terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Os sinais da crise política no Brasil

Editorial do jornal Brasil de Fato:

A cada dia se consolida o cerco conservador que as forças neoliberais estão impondo sobre o governo Dilma. Impressiona, inclusive, a rapidez e eficiência dessa ofensiva. Posturas ingênuas como a simples condenação moralista de que a direita quer viabilizar um terceiro turno não ajudam. É a luta política!

O jumento e o neomilitante de direita

Por Cesar Mangolin, em seu blog:

Um jumento em disparada faz algum estrago… Um bando deles faz mais ainda. Inconsequentes, não darão a devida importância para os danos que podem causar, apenas correm, destruindo tudo ao redor. Nem mesmo fazem ideia de quem abriu a porteira, talvez propositalmente.

Os neo-militantes de direita agem assim. Tomam problemas seculares do Brasil (como a corrupção) como se fossem obras dos últimos governos; atribuem à presidência da República responsabilidades de outras instâncias, inclusive responsabilidades dos abridores de porteiras bicudos que povoam nosso país e não se conformam com a derrota sofrida nas urnas.

JN "esqueceu" valorização da Petrobras

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A edição do Jornal Nacional de segunda-feira, 9 de fevereiro, gastou 4 minutos e 49 segundos para dizer que, de 2008 a 2015, a Petrobrás, devido ao que os famigerados “especialistas” da Globo chamaram de “erros de gestão”, perdeu cerca de ¾ de seu valor de mercado, passando de 510 bilhões de dólares há 7 anos para 116 bilhões de dólares hoje.

O impeachment e a hipocrisia política

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Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Antes, meus parabéns ao Ministério Público Federal pelo excelente portal de corrupção que acaba de lançar.

http://www.combateacorrupcao.mpf.mp.br/

Tenho duras críticas ao MPF, acho que a instituição tornou-se, há tempos, um instrumento da reação.

Casos que envolvem tucanos são sempre esquecidos em gavetas erradas, ou demoram tantos anos que prescrevem.

Dilma e Datafolha: Chamem o marqueteiro

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Como resposta à pesquisa Datafolha que mostra uma forte queda na sua popularidade e na aprovação de seu governo, a presidente Dilma Rousseff anuncia um plano de comunicação. Segundo o Estado de S. Paulo, a presidente decidiu dar mais entrevistas e chegou a cogitar um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão após o carnaval, de acordo com inconfidência de um ministro que pediu ao jornal para não ser identificado.

Petrobras perde feio na comunicação

Por Glauco Faria, no blog do Rovai:

Fórum participou na noite desta segunda-feira (9) de um bate-papo informal promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé com o ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. Da conversa, que teve pouco mais de duas horas, foi possível colher informações sobre a atual situação da maior empresa brasileira e também uma certeza: a Petrobras está perdendo feio a batalha da comunicação.

A subserviência do ministro da Justiça

Por Breno Altman, em seu blog:

O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, deu entrevista à TV Veja.

Pouco importa o conteúdo do que disse, pois relevante é a simbologia do fato.

Como é possível, a essa altura do campeonato, sem ferir a credibilidade do PT e do governo, um de seus principais integrantes ser cordial e afável com a revista que trata Dilma, Lula e outros dirigentes petistas como bandidos?

A construção da mídia contra-hegemônica

Por Jadson Oliveira, no blog Evidentemente:

Creio que não precisaríamos chegar à eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados, com um placar acachapante, para constatar o avanço das forças (e também dos valores culturais) da direita no Brasil. Isso já poderia ser detectado bem antes.

E creio que os partidos e movimentos sociais (e também parcelas do governo do PT/Dilma/Lula), envolvidos na luta democrática, popular e de esquerda, não terão bala na agulha para enfrentar tal situação se não construir uma potente mídia contra-hegemônica.

O Brasil da mídia e o Brasil de verdade

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Vago ao acaso pela internet na manhã desta segunda e topo com dois artigos que, diferentes em vários pontos, são iguais no desalento, na neurastenia e no pessimismo.

Um é de Mino Carta e o outro de Vinicius Mota, secretário de redação da Folha.

O de Mino diz no subtítulo: “O Brasil vive um momento sombrio de extrema gravidade e Dilma tem de agir depressa para evitar o pior.” Mino pergunta: “Ainda dá tempo?”

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Governo Dilma: Ainda dá tempo?

