posto de "o maior da história", relegam outros episódios aos rodapés, os lançam um imenso Triângulo das Bermudas, o reduzem aos pedacinhos pelas lâminas de Freddy Krueger, os abduzem feito obra de alienígenas.

Cuba: Xeque mate na grande imprensa

Por Alexei Padilla e Amanda Cotrim, na revista Caros Amigos:

A imprensa oligárquica do Brasil tem destacado nesses últimos dias a importância do restabelecimento – após 53 anos – das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos. Contudo, ela tem ocultado alguns aspectos relevantes dos acontecimentos que assistimos no dia 17 de dezembro.

‘Se eu tivesse um cérebro...’

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Nestes dias entre feriados, os principais jornais de circulação nacional chegam esquálidos aos seus leitores, recheados apenas com a minguada cota de textos e imagens suficientes para completar os cadernos regulamentares. Há poucos anúncios, alguns dos principais colunistas aproveitam para tirar férias e as corriqueiras tempestades de verão, que costumam apanhar milhares de turistas nas estradas, preenchem o espaço das páginas de papel e o tempo dos meios eletrônicos.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Alckmin tenta ressuscitar Roberto Freire

Por Altamiro Borges

Saiu na coluna Painel da Folha desta sexta-feira (26):

Geraldo Alckmin (PSDB) estuda uma maneira de contemplar os presidentes nacionais de dois partidos aliados ao finalizar a montagem de seu secretariado: Roberto Freire (PPS) e José Luiz Penna (PV). O tucano busca um desenho que permita à dupla, que não se reelegeu, assumir a Câmara Federal em 2015. O movimento tem em vista as eleições de 2018: amarrando os dois, Alckmin amplia sua influência nacional sobre os aliados, o que facilitaria a construção de sua candidatura à Presidência... Para que Freire assuma o mandato, o tucano precisa chamar para seu secretariado quatro parlamentares da chapa, composta por PSDB, DEM e PPS.

Aécio nota zero. "Veja" rifa o playboy!

Por Altamiro Borges

Não é para menos que o cambaleante Aécio Neves anunciou, em entrevista à Folha nesta semana, que "já cumpri meu papel" e que o governador Geraldo Alckmin deve ser o candidato do PSDB em 2018. Além da sua dupla derrota – na corrida presidencial e na manutenção do governo de Minas Gerais –, o senador sabe que não conta com a simpatia da oligarquia nativa. Ele é visto como um playboy sem condições de governar o país. A elite até o apoiou, no seu ódio ao lulopetismo, mas ele "já cumpriu o seu papel" e pode ser descartado. O "Ranking do Progresso", publicado nesta semana pela "Veja", sinaliza que ele já virou bagaço. Passado o pleito, ele recebeu nota zero do panfleto da direita nativa.   

De uma guerra fria a outra?

Adicionar legenda
Por Emir Sader, no site Carta Maior:

“Os últimos soldados da guerra fria” seriam, segundo o título do livro do Fernando Morais, os cinco cubanos que agora se reuniram em Cuba, depois da espetacular operação diplomática de normalização das relações com os EUA. Teria sido virada a última página da guerra fria.

O papa Francisco e a China

Por Haroldo Lima, no site Vermelho:

O papa Francisco negou-se agora, nesse dezembro de 2014, a receber em audiência o Dalai Lama. O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, explicou que a audiência “poderia causar problemas entre a China e o Vaticano”.

A diplomacia chinesa imediatamente saudou a notícia. No dia seguinte ao seu anúncio, publicado em 15/12/2014, pelo órgão de imprensa Religión Digital, o porta-voz do Ministério do Exterior chinês, Quing Gang, em coletiva à imprensa, animado, disse confiar que “o Vaticano possa continuar defendendo princípios relevantes e trabalhar na mesma direção que a China para melhorar as relações bilaterais” entre a China e o Vaticano.

A piada do bolivarianismo patronal

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A demissão de João Paulo Cunha, editor de cultura do jornal Estado de Minas, publicação de maior circulação naquele estado, ajuda a colocar um traço de realismo ao debate sobre liberdade de imprensa no Brasil.

É uma piada pronta, que ajuda a lembrar que vivemos um regime que deveria ser definido como bolivarianismo patronal.