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

A torre de babel, emblema de uma ciclópica confusão, vale como metáfora da situação do Brasil neste exato instante. Vejamos. O PT em frangalhos a amargar uma monumental derrota parlamentar que entrega ao PMDB o comando do Congresso, com risco imponente para a continuidade do governo de Dilma Rousseff. O PSDB de Fernando Henrique a adubar a ideia do golpe via impeachment. O ajuste fiscal em pleno andamento com a tola promessa de ser pequeno enquanto o desemprego cresce e a recessão bate às portas. A Petrobras em crise aguda enquanto o juiz Moro estende o raio de ação da Operação Lava Jato em busca do epicentro da corrupção além das fronteiras da empresa petrolífera, nas próprias entranhas do poder. A iminência do drástico racionamento da água em São Paulo, ao passo que outros pontos cruciais sofrem a ameaça de serem logo engolidos pela calamidade. E a crise energética próxima da eclosão.

Datafolha e o circo midiático

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Enfrentando um ataque sistemático da grande mídia, o governo da presidenta Dilma Rousseff tem a sua primeira avaliação do segundo mandato. Com o circo midiático montado em torno das investigações da Operação Lava Jato sobre a corrupção na Petrobras - que até agora só tem um alvo: o PT -, a pesquisa Datafolha indica que a avaliação ótima/boa da presidenta está em 23%, enquanto aqueles que a consideram ruim/péssima está em 44%.

Falta uma ponte entre o apelo e a rua

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Soa angustiante a dissociação entre o gesto e o seu efeito.

Entre o apelo e o desdobramento.

Entre o alerta do abismo e a impotência para deter o comboio.

De novo, no evento dos 35 anos do PT, lideranças do partido, entre elas a do ex-presidente Lula, expuseram diagnósticos corretos sobre a ofensiva conservadora no país, denunciaram o golpe dissimulado, como de hábito, faxina moralizante; conclamaram o partido a sacudir a letargia, ir às ruas, lutar, resistir.

Porém... nada se move.

Não ao preconceito contra o PT

Por Nicolas Chernavsky, em seu blog:

Um casal chega para jantar em um restaurante de classe média, e se senta em uma mesa. Alguns minutos depois, uma pessoa que está sentada em uma mesa ao lado, chama o garçom e diz: “Quero mudar de lugar porque não quero sentar perto dessas pessoas”, e indica a mesa em que está o casal mencionado. Estamos no sul dos Estados Unidos dos anos 60 do século XX e se trata de um casal descendente de africanos? Não, estamos em São Paulo no final de 2014 e se trata de um casal em que uma das pessoas veste uma camisa do PT

O combate aos golpistas do PSDB

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

As manobras golpistas da oposição neoliberal e conservadora, encabeçada pelo PSDB de FHC, Aécio, Serra et caterva, com o indeclinável apoio da mídia monopolista privada, continuam no centro da conjuntura política nacional. A ordem do dia do comando oposicionista é encurralar a presidenta Dilma Rousseff, gerar instabilidade política, semear clima de ingovernabilidade, criminalizar o Partido dos Trabalhadores e as organizações do movimento sindical, estudantil e popular. O roteiro prevê o impeachment ou qualquer outra forma de afastamento da mandatária do poder.

O auto-de-fé de Graça Foster

Por Patrick Mariano, no blog Viomundo:

Nelly Senff é uma doutora em engenharia química que em 1975 resolve sair do leste para oeste de Berlim em busca de uma nova vida com o filho Alexej, após a morte do namorado. A vida nova na Alemanha Ocidental esbarra na difícil experiência de morar em um centro de refugiados e nos intermináveis e torturantes interrogatórios a que é submetida.

Aos poucos, descobre que a burocracia estatal da qual quis fugir e a insensibilidade impregnada nos procedimentos e processos administrativos não é muito diferente de um lado a outro. No Ocidente, fica à mercê do serviço secreto dos EUA que impiedosamente a coloca num jogo cruel de incontáveis interrogatórios sobre seu namorado. A ação faz com que Nelly desenvolva o medo e a desconfiança de tudo e de todos, até mesmo sobre a veracidade da morte do pai de seu filho. O processo pode despertar quadros paranoicos e isso Kafka bem ilustrou.

O Estado é uma entidade política

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Há uma tendência no governo a considerar o Estado como uma máquina para implementar políticas. Se uma peça não funciona, ela é trocada, mas não se altera nada o caráter que uma certa visão tecnocrática tem do Estado como coisa, como administração, mas não como entidade política, de direção geral da sociedade.

Dilma paga a conta pelo silêncio

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Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Um mês depois do início do segundo mandato, Dilma Rousseff atinge um nível deprimente de impopularidade. A queda nos índices de aprovação não é uma surpresa. Mas é importante discutir o que está por trás disso.

Nossos analistas econômicos continuam anunciando um apocalipse que insiste em não mostrar sua cara - ao menos até agora. O desemprego não aumentou. A inflação também não disparou. Não há novidade na Operação Lava Jato, que segue seu curso de espetáculo midiático.

Dilma e a comunicação: "Virem-se"

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

São curiosos esses tempos de crise e de vácuos de poder.

Recentemente foi divulgada uma entrevista de Jango com John Foster Dulles, o brasilianista, em 15 de novembro de 1967.

Na entrevista, um mea culpa: “Goulart disse que em seus esforços para promover reformas estruturais, ele fez concessões demais a grupos políticos no Brasil”.

Datafolha, Dilma e o preço do silêncio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Era de se esperar o resultado da pesquisa Datafolha que registra o despencar da aprovação do Governo Dilma Rousseff.

Eu já havia sido avisado na rua e até mesmo em casa, agora que os (benditos) temporais sobre o Rio de Janeiro fizeram ser frequentes as interrupções no fornecimento de energia, pois ouço um vizinho esbravejar , nessas horas, contra a “maldita Dilma” , embora não seja ela quem faz caírem raios nem soprarem ventanias e a empresa de energia ser chilena, privatizada pelo PSDB (Marcello Alencar e Fernando Henrique).

Propina no governo FHC não dá manchete

Por Altamiro Borges

Desde quinta-feira (5), os jornalões e as emissoras de rádio e tevê não param de bater bumbo sobre a suposta “propina de R$ 200 milhões” do PT. O bombardeio se baseia nas denúncias de Pedro Barusco, ex-diretor da Petrobras envolvido no esquema de corrupção da estatal. Tentando gozar das benesses da chamada delação premiada, ele “teria dito” – em mais um vazamento seletivo e criminoso – que o partido recebeu “aproximadamente” este montante. Não apresenta qualquer prova e nem precisava. A mídia já julgou, condenou e fuzilou o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari. Ela só deixou de dar destaque para outro “pequeno detalhe” do depoimento de Pedro Barusco: “O ex-gerente da Petrobras diz ter recebido propina desde 1997”, relatam os jornalistas Fausto Macedo e Mateus Coutinho, do Estadão. Mas este fato – que envolve diretamente o “ético” FHC e outros tucanos de alta plumagem, não mereceu manchetes. O Jornal Nacional, da TV Globo, nem sequer mencionou este trecho do suspeito depoimento.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Lula, Dilma e o golpismo midiático

Por Altamiro Borges

Os discursos de Dilma e Lula na festa de aniversário de 35 anos do PT, na sexta-feira (6) em Belo Horizonte (MG), continuam rendendo reações histéricas dos “calunistas” da mídia privada. Merval Pereira (o “imortal” da Globo), Eliane Cantanhêde (a “massa cheirosa” que trocou a Folha pelo Estadão), Reinaldo Azevedo (o “criador de galinhas” da Veja) e muitos outros ficaram irritados com as críticas da presidenta e do ex-presidente. Afirmam que os pronunciamentos visaram “censurar” a coitadinha da imprensa, já tão perseguida no Brasil! A reação irada destes colunistas, que chamam o patrão de companheiro e mantêm intimas relações com o tucanato, mostra que Dilma e Lula acertaram no tom ao denunciar as manipulações da mídia. Não dá mais para aceitar calado tantas mentiras, intrigas e distorções do famoso “partido da imprensa golpista (PIG)”.