Um ano de muitas lutas e vitórias

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

Chegamos ao fim de mais um ano comemorando, em 12 de dezembro, o sétimo aniversário da CTB, com a consciência do dever cumprido. 2014, um ano de muitas lutas, terminou coroado com a quarta grande vitória do povo brasileiro nas eleições presidenciais. A reeleição de Dilma Rousseff afastou o risco de retrocesso neoliberal e garantiu a continuidade do novo ciclo político inaugurado com a posse de Lula em 2003.

Quando Dilma irá acalmar a esquerda?

Por Breno Altman, em seu blog:

Abundam analistas e protagonistas elogiando as escolhas da presidente para o ministério, as medidas anunciadas nas últimas semanas e o discurso que tem predominado desde a reeleição.

A ideia-força que atrai estes aplausos é a da pacificação. Seria lance político de brilhantismo um conjunto de concessões destinadas a desarmar o clima de enfrentamento da disputa presidencial.

A luta pela reforma agrária em 2015

Por José Coutinho Júnior, no site do MST:

Em entrevista ao Jornal Sem Terra, Jaime Amorim, da coordenação nacional do MST, analisa a conjuntura política de 2014. Do 6° Congresso do MST ao período eleitoral, abre-se um espaço para um novo ciclo de lutas pela Reforma Agrária.

Para ele, o ano de 2015 será de extrema importância “para fazer ocupações de latifúndios, retomar o processo de massificação da luta pela terra, exigir do governo questões fundamentais para o desenvolvimento da Reforma Agrária Popular, dos assentamentos e para a desapropriação de terras”.

Dilma reeleita: Desafios e expectativas

Por Vagner Freitas, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:


Depois de doze anos, o projeto de desenvolvimento econômico e sustentável com inclusão social iniciado pelo ex-presidente Lula, em 2003, e consolidado pela presidenta Dilma Rousseff nos últimos quatro anos é o centro de uma das disputas mais renhidas das últimas décadas. Os conservadores perderam a eleição, mas querem impor suas pautas.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Metrô e as falsas promessas de Alckmin

Por Altamiro Borges

O Estadão informa nesta sexta-feira (26) que o governador Geraldo Alckmin entregará apenas duas das nove estações do Metrô e da CPTM prometidas para 2015. Durante a campanha, ele manipulou dados sobre o sistema de transporte e jurou que ele seria ampliado. Agora, garantida a reeleição – graças à ajuda generosa do Estadão e do restante da mídia tucana –, ele confessa que as obras estão atrasadas e ainda tem o cinismo de afirmar que "elas não ficam prontas em 24 horas". O PSDB está no comando do Estado há duas décadas e São Paulo tem uma das mais baixas extensões do Metrô no mundo – o que provoca superlotação e panes constantes. O Estadão, que adora questionar a reeleição de Dilma, não poderia indagar também sobre o "estelionato eleitoral" do grão-tucano?

Venina: “Heroína” da mídia é uma fraude?

Por Altamiro Borges

No seu falso moralismo, os barões da mídia costumam escolher mal seus heróis. A revista Veja, por exemplo, já elegeu o ex-senador Demóstenes Torres como “mosqueteiro da ética”. Pouco tempo depois, o líder dos demos foi cassado devido às suas íntimas ligações com o mafioso Carlinhos Cachoeira. Emissoras de tevê, jornalões e revistonas também bajulavam o governador José Roberto Arruda, o “vice-careca” do tucano José Serra, até que ele foi cassado no Distrito Federal pelo desvio de milhões dos cofres públicos. Agora, a mídia já tem a sua nova heroína: Venina Velosa. Após 27 minutos de exposição no Fantástico da TV Globo, com direito a choro e a muito melodrama, ela virou a musa dos udenistas. Aos poucos, porém, as verdades sobre a ex-diretora da Petrobras aparecem e setores da imprensa até já ensaiam descartá-la como bagaço.

10 piores casos de complexo de messias

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O fim do ano é o momento em que nos lembramos do messias JC, mas é impossível deixar de lado os malas sem alça que possuem o complexo de messias. O ano de 2014 foi pródigo em megalomaníacos com fórmulas infalíveis para a salvação do Brasil e, em última análise, do universo.

Alguns tentaram nos livrar de uma ditadura comunista, outros ameaçaram seus discípulos se não seguissem seu voto - em comum, todos incapazes de admitir qualquer erro e eternamente tentando encaixar os fatos em sua visão de mundo. O tipo de gente que estraga qualquer festa de réveillon.


A xenofobia cresce na Europa

Por Gianni Carta, na revista CartaCapital:

Dois eventos na segunda-feira (15) não poderiam ser mais colidentes. Em Paris, o presidente François Hollande finalmente inaugurou o Museu da Imigração, criado sete anos atrás. Em Dresden, na Saxônia, o Pegida, sigla para “Patriotas europeus contra a islamização do Ocidente”, aglutinou 15 mil manifestantes, entre eles vários jovens neonazistas. Em uníssono, a multidão gritava: “Basta com a Sharia (lei islâmica) na Europa”. Detalhe: na Saxônia há 2,1% de estrangeiros, dos quais 0,1% é de muçulmanos.

Serenidade é a melhor decisão para 2015

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A realidade exige da gente, tanto quanto firmeza, lucidez para não confundirmos o circunstancial e o essencial.

E o essencial é que, dentro das regras democráticas, o Brasil garantiu mais quatro anos de um governo de coalizão progressista.

Rádios de Aécio garfaram R$ 1 milhão

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Ok, Aécio repassou R$ 1 milhão para suas próprias rádios, enquanto era governador.

Depois nós é que somos os “blogueiros sujos, patrocinados pelo governo federal”.

Ah, como é bom ser tucano!

Ministério de Dilma e o papel da esquerda

Por Valter Pomar, em seu blog:

O ministério até agora divulgado pela presidenta Dilma Rousseff provocou reações variadas entre os que apoiaram sua reeleição.

Há desde elogios rasgados, passando por críticas ponderadas, até ataques duros contra certas escolhas e/ou contra o conjunto da obra.

2014, um ano marcado pela intolerância

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Na Austrália, ainda está para ser esclarecido o que de fato aconteceu. Como um homem perto de seus 50 anos, com uma alentada ficha criminal, conseguiu uma arma – e ao que parece porte de arma – para fazer reféns quase 30 pessoas num café de Sidney, levando à catástrofe que se seguiu, com três mortos – uma mulher mãe de três filhos e o gerente de café, além do agressor.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Espanha impõe censura e proíbe protestos

Por Altamiro Borges

A onda conservadora, que mostra a sua face no Brasil com os recentes protestos pela volta ao poder dos militares, está promovendo uma violenta regressão democrática no mundo. Na semana retrasada, o parlamento da Espanha - controlado pelo direitista Partido Popular (PP) - aprovou a chamada "Ley de Seguridad Ciudanana", que impõe a censura aos órgãos de imprensa, limita os protestos populares e aumenta a repressão aos imigrantes - em especial aos africanos que chegam ao país europeu através do Marrocos. A nova legislação relembra o período sombrio do franquismo - o regime fascista que imperou na Espanha por quatro longas décadas.

A deterioração da linguagem jornalística

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A uma semana do encerramento deste que foi um dos anos mais intensos do jornalismo no Brasil, é preciso colocar em discussão uma questão que a imprensa evita o quanto pode: a linguagem jornalística dá conta de decifrar adequadamente a realidade?

A nova Lei da Mídia no Uruguai

Terror e pânico na noite de Natal

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Recebi de leitores relatos de como foi a experiência da noite da véspera de Natal com parentes e amigos que aproveitaram a ceia para defender a volta da ditadura, a esterilização forçada dos mais pobres, o machismo institucionalizado, o racismo desvairado, o assassinato de usuários de drogas.

Ou seja, entre uma garfada no peru, uma colherada de farofa e um gole de espumante, enterrar o significado solidário da data.

Os avanços da direita no Brasil

Por Emir Sader, no site Carta Maior:

As sucessivas vitórias nas eleições presidenciais permitem que o PT siga governando até pelo menos quase o final da segunda década do século. É a melhor oportunidade que o país dispõe para mudar irreversivelmente as duras heranças construídas ao longo de muito tempo de desigualdade, exclusão social, pobreza e miséria.

Bonner e a armação da Globo

Por Graça Lago, no blog Viomundo:

Explicando definitivamente – tenho 63 anos, 50 de militância política e 46 de jornalismo. O prêmio com o nome de papai foi instituído em 2002, ano em que morreu, e parecia uma homenagem bacana à memória dele. Nada grandioso, nem um pouco espetacular, apenas um prêmio corriqueiro de uma emissora de TV (onde ele trabalhou muitos anos) e destinado a homenagear artistas, principalmente atores.