José Simão e a “crise hídrica” em Sampa

Por Altamiro Borges

O irreverente José Simão, colunista da Folha, dá tiro para todos os lados. Ele mesmo se autointitula de “o esculhambador-geral da República”. Bem diferente da mídia privada – inclusive do jornal tucano em que trabalha –, que só dá tiro para um lado. Na sua seletividade e partidarismo, por exemplo, ela evita fazer críticas ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Na dramática crise da falta de água em São Paulo, que já se prolonga há vários meses, o tucano foi totalmente poupado no pleito do ano passado – num caso típico de estelionato eleitoral. Agora, como não dá para esconder, a velha imprensa até prevê o caos no Estado. Mas continua blindando o governador, pré-candidato à presidência da República em 2018. Diante de tamanha manipulação, nada como ler José Simão. Serve, entre outras coisas, para dar risadas da ridícula cobertura jornalística da mídia chapa-branca. Selecionei abaixo algumas das tiradas sarcásticas do “esculhambador” sobre a tal “crise hídrica” – tucanaram até a falta de água em Sampa:

Estamos à beira da total autodestruição?

Por Noam Chomsky, no site Pátria Latina

O que o futuro trará? Uma postura razoável seria tentar olhar para a espécie humana de fora. Então imagine que você é um extraterrestre observador que está tentando desvendar o que acontece aqui ou, imagine que és um historiador daqui a 100 anos - assumindo que existam historiadores em 100 anos, o que não é óbvio - e você está olhando para o que acontece. Você veria algo impressionante.

A Lava Jato à luz de Hannah Arendt

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Se o leitor prestou atenção aos meus posts sobre o assunto, verá que fiz um esforço heroico para acreditar na Operação Lava Jato.

Minha relação com a Lava Jato foi bipolar, pois eu não queria acreditar que testemunharíamos mais uma sequência de arbítrios protagonizados por autoridades cegas pelos holofotes da mídia.

As relações promíscuas entre essas autoridades do Lava Jato e a oposição sempre estiveram em evidência.

Desafios políticos e econômicos de Dilma

Por Robson S. Camara Silva, no site da Fundação Maurício Grabois:

Um cenário adverso à continuação do ciclo de desenvolvimento saiu das urnas. O governo Dilma, nesse início de mandato, se depara com os primeiros reflexos da eleição de uma composição congressual de caráter mais conservador e de visão atrasada de país.

O conservador Eduardo Cunha foi alçado à presidência da câmara federal. Trata-se da materialização da ameaça sem escaramuças as pautas sociais, bem como o trampolim de ataque a posições do governo ou, ainda, à produção de crises institucionais visando paralisar o Brasil. É uma engrenagem posta em funcionamento e que nos cabe reverter com setores progressistas da sociedade brasileira in toto.

Os entreguistas e o "Fim do Brasil"

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Já há alguns meses, e mais especialmente na época da campanha eleitoral, grassam na internet mensagens com o título genérico de “O Fim do Brasil”, defendendo a estapafúrdia tese de que a nação vai quebrar nos próximos meses, que o desemprego vai aumentar, que o país voltou, do ponto de vista macroeconômico, a 1994 etc. etc. – em discursos irracionais, superficiais, boçais e inexatos.

Dilma, Alckmin, Haddad: o fundo do poço

Por Renato Rovai, em seu blog:

Há uma regra em política que não falha. Quando a população por um motivo ou outro acha que o país não vai bem, todos os políticos perdem. Quando tudo parece ir bem, mesmo os mais desastrados ganham.

Em 2008, o governo Lula ia de vento em popa e mesmo prefeitos muito mal avaliados se reelegeram, como João Henrique, de Salvador. E Kassab que não era assim nenhuma Brastemp deu um baile em Marta Suplicy em São Paulo.

PT decidiu não apanhar calado

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O Petrolão é o novo Mensalão.

Tudo é parecido, a começar pelo comportamento da imprensa.

Mas deu já para perceber que uma coisa é completamente diferente: a atitude do PT.

No Mensalão, o PT ficou acuado. Agora, como que cansado de apanhar calado, resolveu partir para o contra-ataque.

O segredo do caixa 2 de FHC

Da revista CartaCapital:

A morte, no domingo 1°, do ex-ministro e ex-senador José Eduardo Andrade Vieira, aos 76 anos, por causa de uma parada cardíaca, mantém na penumbra alguns episódios importantes da política e da economia na década de 1990.

Em 2000, o titular da Agricultura entre 1995 e 1996 revelou detalhes do caixa de campanha de Fernando Henrique, alimentado com significativo volume de aportes em espécie feitos por empresas e indivíduos para driblar a identificação dos doadores à Justiça Eleitoral.

Os horrores da Operação Golpe a Jato

pigimprensagolpista.blogspot.com.br
Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

Em outubro de 2014, durante a campanha eleitoral, foram divulgados depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef à justiça federal do Paraná envolvendo o PT em esquemas de corrupção na Petrobras. A então candidata Dilma Rousseff protestou contra o vazamento seletivo de informações. O jornal O Estado de S. Paulo e a Globo ouviram então o juiz Sérgio Moro, que alegou que apenas as delações premiadas correm em segredo de justiça o que não era o caso dos dois depoimentos divulgados em nome da “transparência”.

O x da questão da Petrobras

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Por Emir Sader, no site Carta Maior:

Estava tudo pronto. A pantomima parecia funcionar conforme o desenhado. Cada ator cumpria perfeitamente o seu papel. Tudo parecia indicar o final sonhado.

Primeiro criou-se a imagem do caos da Petrobras, apesar da empresa bater recordes de produção. Mas o monopólio privado da mídia encarregou-se de reverter o nome publico da empresa. O fundamental parecia ter sido feito: a reversão da imagem da empresa de orgulho nacional para problema nacional.

A “massa cheirosa” vai feder em SP

http://www.marciobaraldi.com.br/

Por Altamiro Borges

Apesar das tempestades dos últimos dias, o nível do Sistema Cantareira – que abastece 6,5 milhões de paulistas – continua baixo. Nesta sábado (7), ele atingiu apenas 5,3% da sua capacidade. Para os especialistas do setor, a notícia é péssima, já que o período das chuvas está terminando. A tendência, afirmam, é do total colapso de abastecimento de água a partir de abril. Alguns especialistas, mais apocalípticos, preveem um cenário de “convulsão social” em São Paulo. O quadro é tão dramático que já incomoda até as tais celebridades midiáticas. A “massa cheirosa”, que sempre bajulou os tucanos que governam o Estado há 20 anos, teme ficar fedida. Reproduzo abaixo a hilária reportagem de Mônica Bergamo, na Folha deste sábado, sobre o clima reinante entre os “ricos e famosos”. Até Sophia Alckmin, filha do governador, revela: “Já não lavo o cabelo todo o dia”.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Gasto com juros garfa R$ 251,1 bilhões

http://www.marciobaraldi.com.br/
Por Altamiro Borges

Nos dois primeiros anos do seu primeiro mandato, a presidenta Dilma Rousseff decidiu enfrentar a poderosa ditadura do capital financeiro e tomou várias medidas contra os especuladores. Fortaleceu os bancos públicos, incentivou o crédito popular e, principalmente, reduziu a taxa básica de juros – a Selic. Em 2012, ela atingiu seu nível mais baixo no período recente – de 7,25% ao ano. Na sequência, sob o violento cerco da oligarquia rentista e da sua mídia, o governo cedeu e a taxa de juros voltou a disparar e hoje está em 12,25%. Atualmente, ela figura outra vez entre os mais altas do mundo. 

Lula pode liderar reação ao golpismo

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Nos primeiros dias de fevereiro, diminuiu consideravelmente o contingente dos que não acreditam na possibilidade de a direita midiática tentar derrubar a presidente Dilma Rousseff. Alguns fatos recentes foram decisivos para esse despertar da consciência quanto ao ímpeto golpista que se assanhou de forma tão explícita no período indicado.

Para ter ideia de quanto cresceu o nível de radicalização dos derrotados na eleição presidencial do ano passado, faça uma experiência: digite no Google, entre aspas, as seguintes expressões: “impeachment de Dilma” e “impeachment de Lula”.

Venezuela: Golpe em tempo real

Por Eva Golinger, no site Diário Liberdade:

Há um golpe de Estado em marcha na Venezuela. As peças estão se encaixando como em um filme da CIA. A cada passo um novo traidor se revela, uma traição nasce, cheia de promessas para entregar a batata quente que justifique o injustificável. As infiltrações aumentam, os rumores circulam como um barril de pólvora, e a mentalidade de pânico ameaça superar a lógica. As manchetes da mídia gritam perigo, crise e derrota iminente, enquanto que os suspeitos de sempre declaram a guerra encoberta contra um povo cujo único crime é ser guardião da maior mina de ouro negro no mundo.