Dilma e as forças progressistas

Editorial do site Vermelho:

O ano de 2014 entra para a história como um período de grandes embates políticos, marcado pela polarização, no quadro de uma disputa eleitoral acirrada e um reagrupamento da direita em torno de uma campanha para derrotar o avanço das forças progressistas. Forças de direita optaram pelo extremismo, representando a oligarquia financeira e os grupos monopolistas da mídia. De maneira desesperada, tudo fizeram para tentar voltar a assumir o comando político do país.

O papel de Berzoini no governo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A indicação de Ricardo Berzoini para ocupar o Ministério das Comunicações, vista como praticamente certa em Brasília, aparece hoje como o principal rosto do Partido dos Trabalhadores no ministério do segundo mandato.

Hoje ministro de Relações Institucionais, Berzoni é um partidário assumido da democratização dos meios de comunicação. Bandeira histórica do Partido, a democratização ganhou corpo a camadas muito mais amplas da sociedade depois da campanha de 2014, quando vários indicadores demonstraram que os principais grupos de mídia atuaram abertamente para favorecer os adversários de Dilma.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Ministério: Dilma se prepara pra guerra

Por Luis Nassif, em seu blog:

Em 2015, as duas maiores ameaças ao governo Dilma serão a Justiça e o Congresso - e como ponto permanente de atenção, a Defesa. Com os grupos de mídia amplificando as revelações e estimulando o clamor popular - e a oposição sem conseguir desenvolver um discurso propositivo sequer - os embates se darão no STF (Supremo Tribunal Federal) e no Congresso.

Confesso meus erros sobre o Papa

Por Breno Altman, em seu blog:

Venho de uma família judia cevada nas ideias socialistas e no ateísmo há quatro gerações.

O último da minha linhagem a acreditar em Deus deve ter morrido no início do século passado.

Para mim, o Natal é uma data sem qualquer significado especial, ainda que tenha aprendido a respeitar aqueles que celebram nascimento de Jesus.

Mas quero aproveitar esta véspera natalina para uma confissão.

Ministério: A jogada de risco de Dilma

Por Renato Rovai, em seu blog:

As escolhas anunciadas por Dilma na tarde de ontem trazem alguns recados bastante claros e em boa medida já desvelados por outros comentaristas políticos. Dilma analisou o Congresso eleito, viu a força de cada partido, identificou seus principais líderes e decidiu que dessa vez não vai trabalhar com prepostos. Mas com quem de fato manda em cada pedaço da base.

Barões da mídia têm saudade da ditadura

Por Giovanna Dealtry, no site Outras Palavras:

É muito triste que, hoje, no Brasil, não se faça mais um jornalismo político comprometido, senão com a profundidade, ao menos com a investigação dos múltiplos aspectos do mesmo fato. Tenho certeza que há vários jornalistas, inclusive nos grandes veículos de comunicação, comendo pelas beiras para que isso aconteça. Mas a realidade é que não dá mais (nunca deu, aliás) para termos três ou quatro empresas ditando quais deveriam ser os rumos do imaginário político nesse país.

Tio Bonner é injusto com os internautas

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Bonner é um mal agradecido.

Queixou-se das redes sociais ao receber um prêmio no Faustão.

Ora, ele tem mais de 6 milhões de seguidores no Twitter, onde se apresenta como Tio, e agora começou a postar no Facebook cenas dos bastidores do Jornal Nacional.

A Petrobras e a opinião pública

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Para quem acompanhou o carnaval da “grande mídia” em torno das pesquisas em 2014, soa estranho o silêncio atual a respeito da crise na Petrobras. Seus veículos trombeteiam o assunto há três meses, mas não dedicaram a ele uma única e escassa pesquisa.

Surgem as 'razões' da Venina 'heroína'

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Véspera de Natal, e surpresas para quem aposta em desgastar o governo com insinuações de cumplicidade da atual diretoria da Petrobras com as roubalheiras de Paulo Roberto Costa et caterva…

Ontem à noite, o Conselho de Admnistração da Empresa decidiu formar um comitê de acompanhamento, coordenado por um diretor de Governança que está sendo selecionado no mercado profissional, para as investigações internas da companhia.

A Sabesp vai muito bem, obrigado!