Lei da Mídia Democrática bomba nas redes

http://www.paraexpressaraliberdade.org.br/assina.php
Do site do FNDC:

Milhares de compartilhamentos nas redes sociais e dezenas de matérias em portais noticiosos, de partidos políticos, sindicatos, centrais sindicais e outras entidades progressistas divulgaram o lançamento, nesta quinta (5/2), da plataforma de assinatura online em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Comunicação Social Eletrônica, ou Lei da Mídia Democrática. Com isso, logo nas primeiras horas foram contabilizadas mais de duas mil assinaturas em favor da tramitação da proposta no Congresso Nacional.

Por que FHC cruzou os braços?

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Confesso que ando cada vez mais espantado diante das homenagens a Paulo Francis em função das acusações de corrupção na Petrobras, feitas em 1996, no programa Manhattan Conection.

A convicção generalizada é que Francis estava absolutamente correto em suas denúncias e, ameaçado por um processo de US$ 100 milhões na Justiça de Nova York, acabou sofrendo um enfarto que provocou sua morte. Em função disso, não paramos de ouvir elogios à sua visão como jornalista e à sua argúcia como analista. Mas se Francis falou a verdade, a pergunta real é saber por que nada se fez diante do que ele disse, o que transforma as homenagens de hoje num caso exemplar de silêncio e covardia, a espera de uma investigação responsável e exemplar.

Alckmin e a rebelião dos internautas

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

'SP', 'energia', 'Sistema Cantareira' e 'Sabesp'. Os quatro termos são os mais citados em 250 mil conversas e comentários de internautas sobre a mais grave crise hídrica da história do estado de São Paulo. No entanto, o nome do governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 29 mil menções, chama a atenção pela forte associação aos termos relativos à seca. Em 11,6% delas, o tucano foi citado nominalmente e muitas vezes de forma dura. As conclusões são de um levantamento realizado entre os dia 1º e 31 de janeiro pela Polis Consulting/NetBase.

Lava-Jato e o fim do Estado de Direito

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Sou de uma geração que cresceu tendo o Estado de Direito como um dos sinônimos de democracia.

O outro era o voto direto.

Custou-nos muito, nossa juventude, trazê-los de volta.

E, certamente por isso, é assustador ver que ele vai sendo, progressivamente, abolido em nosso país.

A Guantánamo do juiz Sérgio Moro

"Resistir juntos e retomar a iniciativa"

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Renato Rabelo, em seu blog:

Estive em Belo Horizonte nesta última sexta feira (6/2) e participei na mesa do ato público organizado pelo PT no dia de seu aniversário de 35 anos de fundação. Fui saudado fraternalmente pelo presidente Rui Falcão do PT, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e especialmente pela Presidenta Dilma Rousseff - e deixo aqui minha saudação ao aniversário do PT:

Lula, mídia e a "criminalização do PT"

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O ex-presidente Lula disse esta noite, na festa do aniversário de 35 anos do Partido dos Trabalhadores, comemorado em Belo Horizonte, que o critério da mídia para a cobertura da Operação Lava Jato é o da “criminalização do PT”.

Segundo ele, “estamos assistindo a um filme com final conhecido”: acusações sem provas, falta de contraditório e julgamento pela imprensa. O ex-presidente não fez menção ao escândalo do mensalão.

Até Romário detona blogueira de O Globo

Por Altamiro Borges

A blogueira Silvia Pilz, que se acha “divertidíssima” com as suas postagens preconceituosas no jornal O Globo, está colecionando rapidamente uma legião de oponentes. Talvez até seja este seu intento narcisista e egocêntrico. Nesta quinta-feira (5), o senador Romário Faria (PSB-RJ), que desde os seus tempos de gramado sempre manteve boas relações com o império global, resolveu dar uma canelada na jornalista. Em sua página no Facebook, ele postou uma dura mensagem de repúdio às “tolices de uma pessoa com visão de mundo muito limitada”. O ex-craque da seleção brasileira, que é pai de uma menina de nove anos com Síndrome de Down, ficou irritado com um artigo escroto da blogueira contra os portadores da doença. “De cara, um anão assusta, assim como, de cara, crianças com Síndrome de Down também nos causam certo desconforto” – obrou Silvia Pilz.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Geração de empregos e o ajuste fiscal