Por Heitor Scalambrini Costa, no jornal Brasil de Fato:

O que acontece com o Estado de São Paulo na questão da água é um exemplo do que pode acontecer em outros estados e cidades brasileiras, segundo dados recentes publicados pela ANA (Agência Nacional de Águas). Portanto, aprender e tirar lições deste episódio poderá ajudar gestores públicos e a sociedade a não repetir os erros que foram cometidos, e conviver melhor com uma situação que veio para ficar.

O oportunismo contra o pré-sal

Por Carlos Tautz, no site da Adital:

Agora os conglomerados da comunicação se aproveitam da Lava Jato para defender a mudança do sistema de partilha na exploração das megareservas do pré-sal - aliás, como fizera Aécio. Argumentam que a Petrobras, atingida pelas denúncias, deveria ser escanteada do pré-sal porque os mercados internacionais não lhe emprestariam os bilhões de dólares necessários para explorá-lo. Continuam, dizendo que a queda dos preços do petróleo afogaria as pretensões da estatal.

Venina: Delação vazia da musa do verão

Por J. Carlos de Assis, no Jornal GGN:

A musa do verão deste ano no Rio chama-se Venina. É um produto da parceria jornal Valor e Tevê Globo. A palavra é da mesma raiz de veneno, mas o princípio ativo é de muito má qualidade. Na verdade, precisou de ser embalado triplamente para envenenar a opinião pública brasileira contra a presidente da Petrobrás. O mais forte sortilégio para o envenenamento foi uma entrevista de 25 minutos de Venina no Fantástico; o segundo, uma reapresentação dos “melhores momentos” da entrevista no Jornal Nacional; terceiro, uma tréplica do Jornal Nacional depois da entrevista de Graça Foster, que a havia desmentido.

Novos ministros e a "nova Dilma"


A esperança e a frustração caminham juntas na transição do primeiro ao segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. A apreensão dos setores progressistas e movimentos sociais, que cobravam uma arrancada mais à esquerda após um segundo turno (e um “terceiro”) em que a oposição assumiu a sua guinada à direita, começou com o convite a Joaquim Levy para substituir Guido Mantega na Fazenda. Um perfil dos sonhos do mercado financeiro.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Bonner e o jornalismo que dá nojo

Por Altamiro Borges

No seu triste papel de serviçal da famiglia Marinho, o apresentador Fausto Silva agraciou neste final de semana o jornalista William Bonner com o "Troféu Mário Lago". O "Domingão do Faustão" foi pura bajulação, com vários depoimentos de elogios ao âncora do Jornal Nacional - dizem as más línguas que alguns profissionais da emissora foram forçados a participar do teatrinho. Nas redes sociais, porém, vários ativistas questionaram a premiação. A crítica mais dura partiu da própria filha de Mário Lago, que detonou o jornalismo praticado pelo império global. Vale conferir sua mensagem no Facebook:

Aécio Neves, aparentemente sóbrio!

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (22), a Folha tucana garantiu mais uma capa para o cambaleante Aécio Neves. O tucano até parece que venceu o pleito de outubro, tamanha a generosidade dos barões da mídia. Mais uma vez, o derrotado mostrou-se magoado com a surra na eleição. Para ele, o novo governo Dilma será um desastre - "ele vai provar do seu próprio veneno". Na entrevista, porém, o senador mineiro-carioca fez duas afirmações curiosas. Disse que não há mais espaço para a proposta do impeachment da presidenta, como insistem alguns brucutus do PSDB, pitbulls da mídia e fascistóides exóticos. E insinuou que não será candidato em 2018. Será que Aécio Neves já superou a embriaguez... eleitoral?

O apocalipse midiático foi adiado

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Se fosse possível definir o ano de 2014 em relação à mídia tradicional, pode-se afirmar que as organizações de imprensa dominantes, aquelas que conduzem a pauta institucional e parte relevante da agenda pública, se revelaram como uma mente estranha no corpo social. Desde o primeiro dia do ano, com o país ainda assombrado pelas manifestações que haviam tomado as ruas em 2013, passando pelas previsões catastrofistas para a Copa do Mundo, e concluindo com a eleição presidencial, os jornais de circulação nacional e os principais noticiosos do rádio e da televisão desenharam um quadro de fim de mundo que nunca chegou perto de se tornar realidade.