Por Altamiro Borges

No final de janeiro, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego em 2014 foi de 4,8% – abaixo dos 5,4% registrados no ano anterior e o menor índice desde 2002. Só isto já seria motivo para o PT – que celebra os seus 35 anos nesta sexta-feira (6) – festejar os avanços conquistados pelos governos Lula e Dilma. A mídia oposicionista, com o seu complexo de vira-lata contra o Brasil, escondeu a notícia. Ela não foi destaque no Jornal Nacional da TV Globo. Já a Folha registrou o fato pelo lado negativo: “Geração de empregos em 2014 foi a pior dos anos PT”. Pura canalhice! A queda do desemprego e a elevação da renda não são motivos de festança na mídia patronal. Ela prefere pressionar o governo, numa agressiva campanha terrorista, para que ele ceda ao “deus-mercado” e promova um drástico ajuste fiscal – o mesmo que levou à Europa a maior regressão social da sua história.

Falta papel higiênico nas escolas de SP

Ilustração: Marcio Baraldi
Por Altamiro Borges

A situação de São Paulo, o Estado mais rico da federação, é deplorável. A falta de água já atormenta mais de 6,5 milhões de moradores da região metropolitana. Os trens do Metrô e da CPTM parecem latas de sardinha e dão panes constantes. Os roubos batem recorde e a insegurança pública amedronta os paulistas. A sorte do governador Geraldo Alckmin (PSDB), reeleito em primeiro turno, é que a mídia evita fazer escarcéu sobre o caos imperante – na prática, ela já está em campanha presidencial em favor do “picolé de chuchu” e até agora não sofreu cortes nos milionários anúncios publicitários e outras benesses do Palácio dos Bandeirantes. Nesta sexta-feira (6), a Folha tucana publicou uma notinha – sem qualquer destaque – para outro fato lamentável: já falta papel higiênico nas escolas de São Paulo.

Governo Dilma e os movimentos sociais


Dilma vira o jogo na Petrobras

Por Breno Altman, em seu blog:

A indicação de Aldemir Bendine para o comando da Petrobrás é mais do que uma surpresa.

O atual chefe do BB representa linha de resistência diante da escalada de forças privatistas para tomar de assalto a estatal do petróleo.

O mercado estava assanhado, afinal, para fincar cabeça-de-ponte na principal companhia brasileira.

Merval é um mestre do jornalismo papista

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Globo é tão grata a Merval que batizou um personagem da novela Império de Merival.
Foi o que me ocorreu ao saber, hoje, que existe um Merival em Império.

Espero que Merval não me processe por essa interpretação.

A Globo, como quer que seja, tem razões para ser grata a Merval. Mais do que qualquer outro jornalista da casa, ele merece o título de porta-voz dos Marinhos.

Metalúrgicos reagem aos ajustes de Levy

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Na quarta-feira 28, os trabalhadores paulistas foram às ruas contra o ajuste fiscal do governo federal, mas marcharam cada qual com sua turma. Apesar de unidas na crítica às medidas de austeridade, as centrais sindicais divergiram quanto ao tom dos ataques ao “pacote de maldades” do ministro Joaquim Levy. Em um ato unificado na Avenida Paulista, liderado por um caminhão de som a propagar o contraste entre a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores, o grupo de Paulinho da Força, aliado de Aécio Neves nas eleições do ano passado, não poupou o governo. “Dilma mentiu, a vaca tossiu”, gritavam os integrantes do cordão laranja, ao lembrar a promessa da presidenta durante as eleições de não mexer, “nem que a vaca tussa”, em direitos e benefícios sociais. A Força chegou a invadir o pátio do prédio da Petrobras na Paulista, enquanto lideranças pediam a demissão da atual direção da estatal. Os integrantes da CUT, ligada historicamente ao PT, dispersaram-se. Unificado, o ato terminou dividido.

Pobre militante do PT

Por Bepe Damasco, em seu blog:

É de doer o coração o padecimento do militante do Partido dos Trabalhadores. Entregue à própria sorte, em meio à arena dos leões, ele tenta resistir como pode ao massacre midiático contra o governo do seu partido. Mas a solidão é grande. Diante de toda sorte de ataques sórdidos, vilanias e infâmias, o governo da presidenta Dilma adota o silêncio como tática suicida de luta. Seduzida, talvez, por aconselhamentos de marqueteiros ou paralisada diante de sua falta de jeito e vocação para a refrega política, a presidenta e seu círculo mais próximo de colaboradores conseguem não se incomodar com o escrachado movimento de desestabilização do seu governo que está em curso.